terça-feira, 3 de outubro de 2017

Topázio

Topázio
topazio
Topázio

O topázio é um mineral nesossilicato de flúor e alumínio de fórmula química Al2(F,OH)2SiO4. e classificado como pedra semipreciosa.
  Ocorrência
Forma cristalina do topázio

Topázio azul gema bruta
  Cristaliza no sistema ortorrômbico e seus cristais são na maior parte prismáticos terminados ou não por faces piramidais, frequentemente apresentando pinacóide basal. Tem uma perfeita clivagem basal .O topázio tem uma dureza de 8, peso específico entre 3.4-3.6, e um brilho vítreo. Quando puro é transparente, em geral matizado por impurezas; em termos de. quando aquecido, o topázio amarelo torna-se frequentemente rosa-avermelhado.
Cor :o topázio típico apresenta-se cor de vinho ou amarelo-claro. Pode também ser branco, cinza, verde, azul, ou amarelo-avermelhado e transparente ou translúcido.


Jazidas

O topázio Pode ser encontrado , na República Checa, Saxônia, Noruega, Suécia, Japão, Brasil, México, Estados Unidos e algumas regiões de Portugal e rússia.


Dureza: 8 (Escala de Mohs):  
Densidade: 3,4 a 3,6 g/cm3
Topázio imperial


Topázio imperial
Topázio imperial lapidado






O topázio imperial só ocorre em Ouro Preto e as ocorrências existentes não ultrapassam os limites do seu município. Esta região é a única fornecedora desta gema em escala comercial e abastece as joalherias do mundo inteiro. Cumpre assinalar a existência de uma ocorrência no Paquistão, sem expressão econômica.



Lapidação

Forma da lapidação mais comum para topázio.







Os gregos acreditavam que dentro do Topázio azul reuniam-se os deuses do céu e da terra para deliberarem sobre como expulsar os males do céu e do mar para que mantessem sua cor azul transparente assim como o Topázio azul.

Fonte: Geologo.com

Esta pedra vai mudar o mundo?

Esta pedra vai mudar o mundo?




Nada como uma revolução tecnológica para virar o mundo de cabeça para baixo e obrigar cientistas e governos a revisar os conceitos e as previsões. Quem diria que os Estados Unidos, o maior consumidor de energia do mundo, poderiam se tornar autossuficientes em 2035? Pois esse foi o prognóstico da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) no seu relatório de 2012, o World Energy Outlook, ao analisar as transformações por que o país vem passando desde que uma rocha – o xisto – e um polêmico meio de extrair petróleo e gás – o fraturamento hidráulico, mais conhecido como fracking – ganharam peso na produção energética americana.
A extração do gás contribui para a recuperação econômica dos EUA, mas abre perspectivas sinistras ao meio ambiente, alarmando os ecologistas. Para eles, o “x” da equação do xisto é uma incógnita perigosa, sobretudo pelas emissões de gás carbônico, 20% superiores à da queima do poluente carvão. O primeiro leilão para exploração do gás no Brasil está marcado para novembro.
Os norte-americanos possuem enormes reservas do mineral, mas até 2006 os métodos disponíveis para extrair combustível da rocha eram muito caros. Naquele ano, porém, empresas de petróleo e gás começaram a usar o fracking. O resultado não tardou: já existem mais de 20 mil poços em operação no país, e o gás natural, que até 2000 representava 1% da produção de energia no país, saltou para 30% em 2010 e poderá chegar a 50% em 2035.
Embora especialistas afirmem que o tempo de produção de cada poço não supere 15 ou 20 anos, a dimensão das reservas americanas de xisto garante longevidade ao setor. “Os suprimentos de gás natural agora economicamente recuperáveis do xisto nos EUA poderiam acomodar a demanda doméstica do país por gás natural nos níveis atuais de consumo por mais de 100 anos”, anunciam os pesquisadores Michael McElroy e Xi Lu, da Universidade Harvard, no artigo “Fracking’s Future”, publicado na edição de fevereiro de 2013 da Harvard Magazine.

Preços baixos

Embora favorável à energia renovável, o governo do presidente Barack Obama apóia a produção do gás de xisto, mesmo com a controvérsia ambiental que cerca a questão. Por três motivos. Em primeiro lugar, o gás natural é o menos poluente dos combustíveis fósseis, uma vantagem para um país que usa carvão e petróleo para gerar energia. A Agência Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês) credita a melhora geral da poluição atmosférica no país nos últimos anos ao aumento no uso do gás de xisto.
Em segundo lugar, há vantagens econômicas indiscutíveis. O gás de xisto fez o preço do insumo cair nos EUA de US$12 para US$3 por milhão de BTU (sigla para british termal unit, “unidade térmica britânica”, medida para gás). Para comparar, o preço do gás convencional no Brasil custa entre US$ 12 e US$ 16 por milhão de BTU. A queda de preços faz os EUA importarem menos petróleo, explica o físico José Goldemberg, “uma vez que o gás vem substituindo derivados do petróleo tanto na indústria quanto no transporte”. Os americanos passaram até a exportar gás de xisto.
A terceira razão é geopolítica: a autossuficiência energética livraria os EUA da dependência de fornecedores problemáticos e/ou potencialmente hostis, como os países árabes e a Venezuela. Como efeito colateral, a saída do mercado do megacomprador norte-americano baixaria os preços do petróleo e até poderia inviabilizar alguns projetos de produção, salienta Goldemberg. “Até a exploração do pré-sal no Brasil poderia ser afetada pela queda dos preços produzida pelo gás do xisto”, adverte o físico.
Na avaliação da IEA, o Brasil é o décimo colocado em reservas de gás de xisto recuperáveis, com 6,3 trilhões de metros cúbicos de jazidas, volumosas no Centro-Sul. Para a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, porém, as reservas em terra podem superar as do pré-sal e chegar a 14,16 trilhões de metros cúbicos. “Isso precisa ser comprovado”, diz ela. “Temos de investir e saber o potencial do país.”
O Brasil não tende a se atirar ao gás de xisto, pois recém começou a exploração do pré-sal, mas a nova riqueza não escapa aos olhos do governo. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) marcou para novembro o primeiro leilão de blocos de gás, separado dos leilões para exploração de petróleo, oferecendo áreas nas bacias de xisto do Paraná, Parecis, Parnaíba, Recôncavo Baiano, Acre e São Francisco. Empresas como Petrobras, HRT, OGX, Orteng, Cemig e Petra já demonstram interesse na extração do gás de xisto.

Gargalo brasileiro

A polêmica sobre o fracking ainda não representa problema, de acordo com as autoridades. Mas a ANP reconhece que faltam estudos sobre os impactos ambientais do método. Um comunicado à imprensa, de 13 de abril passado, afirma que “o tema do fraturamento hidráulico tem causado alvoroço na imprensa mundial, pois seus riscos não foram esclarecidos plenamente”. Mas a agência prevê que o leilão de outubro seguirá os trâmites habituais, com as áreas “previamente analisadas quanto à sensibilidade ambiental pelo Ibama e pelos órgãos estaduais competentes”.
O secretário de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, considera que bastam algumas adaptações para dar conta das variáveis envolvidas. “Teremos algumas exigências adicionais (em relação aos leilões habituais), como fraturamento com poço revestido, cimentação mais adequada e projeto aprovado pela ANP”, afirma. Por seu lado, o Ministério do Meio Ambiente informa – olimpicamente –, que não tem relação com o tema.
No campo ambientalista, porém, a dupla fracking-gás de xisto causa engulhos. “O único argumento por trás da exploração é o econômico”, diz Carlos Rittl, coordenador do programa Mudanças Climáticas e Energia da organização ambientalista WWF-Brasil, que critica a falta de discussão sobre os aspectos sociais e ambientais da questão e a guinada rumo aos combustíveis fósseis, na contramão do que recomenda o aquecimento global.
“Há uma clara vontade política para viabilizar a exploração por meio de fracking, especialmente após as recentes avaliações otimistas sobre o potencial de gás de xisto em terra, no Brasil”, afirma Antoine Simon, da divisão europeia dos Amigos da Terra. “Até agora, não existe nada específico em estudo no Ibama, no Ministério do Meio Ambiente ou na Agência Nacional de Águas”, lamenta o ex-deputado ambientalista Fabio Feldmann.
Não custa pensar como São Tomé e aguardar para ver. Afinal, no pré-sal os combustíveis já estão prontos para extração, enquanto o gás de xisto ainda está indefinido. “No Brasil não temos legislação específica para o gás não convencional nem incentivos fiscais ou financeiros que aumentem a atratividade do investimento”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. “As reservas nós temos. Se a produção vai se dar em dois ou dez anos, depende da vontade do governo de enfrentar os gargalos que prejudicam o mercado de gás no Brasil.”  [FIM]
Recurso abundante
Em 2011 as reservas provadas de petróleo da Arábia Saudita, maior produtor mundial, eram de 265 bilhões de barris. No mesmo ano, as reservas globais de gás de xisto eram estimadas em 187 trilhões de metros cúbicos, o equivalente a 1,17 Poço de gás de xisto em trilhão de barris. Nome popular do Kivioli, na Estônia. Os países folhelho, o xisto tem uma variação – o xisto betuminoso – que contém querogênio nos poros, uma mistura de compostos químicos orgânicos a partir da qual também se produzem hidrocarbonetos como óleo e metano. Os depósitos de xisto betuminoso poderiam produzir ainda entre 2,8 trilhões e 3,3 trilhões de barris de óleo recuperável. Para economias carentes de energia, a pedra negra pode valer ouro.
Xisto paranaense
O Brasil explora o xisto em escala industrial desde 1972, quando a Petrobras abriu uma refinaria de Industrialização do Xisto, a SIX, em São Mateus do Sul (PR). A cada dia, cerca de 7 mil toneladas da rocha são retiradas do solo por técnicas de mineração, moídas e submetidas a altas temperaturas. Desse processo são obtidos diariamente quatro mil barris de petróleo, além de derivados como o enxofre.
A atividade apresenta dois impactos ambientais salientes. O primeiro, ligado ao processo de abertura das minas, implica a retirada da vegetação e do solo. O segundo, relacionado ao processamento e refino, emite gases-estufa. A Petrobras afirma que controla as emissões e recupera em escala industrial as áreas exploradas desde 1979. Um estudo da Universidade Federal do Paraná feito em 2009 reforça essa tese, ao mostrar que o solo original e o recuperado tinham composição química bem parecida.
Por outro lado, uma pesquisa do Instituto Ambiental do Paraná, órgão fiscalizador do Estado, revela que a SIX foi multada em 2004 e 2006 por descumprir normas de qualidade de água. Outro estudo, do geólogo Helvio Rech, da Universidade Federal do Pampa (RS), detectou que a exploração do xisto está diretamente relacionada à incidência de problemas respiratórios na população de São Mateus do Sul.
Impactos ambientais
O fraturamento hidráulico, ou fracking, é conhecido desde os anos 1940, mas nos últimos anos o aumento nos custos da exploração de petróleo e gás viabilizou economicamente seu uso. Os poços abertos para trazer à superfície os combustíveis do xisto são inicialmente perfurados no sentido vertical, em geral até 3 mil metros de profundidade. Quando se atinge a camada desejada, entra em cena a perfuração horizontal, numa extensão entre 300 e 2.000 metros.
Por um duto horizontal se injeta água, a uma pressão bastante elevada, misturada com areia e produtos químicos. A manobra causa fraturas nas rochas, por onde é liberado o combustível. Este sobe com a água para tanques, onde os produtos são separados.
O fracking está longe de ser unanimidade. Na Europa, ele é permitido no Reino Unido e na Polônia, mas foi proibido na França e na Bulgária. Nos EUA, os Estados de Nova York, Pensilvânia e Texas aprovaram regulamentações exigentes para o método. Veja os problemas:
1 VAZAMENTO
Muitos depósitos de xisto estão abaixo de aquíferos. Se a vedação do poço for falha, produtos químicos usados no fracking poderão ser liberados na água. Embora um executivo da Halliburton tenha sido notícia em 2011 ao beber o fluido de fracking utilizado pela empresa, para demonstrar que ele é seguro, existem dúvidas sobre a composição desse material. O processo pode ainda permitir que os gases acumulados nas rochas atinjam os aquíferos. Uma recente pesquisa da Universidade Duke, publicada em junho na revista PNAS, detectou que 84% de 141 poços analisados na formação Marcellus, no nordeste da Pensilvânia, estão contaminados com metano, etano e propano. Nos poços situados a menos de 1 km dos locais de extração de água potável, os níveis de metano são seis vezes maiores do que o normal, e os níveis de etano, 23 vezes maiores.
2 CONTAMINAÇÃO
A mistura de água, areia e produtos químicos injetada nos poços sobe aos poucos para a superfície e pode contaminar o solo e a água.
3 CONSUMO DE ÁGUA
Retirar as imensas quantidades de água empregadas no processo pode prejudicar os ecossistemas da região. Calcula-se que um poço normal exija em média entre 11 milhões e 30 milhões de litros de água durante sua vida útil.
4 TERREMOTOS
Embora cientistas britânicos afirmem na revista Journal of Marine and Petroleum Geology que o fracking não causa abalos sísmicos importantes, há divergências. Para eliminar o risco, o professor Richard Davies, da Universidade de Durham, sugere que se evitem perfurações perto de falhas tectônicas.
5 POLUIÇÃO NO PROCESSO
Um estudo da Universidade Cornell divulgado recentemente na revista Climatic Science estima que a pegada de carbono do processo de extração do gás de xisto seja até 20% maior do que a do carvão, o mais “sujo” e poluente dos combustíveis fósseis.
Fonte: revistaplaneta

Cobre opera em alta, com liquidez comprometida por feriado chinês

Cobre opera em alta, com liquidez comprometida por feriado chinês


Os futuros de cobre operam em leve alta em Londres e Nova York, com a liquidez reduzida por um feriado na China que se estenderá até o fim da semana, fator que mantém o metal dentro de sua faixa recente de preços. Por volta das 7h20 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) subia 0,33%, a US$ 6.514,50 por tonelada.
Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o cobre para entrega em dezembro tinha alta marginal de 0,05%, a US$ 2,9570 por libra-peso, às 8h (de Brasília). O feriado na China, principal consumidor mundial de metais básicos, compromete o volume de negócios com cobre e outros metais.
Mais adiante, investidores ficarão atentos ao Congresso do Partido Comunista da China – a partir do dia 18 -, que provavelmente determinará o tom da demanda pelo restante do ano. Entre outros metais na LME, os ganhos eram generalizados: o zinco avançava 0,76% no horário indicado acima, a US$ 3.226,50 por tonelada; o alumínio subia 1%, a US$ 2.124,50 por tonelada; o estanho tinha ligeira alta de 0,07%, a US$ 20.700,00 por tonelada; o níquel saltava 2,53%, a US$ 10.725,00 por tonelada; e o chumbo aumentava 0,08%, a US$ 2.527,00 por tonelada.
Fonte: Dow Jones Newswires


Debate desastrado sobre mineração na Amazônia pode custar bilhões ao governo

Debate desastrado sobre mineração na Amazônia pode custar bilhões ao governo


O governo federal recuou do debate sobre a extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), mas o dano causado pela polêmica medida ainda vai assombrar o governo e pode atrapalhar a aprovação de outras medidas econômicas, em especial no próprio setor de mineração, com frustração de bilhões de reais em arrecadação. A alteração nos royalties da mineração, que está no Congresso com a medida provisória (MP) 789, foi contaminada pelo debate sobre a Amazônia, tem forte oposição do setor produtivo e pode ser enterrada durante a tramitação.
Dentro do governo há preocupação sobre a viabilidade das mudanças, que aumentam a contribuição recolhida pelo setor. Sem apoio das empresas – um segmento poderoso, de grande influência econômica e perante os parlamentares -, há risco de se começar uma guerra judicial, similar ao que ocorreu nas empresas do setor de energia elétrica no governo Dilma Rousseff.
Em 2017, foram arrecadados em royalties da mineração (a chamada Compensação Financeira pela exploração de recursos Minerais, CFEM), R$ 1,8 bilhão. Com as mudanças propostas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e chanceladas na MP, estima-se que a arrecadação possa ser até 80% maior, chegando perto dos R$ 3,2 bilhões ao ano.
A principal reclamação dos empresários sobre a MP é a definição de que a base de cálculo passa a ser sobre o faturamento bruto e não mais líquido, como atualmente.  Outra reclamação do setor privado é que as mudanças tenham sido feitas por MP. As empresas também reclamam dos altos custos de produção do Brasil e alegam que o licenciamento ambiental no país é um entrave aos investimentos.
 O relator da MP na comissão mista, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), afirmou em entrevista à Gazeta do Povo que entende as reclamações das empresas perante algo que vai aumentar os custos, mas que esta não será a oportunidade para tratar temas mais abrangentes, como mudanças na legislação ambiental ou redução de custos globais.
“Alguns representantes de grandes empresas criticaram o governo por ter mandado MP para subir a CFEM, que a carga tributária é alta, e que isso poderia vir com simplificação do processo de licenciamento ambiental. Eu acredito que carga e custo Brasil são altos. Vou lutar para mudar? Vamos. Mas não vai ser nesta MP. Vamos mudar licenciamento? Vamos, mas não vai ser nessa MP. Essa MP não se propõe e avaliar e rever licenciamento. Tem de ter foco”, afirmou Pestana.
“Eles (as empresas) vão ter chance de se expressar. Obviamente, quando se aumenta um custo, há reclamações. Mas todos sabem que a CFEM no Brasil é muito pequena em relação a Canadá e Austrália, por exemplo. E minério só dá uma safra, não é uma riqueza renovável. E depois, quando se esgotar o recurso mineral? Se criou uma riqueza, uma estrutura, e não se consegue manter”, afirmou o deputado.
A sensação de técnicos do setor mineral é que o erro de estratégia ao escolher acabar com a Renca no atual momento do governo Michel Temer, seguido do erro de comunicação ao tratar do assunto, “já contaminou a discussão” das MPs de mineração que estão no Congresso. Neste momento, o governo quer deixar que ocorram as audiências públicas na comissão mista que avalia a MP 789, para que haja um “detox” sobre o tema Renca.
Outro tema que também pode contaminar o debate sobre as MPs do setor de mineração é a privatização da Eletrobras, também sob o comando do Ministério de Minas e Energia. Em audiências no Congresso, os temas Renca e Eletrobras vêm sendo colocados juntos, como parte de uma pauta “pró-mercado” perseguida pelo ministério – e criticada pelas alas de oposição ao governo. O aumento da CFEM, que vai em sentido contrário e prejudica as empresas, pode ser colocada no mesmo balaio por outro viés: o de que as empresas terão de cortar custos – e podem cortar empregos – ao verem a CFEM subir.
As empresas do setor mineral argumentam que o governo está pesando na mão ao aumentar a alíquota dos royalties e que a fúria arrecadatória, com mudanças feitas via medida provisória, vão afugentar os investimentos e causar questionamentos na Justiça, o que causará o efeito contrário ao desejado pelo governo, o aumento de arrecadação.
Do outro lado, o governo defende que a alíquota é muito baixa no Brasil e que há outros benefícios para o setor que estão sendo batalhados, trazendo clareza jurídica para o setor.
No final de julho, o presidente Michel Temer realizou um grande evento no Palácio do Planalto, com maciça participação das empresas de mineração, e apresentou três MPs: uma com alteração nas alíquotas no recolhimento da contribuição setorial (aumentando o valor pago pelas mineradoras ao governo); criação da Agência Nacional de Mineração (ANM); e alterações das regras do setor, para modernizar o Código de Mineração vigente, que data dos anos 1960.
Atualmente, a alíquota da CFEM é fixa, com base no faturamento líquido das empresas. O minério de ferro, principal item da pauta mineral brasileira, tem alíquota fixa em 2%. Para outros minerais, o percentual também é fixo e varia de 0,2% (pedras preciosas e metais nobres) a 3% (minério de alumínio, manganês, sal-gema e potássio).
Pela MP, a alíquota da CFEM para o minério de ferro vai variar de 2% a 4% em função da cotação internacional da tonelada do minério. Quanto mais alta a cotação, maior o recolhimento. O setor produtivo reclama desses gatilhos. O relator da MP, deputado Marcus Pestana, afirmou que pode discutir a metodologia de apuração do imposto que foi enviada na MP pelo governo. Ele sinalizou que está aberto ao debate com as empresas e com o governo sobre o tema e que talvez fizesse mais sentido ter diferenças sobre o tamanho da empresa, não sobre o valor do minério.
A indústria mineral vem reclamando e deixando claro que se opõem ao novo formato de cálculo da CFEM. A Alcoa, por exemplo, afirmou em evento do setor que está “buscando formas de reduzir custos para compensar o aumento”, segundo noticiou o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
Fonte: Gazeta do Povo

Rio Tinto deverá utilizar trens autônomos para minério de ferro em 2018

Rio Tinto deverá utilizar trens autônomos para minério de ferro em 2018


A Rio Tinto deverá utilizar trens de minério de ferro sem maquinistas na Austrália Ocidental em 2018, disse a segunda maior produtora global da commodity nesta segunda-feira, após completar sua primeira jornada de longo curso com uma locomotiva completamente autônoma. O trecho de 100 quilômetros marcou um passo importante para o comissionamento no ano que vem do programa AutoHaul da companhia, inicialmente programado para iniciar-se em 2015.
“O sucesso nessa corrida-piloto nos coloca firmemente a caminho de atingir nossa meta de operar a primeira rede ferroviária de longa distância totalmente autônoma”, disse, em nota, o chefe de minério de ferro da Rio Tinto, Chris Salisbury. A Rio Tinto tem há tempos destacado os potenciais benefícios de uma rede de trens sem maquinistas, incluindo tornar mais rápidas as viagens entre minas e portos e vice-versa, reduzindo o tempo necessário para troca de operadores e eliminando preocupações com o cansaço dos condutores.
 A Rio Tinto já opera caminhões sem motoristas em suas minas, o que contribuiu fortemente para os cortes de custos da unidade da companhia nos últimos cinco anos. Os atrasos no plano AutoHaul levaram a Rio Tinto a reduzir sua produção em 2016 a 330 milhões de toneladas, ante uma meta original de 350 milhões de toneladas.
(Por Sonali Paul)
Fonte: Thomson Reuters 2017