segunda-feira, 16 de abril de 2018

Atenuação dos riscos: Wall Street em alta, commodities em queda

Atenuação dos riscos: Wall Street em alta, commodities em queda







Sem uma tendência única, os mercados globais seguem aliviados com a atenuação dos riscos nesta segunda-feira, após o lançamento de mísseis na Síria. De oito possíveis mísseis, três foram lançados, sem que houvesse uma devida resposta da Rússia. Apesar da possível escalada das tensões geopolíticas, nada ainda ocorreu, e o medo de que mais conflitos pudessem ocorrer é diminuído no curto prazo. Os rendimentos de títulos estão em alta, o dólar tem queda e as bolsas europeias e asiáticas têm um pregão misto. Nos Estados Unidos, o índice futuro do S&P sinaliza uma alta, enquanto o VIX, que mede a volatilidade do S&P, registra uma nova queda:

Mercados Globais


No campo das commodities, os preços do petróleo WTI e Brent têm uma queda, acompanhando a reversão das tensões geopolíticas. Ainda em relação ao petróleo, a quantidade adicional de novas plataformas em operação realizou uma pressão sob os preços, na expectativa de uma maior oferta de petróleo bruto.
Já nas commodities metálicas, o minério de ferro tem uma queda, seguindo os preços do aço. O minério de ferro com maior concentração de ferro, por sua vez, tem uma alta em seu prêmio. O mercado de commodities deve ser fortemente influenciado pela divulgação do PIB chinês, que sairá a noite (23h00). O mercado estima uma taxa de crescimento econômica inalterada no ano, em 6,8%. Já a estimativa para a produção industrial para março é de desaceleração, de 7,2% para 6,4%; seguindo a mesma tendência apresentada pelo Markit nos indicadores de PMI para o período. Ainda hoje, os mercados ficarão de olho na série de discursos de dirigentes do Fed: Kaplan (13h00), Kashkari (13h00) e Bostic (14h15).

Brasil

No Brasil, o mercado digere o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central. A tendência baixista para os índices de preço e para o crescimento econômico deve manter os agentes atentos, com queda de 3,53% para 3,48% no IPCA neste ano. Já a mediana das expectativas para o PIB deste ano foi de 2,80% para 2,76%. O BC divulgou também o seu índice de atividade econômica, que registrou uma variação positiva de 0,09%, após uma queda de 0,65% em janeiro. Os dados sugerem que o PIB para o primeiro trimestre deve vir abaixo do esperado pelo mercado, com a maioria dos setores econômicos mostrando uma dificuldade em retomar a atividade. O destaque desta semana será o IPCA-15, além do início da safra de balanços nacional, que deve contar com grandes empresas como: Weg, Usiminas, Engie e outras.
Fonte: ADVFN

Após ação do MP, Alunorte anuncia investimento de R$ 100 milhões no Pará


Após ação do MP, Alunorte anuncia investimento de R$ 100 milhões no Pará

A Alunorte anunciou que vai investir R$ 100 milhões em ações sociais nas comunidades de Barcarena, no Pará, além de manter o acesso à água limpa em Burajuba, Bom Futuro e Vila Nova. A empresa também irá prestar assistência médica e distribuir água para cerca de 1,8 mil famílias. O anúncio veio após uma ação do Ministério Público apresentada nesta terça-feira (10) na Justiça Federal. A ação pede que a refinaria seja obrigada a prestar atendimento emergencial às comunidades impactadas por despejos irregulares de resíduos tóxicos.
No fim de fevereiro, um depósito de resíduos da empresa mineradora transbordou, despejando uma quantidade de efluentes tóxicos no meio ambiente. O caso foi denunciado pelos próprios moradores, que notaram a alteração na cor da água de igarapés e de um rio.
O Ministério Público também quer a suspensão parcial das atividades da Hydro e da Alunorte em Barcarena e a realização de auditorias judiciais sobre a segurança das barragens e do processo produtivo da refinaria.
“Nós precisamos também ter a total segurança sobre o sistema de tratamento de efluentes da empresa. Existem claros indicativos de que esse sistema é insuficiente para fazer frente a toda água que ele precisa tratar, inclusive a água da chuva”, explica o procurador do Ministério Público do Pará, Ricardo Negrini.

Depósito em juízo

Em uma outra ação da 1ª Vara Cível de Barcarena, o juiz Emerson Carvalho condenou ontem (9) a Hydro e a Alunorte a depositarem R$ 150 milhões, em juízo, para indenização do estado. A multa decorre dos danos ambientais causados pelo vazamento de efluentes de minérios na região de Barcarena.
A Alunorte deverá apresentar plano de ação para recuperação da área afetada no prazo de 60 dias. Também devem permanecer suspensas as condutas não autorizadas pelo licenciamento ambiental. Caso a empresa descumpra essas determinações, deverá pagar multa diária de R$ 100 mil, até o limite de R$ 500 milhões.
De acordo com o procurador-geral do Pará, Ophir Cavalcante, os recursos depositados em juízo serão usados para obras, a serem definidas em comum acordo com as comunidades. “As famílias não vão receber o recurso que vai ser depositado. Elas vão receber ações do poder público do ponto de vista do saneamento, saúde, da materialização de caso de cada um”, disse.
A Hydro e a Alunorte afirmam que ainda não foram notificadas da decisão judicial. Sobre a nova ação do Ministério Público, ressaltam que em nenhum momento interromperam as negociações com os promotores e procuradores. A Alunorte reconhece que houve descarte de águas pluviais, mas argumenta que não há evidência de impacto ambiental. Já relatório técnico do Instituto Evandro Chagas apontou que pelo menos nove rios e igarapés do Pará estão com níveis de metais tóxicos acima do permitido.
Fonte: Exame

domingo, 15 de abril de 2018

Partes do Brasil e da China podem ter sido vizinhas há 2 bilhões de anos


Partes do Brasil e da China podem ter sido vizinhas há 2 bilhões de anos

o meio do caminho, tinha uma grafita na China. Tinha um grafita no meio do caminho de Minas Gerais também. Wilson Teixeira, professor do Instituto de Geociências da USP, não esqueceria desse fato nunca. Na verdade, acabaria percebendo que, de alguma forma, aqueles dois lugares que hoje estão a 17 mil quilômetros de distância um do outro, estiveram unidos em algum momento da vida do planeta.
Em artigo publicado no periódico Precambrian Research, Teixeira e outros pesquisadores brasileiros e chineses apresentaram evidências de que as regiões de Jiao-Liao-Ji, no nordeste da China, e de Itapecerica, em Minas Gerais, teriam sido formadas lado a lado entre 1,9 e 1,8 bilhão de anos atrás.
Nessa época, as massas continentais da Terra estavam dispostas de uma forma muito diferente da atual. Em realidade, elas formavam uma única e gigantesca massa, um supercontinente. Há 1,9 bilhão de anos, este grande pedaço de terra era chamado de Colúmbia, uma formação do éon proterozoico.
Ao contrário da Pangeia, formação mais recente e conhecida pela ciência, a configuração do Colúmbia ainda é um mistério. Por isso, os pesquisadores buscam por evidências em rochas antigas para descobrir como era o encaixe desse quebra-cabeças de massas continentais que originou boa parte das rochas que temos hoje. Agora, o que os geólogos estão propondo é que há 2 bilhões de anos os crátons (placas geológicas antigas) São Francisco-Congo e Norte Chinês estavam próximos no supercontinente Colúmbia.
Entre as principais evidências do estudo, estão as semelhanças na formação e na idade das jazidas de grafita do cinturão de Jiao-Liao-Ji, no nordeste da China, e do terreno geológico do município mineiro de Itapecerica, Minas Gerais, a cerca de 170 quilômetros de Belo Horizonte.
“Esses depósitos de grafita têm uma implicação na história evolutiva da Terra muito importante. Eles representam momentos em que ocorreram colisões entre tratos continentais, o que serviu de mote para o início da nossa pesquisa”, explica Teixeira, que começou a estudar as semelhanças entre os locais após participar de uma expedição ao Jiao-Liao-Ji em um congresso de geologia na China.
“Os terrenos estudados representam antigas cadeias de montanhas que foram arrasadas por processos geológicos e erosão. Por isso, hoje aparecem as rochas mais profundas dessas cadeias de montanhas, os granulitos, que são rochas formadas em grandes profundidades na crosta terrestre”, afirma o professor.
Os geólogos calcularam a idade dos granulitos através do método Urânio/Chumbo (U/Pb), capaz de datar com precisão o mineral de zircão presente em rochas antigas. Este mineral resiste às altas temperaturas e pressões e, por isso, é essencial ao estudo geológico, permitindo que os cientistas encontrem evidências de como as rochas se cristalizaram nas profundezas da crosta terrestre. O método Urânio/Chumbo (U/Pb) é uma das formas que os geólogos encontraram para tentar compreender a remota constituição geológica do planeta e correlacionar rochas hoje muito distantes umas das outras.
Ainda é cedo para afirmar a configuração exata do supercontinente Colúmbia, mas os pesquisadores seguem em busca de novas evidências de que os locais tenham, de fato, estado próximos durante sua formação, há bilhões de anos.
“O fato de haver essas comparações permite especular sobre modelos paleogeográficos, que são modelos em que nós tentamos comparar blocos continentais que, no passado, teriam sido próximos”, explica Teixeira.
À procura de evidências que reforcem (ou não) a teoria, geólogos chineses visitaram o terreno de Minas Gerais em novembro de 2017 para analisar a formação rochosa local. Em setembro deste ano, será a vez dos pesquisadores brasileiros retornarem à China para realizar mais estudos.
Atualmente, uma equipe coordenada pelo geofísico Manoel D’Agrella, pesquisador do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, tem estudado o registro paleomagnético das rochas, ou seja, sua “memória” paramagnética, capaz de determinar em que local do campo magnético da Terra as rochas foram formadas.
Fonte: Revista Galileu

terça-feira, 10 de abril de 2018

ESCALA DE MOHS

Escala de Mohs

A dureza é uma propriedade mecânica da matéria sólida que determina sua resistência ao risco. No campo da Mineralogia, para quantificar a dureza de um mineral, utiliza-se a Escala de Mohs. Essa escala foi desenvolvida pelo mineralogista alemão Friedrich Mohs no ano de 1812 e é formada por 10 minerais organizados em ordem crescente de dureza. Observe:

escala
escala de mohsPela Escala de Mohs, qualquer mineral risca o anterior e é riscado pelo próximo. O talco é o mineral de menor dureza da escala, por isso, pode ser riscado por qualquer um dos demais. Já o diamante, é o mais duro, sendo assim, risca todos os outros minerais e não pode ser riscado por nenhum deles, apenas por outro diamante.

Outro exemplo: ao atritarmos um fragmento de ferro a um tijolo, percebemos que o fragmento de ferro é capaz de provocar sulcos no tijolo, ou  seja, é capaz de riscar o tijolo, e não o contrário. Assim, concluímos que o ferro é mais duro do que o tijolo.
Para determinar a dureza de um mineral através da Escala de Mohs é necessário riscar o mineral padrão (da escala) com o mineral que se deseja classificar e verificar qual deles apresentou o risco em sua superfície. A unha, por exemplo, risca o talco e o gesso, mas é riscada pela calcita e, desta forma, apresenta uma dureza de 2,5. A ardósia, utilizada na fabricação do quadro negro, pode riscar o topázio, mas não o coríndon, e, por isso, encontra-se no nível 8,5 da escala.
Na prática, identificar a dureza de um mineral é um fator importante ao escolher o tipo de matéria prima mais adequada para diferentes produções. Um exemplo disso é a aplicação do granito na fabricação de pisos, em vez do mármore. O mármore é constituído principalmente por calcita, cuja dureza é 3, enquanto o granito é formado por quartzo e feldspato, que apresentam dureza de 7 e 6, respectivamente. Um piso composto de mármore seria facilmente riscado, o que não acontece com o granito.
Entretanto, essa escala não corresponde a real dureza do mineral, fato já conhecido por Mohs. Isso quer dizer que não é possível, a partir da escala, afirmar-se que o mineral de número 10 é dez vezes mais duro do que o mineral de número 1, visto que a dureza entre os materiais não ocorre de maneira tão uniforme. Entre os níveis 9 e 10, essa diferença se acentua ainda mais, uma vez que o diamante é cerca de 7 vezes mais duro que o seu antecessor, o coríndon. Apenas pode-se estabelecer uma classificação qualitativa entre os mesmos.
Particularmente ao mineral de menor dureza, o talco, apresenta fórmula molecular Mg3Si4O10(OH)2 e pode ser arranhado com a unha. Já o mineral de maior dureza, o diamante, é formado por átomos de carbono, entrelaçados uns aos outros em um retículo cristalino muito eficiente, e pode riscar a qualquer outro material natural, não se deixando riscar por nenhum deles.

Fonte:  Seleções 

Palavra do Gestor: Como ficamos em abril?

Palavra do Gestor: Como ficamos em abril?                  


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No mês de março a Bovespa encerrou com alta de apenas 0,01% com 85.366 pontos. Por outro lado, as indefinições eleitorais colocaram o dólar a R$ 3,3238 com alta de 2,43%.
No 1º trimestre de 2018, a Bovespa encerrou com alta de 11,73%. Grande parte desta alta ficou por conta da entrada de recursos estrangeiros na bolsa de R$ 9,5 bilhões. Os investidores estrangeiros retiraram volumes significativos da bolsa em fevereiro de R$ 4,2 bilhões e em março de R$ 5,3 bilhões. Apesar disso, a bolsa atingiu o seu pico em 26 de fevereiro a 88.318 pontos. Neste momento, como forma de diversificação, os investidores locais aumentaram a posição em renda variável por conta da baixa da taxa Selic que passou para 6,50%. Essa redução tem como base os baixos índices inflacionários dos últimos meses (IPCA em março de +0,13% e 2,72% em 12 meses).
No final de fevereiro, o cenário externo ficou complicado, com as seguintes medidas: 1) em 06/03, o Presidente Trump anunciou aumento de 25% na taxa de importação do aço e do alumínio. Esta medida teve impacto negativo ao redor do mundo, e não poderia ser diferente, as bolsas mundiais caíram. No Brasil, as ações das empresas siderúrgicas caíram drasticamente com essas medidas, entretanto, as negociações do governo brasileiro junto ao governo americano foram positivas, isentando o Brasil destas medidas. 2) no dia 21/03, o Banco Central sob o comando de Jerome Powell elevou a taxa básica de juros em 0,25%, de 1,50% a 1,75%. A expectativa é de dois novos aumentos até o final de 2018. 3) no dia 06/04 mais um novo anúncio do presidente Trump, novas tarifas de US$ 100 bilhões para os produtos chineses e uma contínua guerra comercial trazendo estresse ao mercado americano e para o resto do mundo. 4) temos também, a notícia de um suposto ataque químico (gás venenoso) na Síria com a morte de 42 pessoas. O Departamento de Estado dos EUA exige resposta imediata da comunidade internacional, apontando a Rússia como responsável pelo ataque.
No Brasil, em 05/04 foi negado o Habeas Corpus ao ex-presidente Lula. As bolsas festejaram com olho aberto nas notícias externas. No último dia 06, novas prisões foram determinadas pela Justiça Federal. Foi preso pela Polícia Federal de São Paulo, ex-diretor conhecido como Paulo Preto da estatal paulista Dersa. Paulo Preto foi apontado como operador da campanha do PSDB com desvios de verbas na construção do Rodoanel, durante a gestão de José Serra e Geraldo Alckmin. Esta prisão poderá trazer novas consequências para as próximas eleições presidenciais, já que Geraldo Alckmin é o candidato pelo PSDB. Na 12º Vara Justiça Federal em Brasília foi aceita a denúncia das pessoas muito próximas do presidente Michel Temer, coronel João Baptista de Lima Filho e o advogado José Yunes, que acabaram de virar réus na operação Quadrilhão do MDB.
Nos últimos dias, estamos presenciando a dança das cadeiras com a posse de 11 novos ministros. Podemos citar alguns: O Ministro Henrique Meirelles anunciou a sua saída do Ministério da Fazenda com a perspectiva de ser candidato à Presidência da República, confirmando que não será candidato à vice. Mudanças no BNDES, saída de Paulo Rabello de Castro e entrada do ex-ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.  A outra mudança foi no Ministério de Minas e Energia, saída de Fernando Coelho Filho e entrada de Moreira Franco, fato que trouxe grande estresse nas ações da Eletrobras ON, que já caíram 17,85% em 2 dias (o mercado afasta a privatização da Eletrobras com essas mudanças). As ações da Petrobras PN caíram 3,52% e do Banco do Brasil ON perda de 3,62%.
Enfim, podemos notar que as últimas notícias não são nada favoráveis.
1) No Brasil, temos uma taxa Selic baixa e com uma nova tendência de queda de mais 0,25% na próxima reunião do Banco Central, uma inflação estável através de um consumo ainda frágil e uma economia com perspectivas de crescimento gradativo, porém longe a ponto de antecipar resultados otimistas de alguns setores.
2) Nos EUA, ainda não sabemos até onde vai a guerra comercial do presidente Trump contra a China, que pode trazer mais volatilidade ao mercado. O último evento na Siria, onde a Rússia foi responsabilizada pelos ataques, fato que pode trazer algum estresse entre os dois países.
Surpreendentemente no meio de várias notícias negativas, tivemos uma positiva, a Moody’s elevou a nota do Brasil de negativa para estável.
Entretanto, vamos passar por um momento turbulento, tanto pelas notícias internas e externas. Estamos atentos aos desdobramentos políticos, pois serão fundamentais para uma nova alta no mercado. No campo das companhias abertas, em abril, caso o dólar continue em alta (2% até 09/04), as empresas endividadas terão seus resultados reduzidos. Por outro lado, as exportadoras serão beneficiadas ao longo dos próximos meses. Logicamente, cada caso deverá ser analisado individualmente.
Fonte: ADVFN