quarta-feira, 23 de maio de 2018

Diamante feito de cinzas atrai classe A e vira aposta do mercado funerário


Diamante feito de cinzas atrai classe A e vira aposta do mercado funerário

Foi-se o tempo em que o mercado fúnebre vivia de lápides e organização de velórios. Seguindo uma tendência mundial de agregar serviços e expandir a atuação, ele aumentou o faturamento de R$ 1,5 bilhão anuais, segundo a Associação Brasileira de Empresas e Diretores Funerários (Abredif), com a inclusão de mimos como o diamante feito de cinzas.
À primeira vista, pode soar estranho que um ente querido seu se transforme em um diamante, dando um novo significado ao luto e ao sentido de “levar alguém” sempre consigo.
“Um diamante feito com as cinzas de uma pessoa querida ganha outro sentido e fica muito mais valioso”, explica Claudio de Luna, proprietário da Funerária e Cemitério, que atua há mais de 20 anos nesse segmento. Para ele, ampliar o leque de serviços ao cliente é fundamental para sobreviver e agradar públicos mais exigentes.
A procura desse tipo de serviço, especialmente pela classe A, faz com que esse trabalho minucioso de transformar cinzas ou cabelos de um familiar ou pets em diamante tenha se profissionalizado, atingindo níveis de excelência, como explica Claudio.
“Podemos fazer um diamante a partir de cabelos ou cinzas recentes, bem como frutos de exumação”, conta. “Cada diamante é lapidado naturalmente de acordo com a sua composição e da concentração de carbono existente em cada pessoa”, complementa o executivo, que disponibiliza esse serviço juntamente com outros mimos, tais como coffee break em velórios, cremação de animais de estimação, entre outros.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos cinco anos, o crescimento do setor funerário foi em torno de 20%- o que comprova o movimento contrário desse mercado, que ignorou a crise econômica que até hoje afeta negativamente o País.
Embora trabalhoso, o processo de transformação de cinzas em diamante gera peças exclusivas e com certificado de autenticidade, o que, segundo o empreendedor Claudio de Luna, faz com que essa procura aumente cada vez mais.
“Por meio de uma tecnologia de alta pressão e temperatura, conseguimos moldar uma peça que ficará para sempre com um familiar da pessoa que faleceu e isso traz grande alento para quem fica”, explica.
Em geral, um diamante confeccionado com cinzas ou cabelo custa a partir de R$ 3 mil. O valor pode aumentar de acordo com o quilate e coloração da pedra e, depois, esse diamante pode dar origem a pingentes ou itens decorativos.
Fonte: http://www.funerariaecemiterio.com.br

China tenta controlar suprimento global de lítio


China tenta controlar suprimento global de lítio

A China está lentamente adquirindo controle sobre o fornecimento global de lítio, um importante mineral na cadeia de suprimento de produção de novas tecnologias.
Em 17 de maio, a Tianqi Lithium, com sede na China, pagou mais de US$ 4 bilhões para comprar uma participação considerável na Sociedad Química y Minera (SQM) do Chile, uma das maiores produtoras de lítio
 do mundo. A Tianqi comprou a participação na SQM da empresa canadense de fertilizantes Nutrien.
O lítio é um mineral essencial para a produção de baterias de alta capacidade, que alimentam os smartphones, os carros elétricos e as redes de energia renovável do mundo. Estima-se que a produção global de carros elétricos aumente drasticamente a demanda por lítio. Quem controla a produção de lítio tem grande influência sobre o preço e a cadeia de suprimentos para essas tecnologias emergentes.
A SQM é estrategicamente importante para o suprimento global de lítio porque talvez seja a produtora mais eficiente. Atualmente, existem dois métodos principais para produzir lítio comercial. A primeira técnica é a mineração de rocha dura, que depende da extração de lítio de minérios, como petalita, lepidolita ou espodumênio, um processo que é caro e demorado. A outra maneira é extrair o lítio da salmoura salina rica em lítio, também conhecida como salar.
Explorando as ocorrências naturais de concentrações de água de salmoura, a SQM é a produtora de lítio de menor custo do mundo. A empresa bombeia salmoura de reservatórios subterrâneos para piscinas retangulares gigantes em todo o deserto chileno. O líquido resultante após a evaporação – o cloreto de lítio – é então enviado para as refinarias para produzir carbonato de lítio.
O oligopólio global de lítio
Alguns grandes produtores de minerais controlam uma parte enorme da oferta global de lítio, mesmo antes do investimento da Tianqi na SQM.
A produtora de produtos químicos Albemarle Corp., sediada em Charlotte, é líder global do mercado na produção de lítio, com 18% de participação, de acordo com a Bloomberg. A chinesa Jiangxi Ganfeng Lithium Co. é a segunda maior com 17%, seguida da SQM do Chile, com 14%. A Tianqi é a quarta maior produtora com 12% de participação de mercado. A parte restante é dividida entre vários pequenos produtores.
Em termos de reservas, o Serviço Geológico dos Estados Unidos estimou em 2017 que o Chile teria as maiores reservas de lítio do mundo, com 7,5 milhões de toneladas, seguido pela China, com 3,2 milhões de toneladas. Argentina e Austrália são números três e quatro, respectivamente.
Mas esses números subestimam a concentração da oferta global de lítio nas mãos de poucos fornecedores interconectados. A mina de Greenbushes, na Austrália, é o maior depósito de mina do mundo. A Greenbushes é uma joint venture entre a Albemarle e a Tianqi, que por si só foi responsável por cerca de 35% da produção global de carbonato de lítio em 2017, segundo a Bloomberg.
A Tianqi também possui uma participação de controle na Talison Lithium, na Austrália, outro grande produtor global, segundo a Caixin, uma revista de negócios sediada na China.
Os dois maiores produtores chineses entre os cinco maiores do mundo – a Ganfeng e a Tianqi – são empresas privadas de capital aberto. Mas, considerando que ambos residem em setores estrategicamente importantes para o programa estatal “Feito na China 2025”, seus interesses se alinham com os do Partido Comunista Chinês. Por exemplo, Jiang Weiping, presidente da Tianqi, foi um delegado do Congresso Popular Nacional em março de 2018.
Qualquer pretensão de que a proposta de compra da SQM por parte da Tianqi fosse puramente econômica entre as duas empresas privadas foi frustrada no mês passado, antes da oferta ser sedimentada: o embaixador da China no Chile, Xu Bu, disse ao jornal La Tercera que qualquer interferência potencial dos reguladores chilenos para rejeitar o acordo da SQM poderia “resultar em influências negativas no desenvolvimento das relações econômicas e comerciais entre os dois países”, segundo uma reportagem do Financial Times.
Preços fixos e previsão mista
O ambiente de mercado atual é favorável à consolidação do setor. Após anos de aumento nos preços do lítio de 2014 a 2017, mais recentemente o preço do lítio se estabilizou na expectativa de aumento da produção, e os preços das ações dos produtores de lítio também caíram.
O preço à vista de 99% de carbonato de lítio puro importado para a China diminuiu 1,1% nos últimos seis meses, de acordo com o Asianmetal.com, um website que acompanha os preços de importação de commodities. O preço subiu cerca de 1% no ano passado.
O valor dos produtores de lítio e baterias também tem diminuído durante o mesmo período. O preço por ação do Global X Funds Lithium ETF, que acompanha o Índice Global Solactive de Lítio, compreendendo empresas dedicadas à mineração e exploração de lítio e produção de baterias de lítio, diminuiu quase 11% nos últimos seis meses encerrado em 18 de maio.
No longo prazo, os preços do lítio poderiam ter uma queda ainda maior devido ao aumento da oferta de baixo custo no Chile e na Austrália.
“Projetamos que 2018 seja o último ano do déficit global do mercado de lítio, seguido por superávits significativos emergentes para 2019 em diante”, escreveram os analistas do Morgan Stanley numa nota de pesquisa de 26 de fevereiro para clientes sobre os preços globais de lítio. “Seria preciso taxas de penetração de VE (veículo elétrico) muito maiores para compensar esses superávits e equilibrar o mercado, em nossa opinião.”
Os preços do lítio devem atingir cerca de US$ 13 mil por tonelada em 2018, antes de cair cerca de 45%, para US$ 7 mil por tonelada até 2021, segundo o Morgan Stanley.
Mas especialistas do setor de lítio acreditam que a demanda continuará a superar a oferta. Ken Brinsden, presidente-executivo da mineradora de lítio australiana Pilbara Minerals, disse à Reuters numa conferência de mineração no início do ano que Wall Street “está subestimando a rapidez com que o mercado está se movendo no lado da demanda”.
Tanto a China quanto a Índia estão aumentando os mandatos para a adoção de VE, e a Europa recentemente azedou em relação ao diesel e tem favorecido a eletrificação. Grande parte da angústia nos Estados Unidos em relação à adoção de VE centra-se na contínua perda de produção na Tesla Inc. Mas olhando para além da Tesla, o fato é que todas as grandes montadoras, da General Motors à Volvo, planejam aumentar drasticamente a produção de VE nos próximos três anos.
A China já controla um suprimento considerável de cobalto, níquel e outros metais de terras raras. Seu crescente controle sobre a produção de lítio traz ainda mais desconforto para a indústria global de VE, e pode desencadear uma corrida para garantir os recursos limitados. O domínio da China em matérias-primas para a indústria poderia prejudicar a capacidade dos fabricantes de automóveis ocidentais de competir no futuro.
A agência de classificação de risco Moody’s Investors Service alertou no início deste mês que uma oferta insuficiente de baterias poderia impedir que a Tesla alcançasse suas metas mensais de produção. Em 16 de maio, a Tesla fechou um acordo com a mineradora australiana Kidman Resources Ltd. pelo fornecimento de hidróxido de lítio para sua produção de baterias, embora não se espere que a mina produza pelo menos até 2021.
Fonte: Epoch


Opep pode decidir reduzir cortes na produção de petróleo em junho, dizem fontes

Opep pode decidir reduzir cortes na produção de petróleo em junho, dizem fontes

      22.05.2018 


© Reuters. Sonda de petróleo na costa© Reuters. Sonda de petróleo na costa
KHOBAR, Arábia Saudita/LONDRES (Reuters) - A Opep pode decidir aumentar a produção de petróleo em junho devido a preocupações sobre a oferta iraniana e venezuelana e após Washington ter levantado receios de que o rali do petróleo poderia estar indo longe demais, disseram à Reuters fontes da Opep e do setor com conhecimento com a discussão.
Os países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) do Golfo estão liderando as conversas iniciais sobre quando o grupo exportador pode impulsionar a produção de petróleo para esfriar o mercado depois de os preços terem subido para mais de 80 dólares o barril na semana passada.
Eles também discutem quantos barris em produção cada membro poderia acrescentar, disseram as fontes.
A Opep e produtores não-membros, liderados pela Rússia, concordaram em cortar a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia (bpd) até o fim de 2018, para reduzir os estoques globais. Mas os excedentes em estoques já caíram para perto da meta do grupo.
Em abril, o comprometimento da Opep com os cortes atingiu um recorde de 166 por cento, o que significa uma redução da oferta bem além de sua meta.
Fonte: Reuters

A diferença de Petróleo WTI e Petróleo Brent.

Reportagem interessante para quem opera petrolíferas e não sabe a diferença de Petróleo WTI e Petróleo Brent.

Com a intensificação dos conflitos nos países do Oriente Médio, temos visto com frequência no noticiário a escalada dos preços do petróleo.

Geralmente essas notícias trazem informações sobre o preço do petróleo tipo WTI e tipo Brent. Mas você sabe qual a diferença entre eles?

Basicamente, o WTI (West Texas Intermediate) é o petróleo comercializado na Bolsa de Nova York, e se refere ao produto extraído principalmente na região do Golfo do México.

Já o Brent é comercializado na Bolsa Londres, tendo como referência tanto o petróleo extraído no Mar do Norte como no Oriente Médio. Por esse motivo o Brent é referência de valor para a commodity no mercado Europeu e o WTI no mercado Americano.

As diferenças vão além da geografia. Há diferenças também no grau de leveza desses petróleos. O WTI é mais leve e, portanto, mais fácil de ser refinado, o que geralmente confere um preço mais alto em relação ao Brent.

Atualmente, o Brent está mais caro que o WTI, mas é preciso lembrar que outros fatores influenciam as cotações, principalmente a situação geopolítica dos principais países produtores como os países Árabes.
    Fonte: CPRM

terça-feira, 22 de maio de 2018

Rei do ferro promete proteger mercado em tempos de volatilidade


Rei do ferro promete proteger mercado em tempos de volatilidade

Se a maior produtora de minério de ferro do mundo conseguir o que deseja, os dias de fortes oscilações de preços vão acabar. Após um ano no cargo, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, busca uma abordagem disciplinada, mantendo dezenas de milhões de toneladas inexploradas todos os anos para evitar outro excedente doloroso, como o que derrubou os preços a menos de US$ 40 por tonelada em 2015. Mas se parecer que os preços estão caminhando novamente para mais de US$ 100, como na época do superciclo, ele também está preparado para defender o status quo e liberar essa capacidade ociosa no mercado.
O fato de o executivo de 64 anos sentir que é sua responsabilidade manter um mercado moderado para o ingrediente usado na siderurgia é notável: na semana passada, a Wood Mackenzie identificou a Vale como única produtora capaz de adicionar uma oferta significativa de minério de alta qualidade oriunda das novas operações na Amazônia brasileira. “Se e quando houver uma mudança no mercado que faça os preços dispararem, a Vale colocará mais produção no mercado”, disse Schvartsman, em entrevista na sexta-feira na sede da Bloomberg em Nova York. Isso aconteceria se os preços “se aproximassem perigosamente dos US$ 100”, disse.
Por enquanto, esse cenário parece distante. Em março, os preços caíram em um bear market porque os investidores estavam preocupados com a demanda mais fraca que a esperada na primavera chinesa, com um estoque recorde acumulado nos portos da parte continental do país e com as crescentes tensões comerciais.
Apesar de o preço ter se estabilizado nas últimas semanas, o patamar de US$ 66,55 ainda está 16 por cento abaixo do pico registrado no fim de fevereiro em meio a temores persistentes em relação aos estoques chineses. Os futuros em Cingapura voltaram a cair nesta segunda-feira, registrando um recuo de 2,7 por cento, maior declínio intradiário em um mês.
O governo australiano prevê uma queda da matéria-prima em 2019 com a estabilização das importações chinesas e as novas minas, como a oferta da S11D, da Vale. Na semana passada, a Wood Mackenzie fez coro à perspectiva comparativamente otimista da Vale, afirmando que o preço de referência permanecerá “confortavelmente acima de” US$ 60 a longo prazo.
Para a empresa com sede no Rio de Janeiro, o ideal é que os preços continuem na faixa atual de US$ 60 a US$ 80. À parte a decisão da Vale de não operar a plena capacidade, esse piso de US$ 60 é respaldado pelos custos elevados de produção das operadoras menos eficientes. A busca da China por um setor siderúrgico mais eficiente e menos poluente está criando um mercado global de minério de ferro mais segmentado, com pagamentos de prêmios maiores por minérios de qualidade superior. Graças a esse impulso inesperado, a Vale caminha para o terceiro aumento consecutivo nos lucros anuais e ajuda Schvartsman a domar uma carga de dívida que já foi a maior do setor.
Com o bom desempenho das ações e dos títulos da Vale e os dividendos em alta, é fácil entender por que o CEO está satisfeito em produzir 390 milhões a 400 milhões de toneladas por ano em um futuro próximo, embora a empresa tenha uma capacidade nominal de 450 milhões de toneladas. Mas, se necessário, o excedente está à disposição. “Temos capacidade de levar em três meses até 50 milhões de toneladas de minério por ano ao mercado”, disse ele. Com pouca experiência direta na mineração antes de assumir o comando da Vale, Schvartsman pegou gosto pelo setor e afirma que quer continuar no cargo após o fim do contrato atual, no ano que vem.
Fonte: Exame