quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Cientistas detectam 'vazio' do tamanho de um avião na pirâmide de Quéops 

Cientistas detectam 'vazio' do tamanho de um avião na pirâmide de Quéops


Imagem 3D da missão ScanPyramids cedida em 2 de novembro de 2017 pelo Nature Publishing Group mostra o vazio interno na Grande Pirâmide de Gizé: Pesquisadores trabalham desde  2015 no lugar© Fornecido por AFP Pesquisadores trabalham desde  2015 no lugar
A pirâmide de Quéops no Egito, uma das sete maravilhas do mundo antigo, escondia há 4.500 anos uma surpresa. Cientistas anunciaram nesta quinta-feira a descoberta de uma enorme cavidade em seu interior que nenhuma teoria havia antecipado.
A cavidade é "tão grande como um avião de 200 passageiros no coração da pirâmide", declarou à AFP Mehdi Tayubi, codiretor do projeto ScanPyramids, responsável pela descoberta.
Uma equipe de cientistas egípcios, franceses, canadenses e japoneses trabalha desde o final de 2015 na pirâmide, utilizando tecnologia de ponta não invasiva, que permite observar através dela para descobrir possíveis espaços ou estruturas internas desconhecidas.
O objetivo é aprender um pouco mais sobre a construção das pirâmides, que sempre foi cercada de mistérios.
O monumento, de 139 metros de altura e 230 de largura, fica no complexo de Gizé, próximo do Cairo, perto da Grande Esfinge e das pirâmides de Quéfren e Miquerinos.
"Há muitas teorias sobre a existência de possíveis câmaras secretas nas pirâmides. Se juntássemos todas, obteríamos um queijo gruyere", brinca Mehdi Tayubi.
"Mas nenhuma delas previa a existência de algo tão grande", completou.
De acordo com o estudo publicado na Nature, o "big void" (grande vazio), como os cientistas denominam a descoberta, mede pelo menos 30 metros de comprimento e tem características similares às da grande galeria, a maior sala conhecida da pirâmide.
A cavidade se encontra a 40 ou 50 metros da câmara da rainha, no centro do monumento.
"O 'grande vazio' está totalmente fechado, nada foi tocado desde a construção da pirâmide. É uma descoberta muito emocionante", disse Kunihiro Morishima, da Universidade de Nagoya no Japão, integrante da missão ScanPyramids.
- Por quê este vazio? -
Para encontrar este "bonito presente", escondido desde o reinado do faraó Quéops, os cientistas recorreram a partículas cósmicas, os chamados múons.
Quando estas partículas elementares, criadas na alta atmosfera por raios cósmicos, entram em contato com a matéria, são freadas até parar.
Os pesquisadores medem portanto a quantidade de múons que recuperam atrás de um objeto sondado. Se comprovam um excedente em algum lugar, significa que os múons atravessaram menos matéria, isto é, um vazio.
"Esta tecnologia não é nova, mas os instrumentos são mais precisos e mais robustos hoje. Podem sobreviver às condições do deserto egípcio", explica Sébastien Procureur, cientista francês que se uniu ao projeto em 2016.
Para evitar polêmicas, a existência da cavidade foi confirmada por três técnicas diferentes de detecção com múons, realizadas pela Universidade de Nagoya, o laboratório de pesquisas japonês Kek e o francês CEA.
O segredo revelado nesta quinta-feira apresenta novas perguntas sobre a pirâmide: Por quê existe esta cavidade? Há algo dentro?
"Não podemos saber se o vazio contém artefatos porque seriam muito pequenos para ser detectados por este tipo de técnica", afirmou Kunihiro Morishima, coautor do estudo.
Os cientistas tampouco têm informações sobre o papel deste vazio. Poderia ser uma "sucessão de câmaras contíguas, um enorme corredor horizontal, uma segunda grande galeria. Há muitas hipóteses possíveis", disse Tayubi.
O que já está claro é que será complicado alcançar o "grande vazio".
"Pensamos em modos de investigação bastante leves, não destrutivos", explicou o codiretor da missão.
"O CNRS (Centro Nacional para a Pesquisa Científica) e o Inria (Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automatização) se uniram ao nosso trabalho no ano passado para estudar um novo tipo de robô que consiga passar por buracos muito pequenos", concluiu.

Fonte: UOL

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Os 10 quadros mais caros do mundo


Os 10 quadros mais caros do mundo
Para você pode parecer um simples rabisco ou um retrato mal feito, mas para os especialistas em arte, essas são as pinturas mais caras do mundo já vendidas:
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10º. Salvator Mundi – Leonardo da Vinci: US$ 127,5 milhões
Data da obra: 1490-1519 | Data da venda: Maio 2013
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9º. Portrait of Adele Bloch-Bauer I – Gustav Klimt: US$ 135 milhões
Data da obra: 1907 | Data da venda: Junho 2006
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8º. Woman III – Willem de Kooning: US$ 137,5 milhões
Data da obra: 1953 | Data da venda: Novembro 2006
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7º. No. 5 – Jackson Pollock: US$ 140 milhões
Data da obra: 1948 | Data da venda: Novembro 2006
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6º. Nu Couché – Amedeo Modigliani: US$ 170,4 milhões
Data da obra: 1917 | Data da venda: Novembro 2015
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5º. Les Femmes d’Alger – Pablo Picasso: US$ 179,4 milhões
Data da obra: 1955 | Data da venda: Maio 2015
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4º. Pendant portraits – Rembrandt: US$ 180 milhões
Data da obra: 1634 | Data da venda: Setembro 2015
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3º. No. 6 – Mark Rothko: US$ 186 milhões
Data da obra: 1951 | Data da venda: Agosto 2014
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2º. The Card Players – Paul Cézanne: US$ 259 milhões
Data da obra: 1892 | Data da venda: Abril 2011
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1º. Nafea Faa Ipoipo – Paul Gauguin: US$ 300 milhões
Data da obra: 1892 | Data da venda: Fevereiro 2015
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Índia encontra tesouro milionário em porão de templo hindu 

Índia encontra tesouro milionário em porão de templo hindu 


Fiéis no templo de Sree Padmanabhaswamy.Direito de imagem Reuters
Image caption O templo foi construído no século 16 por governantes locais

Autoridades da Índia encontraram um tesouro de valor incalculável no porão de um templo hindu no estado de Kerala.
Acredita-se que o montante de ouro, prata e pedras preciosas, guardadas em quatro câmaras no subsolo do templo, foi enterrado por marajás da dinastia que governava a região ao longo do tempo.
A abertura do subsolo do templo de Sree Padmanabhaswamy, construído no século 16, foi autorizada pela Suprema Corte da Índia, que temia pela segurança do tesouro.
Embora peritos insistam que não é possível avaliar o valor da descoberta, estimativas extraoficiais falam em até US$ 500 milhões (cerca de R$1.Bilhão e setecentos milhões de reais).
Os descendentes da dinastia de Travancore, que por séculos governou a região e perdeu todos os poderes após a independência da Índia, em 1947, entraram na Justiça para ficar com as peças, mas o processo foi rejeitado.
O atual marajá (que não é reconhecido oficialmente), Uthradan Thirunaal Marthanda Varma, tem sido o responsável pela manutenção do templo. O governo irá administrar o local a partir de agora.
Disputa
Até o momento, apenas duas das quatro câmaras foram abertas. Calcula-se que o tesouro estava intocado há mais de um século.
Um grupo de sete pessoas, entre arqueólogos, representantes do governo e da família Travancore, participou da abertura das câmaras. A localização e o tamanho do tesouro eram assunto de lendas na região.
Um dos membros do grupo, Anand Padmanaban, disse que “há peças do século 18”. Por causa da quantidade, “não foi possível contá-las, então estão pesando” o tesouro.
A querela judicial que culminou na descoberta do tesouro teve início após um advogado local questionar a propriedade do templo por parte dos descendentes da dinastia Travancore.
Os Travancore se consideram servos de Padmanabhaswamy, divindade a quem o templo é dedicado, que seria um dos aspectos do deus Vishnu, um dos mais importantes no hinduísmo.
Por isso, os membros da família teriam guardado suas riquezas no subsolo do templo.
O marajá Uthradan Thirunaal Marthanda Varma afirma que tem o direito de controlar o templo por causa de uma lei especial indiana, decretada após a independência, que dava a posse do local ao então líder da dinastia.
No entanto, o pedido de Marthanda foi rejeitado, já que, atualmente, marajás são considerados cidadãos comuns no país.

Fonte: BBC

Região colombiana vive 'febre das esmeraldas'

Região colombiana vive 'febre das esmeraldas'


Esmeralda (Foto Parent Gery - Wikicommons)
Colômbia é uma das maiores produtoras de esmeralda
A pequena cidade de Pauna, na Colômbia, está vivendo uma verdadeira "febre das esmeraldas" desde sexta-feira, quando operários que trabalhavam na construção de uma estrada descobriram pedras preciosas nas suas proximidades.
As esmeraldas foram achadas por três trabalhadores na região conhecida como Nariz do Diabo.
De acordo com o prefeito de Pauna, Omar Casallas, citado pelo jornal colombiano El Tiempo, os três estavam cavando o solo para construir a fundação de um muro inclinado que protegeria a estrada quando fizeram a descoberta.
"Um deles estava perfurando a rocha com um martelo hidráulico e viu uma pedra verde brilhante", escreveu o jornal.
A notícia se espalhou não só por Pauna, mas também pelos povoados vizinhos de Maripí, Quípama e Muzo.
Logo, centenas de pessoas correram para as imediações do Nariz do Diabo com o objetivo de procurar mais esmeraldas.
Para evitar caos, a polícia teve de bloquear a estrada e a encosta íngreme perto da qual as pedras foram encontradas.
Segundo Casallas, uma das esmeraldas foi adquirida por 4 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 4,4 mil) e seria enviada aos EUA.
Outra, um pouco menor, seria usada para pagar estudos que identificarão a pureza das pedras da região.

Mercado

A Colômbia é um dos maiores produtores de esmeralda do mundo, juntamente com países como a Zâmbia e o Brasil. E Boyacá é uma das principais regiões produtoras do país.
Em pelo menos duas ocasiões, uma nos anos 60 e outra nos anos 80, disputas entre famílias e grupos produtores por minas e territórios ricos em esmeralda desataram conflitos que deixaram centenas de mortos no país - as chamadas "guerras verdes".
A Colômbia exporta hoje US$ 64 milhões (R$ 129 milhões) em esmeraldas, segundo a Fedesmeraldas, que representa produtores do setor. A associação diz, porém, que ainda há margem para aumentar a produção se mais investimentos forem feitos.

Fonte: BBC

TEMPOS DE MUITO OURO

Tempos de muito ouro


A cidade foi chamada de último faroeste brasileiro, a capital dos garimpos. No auge da febre do ouro, Itaituba recebia hordas de gente vinda de todos os cantos do país. Vinte toneladas de ouro por ano chegaram a ser extraídos dos garimpos do Alto Tapajós no fim dos anos 80. Mesmo com a decadência da mineração no rio do ouro, eles não perderam a esperança. Dos mais de 700 garimpos, só 200 ainda estão em funcionamento. A produção não chega a três ou quatro toneladas por ano.
Zé Arara é o mais lendário garimpeiro do Tapajós. Na década de 60, foi o garimpeiro mais famoso da Amazônia. Ele formou um império, no município de Itaituba, de aviões, mansões, fazendas, muito dinheiro, tudo tirado do ouro. Aí veio a crise e ele teve que recomeçar tudo.
“Antes da crise fui o único brasileiro que vendeu na faixa de 40 toneladas de ouro ao governo brasileiro”, conta ele. Zé Arara perdeu muito, mas nunca foi um garimpeiro de alma livre, capaz de gastar em uma noite, com mulheres e bebida, tudo o que levou meses para ganhar.
Ao contrário, ele construiu um patrimônio. “Além de ter um jato, tinha 15 aviões pequenos e quatro bandeirantes”, ressalta. Um problema com o jato em Itaituba fez com que Zé Arara trasladasse o avião de volta para a fábrica, em Nova York. “O avião explodiu no ar. Morreram dois tripulantes, dois comandantes e dois mecânicos. Para eu desenrolar esse rolo e não ser preso nos Estados Unidos, tive que gastar 200 quilos de ouro”, conta o garimpeiro.
Desde então, ele está sem sair do garimpo. São onze anos pagando dívidas. “Não devo mais, agora estou lutando para reerguer nosso negócio”, conta. Zé Arara se diz dono de 23 mil hectares de terra, toda a área do garimpo de Patrocínio. Mesmo assim, os moradores criaram uma associação e querem transformar a região em uma comunidade.
Zé Arara se sente ameaçado. “Temo até pela minha segurança. Hoje, estou recomeçando aos 70 anos”, ele diz. O garimpo não é mais como antes. Das dez mil pessoas que buscavam ouro em Patrocínio só restam duas mil.

Fonte: O Globo