quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

‘Pessoas vão ficar melhores’, diz presidente da Vale


‘Pessoas vão ficar melhores’, diz presidente da Vale

Dois anos após o desastre que deixou 19 mortos, destruiu comunidades e causou estragos em toda a Bacia do Rio Doce, em Mariana, na região Central de Minas, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse que o meio ambiente e as pessoas afetadas pela tragédia vão ficar melhores do que estavam antes do desastre. A declaração foi feita durante evento do banco Credit Suisse, em São Paulo.
“O meio ambiente e as pessoas vão ficar melhores do que estavam antes”, afirmou. Ele garantiu que todos que tiveram as casas perdidas terão as moradias reconstruídas e entregues, que as indenizações serão pagas e que será feita a recuperação ambiental. A Samarco pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton. A empresa está com as atividades paralisadas desde 5 de novembro de 2015, quando ocorreu a tragédia.
Questionado sobre os detalhes da negociação com a BHP para que a Vale assuma toda a operação da Samarco, o presidente da mineradora afirmou que as duas empresas “conversam o tempo todo”. Segundo Schvartsman, o objetivo da companhia é “colocar a Samarco para operar o mais rápido possível”. “Precisamos virar a página desse acidente terrível que aconteceu”, disse.
Schvartsman afirmou que é preciso passar às autoridades a convicção de que existem condições para que a companhia volte a operar. Os pedidos de licenciamento para o retorno das operações já foram feitos para os órgãos ambientais de Minas Gerais.
Na visão do executivo, Vale, BHP e Samarco poderiam “protelar indefinidamente a solução”, mas decidiram colocar recursos para reparação e criação de uma fundação independente (Renova) “para remediar a coisa terrível que aconteceu fortuitamente”.
Gastos. O presidente da Vale prevê que até junho o endividamento da empresa estará próximo de US$ 10 bilhões, o que ele considera como um valor sustentável. A empresa está fazendo a redução de custos. O início do processo foi iniciado com a posse de Schvartsman, em maio de 2017.
Fonte: O Tempo

Senadores pedem indenização de empresa por dívidas e dano ambiental no Amapá


Senadores pedem indenização de empresa por dívidas e dano ambiental no Amapá

Ações judiciais contra a Mineradora Zamin, sucessora da multinacional Anglo American, cobram milhões de reais por danos ambientais no Amapá e dívidas trabalhistas. Senadores do estado estão denunciando o caso no Brasil e no exterior e pedem rapidez no ressarcimento e na investigação de possíveis atos de corrupção.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) considera fraudulenta a venda das lavras e da concessão de estrada de ferro pela Anglo American para a Mineradora Zamin, que logo após a aquisição encerou as suas atividades. O senador João Capiberibe (PSB-AP) lembrou que a Polícia Federal investigou denúncias de corrupção envolvendo representantes do governo do estado e da Assembleia Legislativa do Amapá para homologar a transferência das operações de mineração entre as duas empresas. Isso aconteceu logo após um desabamento no Porto de Santana, resultando na morte de seis operários, desastre ambiental e grandes prejuízos para a economia amapaense.
Fonte: Senado

Glencore reduz produção em 2017 com venda de ativos e fatores climáticos


Glencore reduz produção em 2017 com venda de ativos e fatores climáticos

A mineradora anglo-suíça Glencore divulgou hoje que a produção da maioria de suas commodities diminuiu em 2017, refletindo o impacto da venda de ativos, atividades de manutenção e questões climáticas.
Apenas a produção de cobre da Glencore caiu 8% no ano passado, a 1,3 milhão de toneladas. Apenas no quarto trimestre, porém, houve aumento de 20% ante os três meses anteriores. Já a produção de níquel recuou 5% em 2017, a 109.100 toneladas, enquanto a de zinco ficou em 1,1 milhão de toneladas, semelhante à do ano anterior.
A Glencore também registrou queda de 3% na produção anual de carvão, a 121 milhões de toneladas. Por volta das 7h40 (de Brasília), a ação da mineradora subia cerca de 0,3% na Bolsa de Londres.
Fonte: Dow Jones Newswires

Brasil tem tudo para se dar bem com a nova China, diz economista


Brasil tem tudo para se dar bem com a nova China, diz economista

Ao longo dos últimos 15 anos, a economista Helen Qiao fez carreira em bancos de investimento em Hong Kong, acompanhando o mercado chinês. Hoje, ela lidera uma equipe de 12 analistas no banco americano Bank of America Merrill Lynch e é responsável pelos relatórios sobre a China. Numa passagem por São Paulo, ela falou a EXAME sobre a nova fase da economia chinesa e os impactos para o Brasil.
A China é vista como a fábrica do mundo. Isso vai mudar?
Sim. Existem duas tendências importantes na China. A primeira é que a economia está cada vez mais baseada no setor de serviços. Esse setor está crescendo num ritmo mais rápido do que o industrial, e isso já vem ocorrendo há vários anos. A segunda tendência é que a indústria chinesa se atualizou. O tipo de produto que a China exporta é cada vez mais sofisticado.
Qual é a fatia desses produtos sofisticados?
Máquinas e equipamentos já são a categoria de maior participação na indústria, incluindo as exportações. A China não é mais um país que exporta brinquedos, guarda-chuvas, vestuário, sapatos etc. Essa não é mais a China de hoje. A nova China produz computadores, celulares, máquinas. Estamos vendo uma transição. A China está deixando que os outros países emergentes fabriquem os produtos de baixo valor que ela fazia. A China, em si, está buscando o próximo degrau na cadeia de valor global.
Qual é o impacto dessa transição para os demais países?
Haverá vencedores e perdedores. A China vai se tornar cada vez mais um competidor à altura de Coreia do Sul, Taiwan e Japão, países que serviram de modelo para ela. A China possivelmente assumirá o lugar deles. Os países desenvolvidos vão se sentir mais ameaçados pela China do que os emergentes.
De que lado o Brasil está?
O Brasil está muito bem posicionado para se beneficiar dessa transição. O Brasil tem uma economia que é igualmente influenciada pelo aumento do consumo interno chinês e pelo investimento em infraestrutura. A China vai precisar importar mais produtos do que o Brasil fornece.
Que tipo de produto?
Aqueles ligados à agricultura, como grãos de soja. A China ainda importa mais soja dos Estados Unidos do que do Brasil, mas há potencial para inverter essa situação. Também vemos potencial para um aumento na exportação de aves e carne bovina para a China. Água potável e área cultivável são recursos escassos por lá. E esse é o tipo de recurso em que o Brasil é rico. Basicamente, a China está importando luz solar, água potável e terra cultivável ao importar produtos do campo.
Há espaço para o Brasil exportar produtos industriais à China?
Não muito. A China é muito dominante nessa área. Mas provavelmente investidores chineses virão ao Brasil para começar a exportar manufaturados do Brasil, seja para países da América do Sul, seja para a América do Norte.
A economia brasileira se beneficiou do crescimento chinês na década de 2000 e no início de 2010. Isso voltará a acontecer?
Sim. Se olharmos para os preços de commodities, já estamos vivendo outro boom agora. Mas há uma diferença desta vez. A China está dando ênfase à proteção ambiental. O governo está pressionando as empresas para se tornarem mais limpas. Como isso influencia o Brasil? Há um aumento da demanda por matérias-primas de qualidade superior e menos poluentes, como minério de ferro. Brasil e Austrália levam vantagem nisso.
Fonte: Exame

Mais de 1000 mineiros ficam presos em mina na África do Sul

Mais de 1000 mineiros ficam presos em mina na África do Sul

Após uma forte chuva, mais de 1000 mineiros que trabalham na extração de ouro ficaram presos na mina Beatrix, na África do Sul. A empresa responsável pela mina, Sibanye-Stillwater, afirmou à Reuters que os seus funcionários não estão em perigo.
O porta-voz, James Wellsted, declarou que os mineiros estão recebendo água e comida. O fornecimento de energia está sendo restabelecido, mas ainda é insuficiente para trazê-los à superfície.
Fonte: G1