terça-feira, 3 de outubro de 2017

MAIS VALIOSA QUE O DIAMANTE

MAIS VALIOSA QUE O DIAMANTE: GARIMPEIROS DE SÃO JOSÉ DA BATALHA DENUNCIAM A PRESENÇA DE TRAFICANTES EM BUSCA DE TURMALINA PARAÍBA
(Turmalina Paraíba: Exclusividade nossa, mas contrabandeada)
Garimpeiros de São José da Batalha, na zona rural de Salgadinho, no Sertão do Estado, denunciam que contrabandistas de turmalina Paraíba voltaram a agir na região. Eles alegam que os ‘traficantes’ do mineral, que é considerada a pedra preciosa mais valiosa do mundo, estariam extraindo em minas clandestinas, e vendendo para estrangeiros. 
(Pedra lapidada: o grama chega a 100 mil reais)
A região é um dos recantos mais cobiçados do mundo por mineradores, grandes exploradoras e contrabandistas, atraídos pela turmalina Paraíba, que chega a custar até “100 mil reais” por grama, sendo mais cara que diamante.
A pedra, que é utilizada em joias de grifes como Amsterdam Sauer, H.Stern, Dior e Tiffany, que comercializam peças únicas por até “um milhão e meio de reais”, nunca representou desenvolvimento para a região de Salgadinho, onde a população sobrevive em maior parte, de programas sociais, como o Bolsa Família.

(Salgadinho: Pouco usufrui da riqueza do seu solo?)

Em meio ao risco de acidentes dentro das minas que possuem até 100 metros de profundidade e 40 de extensão, os garimpeiros alegam que a única coisa que sobra para eles é o rejeito (espécie de material descartado nas minas). 

(Mina: "Se arriscar é preciso")
Eles se aventuram na retirada do produto em busca de encontrar pequenos fragmentos de turmalina.
“Arriscamos nossas vidas em busca de turmalina, mas não temos sequer o prazer de contemplar uma pedra que é do nosso lugar. Trabalhamos de empregado de outras pessoas que pagam um salário mínimo para que possamos nos arriscar em busca da pedra que depois desaparece, ninguém sabe pra onde. Quem pelo menos esconder uma pedrinha, é capaz de morrer”, disse um minerador que não quis se identificar com medo de sofrer represálias.
Os garimpeiros denunciam que para mandar as gemas para fora do país os contrabandistas utilizam várias formas de escondê-las, colocando as turmalinas na língua e até em partes do corpo.
A turmalina Paraíba, considerada uma das cinco pedras preciosas mais caras do mundo, possui este nome por ter sido encontrada no distrito de São José da Batalha em 1982.

(Tão bela, tão rara e cobiçada)
De 1989 até hoje, estima-se que a exploração da pedra já tenha rendido aos contrabandistas aproximadamente 100 milhões de dólares. Os maiores compradores de turmalina Paraíba, são os japoneses, americanos e alemães.
A área possui apenas três garimpos legais.
Para que possam explorar a turmalina Paraíba, os garimpeiros precisam solicitar junto à autarquia federal, uma autorização e se responsabilizar pelo pagamento da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CEFM).

(Turmalina: usar é privilégio de poucos)
Após recolher o CEFM, a União divide o valor arrecadado junto aos garimpeiros. São 65% destinados ao município, 23% ao Estado e 12% para União. No entanto, nem a Prefeitura e nem órgãos como o DNPM estariam recebendo os tributos. Apesar das denúncias de que a exploração está acontecendo, as empresas insistem em alegar que o mineral se esgotou.

Policia Federal
O delegado da Polícia Federal, Leonardo Paiva, da delegacia de combate a crimes contra o meio ambiente, diz haver procedimentos instaurados que investigam denúncias na região de São José da Batalha, mas que nunca foi possível comprovar o ‘tráfico’ de pedras preciosas.

“Não chegam até nós denúncias que ofereçam dados concretos, com os quais possamos trabalhar e comprovar o contrabando. Já foram feitos trabalhos investigativos, mas é muito difícil obter informações sobre isso. Temos procedimentos instaurados que apuram denúncias ambientais. É preciso que as pessoas que querem denunciar procurem a polícia e façam uma denúncia formal”.

Raridade


(Turmalina azul neon: "a gema das gemas")
Exclusividade da Paraíba, a turmalina de cor azul neon, a mais cara no mercado de gemas, só foi encontrada em jazidas de São José da Batalha. A raridade é explicada pela gemologia por conta da coloração incandescente de uma combinação de traços de cobre e manganês dentro da pedra.          
Nós últimos meses, os mineradores do Seridó passaram a encontrar novos indícios da existência de turmalina bicolor, com mais destaque para jazidas das cidades de Nova Palmeira, Picuí e Salgadinho.
Fonte: Joia br

Brejinho, capital das ametistas

Brejinho, capital das ametistas



Um lugar do sertão onde não há desemprego, onde os moradores respiram prosperidade. A riqueza vem da terra. Não a de plantar, mas a terra que esconde uma preciosidade. O povoado de Brejinho é a capital nordestina das ametistas. Para extrair o minério, o homem desmancha montanhas, rasga rochedos, arrisca a vida. Em um garimpo a céu aberto, a ametista está sendo encontrada no fim de uma ribanceira com mais de 70 metros. Só quando se chega perto do local de extração é que se percebe que essa é uma aventura um tanto perigosa. O problema não é a profundidade – o trabalho é a 70, 80 metros da superfície. O risco está na fragilidade da descida. A impressão que se tem é de que a madeira dos degraus pode quebrar em uma pisada. Nem o calor sufocante de 38 graus tira a disposição dos homens. São oito horas, às vezes dez, trabalhando sem parar, no rastro da pedra lilás.
O garimpeiro Fiel Macedo Ribeiro começou a trabalhar quando era garoto. Hoje, aos 71 anos, ainda tem força para perseguir a sorte. É o garimpeiro mais experiente da área. "A cor escura e a pedra lisa indicam boa qualidade. Quando não é de boa qualidade, ela não dá espelho. A boa pedra brilha mais", explica o garimpeiro. Uma caçamba sobre trilhos transporta tudo o que garimpeiros extraem da rocha. O cascalho é jogado no riacho. É o que eles chamam de rejeito. Mas o que é lixo para uns é dinheiro para outros.
Erlan da Conceição Batista é jogador profissional de futebol, atacante da Catuense, time que disputa o Campeonato Baiano. "Quando o campeonato fica parado seis meses, dou um jeitinho de ganhar o pão de cada dia. São seis meses jogando futebol e seis meses pegando ametista. O futebol dá mais dinheiro", diz Erlan. Sem contrato para este ano, Erlan vai se virando na beira do riacho, catando pedra. “Com um saco, faço R$ 80”, conta ele.
Aventura arriscada é descer na mina subterrânea. Os dormentes dos trilhos servem de escada. Uma escorregada pode ser fatal. Os garimpeiros trabalham a 80 metros de profundidade. Com picaretas, eles vão descobrindo o minério. As ametistas aparecem nas camadas de terra entre as rochas. "Tem pedra de até um metro", revela o garimpeiro Tibério Lima Gondim.
Tibério não pode se queixar da sorte. Ele descobriu o rumo das pedras. As ametistas saem do garimpo separadas em lotes, prontas para o mercado. São vendidas na região mesmo, em sacos de 30 a 35 quilos. É um negócio no escuro, como dizem os garimpeiros. O comprador não pode escolher.
"Porque tem pouca pedra e muito comprador”, explica Tibério. “Tudo o que se produz é vendido."
Para vender a produção, os garimpeiros criaram uma cooperativa. O lucro é dividido entre eles, em partes iguais. “Um saco é vendido por R$ 3 mil”, conta Tibério. Para o comprador, o negócio é também vantajoso. Um homem, que não quis ser identificado, com medo de assalto, comprou um saco lacrado.
"Neste lote tem seis quilos de ametista. Eu vendo por R$ 1 mil o quilo”, revela o comprador. “A boa pedra é escura e limpa”, avalia ele.
Pelos telhados novos das casas, se percebe que o dinheiro dos garimpos está sendo investido também em reformas, construções. Quem estava fora da terra voltou. O povoado dobrou de tamanho nos últimos três anos. Em Brejinho, a ametista fez a vida melhorar.

Dólar recua com fluxo e volta ao patamar R$3,15

Dólar recua com fluxo e volta ao patamar R$3,15



Notas de dólar dos Estados Unidos 26/03/2015 REUTERS/Gary Cameron/File Photo
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar não sustentou a alta do início dos negócios e terminou a segunda-feira em queda e de volta ao nível de 3,15 reais, com algum fluxo de recursos deixando o cenário externo no segundo plano.
O dólar recuou 0,39 por cento, a 3,1552 reais na venda, depois de bater a mínima de 3,1516 reais. Na máxima, atingiu 3,1787 reais. O dólar futuro tinha queda de cerca de 0,30 por cento.
“Vimos fluxo exportador e financeiro e isso acabou descolando o dólar daqui do exterior”, resumiu um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local.
Dessa forma, o cenário externo, que pressionou a moeda para cima em parte da manhã, acabou em segundo plano. Lá fora, predominava alguma cautela depois de a violenta votação pela independência na Catalunha alimentar a ansiedade sobre o risco político na zona do euro.
“O mercado monitora várias coisas: as chances maiores de alta de juros nos EUA..., o recuo do euro e a cena política local”, resumiu mais cedo o sócio da Onnix Corretora, Vanderlei Muniz.
Nesta sessão, o euro recuava frente ao dólar, perto do seu nível mais baixo em seis semanas. O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, está enfrentando a maior crise constitucional do país em décadas após o referendo realizado na Catalunha no domingo abrir as portas para a região mais rica da Espanha decretar separação.
O futuro da política monetária dos Estados Unidos também era monitorado pelos investidores, com o dólar subindo ante uma cesta de moedas.
O mercado vem trabalhando com a perspectiva de que o Fed possa elevar novamente os juros neste ano, possivelmente em dezembro, mesmo que a inflação não atinja a meta de 2 por cento, como já indicou a chair do banco central, Janet Yellen.
Internamente, os investidores seguiam de olho nas negociações para barrar o andamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados.
O cenário político teve reforço da pesquisa Datafolha, que no final de semana mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na frente da disputa para as eleições à Presidência em 2018.
O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção para o mercado de câmbio. Não há vencimentos de swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares-- em novembro.

Fonte:  Reuters

Ibovespa fecha praticamente estável após melhor trimestre em 8 anos, com política no radar

Ibovespa fecha praticamente estável após melhor trimestre em 8 anos, com política no radar

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta segunda-feira, após acumular de julho a setembro a maior alta trimestral em oito anos, com investidores evitando grandes apostas à espera de mais clareza na cena política local, especialmente sobre o avanço de reformas no Congresso.
O Ibovespa fechou com variação positiva de 0,09 por cento, a 74.359 pontos. O giro financeiro somou 7,2 bilhões de reais, abaixo da média diária de setembro, de 9,97 bilhões de reais, a melhora média do ano.
As negociações do governo para barrar a mais recente denúncia contra o presidente Michel Temer seguem no centro das atenções, com investidores avaliando as chances desse processo atrasar ou levar a alterações nas propostas de reformas, principalmente a da Previdência.
“O lado econômico está mais tranquilo, mas a questão política voltou ao radar, com dúvidas sobre como vão ficar as votações”, disse o gerente de renda variável da H.Commcor Ari Santos.
Dados mais recentes da economia, como números de inflação, vêm mantendo a visão de queda da taxa básica de juros, o que tende a favorecer o mercado de renda variável.
No exterior, os dados positivos de atividade industrial na China, que cresceu em setembro no ritmo mais rápido desde 2012, assim como números positivos do setor de serviços chinês, influenciaram a perspectiva para o minério de ferro, amparando o tom positivo de mineradoras.

DESTAQUES

- ELETROBRAS PNB subiu 4,32 por cento e ELETROBRAS ON ganhou 3,95 por cento. O presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., disse nesta segunda que a divulgação da modelagem para o processo de privatização da empresa deve ocorrer até o final do ano.
- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA avançou 2,02 por cento, após os acionistas da empresa aprovarem a conversão de ações preferenciais em ordinárias, como parte do processo de migração para o segmento Novo Mercado da B3.
- VALE ON subiu 0,09 por cento, após dados otimistas da economia chinesa. A atividade industrial da China, forte consumidor da produção da Vale, subiu em setembro no ritmo mais rápido desde 2012, enquanto o crescimento do setor de serviços no mês passado foi o maior desde maio de 2014.
- CSN ON teve alta de 2,81 por cento, após os dados positivos da China e também diante da perspectiva pela divulgação de balanços atrasados da empresa. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, a CSN deve divulgar os balanços até a segunda semana de outubro.
- PETROBRAS PN subiu 0,65 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,57 por cento, na contramão do movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.
- CIELO ON caiu 2,18 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, com investidores cautelosos diante das perspectivas de resultados. Na semana passada, analistas da corretora Brasil Plural cortaram a recomendação dos papéis da Cielo, destacando que a combinação de recessão com mudanças estruturais na regulação e maior competição levaram à estabilidade dos resultados, com baixo crescimento do lucro em 2017 e 2018.
- AMBEV ON perdeu 1,62 por cento, após a empresa anunciar previsão de gasto de cerca de 1 bilhão de reais em 2017 com a adesão a programa de regularização tributária que envolve contingências tributárias de 3,5 bilhões de reais.
- B2W ON avançou 7,85 por cento, após analistas do BTG Pactual elevarem o preço-alvo para os papéis da empresa para 29 reais, ante 17 reais.

Fonte:  Reuters

Wall St avança no início do quarto trimestre

Wall St avança no início do quarto trimestre

(Reuters) - Os índices acionários dos Estados Unidos começaram o quarto trimestre com forte alta nesta segunda-feira, com os três principais indicadores atingindo patamares recordes conforme os dados apontaram para a força da economia.
O índice Dow Jones .DJI subiu 0,68 por cento, a 22.557 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX ganhou 0,39 por cento, a 2.529 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC avançou 0,32 por cento, a 6.516 pontos.
Um indicador da atividade da indústria dos EUA avançou para a máxima de quase 13 anos e meio em setembro. As interrupções nas cadeias de suprimentos causadas pelos furacões Harvey e Irma resultaram em fábricas levando mais tempo para entregar bens e aumentaram os preços das matérias-primas. [nL2N1MD0RL]
Os setores com maiores ganhos nesta segunda-feira foram materiais, industriais e financeiros.
O otimismo sobre a reforma tributária dos Estados Unidos também impulsionou as ações. O presidente dos EUA Donald Trump propôs na semana passada a maior revisão fiscal em três décadas, mas ofereceu poucos detalhes sobre o plano.
“Há muitos detalhes (sobre reforma tributária) que precisam ser elaborados, mas o mercado está certamente disposto a acreditar que algo bom pode acontecer”, disse Scott Wren, estrategista sênior de capital em Wells Fargo Investment Institute em St. Louis.
Os detalhes ainda estavam vindo à tona do maior tiroteio em massa da história dos EUA. Um homem armado matou pelo menos 58 pessoas e feriu mais de 500 mais em Las Vegas no domingo. As ações dos fabricantes de armas aumentaram, incluindo Sturm Ruger (RGR.N) subiram 3,5 por cento.

Fonte:  Reuters