domingo, 8 de abril de 2018

Que tal fabricar combustível usando diamantes?

Que tal fabricar combustível usando diamantes?



Que tal fabricar combustível usando diamantes?
O processo já funciona em escala de laboratório, e a equipe se prepara para construir uma planta-piloto. [Imagem: The Journal of Physical Chemistry C]
Fotossíntese artificial

Se queremos realmente levar a sério a redução da contribuição humana ao aquecimento global, talvez valha a pena investir nisso algumas das coisas mais valiosas que temos - diamantes, por exemplo.

Mais do que propondo, é o que está demonstrando ser possível uma equipe liderada pela professora Anke Krueger, da Universidade Wuerzburg, na Alemanha.

Krueger montou um sistema fotocatalítico - um catalisador baseado na luz - cujo elemento ativo é o diamante. Não os caríssimos diamantes do tipo gema, encontrados em joias, é claro, mas nanodiamantes sintéticos, produzidos industrialmente.

Lembrando bastante o funcionamento da fotossíntese, que reintroduz continuamente o dióxido de carbono (CO2) do ar no ciclo bioquímico da Terra, o sistema fotocatalítico usa o CO2 para produzir compostos fundamentais que podem ser usados para fabricar combustíveis líquidos para automóveis ou compostos importantes para a indústria química, como metanol, ácido fórmico, metano etc, todos hoje derivados do petróleo.

Diamante como fotocatalisador

O elemento central de todo o processo é o diamante sintético. Quando os elétrons recebem energia da luz durante uma reação química dentro do diamante, eles alcançam elevados níveis de energia.

É essa energia que é usada para quebrar as moléculas de CO2 e produzir o chamado C1, ligações carbono-carbono que estão na base de uma infinidade de reações de síntese orgânica - o átomo de carbono do CO2 é adicionado a uma molécula orgânica, formando ligações C-C.

"Nós não usamos materiais perigosos para fazer este processo, usamos água ou líquidos iônicos como solvente. E o próprio material de diamante não é tóxico. O dióxido de carbono é o gás de escape dos carros, centrais elétricas ou instalações de cimento, constantemente emitido pelo transporte e pela indústria, de modo que removê-lo do ar é benéfico, e não problemático.

"No momento, estamos em escala de laboratório, então o consumo de dióxido de carbono é muito pequeno, mas o objetivo é usar o máximo de dióxido de carbono possível para produzir algo útil a partir dele," disse Krueger.

A equipe pretende trabalhar na otimização do processo até o final do ano que vem, quando então espera envolver empresas privadas que possam investir em uma planta-piloto para demonstração da tecnologia. 
Fonte:   Inovação Tecnológica


Borracha inteligente endurece quando torcida

Borracha inteligente endurece quando torcida



Borracha inteligente endurece quando torcida
Amostra do compósito (da esquerda para a direita): uma fita flexível; uma fita similar já endurecida; e uma fita endurecida suportando um peso 50 vezes maior que o seu sem se deformar. [Imagem: Iowa State]
Músculo artificial

Um novo material inteligente e responsivo é macio o suficiente para ser moldado, podendo a seguir ser comandado para endurecer e ficar rijo.

Assim como você pode endurecer seus músculos por meio de um treinamento, se o material, que originalmente tem a textura de uma borracha, for submetido a um estresse mecânico, como uma torção, ele aumenta sua rigidez em até 300 por cento.

Nos testes de demonstração, uma tira flexível do material transformou-se em uma barra rígida capaz de suportar 50 vezes seu próprio peso.

Este compósito tem a vantagem de não precisar de fontes de energia externas - como calor, luz ou eletricidade - para alterar suas propriedades - basta "massageá-lo".

E ele pode ser usado de várias maneiras, incluindo aplicações em medicina e indústria, garantem Boyce Chang e seus colegas da Universidade do Estado de Iowa, criadores do novo material - a mesma equipe já havia usado uma técnica semelhante para criar uma solda que une metais sem usar calor.

Borracha com metal líquido

O material composto é fabricado combinando micropartículas de metal líquido com materiais macios selecionados de acordo com a aplicação que se tem em mente, como borrachas, plásticos ou géis.

As micropartículas são criadas expondo gotículas do metal fundido a uma atmosfera de oxigênio, o que cria uma camada de oxidação que recobre as gotículas e impede que o metal líquido se solidifique. Chang então desenvolveu uma técnica para misturar essas partículas de forma homogênea com um material elástico, sem quebrar as partículas.

Quando o material híbrido é submetido a tensões mecânicas - apertar, torcer, dobrar, espremer etc. - as partículas de metal líquido se abrem, o metal líquido flui para fora da cobertura de óxido, se funde e solidifica.

O resultado é a formação de uma malha metálica no interior do material, fazendo com que ele endureça como um todo.

Chang afirma que o novo material poderá ser usado em medicina, para servir como suporte para tecidos delicados, na indústria, para proteger sensores valiosos, em robótica mole e bioinspirada ou em eletrônicos reconfiguráveis e de vestir. 
Fonte:  Site Inovação Tecnológica 


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Os Estados Unidos olham menos para a América do Sul. E para o Brasil também


Os Estados Unidos olham menos para a América do Sul. E para o Brasil também

A importância da América do Sul diminuiu para os Estados Unidos. Pouco mais de um ano após Donald Trump assumir a Casa Branca é possível dizer que houve uma mudança substancial na forma como a região é vista. “Passou a ser encarada mais como um espaço para fazer negócios do que um importante parceiro nas relações internacionais, como era considerada na época de Obama”, diz Thiago Gehre Galvão, professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB).
Um dos desafios de Trump na sua primeira viagem internacional à América do Sul, nos dias 13 e 14, é conter a investida chinesa na região e fortalecer os laços comerciais com os países da região. “Ele vem para marcar um território que foi deixado de lado no final da gestão Obama.”  A China tem um forte interesse em matérias-primas para sustentar o seu forte crescimento. O Fundo Monetário Internacional projeta que a segunda maior economia mundial cresça a um ritmo superior a 6% ao ano até 2022.
Os investimentos são grandes. Dados da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (Cepal) apontam que, no ano passado, os investimentos chineses tinham investido US$ 115 bilhões na região, 47% a mais do que em 2016.  A maior parte (81%) dos recursos estão direcionados para três países: Argentina, Brasil e Peru. E 80% são direcionados para dois segmentos: mineração e hidrocarbonetos.
Mesmo no Brasil, a presença chinesa vem crescendo de importância em relação aos Estados Unidos. O país asiático é o principal parceiro comercial brasileiro. Os negócios (exportações e importações) foram de US$ 74,8 bilhões em 2017, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). É um crescimento de 27,9%, comparativamente a 2016. O volume de negócios com os EUA, o segundo parceiro comercial, teve um aumento menor: 10,1%.

Cúpula das Américas

Trump vai estar na Cúpula das Américas, que discutirá a crise da Venezuela.
A agenda de Trump prevê uma visita ao Peru, onde participará da Cúpula das Américas, e à Colômbia, um importante aliado americano na região, onde se encontrará com o presidente Juan Manuel Santos.
Apesar de o tema do encontro dos presidentes estar ligado ao combate à corrupção, um dos temas em discussão será a situação na Venezuela, que passa por uma grave crise econômica e política. Desde 2015, segundo estimativas do FMI, a economia encolheu 31% e a inflação chegou perto dos 13.000%. A escassez toma conta do país do ditador Nicolás Maduro, que estatizou grande parte das empresas.
O convite para Trump participar da reunião foi feito pelo ex-presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou em fevereiro após envolvimento em um escândalo de compra de votos no Legislativo. PPK, como também é conhecido, era um dos líderes do Grupo de Lima – que busca uma saída negociada para a situação venezuelana – e tinha proximidade com dirigentes da oposição daquele país.
“Dificilmente Trump iria a Lima se não tivesse um convite pessoal de PPK”, diz Ricardo Mendes, sócio da consultoria Prospectiva. Ele lembra que o presidente norte-americano é adepto de uma “diplomacia pessoal”, negligenciando a forma tradicional de os países se relacionarem na esfera internacional.
Os especialistas apontam que não deve se esperar nenhum resultado concreto da Cúpula, mesmo em relação à Venezuela. O timing não é apropriado para grandes resultados. Países relevantes na região, como o Brasil e a Colômbia, que poderiam ter alguma atuação mais ativa nas discussões estão em processo eleitoral ou pré-eleitoral.
Mesmo a presença do presidente americano não anima. “Não vejo como os Estados Unidos poderiam assumir algum compromisso real para com a questão venezuelana”, diz Mendes.
Galvão acredita que o máximo que pode acontecer em relação à Venezuela na Cúpula de Lima é uma menção, no documento final, à situação naquele país e à necessidade de equilíbrio. “Só teria algo de diferente se o regime de Maduro pedisse.”

Menos olhares americanos para o Brasil

Não é só a América do Sul que vem perdendo espaço no radar norte-americano. A mesma situação se aplica ao Brasil. Um dos termômetros é a não inclusão do país no roteiro de Trump. O país também não esteve na agenda de Rex Tillerson, ex-secretário de Estado, que visitou cinco países da América Latina e do Caribe em fevereiro.
É uma situação completamente diferente de sete anos atrás, quando o Brasil foi visitado por Obama, o antecessor de Trump, em sua primeira viagem à América do Sul.  Duas razões estão por trás da perda desse espaço: a crise política e a falta de adaptação à nova forma que os Estados Unidos conduzem as suas relações diplomáticas. Trump valoriza muito as relações pessoais. Era interlocutor frequente de Kuczynski e teve parcerias comerciais com a família de Macri, nos anos 80, em Nova York.
Segundo Mendes, da Prospectiva, o Brasil tem dificuldades para entender esta nova dinâmica nas relações com os EUA. Trump não tem nenhum relacionamento particular com Temer, apesar de os líderes terem conversado várias vezes. “Assim, fica mais complicado.”
Thiago Galvão, da UnB, aponta que o contexto político brasileiro, de muita instabilidade, acentua a falta de importância. Esta característica é um fator que também afeta a realização de investimentos. “A Argentina é mais liberal. É um país mais ideal para se confiar e visitar.”  Uma das implicações da crise política verificada nos últimos anos foi o forte encolhimento da economia brasileira, que atingiu de 6,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2015 e 2016. O FMI acredita que a economia só retomará os níveis pré-crise após 2020.
Isto também contribuiu para tirar a relevância do Brasil enquanto parceiro dos Estados Unidos na América Latina. “Não somos uma economia madura. O Brasil também teve um declínio social”, enfatiza Galvão.  Ele acredita que o “ostracismo” tem prazo para terminar: 1° de janeiro de 2019, quando assume o novo presidente brasileiro. “Haverá uma normalização das relações com os Estados Unidos. Isto vai acontecer independentemente de quem for eleito.”
Segundo ele, bem ou mal o Brasil é um país de referência. Conta a favor do Brasil, a dimensão econômica – é a nona maior economia do mundo -, e a política – é o maior país da América Latina.
Fonte: Gazeta do Povo

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Conheça os 10 principais tipos de pedras preciosas

Conheça os 10 principais tipos de pedras preciosas



Existem inúmeros tipos de pedras preciosas no mundo. Somente no Brasil, por exemplo, são encontrados mais de cem tipos de gemas. Elas possuem cores, significados e valores distintos, mas todas têm em comum o poder de encantar as pessoas.
Confira a seleção de gemas que fizemos para você conhecer um pouco mais sobre o universo das pedras preciosas mais queridas e utilizadas em joias belíssimas:

Diamante

diamante
Uma das pedras mais cobiçadas do mundo, o Diamante é composto unicamente por carbono, e tem uma tonalidade incolor e, às vezes, é possível notar nuances amarelas, rosas, azuis e verdes.
Raramente são encontrados diamantes vermelhos e alaranjados. A dificuldade em extrair o mineral das profundezas da terra torna o Diamante uma das pedras preciosas mais valiosas. Sua dureza e resistência — você sabia que um diamante só pode ser quebrado por outro? — tornam a pedra o símbolo do amor que não pode ser destruído e, por isso, essa é uma pedra muito usada em anéis de noivado e alianças.

Rubi

rubi
O nome Rubi, do latim rubeus, significa vermelho, o que já indica a cor de uma das pedras preciosas mais valiosas,,(da família do corundum dureza9) ao lado do Diamante e da Esmeralda. Assim como sua cor é forte, seu significado também é, o rubi aumenta a coragem, a iniciativa e o poder de liderança das pessoas que o utilizam.

Esmeralda

esmeralda
A Esmeralda é, na verdade, uma variação do berilo verde, cuja cor aparece por excesso de crômio. Na antiguidade, a gema era considerada sagrada e, por isso, era a pedra mais desejada por todos. Tem o poder de rejuvenescer quem a usa, bem como de oferecer amor, inteligência e capacidade de se expressar bem.

Água Marinha

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Assim como a Esmeralda, a Água Marinha é uma variação do berilo; sua cor azul esverdeada está relacionada à presença do ferro. Era utilizada como amuleto da sorte pelos marinheiros que, na pedra, encontravam coragem para realizar as viagens pelos mares, muitas vezes, impetuosos. É a pedra que proporciona paz e alívio, além de ter o poder de curar várias doenças.

Turmalina

turmalina
A Turmalina é uma pedra rica em cores. Podemos encontrá-la em tons de rosa, vermelho, amarelo, verde, preto, e até mesmo incolor ou com muitas cores de uma só vez, como se fosse o arco-íris. A mais famosa das Turmalinas é a de cor azul e, por isso, recebe um nome especial: Turmalina Paraíba. No campo da saúde, a gema tem o poder de cura sobre as vias circulatórias e respiratórias. Já no espiritual, é considerada uma pedra de proteção, que afasta as energias ruins e, até mesmo, a magia negra.

Jade

jade
Os tons de cor do Jade variam do verde-esbranquiçado ao verde-escuro. Pelos antigos, era considerada a pedra da sabedoria, e seu poder de cura está relacionado ao coração, tanto no campo emocional quanto físico.

Opala

opala
Pode ser encontrada em diversas cores, que vão do branco ao cinza, passando pelo laranja e pelo azul, todas com um brilho inconfundível. A Opala pode ser considerada uma pedra capaz de captar e transmitir boas energias, seu poder de cura está associado à harmonização do corpo e da mente, oferecendo controle emocional, paz, amor, sabedoria e criatividade a quem a utiliza.

Safira

safira
Além de ser uma pedra encontrada com várias tonalidades de azul,(da família do corundum dureza9) chegando até ao violeta, também é possível ver safiras com tons rosados e alaranjados. É uma pedra que traz equilíbrio e auxilia quem precisa de concentração para realizar atividades que envolvem a mente.

Turquesa

turqueza
Com um azul único e bem diferenciado do das outras pedras azuladas, a turquesa inspirou uma variação na paleta de cores que é usada hoje em dia. Você certamente já ouviu alguém falar em azul-turquesa. Essa cor está relacionada à presença de cobre na gema, que proporciona bem-estar e era utilizada, na antiguidade, como amuleto.

Ametista

ametista
A Ametista é uma pedra de coloração violeta belíssima, que na verdade é uma variação do quartzo, e está relacionada ao controle próprio, e à capacidade de se manter equilibrado.

Fonte: Joia br

Estes, sim, são os verdadeiros negócios das Arábias


Estes, sim, são os verdadeiros negócios das Arábias

Enquanto acordos comerciais do Brasil com outros blocos se arrastam há anos sem serem fechados, caso das negociações entre Mercosul e União Europeia, em outros casos eles vão de vento em pompa. Nos últimos anos, a corrente de comércio entre Brasil e países árabes não pára de crescer. Só no ano passado, foram pouco mais de US$ 20 bilhões.
Prova desse interesse foi visto no Fórum “Construindo o Futuro”, realizado em São Paulo, que contou com a presença do presidente Michel Temer, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e de centenas de empresários. A aproximação do Brasil tem se dado não apenas em números de trocas comerciais, como também em parcerias e projetos de desenvolvimento. Em entrevista à Sputnik Brasil, o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Michel Alaby, diz que essa relação só tende a crescer.
“Os países árabes dependem muito da importação de alimentos. Tem também minério de ferro e outros produtos manufaturados, bens de capital, como máquinas agrícolas, tratores, o que tem influenciado muito o comportamento positivo da exportação brasileira. No ano passado, o Brasil teve um superávit de US$ 7 bilhões”, diz o dirigente.
No tocante à exportação de material bélico brasileiro para esses países, Alaby diz que o comércio de produtos de defesa tem um peso significativo, embora não corresponda à parte principal da pauta. Entre os principais compradores na região estão Argélia, Arábia Saudita e  Emirados Árabes.
Alaby observa que o Brasil importa dos países árabes muito petróleo e fertilizantes. A Câmara está tentando ampliar essa pauta com outros produtos para o país, como azeite de oliva, tâmaras, têxteis e confecções, produtos onde têm reconhecida competência internacional. Segundo o dirigente, hoje os principais parceiros do Brasil no mundo árabe são Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Argélia e Marrocos. Feiras também têm sido uma boa oportunidade para incrementar negócios.
“Na próxima semana vamos ter um grupo de empresas que vai visitar quatro países: Egito, Tunísia, Jordânia e Mauritânia. A ideia de buscar mercados alternativos tem o seu valor. Hoje o mundo árabe é o quarto bloco mais importante do ponto de vista do comércio exterior brasileiro”, exemplifica Alaby.
Para o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em termos de comércio e protecionismo, os países árabes são mais abertos do que os brasileiros. Nos países do Golfo Arábico, a tarifa de importação é de 5%, muito menor do que a brasileira. Já nos países do norte da África, as tarifas são bem maiores, ao redor de 30%.
Fonte: Sputnik News