quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Ele lavava carros e morava de favor – hoje fatura R$ 1,6 milhão

Ele lavava carros e morava de favor – hoje fatura R$ 1,6 milhão

AndersonMacena_TopSpaCar3: Anderson Macena, empreendedor dono da Top Spa Car© Divulgação Anderson Macena, empreendedor dono da Top Spa Car

São Paulo – Sempre que aparece aquela preguiça de trabalhar, o empreendedor Anderson Macena recorre a uma foto do banheiro de sua antiga “casa”: uma funilaria em São Bernardo do Campo onde ele trabalhava e vivia de favor nos anos 1990. E foi nessa situação extrema que Macena iniciou o seu negócio – a Top Spa Car, uma franquia de lava-rápidos adaptados para concessionárias que em 2016 faturou 1,6 milhão de reais.
“Eu morava e trabalhava nessa funilaria e o proprietário tinha um terreno que ele não usava. Pedi então para usar aquele espaço para fazer limpeza de carros e ele topou”, conta Macena. Foi o início do negócio.
Pouco tempo depois, um representante de uma seguradora pediu para instalar no lava-rápido um ponto de coleta de baterias de celular. O que seria apenas fato corriqueiro acabou mudando a vida do empreendedor. Isso porque a mesma seguradora depois indicou Macena para um serviço importante: lavar e higienizar alguns carros atingidos por uma enchente na região. “Mas eu precisaria ir até a concessionaria, porque os carros não podiam ser deslocados até o lava-rápido”, lembra o empreendedor.
Terminado o serviço, Macena tinha uma ideia de negócio: por que não oferecer serviços de lava-rápido dentro das concessionárias? Ele fez a proposta para o dono da concessionária, que aceitou fazer uma experiência – Macena não pagaria aluguel nem despesas como água e luz, em troca dividiria seus ganhos com a concessionária.
A parceria deu certo e hoje a Top Spa Car é uma franquia presente em 42 concessionárias localizadas em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Pará.

Sem almoço grátis

Para Macena, esse é um dos grandes diferenciais do seu negócio: o franqueado não tem custos fixos com aluguel do espaço e energia. O modelo funciona pela divisão dos ganhos –30% fica com a concessionária e 70% fica com o empreendedor. Além disso, por atuar em concessionárias, os franqueados em geral não precisam trabalhar aos finais de semana, uma grande vantagem quando se fala em franquias.
Porém, isso não quer dizer que as concessionárias fazem um favor ao franqueado, pelo contrário. “Antigamente era fácil vender carro. Hoje isso mudou, as margens diminuíram e agora estão migrando para o pós-venda. Não existe almoço grátis. Somos uma solução para um problema que eles têm”, afirma.
Para ajudar na solução desse problema, hoje a Top Spa Car não oferece apenas a lavagem do carro, mas sim diversos serviços de limpeza e estética automotiva, com custos que podem ir a 2 mil reais. Alguns serviços novos são o acarômetro e a biohigienização, modalidade que deixa o veículo livre de bactérias, fungos e ácaros.

Lava-rápido de luxo

Outro ponto positivo em relação a um lava-rápido comum são os processos desenvolvidos. “Quando você vai num lava-rápido comum, daqueles de posto de gasolina, não existe um processo. E na concessionária da Toyota, por exemplo, eu tenho 11 minutos pra entregar um carro limpo e aspirado. Por isso comecei a desenvolver tecnologia”, conta.
“No mundo inteiro, lavar carros é um subemprego. Eu já fui lavador e tenho orgulho de dizer que estamos mudando o mercado. A pessoa que vai ao lava-rápido muitas vezes encontra aquela molecada de chinelo, o cliente tem que esperar de pé, num lugar desconfortável, formam-se filas. Vi nisso uma oportunidade muito grande e a parceria com as concessionárias serviu como uma luva, porque foi uma oportunidade de fazer o serviço sem ter custos como o de aluguel”, afirma.
O empreendedor interessado em investir na marca deve estar preparado para desembolsar entre 60 mil e 230 mil reais para o investimento inicial, a depender do modelo de franquia escolhido. O faturamento médio mensal é de 25 mil a 180 mil reais e o lucro é de 30% desse valor. Um dos planos da franquia agora é expandir para o exterior. E novembro, a Top Spa Car deve inaugurar seu escritório em Miami. Para 2017, a expectativa é faturar 3,8 milhões de reais.

Fonte: MSN

Ligações a partir de orelhões da Oi serão gratuitas em 15 estados 

Ligações a partir de orelhões da Oi serão gratuitas em 15 estados

© Reprodução

A Anatel determinou no último domingo (1) que a Oi não poderá cobrar ligações locais e de longa distância nacional para telefones fixos realizadas a partir de seus orelhões em 15 estados. A medida é uma punição pelo fato da operadora não atingir o número mínimo de orelhões em funcionamento nessas localidades.

Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espirito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e Sergipe são os estados nos quais as ligações não serão cobradas. "A disponibilidade da planta de orelhões deve ser de no mínimo 90% em todas as Unidades da Federação e de no mínimo 95% nas localidades atendidas somente por orelhões", explica a Anatel.

Essa não é a primeira vez que a Anatel impõe a punição. Na verdade, é o sexto ciclo de gratuidade em ligações a partir de orelhões estabelecido pela Anatel, o primeiro foi em 15 de abril de 2015. Desta vez, entraram Espírito Santo, Roraima, Santa Catarina e Sergipe, enquanto no Rio Grande do Sul a Oi conseguiu atingir a meta de 92% e não terá mais a gratuidade. O saldo negativo parece mostrar que o custo-benefício de ligações gratuitas é melhor do que atender às exigências da Anatel.

O controle foi feito em 30 de agosto deste ano, e a próxima checagem está programada para o final de fevereiro de 2018. A gratuidade, por sua vez, se manterá até o dia 30 de março de 2018, quando deverá ser divulgado o resultado da próxima aferição.
Fonte: Seleções

terça-feira, 3 de outubro de 2017

ESMERALDA

Esmeralda
Esmeralda


 Esmeralda é uma variedade do mineral berilo (Be3Al2(SiO3)6), a mais nobre delas. Outras variedades de berilo são a água-marinha, a morganita, o heliodoro, a goshenita e a bixbyíta. Sua cor verde é devida à presença de quantidades mínimas de crômio e às vezes vanádio. É altamente apreciada como gema e o preço por quilate a coloca entre as pedras mais valiosas do mundo, perdendo algum desse valor frequentemente devido às inclusões que ocorrem em todas as esmeraldas, Elas, porém, são úteis pois ajudam a identificar a gema e podem indicar sua procedência.   .  . É transparente a opaca, mas apenas as variedades mais preciosas são transparentes.

Dureza  de 7.5 - 8.0 na Escala de Mohs 

DESCOBERTA: As esmeraldas foram descobertas no Brasil em 1963. A partir de então o país vem produzindo mais esmeraldas do que qualquer outro e suas gemas são consideradas de altíssima qualidade. Os estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás são atualmente os maiores produtores.


Esmeralda gema bruta

Esmeralda gema bruta




JAZIDAS: As principais jazidas de esmeraldas são colombianas, mas pode ser encontrada também no Brasil, Rússia e no Zimbábue



Lapidação esmeralda



Gema lapidada
LAPIDAÇÃO: Artesãos especializados na lapidação de esmeraldas podem ser encontrados principalmente no Brasil, Japão, na Índia, e em Israel. O trabalho demanda cuidados e habilidades especiais, em razão do alto valor da pedra bruta, e se faz muitas vezes em corte retangular conhecido como "Lapidação esmeralda".

CUIDADOS: A esmeralda não deve ser utilizada em atividades como esportes, trabalhos de casa ou qualquer outra atividade onde a esmeralda possa receber pancadas. A esmeralda é uma pedra muito sensível a batidas fortes e riscos. Deve-se evitar também mudanças de temperatura repentinas.

Topázio

Topázio
topazio
Topázio

O topázio é um mineral nesossilicato de flúor e alumínio de fórmula química Al2(F,OH)2SiO4. e classificado como pedra semipreciosa.
  Ocorrência
Forma cristalina do topázio

Topázio azul gema bruta
  Cristaliza no sistema ortorrômbico e seus cristais são na maior parte prismáticos terminados ou não por faces piramidais, frequentemente apresentando pinacóide basal. Tem uma perfeita clivagem basal .O topázio tem uma dureza de 8, peso específico entre 3.4-3.6, e um brilho vítreo. Quando puro é transparente, em geral matizado por impurezas; em termos de. quando aquecido, o topázio amarelo torna-se frequentemente rosa-avermelhado.
Cor :o topázio típico apresenta-se cor de vinho ou amarelo-claro. Pode também ser branco, cinza, verde, azul, ou amarelo-avermelhado e transparente ou translúcido.


Jazidas

O topázio Pode ser encontrado , na República Checa, Saxônia, Noruega, Suécia, Japão, Brasil, México, Estados Unidos e algumas regiões de Portugal e rússia.


Dureza: 8 (Escala de Mohs):  
Densidade: 3,4 a 3,6 g/cm3
Topázio imperial


Topázio imperial
Topázio imperial lapidado






O topázio imperial só ocorre em Ouro Preto e as ocorrências existentes não ultrapassam os limites do seu município. Esta região é a única fornecedora desta gema em escala comercial e abastece as joalherias do mundo inteiro. Cumpre assinalar a existência de uma ocorrência no Paquistão, sem expressão econômica.



Lapidação

Forma da lapidação mais comum para topázio.







Os gregos acreditavam que dentro do Topázio azul reuniam-se os deuses do céu e da terra para deliberarem sobre como expulsar os males do céu e do mar para que mantessem sua cor azul transparente assim como o Topázio azul.

Fonte: Geologo.com

Esta pedra vai mudar o mundo?

Esta pedra vai mudar o mundo?




Nada como uma revolução tecnológica para virar o mundo de cabeça para baixo e obrigar cientistas e governos a revisar os conceitos e as previsões. Quem diria que os Estados Unidos, o maior consumidor de energia do mundo, poderiam se tornar autossuficientes em 2035? Pois esse foi o prognóstico da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) no seu relatório de 2012, o World Energy Outlook, ao analisar as transformações por que o país vem passando desde que uma rocha – o xisto – e um polêmico meio de extrair petróleo e gás – o fraturamento hidráulico, mais conhecido como fracking – ganharam peso na produção energética americana.
A extração do gás contribui para a recuperação econômica dos EUA, mas abre perspectivas sinistras ao meio ambiente, alarmando os ecologistas. Para eles, o “x” da equação do xisto é uma incógnita perigosa, sobretudo pelas emissões de gás carbônico, 20% superiores à da queima do poluente carvão. O primeiro leilão para exploração do gás no Brasil está marcado para novembro.
Os norte-americanos possuem enormes reservas do mineral, mas até 2006 os métodos disponíveis para extrair combustível da rocha eram muito caros. Naquele ano, porém, empresas de petróleo e gás começaram a usar o fracking. O resultado não tardou: já existem mais de 20 mil poços em operação no país, e o gás natural, que até 2000 representava 1% da produção de energia no país, saltou para 30% em 2010 e poderá chegar a 50% em 2035.
Embora especialistas afirmem que o tempo de produção de cada poço não supere 15 ou 20 anos, a dimensão das reservas americanas de xisto garante longevidade ao setor. “Os suprimentos de gás natural agora economicamente recuperáveis do xisto nos EUA poderiam acomodar a demanda doméstica do país por gás natural nos níveis atuais de consumo por mais de 100 anos”, anunciam os pesquisadores Michael McElroy e Xi Lu, da Universidade Harvard, no artigo “Fracking’s Future”, publicado na edição de fevereiro de 2013 da Harvard Magazine.

Preços baixos

Embora favorável à energia renovável, o governo do presidente Barack Obama apóia a produção do gás de xisto, mesmo com a controvérsia ambiental que cerca a questão. Por três motivos. Em primeiro lugar, o gás natural é o menos poluente dos combustíveis fósseis, uma vantagem para um país que usa carvão e petróleo para gerar energia. A Agência Ambiental Americana (EPA, na sigla em inglês) credita a melhora geral da poluição atmosférica no país nos últimos anos ao aumento no uso do gás de xisto.
Em segundo lugar, há vantagens econômicas indiscutíveis. O gás de xisto fez o preço do insumo cair nos EUA de US$12 para US$3 por milhão de BTU (sigla para british termal unit, “unidade térmica britânica”, medida para gás). Para comparar, o preço do gás convencional no Brasil custa entre US$ 12 e US$ 16 por milhão de BTU. A queda de preços faz os EUA importarem menos petróleo, explica o físico José Goldemberg, “uma vez que o gás vem substituindo derivados do petróleo tanto na indústria quanto no transporte”. Os americanos passaram até a exportar gás de xisto.
A terceira razão é geopolítica: a autossuficiência energética livraria os EUA da dependência de fornecedores problemáticos e/ou potencialmente hostis, como os países árabes e a Venezuela. Como efeito colateral, a saída do mercado do megacomprador norte-americano baixaria os preços do petróleo e até poderia inviabilizar alguns projetos de produção, salienta Goldemberg. “Até a exploração do pré-sal no Brasil poderia ser afetada pela queda dos preços produzida pelo gás do xisto”, adverte o físico.
Na avaliação da IEA, o Brasil é o décimo colocado em reservas de gás de xisto recuperáveis, com 6,3 trilhões de metros cúbicos de jazidas, volumosas no Centro-Sul. Para a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, porém, as reservas em terra podem superar as do pré-sal e chegar a 14,16 trilhões de metros cúbicos. “Isso precisa ser comprovado”, diz ela. “Temos de investir e saber o potencial do país.”
O Brasil não tende a se atirar ao gás de xisto, pois recém começou a exploração do pré-sal, mas a nova riqueza não escapa aos olhos do governo. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) marcou para novembro o primeiro leilão de blocos de gás, separado dos leilões para exploração de petróleo, oferecendo áreas nas bacias de xisto do Paraná, Parecis, Parnaíba, Recôncavo Baiano, Acre e São Francisco. Empresas como Petrobras, HRT, OGX, Orteng, Cemig e Petra já demonstram interesse na extração do gás de xisto.

Gargalo brasileiro

A polêmica sobre o fracking ainda não representa problema, de acordo com as autoridades. Mas a ANP reconhece que faltam estudos sobre os impactos ambientais do método. Um comunicado à imprensa, de 13 de abril passado, afirma que “o tema do fraturamento hidráulico tem causado alvoroço na imprensa mundial, pois seus riscos não foram esclarecidos plenamente”. Mas a agência prevê que o leilão de outubro seguirá os trâmites habituais, com as áreas “previamente analisadas quanto à sensibilidade ambiental pelo Ibama e pelos órgãos estaduais competentes”.
O secretário de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, considera que bastam algumas adaptações para dar conta das variáveis envolvidas. “Teremos algumas exigências adicionais (em relação aos leilões habituais), como fraturamento com poço revestido, cimentação mais adequada e projeto aprovado pela ANP”, afirma. Por seu lado, o Ministério do Meio Ambiente informa – olimpicamente –, que não tem relação com o tema.
No campo ambientalista, porém, a dupla fracking-gás de xisto causa engulhos. “O único argumento por trás da exploração é o econômico”, diz Carlos Rittl, coordenador do programa Mudanças Climáticas e Energia da organização ambientalista WWF-Brasil, que critica a falta de discussão sobre os aspectos sociais e ambientais da questão e a guinada rumo aos combustíveis fósseis, na contramão do que recomenda o aquecimento global.
“Há uma clara vontade política para viabilizar a exploração por meio de fracking, especialmente após as recentes avaliações otimistas sobre o potencial de gás de xisto em terra, no Brasil”, afirma Antoine Simon, da divisão europeia dos Amigos da Terra. “Até agora, não existe nada específico em estudo no Ibama, no Ministério do Meio Ambiente ou na Agência Nacional de Águas”, lamenta o ex-deputado ambientalista Fabio Feldmann.
Não custa pensar como São Tomé e aguardar para ver. Afinal, no pré-sal os combustíveis já estão prontos para extração, enquanto o gás de xisto ainda está indefinido. “No Brasil não temos legislação específica para o gás não convencional nem incentivos fiscais ou financeiros que aumentem a atratividade do investimento”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. “As reservas nós temos. Se a produção vai se dar em dois ou dez anos, depende da vontade do governo de enfrentar os gargalos que prejudicam o mercado de gás no Brasil.”  [FIM]
Recurso abundante
Em 2011 as reservas provadas de petróleo da Arábia Saudita, maior produtor mundial, eram de 265 bilhões de barris. No mesmo ano, as reservas globais de gás de xisto eram estimadas em 187 trilhões de metros cúbicos, o equivalente a 1,17 Poço de gás de xisto em trilhão de barris. Nome popular do Kivioli, na Estônia. Os países folhelho, o xisto tem uma variação – o xisto betuminoso – que contém querogênio nos poros, uma mistura de compostos químicos orgânicos a partir da qual também se produzem hidrocarbonetos como óleo e metano. Os depósitos de xisto betuminoso poderiam produzir ainda entre 2,8 trilhões e 3,3 trilhões de barris de óleo recuperável. Para economias carentes de energia, a pedra negra pode valer ouro.
Xisto paranaense
O Brasil explora o xisto em escala industrial desde 1972, quando a Petrobras abriu uma refinaria de Industrialização do Xisto, a SIX, em São Mateus do Sul (PR). A cada dia, cerca de 7 mil toneladas da rocha são retiradas do solo por técnicas de mineração, moídas e submetidas a altas temperaturas. Desse processo são obtidos diariamente quatro mil barris de petróleo, além de derivados como o enxofre.
A atividade apresenta dois impactos ambientais salientes. O primeiro, ligado ao processo de abertura das minas, implica a retirada da vegetação e do solo. O segundo, relacionado ao processamento e refino, emite gases-estufa. A Petrobras afirma que controla as emissões e recupera em escala industrial as áreas exploradas desde 1979. Um estudo da Universidade Federal do Paraná feito em 2009 reforça essa tese, ao mostrar que o solo original e o recuperado tinham composição química bem parecida.
Por outro lado, uma pesquisa do Instituto Ambiental do Paraná, órgão fiscalizador do Estado, revela que a SIX foi multada em 2004 e 2006 por descumprir normas de qualidade de água. Outro estudo, do geólogo Helvio Rech, da Universidade Federal do Pampa (RS), detectou que a exploração do xisto está diretamente relacionada à incidência de problemas respiratórios na população de São Mateus do Sul.
Impactos ambientais
O fraturamento hidráulico, ou fracking, é conhecido desde os anos 1940, mas nos últimos anos o aumento nos custos da exploração de petróleo e gás viabilizou economicamente seu uso. Os poços abertos para trazer à superfície os combustíveis do xisto são inicialmente perfurados no sentido vertical, em geral até 3 mil metros de profundidade. Quando se atinge a camada desejada, entra em cena a perfuração horizontal, numa extensão entre 300 e 2.000 metros.
Por um duto horizontal se injeta água, a uma pressão bastante elevada, misturada com areia e produtos químicos. A manobra causa fraturas nas rochas, por onde é liberado o combustível. Este sobe com a água para tanques, onde os produtos são separados.
O fracking está longe de ser unanimidade. Na Europa, ele é permitido no Reino Unido e na Polônia, mas foi proibido na França e na Bulgária. Nos EUA, os Estados de Nova York, Pensilvânia e Texas aprovaram regulamentações exigentes para o método. Veja os problemas:
1 VAZAMENTO
Muitos depósitos de xisto estão abaixo de aquíferos. Se a vedação do poço for falha, produtos químicos usados no fracking poderão ser liberados na água. Embora um executivo da Halliburton tenha sido notícia em 2011 ao beber o fluido de fracking utilizado pela empresa, para demonstrar que ele é seguro, existem dúvidas sobre a composição desse material. O processo pode ainda permitir que os gases acumulados nas rochas atinjam os aquíferos. Uma recente pesquisa da Universidade Duke, publicada em junho na revista PNAS, detectou que 84% de 141 poços analisados na formação Marcellus, no nordeste da Pensilvânia, estão contaminados com metano, etano e propano. Nos poços situados a menos de 1 km dos locais de extração de água potável, os níveis de metano são seis vezes maiores do que o normal, e os níveis de etano, 23 vezes maiores.
2 CONTAMINAÇÃO
A mistura de água, areia e produtos químicos injetada nos poços sobe aos poucos para a superfície e pode contaminar o solo e a água.
3 CONSUMO DE ÁGUA
Retirar as imensas quantidades de água empregadas no processo pode prejudicar os ecossistemas da região. Calcula-se que um poço normal exija em média entre 11 milhões e 30 milhões de litros de água durante sua vida útil.
4 TERREMOTOS
Embora cientistas britânicos afirmem na revista Journal of Marine and Petroleum Geology que o fracking não causa abalos sísmicos importantes, há divergências. Para eliminar o risco, o professor Richard Davies, da Universidade de Durham, sugere que se evitem perfurações perto de falhas tectônicas.
5 POLUIÇÃO NO PROCESSO
Um estudo da Universidade Cornell divulgado recentemente na revista Climatic Science estima que a pegada de carbono do processo de extração do gás de xisto seja até 20% maior do que a do carvão, o mais “sujo” e poluente dos combustíveis fósseis.
Fonte: revistaplaneta