terça-feira, 3 de outubro de 2017

Fusões envolvendo empresas brasileiras crescem 29% em 2017 até setembro

Fusões envolvendo empresas brasileiras crescem 29% em 2017 até setembro

SÃO PAULO (Reuters) - Os anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras movimentaram 49,4 bilhões de dólares nos primeiros nove meses de 2017, um crescimento de 29,3 por cento ante mesma etapa de 2016, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pela Thomson Reuters.
De acordo com o Emerging Markets M&A Review, o segmento de matérias-primas liderou o movimento, respondendo por cerca de 49 por cento do total, seguido por energia (15 por cento), consumo (14 por cento) e indústria (7 por cento).
O volume financeiro foi fortemente influenciado pela operação da Vale, que no começo do ano anunciou reestruturação societária envolvendo conversão de ações preferenciais em ordinárias, numa operação avaliada em cerca de 21 bilhões de dólares.
Em número de operações foram registrados 431 negócios de janeiro a setembro, queda de 6,9 por cento ante o total de transações nos primeiros nove meses de 2016, segundo o levantamento.
O período de julho a setembro envolveu anúncios de operações como a compra da usina hidrelétrica de São Simão pela chinesa State Power, pelo equivalente a 2,27 bilhões de dólares, e a compra da Alpargatas por um consórcio incluindo sócios do Itaú Unibanco, por 1,07 bihão de reais.
Em operações completadas, o volume financeiro dos primeiros nove meses de 2017 foi de 55,44 bilhões de dólares, um salto de 133,6 por cento ante mesma etapa do ano passado.

Fonte:  Reuters

Lava Jato em Curitiba está perto do fim, diz Moro

Lava Jato em Curitiba está perto do fim, diz Moro



O juiz federal Sergio Moro durante evento em São Paulo, Brasil 15/08/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
SÃO PAULO (Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro disse nesta segunda-feira que os trabalhos da operação Lava Jato em Curitiba estão perto do fim e, ao mesmo tempo, considerou difícil prever qual será seu futuro após sua atuação na operação e voltou a afastar a possibilidade de ser candidato à Presidência da República.
“A  operação Lava Jato em Curitiba está, possivelmente, chegando ao fim”, disse Moro em São Paulo após receber um prêmio da Universidade Notre Dame, dos Estados Unidos, por sua atuação como juiz responsável pelos casos da Lava Jato em primeira instância na capital paranaense.
“Ainda existem investigações relevantes em andamento, mas uma grande parte do trabalho já foi feito”, acrescentou.
Moro reconheceu que está “um pouco cansado” por conta do grande volume de trabalho com a Lava Jato, mas afirmou ao mesmo tempo que não prevê, neste momento, a possibilidade de deixar o comando da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato. Ele também se declarou um juiz profissional e afastou a possibilidade de migrar da magistratura para a política.
“Não existe nenhuma expectativa”, disse Moro sobre a possibilidade de buscar um cargo eletivo no ano que vem.
“Pesquisas que incluem o meu nome estão perdendo tempo, porque não vai acontecer. Isso é simples assim”, garantiu.
Moro aparece em pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial do ano que vem, como no levantamento do Datafolha divulgado no fim de semana.
O magistrado lembrou que existem casos ligados à Lava Jato tramitando nas varas federais de outras cidades, assim como no Supremo Tribunal Federal.
Para Moro, os brasileiros têm a expectativa de que o STF julgue os políticos com prerrogativa de foro citados na Lava Jato da mesma forma e com a mesma correção que julgou em 2012 o mensalão do PT. Naquela ocasião, a maioria dos políticos foram condenados pelos ministros da corte.
Moro também elogiou as decisões do Supremo que acabaram com a doação empresarial para campanhas eleitorais e que permitiu a prisão ap[os condenação em segunda instância, que ele apontou como especialmente importante para o combate à corrupção.
“O Supremo deve ter a percepção da relevância da manutenção desse precedente para o enfrentamento dessa corrupção sistêmica”, disse Moro.
“DITADURA FOI UM GRANDE ERRO”
Em um momento em que parcela da população defende uma intervenção militar no país em meio a onda de escândalos de corrupção, Moro usou seu discurso de aceitação do prêmio para afirmar que o período de regime militar no Brasil, de 1964 a 1985, foi “um grande erro”.
“O período de ditadura militar foi --e não há nenhuma dúvida disso-- um grande erro”, afirmou o juiz, que depois, em entrevista a jornalistas, acrescentou que o único remédio para problemas na democracia é o aprofundamento da democracia.
Moro reconheceu a existência de reações ao que chamou de “movimento brasileiro anti-corrupção”, do que ele disse ser um dos agentes, mas afirmou que não se pode ceder a essas reações.
“A vergonha está com eles”, disse Moro se referindo aos autores dessa reação. “Nós nunca nos renderemos à corrupção... A era dos barões da corrupção está chegando ao fim”, sentenciou.

Fonte: REUTERS

Recuperação do Brasil já é sólida e ciclo de crescimento será longo, diz Meirelles

Recuperação do Brasil já é sólida e ciclo de crescimento será longo, diz Meirelles




Meirelles durante reunião em São Paulo 14/9/2017 REUTERS/Leonardo Benassatto
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira que o Brasil já está com uma recuperação sólida que vai surpreender cada vez mais pela sua força.
Em cerimônia de abertura do Futurecom 2017, em São Paulo, Meirelles, afirmou ainda que a economia do país mostrará boas surpresas nos próximos trimestres.
“Nós vamos ver que esse ciclo de crescimento será talvez o mais longo que vivenciamos nos últimos tempos, talvez na última década ou mais”, disse Meirelles.
“E a taxa de juros mais baixa será um fenômeno que vai, talvez, nos levar algumas décadas. Isto é, nós temos uma previsão de taxas de juros mais baixas por um período bastante prolongado”, acrescentou.

Fonte: Redação Reuters

Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas ganha Carro Ambiental

Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas ganha Carro Ambiental


Já imaginou um espaço completamente voltado para a educação ambiental e dentro de um trem? Pois é, o Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) inaugurou um Carro Ambiental. Nele, você vai encontrar curiosidades e conhecer as ações sustentáveis da nossa empresa. A novidade foi inaugurada no dia 21 de setembro, quando se comemora o Dia da Árvore.
O evento de inauguração aconteceu na Oficina de Carro de Passageiros, com a presença de empregados envolvidos no projeto e as lideranças da Vitória a Minas.
Fonte: Vale

Caso Aécio, defesa de Temer e debates sobre mineração marcam a semana

Caso Aécio, defesa de Temer e debates sobre mineração marcam a semana


A semana começa com discussões sobre adiamento ou não da votação do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a conclusão da votação da reforma política e a continuidade da tramitação das duas novas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer – organização criminosa e obstrução de Justiça. A acusação se dirige ainda a dois dos seus ministros – Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral). O Planalto prossegue com reuniões e estratégias para tentar barrar a denúncia e no Judiciário.
A principal crise da semana está no PSDB. Além da questão de Aécio Neves propriamente, também acusado de corrupção e obstrução de Justiça pela PGR, o partido deve reunir a bancada para tentar aparar arestas provocadas pela indicação do relator da denúncia, o deputado Bonifácio de Andrada (PMDB-MG). Andrada já deixou claro que não vai abrir mão do cargo. E diante de um partido rachado em relação ao tema, vários tucanos que são favoráveis ao acolhimento da denúncia ameaçam apresentar um novo relatório com teor contrário ao do relator.
Os senadores também estão empenhados para definir, hoje, se haverá votação, no plenário do Senado, sobre o afastamento e decisão do STF em relação Aécio Neves. Na última sexta-feira (29), o tribunal anunciou que definirá no dia 11 quais as decisões do Judiciário sobre parlamentares que terão de passar pelo crivo do Legislativo.
Por conta disso, uma corrente liderada pelo presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), pretende transferir a votação de amanhã para a próxima semana. A intenção é aguardar a decisão do STF, como forma de apaziguar a crise institucional entre os dois poderes, mas vários senadores são contrários ao adiamento. Acham que a questão envolve a soberania do Senado Federal e, por isso, a votação deve ser mantida para esta terça-feira.
Em relação à reforma política, a corrida dos parlamentares é para dar início, na Câmara, a partir desta noite, ao final da votação dos últimos itens. Os líderes partidários têm reunião programada para as 17h para definirem como ficará a pauta. A princípio, a intenção é priorizar a votação da matéria até quarta-feira, de forma que o que for definido possa valer para as eleições de 2018. Para que isso aconteça, o resultado desta votação precisa ser publicado no Diário Oficial até o final desta semana de outubro.
Mais de 10 itens de mudança no sistema político foram deixados de fora nas votações dos últimos dias e a grande discussão diz respeito à instituição do fundo público para financiamento de campanhas. A previsão é que o deputado Vicente Candido (PT-SP), relator da proposta na Câmara, apresente nova proposta de fontes de financiamento para esse fundo.
No Judiciário, o grande destaque da semana é o julgamento previsto para quarta-feira (4), no STF, para definir se a Lei da Ficha Limpa também pode valer para períodos anteriores à sua vigência. O tema é polêmico e conta com posições divergentes de vários ministros do colegiado.

Comissões e audiências públicas

As reuniões das comissões e as audiências públicas começam a partir de hoje, no Senado e na Câmara. Está prevista, nesta segunda-feira, a partir das 14h, seminário na Comissão Mista de Orçamento sobre o sistema de emendas para o orçamento de 2018. O objetivo é suprir deputados e senadores sobre recomendações técnicas para evitar impedimentos, assim como discutir questões sobre emendas impositivas – coletivas e individuais e orientar as bancadas estaduais.
Também nesta segunda, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) promove audiência às 18h, para debater o lugar do Brasil no cenário internacional. O encontro abordará temas como o desenvolvimento de tecnologia espacial e nuclear, a soberania nacional e o papel estratégico do Brasil na construção de parcerias com outros países. Contará com a participação de diplomatas, ex-embaixadores e acadêmicos.
No Rio de Janeiro, antes de chegarem a Brasília, os parlamentares que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional vão lançar, logo mais, a frente naquele estado. A ideia é apresentar a proposta do grupo, formado por políticos de diferentes partidos e integrantes da sociedade civil, que se coloca contra a maneira como tem sido feita a gestão dos recursos naturais, as privatizações e a forma de lidar com a política externa do governo Temer.
Na terça-feira (3), a partir das 10h, as comissões mistas que analisam as medidas provisórias (MP) 789/2017 e (MP) 790/2017 – que fazem parte de um pacote de medidas do governo para estabelecer novo marco regulatório para a mineração – têm audiência pública com governadores de Minas Gerais (Fernando Pimentel) e Pará (Simão Jatene) e os ministros de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e Meio Ambiente, Sarney Filho.

Defesa de Temer

Na quarta-feira (4) está prevista a entrega, pelo presidente Michel Temer e seus dois ministros citados na denúncia que tramita contra ele, das suas defesas, numa peça única. O presidente, os Padilha, Moreira Franco, assessores e advogados se reuniram neste domingo no Palácio do Jaburu para discutir pontos da peça jurídica a ser entregue à Câmara nos próximos dias.
Na quarta e na quinta-feira estão previstas novas audiências da CPMI da JBS, às 9h. Os destaques são as oitivas com o advogado Willer Tomaz de Souza, o procurador de República, Angelo Goulart Villela, e o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho. Já na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, os deputados realizarão, a partir das 10h da mesma quarta, uma comissão geral para debater o assassinato de policiais militares e agentes públicos de segurança no Brasil.
Fonte:  Rede Brasil