segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Ouro no esgoto

Ouro no esgoto
O garimpeiro Rivaldo da Costa enfrenta mau cheiro e ratos, mas já recolheu até 100 gramas de ouro numa expedição pelas galerias de Belo Horizonte

Leonardo Coutinho
Foto:Emanuel Pinheiro/Primeiro Plano
“Com lanterna, velas, biscoitos e água, Rivaldo faz incursões de 48 horas no esgoto e fatura R$ 600 em ouro em cada uma delas
Três horas da madrugada. Rivaldo se prepara para mais uma jornada de trabalho. Numa sacola plástica, ele põe seis velas, uma caixa de fósforos, uma lanterna, três pilhas de reserva, dois pacotes de biscoito e uma garrafa d’água. Abençoa os oito filhos e os quatro netos, beija a mulher, coloca sob o braço um pedaço de carpete velho, que será a sua principal ferramenta de trabalho. Com suas botas de couro sem cadarço, jeans desbotado e surrado e camiseta de algodão puída, lá vai Rivaldo pelas ruas da cidade. Em uma esquina deserta ele pára. Observa a cidade morta no silêncio da noite. Olha o céu e avalia o tempo. Apoia seu bornal no chão e se ajoelha. Retira a grade de concreto que protege o bueiro. Recolhe a bolsa e desaparece. Nas 48 horas seguintes, ele vai recolher, nos esgotos de Belo Horizonte, o metal que garante o sustento da família: ouro.
Rivaldo Alves Costa, de 60 anos, é um garimpeiro pouco convencional. Após 17 anos de trabalho nos ribeirões da região, ele trocou a paisagem prosaica do Rio das Velhas e das montanhas que cercam Nova Lima – cidade de 65 mil habitantes, a 22 quilômetros de Belo Horizonte – pelas trevas da rede de esgotos da cidade. Rivaldo garimpa no subterrâneo desde 1996, época em que descobriu que nas galerias se encontra o novo eldorado. Hoje é conhecido como “homem-rato”. Aposentado por invalidez e vivendo apenas do salário mínimo e dos cerca de 20 gramas de ouro obtidos por mês na exploração dos rios, ele ouviu dizer de outros garimpeiros que era possível retirar ouro da boca-de-lobo dos esgotos da cidade.
Decidiu tentar a nova empreitada. Dentro de uma manilha de 150 centímetros de diâmetro, agachado, ele não resistiu sequer 10 minutos. O mau cheiro provocou náuseas e o calor começou a sufocá-lo. Rivaldo chegou em casa ao frangalhos. Jogou a roupa suja fora, tomou banho como nunca antes e se “desinfetou” na salmoura, pois em casa não tinha nada, além do sal, que pudesse ajudá-lo na faxina do corpo.
No dia seguinte, Rivaldo tomou a decisão de partir para o garimpo nos esgotos. A escolha veio, segundo ele, com a conclusão de que mais valia enfrentar o fedor da galeria que padecer com a renda mínima paga da aposentadoria. Na mesma noite, ele preparou um ritual que tem se repetido.
São cerca de 30 metros até um lugar onde a galeria se torna mais ampla. Ali, ele acende uma vela, desenrola o carpete que leva pendurado sob o braço e o estende sobre um pedaço de madeira recolhido no local. Ao redor, Rivaldo vê, em meio aos ratos que, agitados, reagem a sua presença, os vestígios da passagem dos precursores de sua aventura. Arregaça as mangas e começa a retirar com as mãos o barro podre, depositado no fundo da tubulação. Cada porção é lavada, com o próprio esgoto, sobre o carpete. A técnica consiste em fazer com que as partículas de ouro se fixem nas fibras do tecido, enquanto as impurezas são eliminadas pela água. São dois dias dentro do buraco. Rivaldo luta contra o sono para não adormecer em meio aos bichos.
De volta a casa, ele repete o mesmo ritual daquela primeira sessão de limpeza. No carpete, empregado no garimpo, uma surpresa: 41 gramas de ouro. O equivalente a quatro meses de ordenado do aposentado. Ele já conseguiu, em expedições de três dias, até 109 gramas de ouro. As visitas à galeria passaram a ser mais constantes e Rivaldo transformou o lugar em seu hábitat natural. Com uma incursão apenas, ele garante uma média de 600 reais, que complementam a renda do mês. “Quando eu me acostumei com os bichos e eles entenderam que eu não lhes faria mal, passei até a dormir, quando o sono apertava. Aí o trabalho ficou mais fácil”, afirma.
Fonte: IstoÉ

domingo, 1 de outubro de 2017

BERILO

BERILO

Silicato de alumínio e berílio. Sistema cristalino hexagonal. O berilo não gemológico é minério de berílio. As gemas verde (esmeralda), azul (água-marinha), amarelada (heliodoro), rosa (morganita), transparente (goshenita) e vermelho salmão (bixbita), são todos minerais (gemas) do berilo. Brilho vítreo a mate. Transparência: transparente, translúcido e opaco. Dureza 7,5 a 8. Densidade: 2,6. Traço branco ou incolor. Clivagem imperfeita. Fratura: irregular a concoidal. Resistente à fusão. Ocorre em rochas magmáticas. 

Fonte: Joia br

OPALA

OPALA

Óxido de silício hidratado endurecido, normalmente contendo de cinco a dez por centro de água. SiO2.nH2O. Portanto ela não é cristalina, diferentemente da maioria das gemas ela pode secar e rachar. A origem do nome opala é uma palavra sânscrita, upala, que significa pedra preciosa.  Existem muitas variedades, as gemas preciosas ou nobres, as iridescentes, as de fogo, as opacas, as porcelanizadas e outras mais. Estrutura cristalina amorfa. Dureza: 6. Densidade: 2,10. Brilho: vítreo, mate, terroso, ceroso. Transparência: transparente, translúcido e opaco. Clivagem: nenhuma. Fratura: concoidal, estilhaçada. Cor do traço: branco. Luminicência: branco, amarelo-esverdeado e verde. Origem e ocorrência: hidrotermal em rochas vulcânicas. Alguns fósseis possuem opalização. Ocorrem em Pedro II, Piauí e Austrália.
Fonte: Joia br

GARIMPO DE DIAMANTE

GARIMPO DE DIAMANTE
No centro deste concentrado de minerais pesados e escuros (satélites) encontra-se o diamante. Os garimpeiros denominam satélites um ajuntamento de minerais característicos que o acompanham e o denuncia. Em todas as regiões de "cata", os garimpeiros usam termos curiosos para identificação dos acompanhantes do diamante, os satélites: figo de galinha, marubé palha de arroz, chicória, fundo, ferragem, fava, feijão, ovo de pomba e osso de cavalo, etc. Esses nomes engraçados são minerais como o rutilo, o tântalo, o nióbio, a turmalina negra, o anatásio, a pirita, magnetita, o zircão, o jaspe, a cianita, a mica e a granada de várias cores.
Fonte: CPRM

Qual a diferença entre a água marinha, o berilo e a esmeralda?

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Qual a diferença entre a água marinha, o berilo e a esmeralda?


O nome berilo tem origem no termo grego beryllos, que significa bela pedra esverdeada da água do mar. Ele possui variações consideradas semipreciosas e preciosas, podendo ser encontrado tanto em pequenas quanto em grandes dimensões. Entre as pedras mais procuradas estão a esmeralda e a água marinha, berilos que trazemos com mais detalhes neste post.
Embora traga um aspecto visual marítimo, o mineral de formato hexagonal é encontrado em pegmatitos graníticos, locais onde o estanho e o tungstênio são abundantes. O mineral é apreciado, principalmente, por suas funções curativas e de proteção, além de sua beleza sempre delicada e peculiar. Entre no universo dos minerais e saiba por que as variações do berilo são tão requisitadas hoje.

A família dos berilos

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Os berilos são encontrados geralmente com um especial brilho vítreo, transparente. A pedra pura é incolor, porém, por causa das matizações de outros elementos, ela pode aparecer nas cores azul, amarela, vermelha, branca e verde. Seus componentes promovem melhoras na saúde, atividade mental e outros fatores associados ao bem-estar, beleza e tranquilidade.

Água marinha: dos navegantes à boa visão

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A variação azulada do berilo é um cristal bruto, geralmente lapidado com a forma semelhante de um obelisco. Também pode ser encontrada, em raras ocorrências, na coloração amarelada.
Era muito associada aos navegantes, por sua proteção contra os afogamentos. Também utilizada contra o medo, era uma pedra presente em grandes batalhas por dar coragem aos soldados. A água marinha aumenta a criatividade, melhora a intuição e promove fluidez das emoções. É indicada para cura de doenças em partes do corpo como garganta, fígado, baço e tireoide.
Com grande efeito calmante, a água marinha ajuda a tranquilizar os ambientes, deixando a energia dos espaços mais harmônicos. É também usada pelo seu poder de melhorar a visão, sendo muito utilizada pelos romanos para fazer óculos. Diz a lenda que Nero, o imperador, trazia sempre consigo um óculos feito de água marinha.
A água marinha é encontrada nos Estados Unidos, no México, nas regiões na antiga União soviética, e também no Brasil e na Índia.

Esmeralda: brilho e nobreza

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A pedra mais nobre da família dos berilos tem sua denominação variante do hindu, que significa pedra verde. Aparecendo em tons esverdeados, sua coloração é resultado da presença de crômio e vanádio em sua composição.
A esmeralda é associada a quem precisa de equilíbrio, cura e paciência, principalmente as pedras que possuem propriedades translúcidas e/ou transparentes.
As esmeraldas já foram utilizadas na Antiguidade como antídotos de venenos e feridas além de agir contra possessões demoníacas. Também no século XIII foi usada pelo seu efeito laxativo, contra a disenteria. Também curava hemoptise, quando usada sobre o fígado. Afasta espíritos malignos e criaturas venenosas.
A esmeralda, mesmo imperfeita, não altera o seu valor de mercado, pois possui ocorrência bastante rara. É encontrada em grande abundância na Índia e Áustria, mas também na América do Sul, em países como o Brasil e em regiões do Zimbábue, Tanzânia e Egito.
Agora que você já conhece as diferenças entre o berilo, a água marinha e a esmeralda, saiba que eles podem ser usados combinados em joias diferentes para dar destaque ao visual. Para catalisar os poderes curativos da esmeralda e da água marinha, utilize anéis no dedo anular ou mínimo, ou no centro do peito com um pingente.
Fonte: Joia br