domingo, 4 de fevereiro de 2018

OCORRÊNCIA DE ALEXANDRITA EM MINAÇU- GOIÁS

OCORRÊNCIA DE ALEXANDRITA EM MINAÇU- GOIÁS

Uma mineralização berilífera interessante, contendo como novidade o raro mineral-gema alexandrita, situa-se no município de Minaçu (norte do Estado de Goiás) a sudeste do braquianticlinal granito-gnáissico da Serra Dourada. Essa ocorrência de alexandrita, na rocha hospedeira, ofereceu condições extremamente raras para esclarecer certas perguntas sobre a gênese deste mineral-gema, na maioria das vezes encontrado em depósitos aluvionares. Além do mais, a formação de alexandrita nesta localidade se deu em condições lito-petrológicas de um ambiente aluminoso, contendo xistos com cianita e estaurolita, além de granada, biotita, muscovita e quartzo. Assim, a gênese difere de outras ocorrências mais conhecidas (Rússia e Zimbábue), nas quais a interação de rochas pegmatíticas com rochas ultramáficas vem a gerar este mineral-gema. O seu modelo genético ainda não foi descrito na literatura geológica. Quanto ao contexto geológico, a ocorrência situa-se inserida na área dos granitos estaníferos de Goiás dentro da Subprovíncia Tocantins, encravados na Faixa de Dobramentos Uruaçuanos, de idade mesoproterozóica. Não há posicionamentos definitivos quanto ao esclarecimento da colocação destes corpos graníticos no seu ambiente, seja por processos de remobilização do substrato da crosta com diapirismo tectônico, justificado pela formação de estruturas dômicas regionais, ou por processos ligados a intrusões magmáticas. Além destes processos tectônicos, o papel dos fluidos em ambos os casos era intenso, como foi mostrado nas investigações de inclusões fluidas nas amostras de alexandritas e esmeraldas. Estas análises permitiram delimitar condições de pressão e temperatura em torno de 520-570ºC e de 6 '+ ou -' 2 kbar para a formação da alexandrita. Em conjunto com a determinação dos parâmetros físico-químicos das inclusões fluidas, as associações minerais encontradas, com alexandrita, estaurolita, granada, cianita, biotita, muscovita e clorita, permitiram delinear bons limites para as condições de P e T da formação dos mesmos. O papel das interações rocha-fluido poderia ser elucidado pelas investigações de elementos de terras raras nas rochas graníticas e minerais das rochas encaixantes. Com respeito às propriedades físicas da alexandrita, estas diferem pouco das de outras ocorrências no mundo. Seu modo de cristalização nesta ocorrência, porém, se dá na maioria dos casos com geminações tríplices, mas com uma forma pseudohexagonal-prismática, distinguindo-se estas alexandritas da maioria das ocorrências ligadas a rochas ultramáficas, que apresentam geminações tríplices achatadas no seu eixo c, com formas "de rodas de carro de boi". A mudança de cor nas amostras com teor representativo de cromo é muito boa, com cor vermelha na luz incandescente e, de um verde azulado (tipo "pena de pavão") na luz do dia. O fato de muitos cristais apresentarem uma grande quantidade de inclusões, tanto fluidas como cristalinas, afeta muitas vezes a transparência da alexandrita.

Resumen en inglés
A very interesting berylium ore deposit, located in the township of Minaçu, north of Goiás state, Brazil, and to the southeast of the granite-gneiss dome of Serra Dourada, contains beside emeralds as outstanding mineral the rare alexandrite. This alexandrite occurrence in its host rock offered a seldom found condition to unravel some questions concerning the formation of the gemstone in primary deposits, since, in most cases, alexandrite is found in secondary deposits only. Beside this fact, the alexandrite, in the present deposit, formed in an aluminium-rich geochemical field as shown by minerals like kyanite, staurolite and garnet in the host schist. Therefore, the formation of alexandrite at this locality differs much from other wellknown occurrences (Russia and Zimbabwe) where the interaction of pegmatites and ultramafic rocks produced this gemstone. This new type of formation is not yet described in the geological literature. Regarding the geological context, the ore deposit is hosted in the area of the tinbearing granites of Goiás state, Tocantins Subprovince, embedded in the mobile belt of Uruaçuano age. The petrography and petrology of these granites is known to quite satisfactory level; the main problems related to these rocks are tied to the petrogenetic models of basement remobilization forming the dome-and-saddle structures, presently observed, or igneous intrusions with the following contact metamorphism. Anyway, beside the tectonics, the role of fluids was intense in the formation of greisens, for instance, as is shown by the investigation of fluid inclusions in alexandrite and emeralds. The isochores of these fluids, combined with mineral associations, lead to about 520 to 570ºC and 6 '+ ou -' 2 kbar as the most probable conditions of formation of these alexandrite deposits. The importance of the fluids could also be demonstrated by rare earth elements investigations of the granitic rocks and of minerals contained in the bordering schists. The physical properties of the alexandrite differ only little from those of other localities. The crystal growth, however, produced here pseudohexagonal prismatic elongated twinned crystals of 3 mm to 3 cm length and 3 mm to 1,5 cm diameter and not the usual, more typical, alexandrite trillings of a flattened form. The color change of samples with representative chromium content is very good, with red color in incandescent light and with blue-green color shades of the "peacock feathers" type in daylight. The fact that most crystals contain a large quantity of inclusions affects the transparency greatly.
Fonte: CPRM

Garimpeiros vão atrás de esmeraldas e são retirados de mina em Nova Era, Minas Gerais

BELO HORIZONTE - A Polícia Militar cumpriu neste sábado um mandado de reintegração de posse na mina que foi invadida por garimpeiros em Nova Era, região central de Minas Gerais. Cerca de 200 garimpeiros estavam há uma semana no local em busca de esmeraldas. Eles chegaram a usar dinamites para explodir rochas dentro da mina. Segundo a polícia, a desocupação foi pacífica e ninguém foi preso.
A pequena localidade de Córrego São José, entre Itabira e Nova Era, na região central do estado vive uma nova corrida ao tesouro. A região já é conhecida pelos exploradores de pedras, mas o garimpo abandonado levou centenas de pessoas ao local em busca de esmeraldas.

Segundo a Prefeitura de Itabira, a área pertence à Rocha Mineradora, que pediu reintegração de posse. A empresa tem licença ambiental para explorar a área.

Fonte: O Tempo

O Garimpo de Esmeralda de Campos Verdes- Goiás

O Garimpo de Esmeralda de Campos Verdes- Goiás

O Garimpo de Esmeralda de Campos Verdes encontra-se no local denominado “Fazenda São João” no Município de Campos Verdes, Estado de Goiás. A cidade situa-se entre as coordenadas geográficas de 14º 15’ 28” sul, 49º 39’ 28” oeste, área: 441.702 km2, com uma população de 6.562 habitantes. O acesso principal ao Garimpo partindo de Goiânia, se dá através da Rodovia Estadual GO. 080, passando por Neropólis, Petrolina, Jesupolis, até se encontrar com a rodovia Federal Br. 153, passando por Jaraguá, Rianápolis, Ceres, Rialma, Jardim Paulista e chegando no Trevo de Itapaci, pegar a GO 154, em direção a Itapaci, Pilar de Goiás, Santa Terezinha até a chegada a Campos Verdes (mineração de esmeraldas).


Breve Histórico:

A ocorrência mineral deu-se por volta de 1980, na Fazenda “São João”, Distrito Sede do Município de Santa Teresinha de Goiás, quando o tratorista da Prefeitura Diolindo, ao patrolar uma estrada vicinal, viu aflorar um monte de pedras verdes no meio das raízes dos matos. Ao constatar que eram esmeraldas, milhares de garimpeiros, majoritariamente baianos, migraram para o local.




No período de 1981 a 1984, a população flutuante era de aproximadamente 35.000 pessoas, entre mantedores de serviços (patrocinadores de unidades produtivas), garimpeiros propriamente ditos, comerciantes de pedra e exploradores indiretos desse tipo de atividades.



Em 1987, após um plebiscito, o Garimpo se emancipou, passando a se chamar “Campos Verdes”, tendo ficado conhecido como a “Capital Mundial das Esmeraldas”. A primeira eleição para prefeito ocorreu em 1988, e o primeiro prefeito, Dr: Virmontes foi empossado em 1989.
Com o decorrer dos anos, a extração das esmeraldas foi ficando cada vez mais difícil; para ter uma idéia aclarada, existe mineradoras hoje, com shaft de até 450 metros de profundidade, tornado impossível à exploração por garimpeiros.
Uma nova era surgia no garimpo. As mineradoras começaram a se instalar e, diante do quadro institucional vigente, os trabalhadores locais procuraram se associar sob a forma preconizada, priorizando o sistema cooperativista, com o objetivo de facilitar o controle por parte dos órgãos oficiais sobre esse tipo de atividade.




Tipo de atividade
A atividade garimpeira é centenária no Brasil, e dela vem se ocupando uma fatia significativa da população nacional; aliás, com o agravamento da crise econômica do país, cada vez mais pessoas têm se ocupado dessa atividade.
A lavra garimpeira conduzida sob forma de cooperativismo é uma atividade recente no país. Está surgindo em conseqüência da legislação, e não espontaneamente, mesmo porque não existe uma cultura a esse respeito em nosso meio. Por conseguinte, esperam-se dificuldades na efetiva implantação do sistema do garimpo.




Mineração
Seleção de Áreas prioritárias para exploração de esmeraldas


Trabalhamos com objetivo de identificar Áreas com grande possibilidade de existência de mineralizações de esmeraldas, com reduzido risco, buscando uma parceria com os atuais proprietários, com aquisição de parte da mina através de investimento em operações de pesquisa de lavra.









1ª fase – OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES.
O trabalho teve início com a obtenção dos mapas atualizados das propriedades e de informações gerais sobre os respectivos proprietários.
No entanto, verificou-se que a coordenadas geográficas do mapa geológico da CPRM não estão na posição correta, devido ao fato de o mapa ter sido feito em 1984, sem auxílio do GPS, o que dificultou muito a localização exata das propriedades em planta.
Com os garimpeiros locais foram obtidos apenas mapas precários. Contudo, contamos com a colaboração do topógrafo Sr. Afonso e do agrimensor Agnel, que conhecem muito bem as propriedades.

2ª fase – ESTUDO REGIONAL:
Foi realizado um levantamento de campo para controle do GPS nas cinco faixas mineralizadas (“trechos”) com o objetivo de definir as posições dos corpos de xisto com esmeraldas e identificar as respectivas propriedades
a) trecho Velho: onde estão localizadas as duas maiores minas da região (Itaobi e Veraobi). Fica na ponta norte do trecho velho e corta a parte leste da faixa mineralizada.
b) trecho novo: Passa a parte leste do valetão (local de antigo afloramento de esmeralda), intensamente garimpado, E segue em direção a mineração PENERY, do grupo EMSA. O lado oeste situa-se à cabeceira do valetão, adjacente ao famoso garimpo do afloramento, e o lado leste é adjacente ao garimpo do “Nego Velho” (famoso pela imensa produção).
c) trecho do Netinho: Situa-se do lado leste do garimpo, existe grande possibilidade de concentração de esmeraldas. A última dela foi à mina São Geraldo, que produziu intensamente durante quase 4 anos e ainda continua produzindo.
d) trecho do Délio Braz: Trecho de mineralização paralelo aos outros trechos como: (Velho, Novo e do Netinho), situado a Oeste, estando a uma profundidade de 450 metros. A descoberta desse trecho abre perspectiva para o Sul de mineralização mais rasa e para o Norte rumo ao trecho do Kley. No entanto, é uma Área que exige grandes investimentos em sondagem e apresenta alto risco, por se tratar de uma região pouco conhecida.
E) Trecho do Kley: Foi descoberto em 2006, encontrando-se nesse trecho mineralizações nos níveis 48, 52, 128 metros de profundidade, constatando-se na sondagem, também, um outro corpo a 340 metros, ainda não alcançado. Supõe-se que esse nível é seqüência da Itaobi e Veraobi rumo Sul/Norte e paralelo a Mineração Peneri do grupo EMSA. O xisto (rocha matriz da esmeralda) é de excelente qualidade, conhecido como “pedra da louça”.

Fonte: CPRM

Colecionador de jóias cria a réplica mais valiosa da Mona Lisa

Colecionador de jóias cria a réplica mais valiosa da Mona Lisa
Um colecionador de jóias chinês usou 100 mil quilates de jóias para construir a mais valiosa réplica da Mona Lisa do mundo.
O nome do artista é desconhecido, mas sabe-se que demorou 30 anos para conseguir todas as pedras que formam a pintura.
Atualmente, a obra está sendo exposta em um shopping chinês na cidade de Shenyang.


Fonte: G1

Berilo vermelho

Berilo vermelho

pedras preciosas raras 1
Berilo vermelho, também conhecido como “bixbite”, “esmeralda vermelha” ou “esmeralda escarlate”, foi descrito pela primeira vez em 1904, e enquanto está intimamente relacionado em um nível químico com as pedras esmeralda e aquamarine (ou água-marinha), é consideravelmente mais raro do que ambas.
A distribuição conhecida do mineral é limitada a partes de Utah e Novo México, nos EUA, e ele tem-se revelado extremamente difícil de minerar de forma economicamente viável. Como resultado, algumas estimativas dizem que rubis de qualidade similar (isso porque rubis também são uma joia rara) são cerca de 8.000 vezes mais abundantes que quaisquer amostras de berilo vermelho. Consequentemente, os preços dessa gema chegam a atingir até US$ 10 mil (cerca de R$ 30 mil, no câmbio atual) por quilate de pedra cortada
Fonte: CPRM