sexta-feira, 20 de abril de 2018

Empresas são condenadas a pagar R$ 31 mi por contaminação de amianto na BA


Empresas são condenadas a pagar R$ 31 mi por contaminação de amianto na BA

Eternit e Saint-Gobain exploraram jazida em Vitória da Conquista. Controlada pela fabricante de coberturas Eternit, a empresa Sama Minerações Associadas S.A. e a multinacional Saint-Gobain do Brasil Produtos Químicos Industriais e para Construção Ltda foram condenadas pela Justiça Federal em Vitória da Conquista, Sudoeste da Bahia, a pagarem R$ 31.423.370 por danos morais coletivos, devido à exposição de moradores da região ao amianto.
No Brasil, desde o dia 29 de novembro está proibido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) o uso do amianto do tipo crisolita em todo o território nacional. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), todas as formas e tipos de amianto são cancerígenas. Dentre as doenças que a exposição ao amianto pode causar, estão o câncer de pulmão, laringe, do trato digestivo e de ovário.
A sentença, do dia 9 de abril, se tornou pública nesta quinta-feira (19), por meio de comunicado do Ministério Público Federal (MPF), autor de uma ação civil pública contra as empresas, em conjunto com o Ministério Público da Bahia (MP-BA). O juiz federal João Batista de Castro Júnior determina na sentença que o valor seja revertido em favor de projetos culturais, sociais e ambientais para Bom Jesus da Serra, município de 10 mil habitantes no Sudoeste da Bahia.
A Sama explorou amianto na jazida São Félix do Amianto, em Bom Jesus da Serra, entre os anos de 1940 e 1968, sendo que entre 1941 e 1950 ela atuou em parceria com a Saint-Gobain, que na época tinha o nome de Brasilit. Na sentença, o juiz escreve que “pelo que se vê no laudo, houve irrefreáveis danos ambiental e ecológico provocados pela exploração de amianto na mina de São Félix, em Bom Jesus da Serra. Que o dano foi produzido pelas rés, não há duvida”.
Contaminação
De acordo com a ação civil pública, no encerramento das atividades de extração não foram adotadas medidas satisfatórias para mitigação dos efeitos do mineral nos habitantes da região, deixando resíduos que teriam contaminado um número indeterminado de pessoas – entre trabalhadores da mina, seus familiares e moradores do entorno.
“A existência de feitos relacionados à exposição da população local ao amianto é agravada pela existência do risco de fibras de amianto suspensas no ar e pela utilização dos blocos de rejeito pelas famílias dos trabalhadores nas suas residências”, diz um trecho da ação.
Em 18 de agosto de 2017, a Sama foi multada em R$ 500 milhões pelo mesmo juiz por danos morais coletivos, dinheiro que será usado para tratar pessoas que adoeceram após serem expostas de forma prolongada à substância. A empresa recorreu da decisão.
Além da multa, a Justiça também determinou o isolamento da área da antiga mineradora com cercas de arame farpado, para impedir a entrada de pessoas não autorizadas, e a sinalização da área com 30 placas, com dimensões de outdoors, informando sobre o risco de contaminação.
Mandou ainda que fosse feita a identificação, seleção e demolição de edificações construídas com os rejeitos da mina de amianto, bem como o monitoramento da área por no mínimo mais cinco anos, em períodos de chuvas e estiagem para acompanhar a qualidade do ar.
As empresas terão também de isolar as cavas provocadas pela atividade mineradora, e onde se acumulam água, com muros de alvenaria ou pré-moldados com sinalização de advertência indicando a impropriedade da água para consumo humano.
Além disso, deverão também realizar um Plano de Recuperação da área degradada e campanhas em veículos de imprensa e escolas para esclarecer à população quanto aos riscos de inalação de fibras do mineral em caso de movimentação dos materiais.
Despreocupada
De acordo com os MPs, no período que operou no município de Bom Jesus da Serra, e mesmo após a interrupção da atividade da mina, a Sama não cumpriu as obrigações legais assumidas, não se preocupou com as condições de vida dos trabalhadores e habitantes do entorno da jazida e em responder pelos prejuízos causados a terceiros.
Não se preocupou ainda, segundos os MP, a adotar medidas para reduzir a degradação ambiental e evitar a contaminação da água e do ar. Entre os danos ambientais provocados pela intensa atividade mineradora no local, estão a formação de uma cratera gigantesca, além de uma galeria subterrânea de 200m de extensão que circunda a enorme cratera. Em nota, a Saint-Gobain informa que “tomará as medidas legais cabíveis e reitera que foi a primeira empresa no país a eliminar, permanentemente, o uso do amianto em seus processos de produção, a partir de 2001”.
A Sama, que teve um recurso judicial negado nesta terça-feira (17) pela Justiça Federal, declarou que “apresentará em juízo o recurso cabível contra a sentença de primeira instância proferida pela justiça e aguardará a decisão em segunda instância.” “A companhia reforça o seu compromisso de trabalhar dentro das melhores práticas de segurança, cuidado com o meio ambiente, sempre comprometida com a comunidade e seus colaboradores, de acordo com as normas e leis que regem o setor”, diz o comunicado.
 Fonte: Correio 24 Horas

O meteorito que trouxe à Terra diamantes de um ‘planeta perdido’


O meteorito que trouxe à Terra diamantes de um ‘planeta perdido’

m 7 de outubro de 2008, um asteroide invadiu a atmosfera da Terra e explodiu a uma altura de 37 quilômetros, sobre o deserto de Núbia, no norte do Sudão. Ele trazia diamantes.
Um estudo da Escola Politécnica Federal da Cidade de Lausanne (EPFL), na Suíça, publicado nesta semana na revista “Nature Communications”, concluiu que a rocha espacial era parte de um “planeta perdido” que existiu nos primórdios do Sistema Solar.
Estima-se que o protoplaneta ao qual pertenceu deve ter existido há bilhões de anos, antes de se partir por uma colisão. Era grande como Mercúrio ou Marte.
Os cientistas argumentam que a pressão necessária para produzir diamantes deste tipo só poderia ocorrer em um planeta de grande dimensão.
Cerca de 50 pedaços dessa rocha, com tamanhos entre um e dez centímetros, foram coletados.
Os fragmentos são do meteorito Almahata Sitta, termo em árabe que significa Estação Seis, em referência ao nome de uma estação de trem perto do local onde caiu.
Usando três tipos de microscópios, os pesquisadores caracterizaram o mineral e a cobertura química da rocha.
Alguns dos materiais presos nos diamantes a partir de sua formação só podem ser formados a uma pressão superior a 20 gigapascals, informaram os cientistas.
Essas condições “só podem ser alcançadas em um grande corpo planetário”, disseram eles.

A origem dos planetas


O pesquisador Farhang Nabiei, da EPFL, disse que esses dados constituem a “primeira evidência contundente da existência de um planeta tão grande” pertencente a uma primeira geração, que desapareceu.
A descoberta reforça a teoria de que os planetas do atual Sistema Solar foram criados com os restos de dezenas de grandes protoplanetas ou planetas embrionários.
Estima-se que o corpo principal do 2008 TC3 – o asteroide descoberto em 2008 – foi formado no Sistema Solar em seus primeiros 10 milhões de anos.
Os meteoritos dessa colisão foram catalogados na categoria de rochas espaciais chamadas ureilitas, que representam menos de 1% dos objetos que colidem com a Terra.
Os pesquisadores sugerem que todos os asteróides de ureilita são restos do mesmo protoplaneta.

“Corpos do tamanho de Marte (como o que impactou a formação da Lua) eram comuns e se uniam para formar planetas maiores ou colidiam com o Sol ou eram ejetados do Sistema Solar.”
“Este estudo fornece evidências convincentes de que o corpo principal da ureilita era um daqueles grandes ‘planetas perdidos’ antes de serem destruídos por várias colisões”, concluíram os cientistas no estudo.
Fonte: G1

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Mais um diamante gigante encontrado no Botswana

Mais um diamante gigante encontrado no Botswana



Empresa mineira canadiana encontrou diamante com 472 quilates.


Mais um diamante gigante encontrado no Botswana



A empresa Lucara Diamond Corporation fez a descoberta de mais um diamante de grandes dimensões no Botswana, na África do Sul. A pedra de cor acastanhada tem 472 quilates e é a terceira maior encontrada pela companhia de Vancouver na mina de Karowe, que antes pertencia ao grupo De Beers.
A mina de Karowe tem sido palco de descoberta de diamantes de dimensões consideráveis e transformou a companhia mineira canadiana na dona de alguns dos mais valiosos do mundo.
"O trabalho inicial que fizemos em Karowe foi feito com equipamento que não era o ideal e acabou por partir muitos diamantes. Quando entramos na produção comercial esperávamos fazer melhor mas não fazíamos ideia que os diamantes estavam a ser rachados", disse Eira Thomas, CEO da empresa, em entrevista à Bloomberg.
O maior diamante encontrado naquele local, recorde-se, foi o Lesedi La Rona, com 1109 quilates, vendido pela Lucara por 53 milhões de dólares (43 milhões de euros), ou seja, a quase 48 mil dólares (38 mil euros) o quilate. Mais ainda: um pedaço de 373 quilates que se separou do Lesedi foi vendido por 17,5 milhões de dólares (14,1 milhões de euros).
Mas este não foi o diamante mais caro. Em 2016, a mesma empresa vendeu o Constellation, de 813 quilates, por 63 milhões de dólares (51 milhões de euros). Embora fosse mais pequeno que o Lesedi, era um diamante de qualidade superior.
Fonte: CPRM

Usiminas sobe mais de 2% com commodities e expectativa de balanço trimestral

Usiminas sobe mais de 2% com commodities e expectativa de balanço trimestral
19.04.2018 
 
Usiminas sobe mais de 2% com commodities e expectativa de balanço trimestral Usiminas sobe mais de 2% com commodities e expectativa de balanço trimestral
Investing.com - A Usiminas (SA:USIM5) divulga na parte da manhã de sexta-feira (20) o resultado financeiro referente ao primeiro trimestre de 2018. A expectativa é que o lucro líquido por ação seja de R$ 0,14, com as receitas em R$ 3,05 bilhões, sendo que o resultado do mesmo período do ano passado foi de R$ 0,09 por cada ativo.
Na espera do resultado, e impulsionada por um momento de alta dos preços das commodities nos mercados internacionais, as ações da companhia mineira tem ganhos de 2,71% a R$ 11,36, estando entre os melhores desempenhos do dia no Ibovespa.
Pesquisa levando em consideração a recomendação de nove analises colocam os ativos da Usiminas como overweight, com cinco analistas indicando a compra, dois a manutenção e dois a venda. O preço-alvo médio R$ 11,53.
Para a Coinvalores, o grupo siderúrgico deve ter aumento das vendas no mercado interno e também melhores margens decorrente dos reajustes anunciados ao longo do ano passado e no começo de 2018, com o faturamento pouco superior a R$ 3 bilhões e um EBITDA de aproximadamente R$ 640 milhões no período, o que representa um avanço de 34% e 20% respectivamente, ante o mesmo período do ano anterior.
Fonte:  Investing.com

Estado adquire participação na Companhia Brasileira de Lítio


Estado adquire participação na Companhia Brasileira de Lítio

O Governo de Minas Gerais, por meio da Codemig Participações S/A (Codepar), celebrou contrato para compra de 33% das ações da Companhia Brasileira de Lítio (CBL). A operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A CBL, que tem mais de 1,3 milhão de toneladas de reservas certificadas de espodumênio, é a única empresa brasileira produtora de carbonato e hidróxido de lítio. A companhia conta com unidade de mineração em Araçuaí e planta de processamento químico em Divisa Alegre, ambos os municípios localizados no Território Médio e Baixo Jequitinhonha.
Com essa aquisição, a Codepar confirma a estratégia do Governo de Minas Gerais de diversificar a economia do estado e reduzir as desigualdades sociais, investindo em todos os elos das cadeias de valor dos materiais portadores do futuro.
A participação da Codepar no capital da CBL assegura seu crescimento, combinada com o aporte do Fundo Aerotec no capital da empresa Oxis Energy ― cuja unidade de produção de células de bateria de lítio-enxofre (Li-S) está prevista para ser instalada na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Além disso, permite a Minas Gerais criar uma plataforma industrial robusta e integrada, capaz de sustentar o desenvolvimento das mais avançadas soluções de armazenamento de energia para os nascentes mercados de mobilidade elétrica e geração distribuída.
O lítio é um metal conhecido como “petróleo branco”, cuja demanda global tem aumentado, para a produção de itens de alta tecnologia. É altamente procurado, por exemplo, pela sua aplicação em baterias. Com o investimento, o Governo de Minas Gerais evidencia seu alinhamento estratégico em prol da inovação, do desenvolvimento e da competitividade do estado no cenário internacional.
Codepar e FIP Aerotec
A Codepar é uma subsidiária integral da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) dedicada a participar minoritariamente de empreendimentos em parceria com o setor privado.
Aerotec é um fundo de investimento em participações (FIP), criado pela Codepar para investir em empresas dos setores aeroespacial, defesa e novos materiais que apresentem alto potencial de crescimento, além de faturamento bruto anual de até R$ 200 milhões e sede social ou atuação relevante no território mineiro. O FIP Aerotec é gerido pela Confrapar e abrange distintos empreendimentos, como as empresas Altave, Flapper e Oxis Energy.
CBL e Oxis Energy
A Companhia Brasileira de Lítio é uma sociedade anônima de capital fechado, fundada em 1986. Além das plantas de beneficiamento nos municípios mineiros de Divisa Alegre e Araçuaí, a empresa possui escritório em São Paulo. A CBL emprega cerca de 310 colaboradores, sendo 300 em Minas Gerais.
Por sua vez, a Oxis Energy é uma empresa britânica de tecnologia focada no desenvolvimento e fabricação de células de baterias de lítio-enxofre. O aporte do FIP Aerotec na Oxis Energy representa uma participação em torno de 10% no capital da empresa. A Oxis Energy criou a Oxis Brasil, cuja sede está instalada na RMBH.
Fonte: Agência Minas