terça-feira, 3 de outubro de 2017

Ibovespa fecha praticamente estável após melhor trimestre em 8 anos, com política no radar

Ibovespa fecha praticamente estável após melhor trimestre em 8 anos, com política no radar

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta segunda-feira, após acumular de julho a setembro a maior alta trimestral em oito anos, com investidores evitando grandes apostas à espera de mais clareza na cena política local, especialmente sobre o avanço de reformas no Congresso.
O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,09 por cento, a 74.359 pontos. O giro financeiro somou 7,2 bilhões de reais, abaixo da média diária de setembro, de 9,97 bilhões de reais, a melhora média do ano.
As negociações do governo para barrar a mais recente denúncia contra o presidente Michel Temer seguem no centro das atenções, com investidores avaliando as chances desse processo atrasar ou levar a alterações nas propostas de reformas, principalmente a da Previdência.
“O lado econômico está mais tranquilo, mas a questão política voltou ao radar, com dúvidas sobre como vão ficar as votações”, disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.
Dados mais recentes da economia, como números de inflação, vêm mantendo a visão de queda da taxa básica de juros, o que tende a favorecer o mercado de renda variável.
No exterior, os dados positivos de atividade industrial na China, que cresceu em setembro no ritmo mais rápido desde 2012, assim como números positivos do setor de serviços chinês, influenciaram a perspectiva para o minério de ferro, amparando o tom positivo de mineradoras.

DESTAQUES

- ELETROBRAS PNB subiu 4,32 por cento e ELETROBRAS ON ganhou 3,95 por cento. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., disse nesta segunda que a divulgação da modelagem para o processo de privatização da empresa deve ocorrer até o final do ano.
- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA avançou 2,02 por cento, após os acionistas da empresa aprovarem a conversão de ações preferenciais em ordinárias, como parte do processo de migração para o segmento Novo Mercado da B3.
- VALE ON subiu 0,09 por cento, após dados otimistas da economia chinesa. A atividade industrial da China, forte consumidor da produção da Vale, subiu em setembro no ritmo mais rápido desde 2012, enquanto o crescimento do setor de serviços no mês passado foi o maior desde maio de 2014.
- CSN ON teve alta de 2,81 por cento, após os dados positivos da China e também diante da perspectiva pela divulgação de balanços atrasados da empresa. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a CSN deve divulgar os balanços até a segunda semana de outubro.
- PETROBRAS PN subiu 0,65 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,57 por cento, na contramão do movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.
- CIELO ON caiu 2,18 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, com investidores cautelosos diante das perspectivas de resultados. Na semana passada, analistas da corretora Brasil Plural cortaram a recomendação dos papéis da Cielo, destacando que a combinação de recessão com mudanças estruturais na regulação e maior competição levaram à estabilidade dos resultados, com baixo crescimento do lucro em 2017 e 2018.
- AMBEV ON perdeu 1,62 por cento, após a empresa anunciar previsão de gasto de cerca de 1 bilhão de reais em 2017 com a adesão a programa de regularização tributária que envolve contingências tributárias de 3,5 bilhões de reais.
- B2W ON avançou 7,85 por cento, após analistas do BTG Pactual elevarem o preço-alvo para os papéis da empresa para 29 reais, ante 17 reais.

Fonte:  Reuters

Wall St avança no início do quarto trimestre

Wall St avança no início do quarto trimestre

(Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos começaram o quarto trimestre com forte alta nesta segunda-feira, com os três principais indicadores atingindo patamares recordes conforme os dados apontaram para a força da economia.
O índice Dow Jones .DJI subiu 0,68 por cento, a 22.557 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX ganhou 0,39 por cento, a 2.529 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC avançou 0,32 por cento, a 6.516 pontos.
Um indicador da atividade da indústria dos EUA avançou para a máxima de quase 13 anos e meio em setembro. As interrupções nas cadeias de suprimentos causadas pelos furacões Harvey e Irma resultaram em fábricas levando mais tempo para entregar bens e aumentaram os preços das matérias-primas. [nL2N1MD0RL]
Os setores com maiores ganhos nesta segunda-feira foram materiais, industriais e financeiros.
O otimismo sobre a reforma tributária dos Estados Unidos também impulsionou as ações. O presidente dos EUA Donald Trump propôs na semana passada a maior revisão fiscal em três décadas, mas ofereceu poucos detalhes sobre o plano.
“Há muitos detalhes (sobre reforma tributária) que precisam ser elaborados, mas o mercado está certamente disposto a acreditar que algo bom pode acontecer”, disse Scott Wren, estrategista sênior de capital em Wells Fargo Investment Institute em St. Louis.
Os detalhes ainda estavam vindo à tona do maior tiroteio em massa da história dos EUA. Um homem armado matou pelo menos 58 pessoas e feriu mais de 500 mais em Las Vegas no domingo. As ações dos fabricantes de armas aumentaram, incluindo Sturm Ruger (RGR.N) subiram 3,5 por cento.

Fonte:  Reuters

Fusões envolvendo empresas brasileiras crescem 29% em 2017 até setembro

Fusões envolvendo empresas brasileiras crescem 29% em 2017 até setembro

SÃO PAULO (Reuters) - Os anúncios de compra e venda de participação envolvendo empresas brasileiras movimentaram 49,4 bilhões de dólares nos primeiros nove meses de 2017, um crescimento de 29,3 por cento ante mesma etapa de 2016, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira pela Thomson Reuters.
De acordo com o Emerging Markets M&A Review, o segmento de matérias-primas liderou o movimento, respondendo por cerca de 49 por cento do total, seguido por energia (15 por cento), consumo (14 por cento) e indústria (7 por cento).
O volume financeiro foi fortemente influenciado pela operação da Vale, que no começo do ano anunciou reestruturação societária envolvendo conversão de ações preferenciais em ordinárias, numa operação avaliada em cerca de 21 bilhões de dólares.
Em número de operações foram registrados 431 negócios de janeiro a setembro, queda de 6,9 por cento ante o total de transações nos primeiros nove meses de 2016, segundo o levantamento.
O período de julho a setembro envolveu anúncios de operações como a compra da usina hidrelétrica de São Simão pela chinesa State Power, pelo equivalente a 2,27 bilhões de dólares, e a compra da Alpargatas por um consórcio incluindo sócios do Itaú Unibanco, por 1,07 bihão de reais.
Em operações completadas, o volume financeiro dos primeiros nove meses de 2017 foi de 55,44 bilhões de dólares, um salto de 133,6 por cento ante mesma etapa do ano passado.

Fonte:  Reuters

Lava Jato em Curitiba está perto do fim, diz Moro

Lava Jato em Curitiba está perto do fim, diz Moro



O juiz federal Sergio Moro durante evento em São Paulo, Brasil 15/08/2017 REUTERS/Paulo Whitaker
SÃO PAULO (Reuters) - O juiz federal Sérgio Moro disse nesta segunda-feira que os trabalhos da operação Lava Jato em Curitiba estão perto do fim e, ao mesmo tempo, considerou difícil prever qual será seu futuro após sua atuação na operação e voltou a afastar a possibilidade de ser candidato à Presidência da República.
“A  operação Lava Jato em Curitiba está, possivelmente, chegando ao fim”, disse Moro em São Paulo após receber um prêmio da Universidade Notre Dame, dos Estados Unidos, por sua atuação como juiz responsável pelos casos da Lava Jato em primeira instância na capital paranaense.
“Ainda existem investigações relevantes em andamento, mas uma grande parte do trabalho já foi feito”, acrescentou.
Moro reconheceu que está “um pouco cansado” por conta do grande volume de trabalho com a Lava Jato, mas afirmou ao mesmo tempo que não prevê, neste momento, a possibilidade de deixar o comando da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato. Ele também se declarou um juiz profissional e afastou a possibilidade de migrar da magistratura para a política.
“Não existe nenhuma expectativa”, disse Moro sobre a possibilidade de buscar um cargo eletivo no ano que vem.
“Pesquisas que incluem o meu nome estão perdendo tempo, porque não vai acontecer. Isso é simples assim”, garantiu.
Moro aparece em pesquisas de intenção de voto para a eleição presidencial do ano que vem, como no levantamento do Datafolha divulgado no fim de semana.
O magistrado lembrou que existem casos ligados à Lava Jato tramitando nas varas federais de outras cidades, assim como no Supremo Tribunal Federal.
Para Moro, os brasileiros têm a expectativa de que o STF julgue os políticos com prerrogativa de foro citados na Lava Jato da mesma forma e com a mesma correção que julgou em 2012 o mensalão do PT. Naquela ocasião, a maioria dos políticos foram condenados pelos ministros da corte.
Moro também elogiou as decisões do Supremo que acabaram com a doação empresarial para campanhas eleitorais e que permitiu a prisão ap[os condenação em segunda instância, que ele apontou como especialmente importante para o combate à corrupção.
“O Supremo deve ter a percepção da relevância da manutenção desse precedente para o enfrentamento dessa corrupção sistêmica”, disse Moro.
“DITADURA FOI UM GRANDE ERRO”
Em um momento em que parcela da população defende uma intervenção militar no país em meio a onda de escândalos de corrupção, Moro usou seu discurso de aceitação do prêmio para afirmar que o período de regime militar no Brasil, de 1964 a 1985, foi “um grande erro”.
“O período de ditadura militar foi --e não há nenhuma dúvida disso-- um grande erro”, afirmou o juiz, que depois, em entrevista a jornalistas, acrescentou que o único remédio para problemas na democracia é o aprofundamento da democracia.
Moro reconheceu a existência de reações ao que chamou de “movimento brasileiro anti-corrupção”, do que ele disse ser um dos agentes, mas afirmou que não se pode ceder a essas reações.
“A vergonha está com eles”, disse Moro se referindo aos autores dessa reação. “Nós nunca nos renderemos à corrupção... A era dos barões da corrupção está chegando ao fim”, sentenciou.

Fonte: REUTERS

Recuperação do Brasil já é sólida e ciclo de crescimento será longo, diz Meirelles

Recuperação do Brasil já é sólida e ciclo de crescimento será longo, diz Meirelles




Meirelles durante reunião em São Paulo 14/9/2017 REUTERS/Leonardo Benassatto
SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta segunda-feira que o Brasil já está com uma recuperação sólida que vai surpreender cada vez mais pela sua força.
Em cerimônia de abertura do Futurecom 2017, em São Paulo, Meirelles, afirmou ainda que a economia do país mostrará boas surpresas nos próximos trimestres.
“Nós vamos ver que esse ciclo de crescimento será talvez o mais longo que vivenciamos nos últimos tempos, talvez na última década ou mais”, disse Meirelles.
“E a taxa de juros mais baixa será um fenômeno que vai, talvez, nos levar algumas décadas. Isto é, nós temos uma previsão de taxas de juros mais baixas por um período bastante prolongado”, acrescentou.

Fonte: Redação Reuters