quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Mineradora pretende explorar ouro em área devastada pela tragédia de Mariana (MG)

Mineradora pretende explorar ouro em área devastada pela tragédia de Mariana (MG)


Dois anos após a tragédia que marcou a vida não só dos moradores de Bento Rodrigues e adjacências, mas também de moradores de toda região do Inconfidentes que perderam parentes e amigos em meio a devastação causada pelo rompimento da barragem de rejeitos, dois pedidos chamam atenção na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad).
Os pedidos de licença prévia e licença de instalação do empreendimento, de responsabilidade da Fênix Mineração Ouro Preto foram protocolados em Março deste ano, porém a empresa alega ter interesse em atuar na região desde 2009.
O ato causa estranheza pois na área a ser explorada, o meio ambiente ainda reluta contra a lama remanescente no fundo e nas margens do rio. Aos poucos a vegetação começa a emergir em meio ao que a enxurada deixou para trás. Em entrevista ao portal Estado de Minas, o engenheiro geólogo Carlos Henrique Ramos Mello disse que para a que tal exploração seja realizada, o Rio Gualaxo do Norte, entre Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo terá que ser desviado para que a turbidez que será gerada não caia na água e que não haverá beneficiamento no local. Portanto, não existe risco de contaminação.
A Prefeitura de Mariana assinou uma declaração de conformidade e considerou satisfatório o Plano de Aproveitamento Econômico apresentado pela Fênix, exigindo a licença de instalação do empreendimento para garantir a portaria de lavra.
As ações na região ainda dividem opiniões. Moradores do entorno pedem a volta da operação na mineradora Samarco e alegam ser o sustento da população local. Porém ambientalistas dizem que a extração de minério traz danos irreparáveis ao meio ambiente e se colocam contra a continuidade das operações.
Fonte: Impacto Atual 

CSN espera crescimento de 25% no Ebitda de 2017, diz presidente

CSN espera crescimento de 25% no Ebitda de 2017, diz presidente


 - O presidente-executivo do grupo CSN, Benjamin Steinbruch, disse nesta terça-feira que a empresa espera atingir lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) próximo de 5 bilhões de reais este ano, crescimento de cerca de 25 por cento sobre o resultado obtido em 2016.
“O quarto trimestre vai ser melhor que o terceiro… Esperamos receita de 18 bilhões de reais em 2017, Ebitda próximo de 5 bilhões e relação de dívida sobre Ebitda próxima de 5 vezes”, disse Steinbruch em teleconferência com analistas após a empresa divulgar resultados trimestrais na véspera. A CSN divulgou na véspera que teve Ebitda ajustado de 1,2 bilhão de reais no terceiro trimestre, queda de 2 por cento sobre o mesmo período do ano passado. No ano até setembro, a CSN teve Ebitda de 3,44 bilhões de reais.
Segundo Steinbruch, a CSN mantém meta de atingir alavancagem de 3,5 vezes até o fim de 2018 e prevê melhora nos preços no próximo ano para retomar processo de venda de ativos. Ele evitou dar detalhes sobre o assunto, embora o diretor financeiro da companhia, Marcelo Ribeiro, tenha mencionado que a redução da alavancagem para o nível de 3,5 vezes possa levar 12 a 18 meses.
“Bastante deles (ativos) já tiveram propostas concretas, mas achamos que temos que esperar o momento certo (para uma venda)”, afirmou Steinbruch, acrescentando que as ações preferenciais da Usiminas detidas pela CSN também podem ser vendidas “num momento oportuno”.
O plano da CSN para reduzir a alavancagem, que em 2015 era de 8,2 vezes e caiu para 6,3 vezes em 2016, inclui renegociação sobre os vencimentos com a bancos e acesso a mercado de capitais no início do próximo ano. A empresa já havia negociado em 2015 alongamentos com Banco do Brasil e Caixa.
A CSN tem a vencer em 2018 dívidas de 5,6 bilhões de reais. Em 2019, serão mais 7,3 bilhões e em 2020 outros 7,9 bilhões. Steinbruch afirmou que os vencimentos bancários de 2018 estão concentrados em dois bancos que já “são parceiros de longa data” da CSN e que vinham esperando resultados auditados da companhia para acertar o reperfilamento da dívida.
“Estamos trabalhando há mais de nove meses em alongamento da dívida. São dois bancos parceiros que entendem a companhia, são parceiros antigos e tenho certeza que vão nos permitir até novembro termos esse alongamento feito”, disse Steinbruch. Ele acrescentou que após o alongamento a empresa deverá negociar com detentores de bônus no primeiro semestre, mas não deu detalhes.
 INVESTIMENTOS
Paralelamente à discussão de alongamento da dívida, a empresa também divulgou que está promovendo projetos para aumentar suas capacidades de produção de minério de ferro e aço.
Na frente de minério de ferro, principal fonte de lucro, a CSN resolveu problemas com autoridades para obtenção de licenças ambientais para obras em barragens de rejeitos da mina de Casa de Pedra, em Minas Gerais.
Steinbruch afirmou que o desastre ambiental causado pelo rompimento de barragem da Samarco, que destruiu o rio Doce em novembro de 2015 e deixou 19 mortos, dificultou as discussões para obtenção das licenças para obras de ampliação da operação de Casa de Pedra, mas que a questão está resolvida.
A empresa informou investimentos de 368 milhões de reais na região de Casa de Pedra, dos quais 165 milhões serão destinados para construção de unidades de filtragem de rejeitos de minério de ferro, o que ampliará a vida útil das barragens da CSN.
Em aço, a CSN deve parar em setembro de 2018 um alto forno para reforma que ampliará a capacidade do equipamento em 15 por cento, ou 400 mil toneladas adicionais de placas por ano. A reforma vai levar de 50 a 60 dias e demandar investimentos de 205 milhões de reais, disse Steinbruch. Enquanto o equipamento estiver parado, a CSN usará placas de seu estoque, evitando comprar de terceiros por conta de custos.
Fonte: Reuters

Do jeito que estão os garimpos ilegais na Amazônia é um absurdo, afirmam analistas sobre insurgência em Humaitá

Do jeito que estão os garimpos ilegais na Amazônia é um absurdo, afirmam analistas sobre insurgência em Humaitá


A queima de balsas, dragas e equipamentos por fiscais do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em áreas proibidas à extração ilegal de minério levou a uma grande insurgência entre garimpeiros e dirigentes de cooperativas do setor. No rescaldo, autoridades estimam prejuízos imensuráveis com o incêndio às instalações físicas, veículos e arquivos do IBAMA, Instituto Chico Mendes da Preservação da Biodiversidade (ICM-Bio) e à Gerência local do INCRA para a região Sul do Estado amazonense.
Ao menos 500 moradores, entre garimpeiros e dragueiros participaram da insurgência contra a fiscalização dos órgãos de controle e fiscalização ambiental, mineral e agrária nesta parte da Amazônia. A motivação, segundo comandantes militares junto à Polícia Militar (PM) e do Batalhão de Infantaria e Guerra na Selva (54º BIS), foi por conta da apreensão e queima de balsas, dragas (verdadeiras cidades flutuantes) e maquinário usados na extração ilegal de ouro ao longo do rio Madeira e região de sequeiro (terra-firme).
Há duas semanas, com o vazamento da notícia sobre a possível operação contra garimpeiros e dragueiros ilegais que atuariam sob a proteção (?) de duas cooperativas com parte de outorgas dadas pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) – atual Agência Reguladora -, anda assim, não inibiu a ação dos insurgentes contra os órgãos federais.
Diante de um centenário já considerado tenso ao menos 1,2 décadas, desde a ocupação de áreas de preservação e conservação ambiental, o Vale do Rio Madeira sempre foi objeto da cobiça interestadual das gigantes das balsas e  dragas instaladas em áreas outorgadas e em outras, não.
Segundo os consultores José Ricardo Costa – com causas em andamento no Fórum da Comarca local, a 200 quilômetros da Capital Porto Velho  – e João Roberto Lemes Soares, de São Paulo, ‘se já apreendidas e notificados os infratores da lei ambiental e de outorgas, ao que parece não haveria motivo para tais feitos em ambos os lados’. Nesse caso, disseram, ‘as penalidades podem ser arbitradas aos lados envolvidos, por solidariedade no novo episódio, agora, considerado criminoso’.
Em linhas gerais, os dois lados agora contam os prejuízos a ponto dessa história podem render novos capítulos caso seja provada a participação do prefeito e o vice-prefeitos da cidade, respectivamente, Herivâneo Seixas (PROS) e Redemacker Chaves (PSD), cuja suposta a incitação no episódio já está sendo alimentada no âmbito das investigações a partir de Manaus.
No tocante aos garimpeiros e dragueiros considerados ilegais, atuando em áreas de preservação e conservação ambiental ao longo do Rio Madeira há mais de duas décadas, ‘se identificados nos vídeos virilizados na Internet pelo Facebook, e outros durante as investigações, os envolvidos serão responsabilizados’.
No contraponto, de acordo com os consultores José Ricardo e João Roberto, ‘tanto os agentes do Estado quanto todos os insurgentes que atearam fogo e compartilharam dos danos às sedes do IBAMA, INCRA e ICM-Bio, dependendo da interpretação da Justiça, deverão receber imputação pelos crimes que teriam cometido’.
TRISTE HISTÓRICO – Segundo especialistas, a organização garimpeira no Brasil e especialmente nos estados amazônicos, sulistas, sudesinos e parte do  centro oeste, ‘ainda hoje é considerada uma grande utopia’. Devido à baixa escolaridade, apontaram, ‘garimpeiros não estão muito dispostos a cumprirem regras’ e seriam passíveis à manipulação escancarada na busca pela própria sobrevivência e de suas famílias em troca de nada quase nada durante a atividade legal ou ilegal de extração mineral’.
A corrida ao ouro, notadamente, nesta parte da Amazônia, depois de exauridos os ciclos da borracha, da madeira e das usinas, tem se demonstrado ousada a ponto de o ‘esquema da usurpação mineraria, com tantas denúncias corrupção envolvendo licenciamentos deliberados órgãos ambientais só fragiliza a fiscalização do Estado’.
Não é de hoje que episódios como o de Humaitá e Itaituba, respectivamente, sul do Amazonas e Sudoeste do Pará, ocorre penalizando a União e bens de particulares. ‘Um fato difícil de ser esclarecido, devidamente, após os sinistros praticados por insurgentes à aplicação de leis mais duras’, como no caso dos garimpos ilegais de ouro, diamante e até contrabando de material radiativo.

Segundo dados fornecidos, reservadamente, a este site de notícias, essa dinheirama pouco dela seria computada, oficialmente, pelo Fisco Estadual, Municipal e Federal, em face da ausência da certificação dada pelas Cooperativas outorgadas junto ao DNPM, Receita Federal e agências reguladoras envolvidas no processo da comercialização dentro e fora do País.
De acordo com depoimentos colhidos, ‘o comércio local, se vê algum dinheiro circulando saído da venda do ouro, a exemplo dos garimpos as localidades de Uruapiara, Santa Rosa e do largo do Tambaqui, é mais em festas noturnas, restaurantes, lojas de departametos e nas farmácias’.
A maior fatia gasta pelos garimpeiros continua com a aquisição de eletro-eletrônicos (aparelhos de TV, celulares e jogos infantis), na Província de Guayaramérin, Departamento Benni, Bolívia), nos Shoppings de Porto Velho e Manaus,com a segunda fatia do bolo nas cidades de origens de mais de 65% dos garimpeiros que migram, anualmente, às cidades de Humaitá, Lábrea, Canutama, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba e Nova Olinda do Norte, áreas de predominâncias de garimpagem tradicional.
Com exceção de Manicoré, cidade a duas horas e meia de voadeira de Humaitá, ‘no período de fiscalização mais dura por parte do IBAMA e da Polícia Federal, não se tem notícia de alguma insurgência resultante em queima de prédios públicos’. Lá, como nos demais municípios onde atuam INCRA, ICM-Bio ou a Força Nacional, a fiscalização tem sido moderada e os alvos das operações têm sido contidos pelas autoridades.
Em entrevista à imprensa, o Superintendente do IBAMA, no Estado do Amazonas, o ex-chefe da Fiscalização do órgão no primeiro e segundo mandato do atual governador, Amazonino Mendes, ‘a fiscalização não será interrompida e vai continuar durante todo o seu curso’ previsto na inicial dos trabalhos de inibição às atividades garimpeiras consideradas ilegais ao longo do Vale do Rio Madeira.
Fonte: NewsRondônia

Mineradores gaúchos debatem auxiliar dragagem dos rios em parceria com o Governo do Estado

Mineradores gaúchos debatem auxiliar dragagem dos rios em parceria com o Governo do Estado


Uma parceria com o Sindicato das Empresas de Mineração de Brita, Areia e Saibro do Rio Grande do Sul (Sindibritas) e a Associação Gaúcha dos Produtores de Brita, Areia e Saibro (Agabritas) pode ajudar na dragagem dos rios do estado. O assunto foi debatido durante reunião mensal de diretoria da entidade, que contou com a presença do secretário de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Artur Lemos Júnior.
- Queremos propor uma parceria do Governo do Estado com o Sindibritas para a realização de uma dragagem dos rios do estado. Nosso objetivo é convergir para que consigamos fazer essa parceria entre o setor produtivo e o poder público – relatou Artur Lemos Júnior.
Ainda durante o encontro, o presidente do Sindibritas e da Agabritas, Pedro Antônio Reginato, entregou, ao secretário de Minas e Energia, um levantamento com detalhes sobre o canal de navegação no Rio Grande do Sul, elaborado pelo Porto de Rio Grande.
- Este documento foi solicitado pela Secretaria para apontar a localização geográficas dos canais de navegação no estado e nós buscamos estes dados, através do Porto de Rio Grande. Estes dados servirão de base para o trabalho que está sendo executado pela Agabritas e Sindibritas denominado “Levantamento dos títulos minerários soprepostos aos canais de navegação da Lagoa dos Patos; Lago Guaíba; Delta do Jacuí e Rio Jacuí”. Este levantamento é um marco para que se entenda a importância de debater os detalhes dos nossos rios para a mineração – afirmou Pedro Antônio Reginato.
A reunião ocorreu em outubro na sede do Sindibritas e da Agabritas. O deputado estadual Catarina Paladini e com o assessor parlamentar Assis Tadeu Barbosa Velho, representando o deputado estadual Lucas Redecker.
Fonte:  SindiBritas

Irã busca US$50 bi em investimentos em mineração em cinco anos, diz vice-ministro

Irã busca US$50 bi em investimentos em mineração em cinco anos, diz vice-ministro


O Irã está em busca de 50 bilhões de dólares em investimentos para suas indústrias de mineração até 2022 e assinou acordos com diversos bancos da Europa e da Ásia nos últimos meses, disse o vice-ministro de mineração do país nesta quarta-feira.
“Estamos precisando de 50 bilhões de dólares para investimentos em mineração e indústrias mineradoras do Irã”, afirmou Mehdi Karbasian à Reuters no intervalo de uma conferência do setor em Melbourne.
“Nos últimos dois meses chegamos a acordos com Coreia do Sul, Áustria, Dinamarca e estamos a caminho de fechar com outros países, como a Alemanha”, disse Karbasian, sem identificar os investidores.
Ele comentou que o plano é atrair capital para os próximos cinco anos, mas não revelou o montante de recursos já levantado pelo país.
Karbasian afirmou que o país também está procurando parcerias com mineradoras e fabricantes estrangeiros, sem citar nomes.
     “Estamos tentando o nosso melhor para encontrar os investidores certos… Minas e fábricas são algumas das oportunidades para as empresas estrangeiras investirem.”
Como parte dos planos de expansão para a indústria, o Irã planeja aumentar sua produção de alumínio para 1,5 milhão de toneladas anualmente em 2025, de cerca de 450 mil toneladas no ano passado. Para isso, o país precisa assegurar mais recursos de bauxita do exterior.
“Estamos conversando com algumas companhias brasileiras e australianas e com outras companhias guineenses e dominicanas também”, disse Karbasian.
Fonte: Reuters