domingo, 8 de julho de 2018

UM QUARTZO DIFERENTE

UM QUARTZO DIFERENTE



                  Normalmente, quando um cristal contém muitas inclusões ele é pouco ou nada transparente. As próprias inclusões impedem a livre passagem da luz, deixando o cristal opaco ou, no máximo, translúcido.
          Meu amigo Harilton Vasconcellos trouxe, porém, do Afeganistão uns cristais de quartzo muito interessantes porque são, ao mesmo tempo, muito transparentes e muito cheios de inclusões.  O que acontece é que as inclusões são grandes e de contornos bem definidos, de modo que as porções sem inclusões são muito límpidas e permitem ver os defeitos do cristal de modo bem nítido. Além disso, os cristais são euédricos, isto é, têm todas as faces (são biterminados), o que os torna ainda mais atraentes.


            Eles não são grandes, medindo em torno de 3 cm.
            As inclusões podem ser filamentos alaranjados a amarelos, manchas escuras ou, o que é muito mais interessante, cavidades contendo líquido. 


        Essas cavidades, como as demais imperfeições, são vistas com muita nitidez e, ao se mover o cristal, percebe-se claramente quando o líquido se desloca.



    Observar esses cristais de quartzo numa lupa binocular, mesmo que seja com apenas dez aumentos, é uma atividade muito prazerosa, e nela se pode ficar muito tempo, sempre descobrindo novos e interessantes detalhes. 






Blog: Percio M. Branco

O que é Gemologia?

O que é Gemologia?




A Gemologia é a ciência que estuda as "pedras preciosas", ou seja, as gemas e materiais gemológicos. Identificando se é natural, sintética, artificial, além de imitações. Estuda também características mineralógicas, os processos de tratamento e sintetização de gemas.
 

O gemólogo é o especialista em gemologia.

Fonte: DNPM

Prasiolita ou Quartzo Verde?


Foto: jtv.com
A prasiolita (também conhecida comercialmente como "ametista verde") é uma variedade verde resultante do aquecimento da ametista na faixa de 400 e 500ºC, é apenas obtida em ametista ricas em Fe e Al e pobre em H2O. Esta variedade é produzida exclusivamente na região de Montezuma, MG.

Já o quartzo verde é obtido através da irradiação gama do quartzo incolor. O principal causador da cor verde é devido ao alto teor de H2O e OH, além de impurezas de ferro. Este quartzo é oriundo de depósitos hidrotermais.

O quartzo verde desbota facilmente a radiação ultravioleta e em temperaturas em torno de 150 ou 200ºC. Porém, a prasiolita suporta temperaturas superiores a 600C.

Eles podem ser diferenciados com a utilização do filtro Chelsea. Os quartzos verdes oriundos da irradiação apresentam-se vermelhos ou avermelhados enquanto a prasiolita proveniente do aquecimento da ametista permanece verde, sob luz incandescente (luz amarela).

A modificação de cor no quartzo incolor para o verde é uma forma de valorização do material, sendo utilizado em grande escala na joalheria. No mercado acabam denominando os quartzos de coloração verde como prasiolita.

Fonte: DNPM

Veja por que você deve investir em joias e pedras preciosas

Veja por que você deve investir em joias e pedras preciosas

As joias são peças eternas que agradam diferenciadas faixas etárias, estilos e gêneros. Sempre haverá alguma peça que será compatível com o seu gosto. Portanto, comprar joias ou presentear com elas serão sempre boas alternativas. Que namorada ou esposa não gostaria de ganhar uma joia em alguma ocasião especial? Além de serem ótimas aquisições para o uso, as joias e pedras preciosas são vistas, cada vez mais, como uma boa alternativa para investimento. Investir em joias e pedras preciosas têm sido uma atitude recorrente dos mais antenados no mundo dos negócios. Continue com a leitura e veja por que você deve investir em pedras preciosas!

Investimento seguro

ouro
O ouro é apontado pelos especialistas como um metal seguro para se investir, pois em momentos de instabilidade financeira na economia mundial, o preço dele tende a subir, mostrando-se, assim, como um ótimo investimento com bom retorno financeiro.
Além disso, o investimento em joias e pedras preciosas promove uma preservação do poder de compra, uma vez que elas não perdem o valor em cenários de alta inflação. Em contraposição ao que ocorre com os ativos financeiros, como ações, por exemplo, as joias dificilmente sofrerão perdas significativas de valor. Esta capacidade de não se desvalorizar é uma característica fundamental para um bom negócio.

Grande variedade de opções

pedras-preciosas
Desde metais como ouro, prata e platina à grande diversidade de pedras preciosas que estão em oferta no mercado, essas peças constituem-se como um bom investimento, mas é muito importante conhecer os produtos antes de adquiri-los como investimentos. 

Uso como garantia

garantia
Outra vantagem de se investir em joias e pedras preciosas está na redução dos juros nos empréstimos. É possível usar essas peças, em momentos de necessidades, como artifícios de garantia em empréstimos em instituições financeiras, garantindo uma taxa de juros bem mais vantajosa.
Dessa forma, não será perdida a propriedade das joias e pedras preciosas, que poderão ser vendidas em um momento futuro e ainda possibilitar um cenário mais favorável para o momento em que for necessário recorrer a um empréstimo.

Alta liquidez

joias
É importante pontuar, também, a alta liquidez que joias e pedras preciosas adquirem no mercado, principalmente quando comparadas a outros ativos físicos, como imóveis. Os investidores dessas peças não encontram tantas dificuldades em revendê-las, quando assim desejarem.
Investir em joias é bem vantajoso, pois a sua revenda atinge um público muito amplo, que compreende desde crianças, até idosos, homens e mulheres.
Quanto mais diversificado for seu acervo de joias e pedras preciosas para investimento, mais fácil será retorná-las ao mercado em momento oportuno, uma vez que a diversidade aumenta as chances de agradar o mercado consumidor. A dica então é diversificar na hora de investir, principalmente em um mercado como o brasileiro, que apresenta várias pedras preciosas, tais como a turmalina Paraíba, a ametista, esmeralda e rubelita.
Outra dica para tornar viável investir em joias é com relação à conservação. Quanto melhor conservadas as peças estiverem, maior liquidez elas alcançarão. 

Fonte: CPRM

Turmalina Paraíba

As turmalinas conhecidas sob a designação ”Paraíba”, em alusão ao Estado onde foram primeiramente encontradas, causaram furor ao serem introduzidas no mercado internacional de gemas, em 1989, por suas surpreendentes cores até então jamais vistas. A descoberta dos primeiros indícios desta ocorrência deu-se sete anos antes, no município de São José da Batalha.
Estas turmalinas ocorrem em vívidos matizes azuis claros, azuis turquesas, azuis “neon”, azuis esverdeados, azuis-safira, azuis violáceos, verdes azulados e verdes-esmeralda, devidos principalmente aos teores de cobre e manganês presentes, sendo que o primeiro destes elementos jamais havia sido detectado como cromóforo em turmalinas de quaisquer procedências.
A singularidade destas turmalinas cupríferas pode ser atribuída a três fatores: matiz mais atraente, tom mais claro e saturação mais forte do que os usualmente observados em turmalinas azuis e verdes de outras procedências.
Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de pedras preciosas de Tucson, no Estado do Arizona (EUA), teve início a escalada de preços desta gema. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo das mais de duas décadas que se seguiram, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais.
A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte. Estas minas passaram a produzir turmalinas cupríferas de qualidade média inferior às da Mina da Batalha, mas igualmente denominadas “Paraíba” no mercado internacional, principalmente por terem sido oferecidas muitas vezes misturadas à produção da Mina da Batalha.
Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico.
Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos, através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF). No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo, em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”.
Até o ano de 2001, o termo “Turmalina da Paraíba” referia-se à designação comercial das turmalinas da espécie elbaíta, de cores azuis, verdes ou violetas, que contivessem pelo menos 0,1% de CuO e proviessem unicamente do Brasil, precisamente dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
Tudo começou a mudar quando, naquele ano, uma nova fonte de turmalinas cupríferas foi descoberta na Nigéria, na localidade de Ilorin (mina de Edeko), voltando a ocorrer quatro anos mais tarde, em meados de 2005, desta vez em Moçambique, na região de Alto Ligonha, a aproximadamente 100 km ao sudoeste da capital Nampula.
De modo geral, as elbaítas com cobre destes países africanos não possuem cores tão vívidas quanto às das brasileiras, embora os melhores exemplares da Nigéria e de Moçambique se assemelhem aos brasileiros.
O achado destes depósitos africanos ocasionou acalorados debates no mercado e entre laboratórios, uma vez que as gemas de cores azuis a verdes saturadas procedentes da Nigéria e de Moçambique não podem ser diferenciadas das produzidas no Brasil por meio de exames usuais e tampouco por análises químicas semi-quantitativas obtidas pela técnica denominada EDXRF.
Há alguns anos, felizmente, constatou-se ser possível determinar a origem das turmalinas destes 3 países por meio de dados geoquímicos quantitativos de elementos presentes como traços, obtidos por uma técnica analítica conhecida por LA-ICP-MS.
Em fevereiro de 2006, o Comitê de Harmonização de Procedimentos de Laboratórios, que consiste de representantes dos principais laboratórios gemológicos do mundo, decidiu reconsiderar a nomenclatura de turmalina da “Paraíba”, definindo esta valiosa variedade como uma elbaíta de cores azul-néon, azul-violeta, azul esverdeada, verde azulada ou verde-esmeralda, que contenha cobre e manganês e aspecto similar ao material original proveniente da Paraíba, independentemente de sua origem geográfica.
Esta política é consistente com as normas da CIBJO, que consideram a turmalina da Paraíba uma variedade ou designação comercial, e a definem como dotada de cor azul a verde devida ao cobre, sem qualquer menção ao local de origem. 

Por outro lado, como essas turmalinas cupríferas são cotizadas não apenas de acordo com seu aspecto, mas também segundo sua procedência, tem-se estimulado a divulgação, apesar de opcional, de informações sobre sua origem nos documentos emitidos pelos laboratórios de gemologia, caso disponham dos recursos analíticos necessários.

Fonte: Geologo.com