segunda-feira, 9 de julho de 2018

Como a guerra comercial entre EUA e China pode afetar o Brasil

Usiminas elege diretoria com Sergio Leite como presidente e Miguel Homes na área comercial


Usiminas elege diretoria com Sergio Leite como presidente e Miguel Homes na área comercial


A Usiminas elegeu uma nova diretoria com mandato até 2020, mantendo Sergio Leite na presidência-executiva e nomeando Miguel Homes Camejo como vice-presidente comercial.
A nova diretoria foi eleita por unanimidade pelo conselho de administração da siderúrgica. A manutenção de Leite na presidência vem após acordo acertado este ano pelos acionistas controladores Ternium e Nippon Steel, que encerrou publicamente uma disputa de poder que se arrastava há anos na empresa.
Antes de assumir a diretoria comercial da Usiminas, Camejo era diretor geral da Ternium na Colômbia, afirmou a siderúrgica.
A vice-presidência financeira ficará a cargo de Alberto Ono, no lugar de Ronald Seckelmann. Ainda segundo a Usiminas, Túlio Chipoletti e Takahiro Mori, foram reconduzidos aos cargos de vice-presidente industrial e vice-presidente de planejamento corporativo, respectivamente.

Fonte: CSNA

Escória: ignorância e oportunismo


Escória: ignorância e oportunismo

A paisagem do depósito de escória, operado pela Harsco Metals, em um terreno pertencente à CSN no bairro Brasilândia não é bonita, mas também não é perigosa. Nem para as pessoas que moram perto, nem para o Rio Paraíba do Sul. Se fosse gente, a tal pilha de resíduos de produção de aço poderia se queixar de bullying. Só porque é feia, ela é objeto de uma campanha que a vende como uma ameaça à saúde dos vizinhos e até ao suprimento de água da Capital do estado.
Só duas coisas podem explicar o rififi aprontado pela mídia da capital e também por alguns políticos em torno desse assunto: ignorância ou oportunismo. Ignorância, caso jornalistas e políticos não saibam do que é constituída a escória de alto-forno armazenada no local e se ela representa ou não risco ambiental. Oportunismo, caso a intenção seja criar uma comoção em torno do assunto para obter ganhos políticos ou de alguma outra natureza.
Na opinião do colunista, o furdunço criado nos últimos dias é resultado do aproveitamento da ignorância de alguns pelo oportunismo de outros.
O que é a escória
O colunista foi buscar a definição de escória no paper acadêmico intitulado “Caracterização da escória de alto forno proveniente de resíduos industriais visando seu uso na construção civil”, escrito por Maurílio Gomes Pimentel, Engenheiro Civil e Mestrando da UFPA, Adriano Luiz Roma Vasconcelos, Engenheiro Civil e mestre pela UFPA, Marcelo de Souza Picanço, Doutor em Geologia e Geoquímica, José Victor Brasil de Souza, Graduando em Engenharia Civil pela UFPA e Alcebíades Negrão Macêdo, Doutor em Engenharia de Estruturas, também pela UFPA.
“A escória de alto forno (EAF) é um produto gerado na fabricação do ferro gusa, sua formação ocorre pela combinação química das impurezas do minério de ferro com calcário e dolomita e as cinzas de carvão mineral, durante a produção do ferro gusa a EAF flutua no topo do ferro fundido, localizado na parte inferior do forno, dessa forma, protegendo o mesmo de se reoxidar por meio do jato de ar quente que funde através do forno, durante o reaproveitamento do forno, o ferro fundido e a escória são separados, enquanto o ferro é fluído em moldes de ferro gusa para fabricação do aço, a escória é direcionada em grandes recipientes, em seguida despejada dos mesmos”, afirma o trabalho.
Então, basicamente a escória é o que sobra quando se produz o gusa, que depois vai virar aço. Agora vamos ver a composição desse produto: “Os resultados mostraram que a EAF possui uma massa específica semelhante ao dos cimentos devido em especial a sua composição química e mineralógica. Da mesma forma a EAF apresentou predominância de óxidos de silício (SiO2), cálcio (CaO) e alumínio (Al2O3), bem como em sua mineralogia predominância de quartzo, calcita e hematita. Além disso a EAF apresenta-se como um material inerte, podendo ser utilizado dessa forma, como material suplementar ao agregado natural para a produção de concretos e argamassas”.
Em resumo, a escória não representa riscos à saúde por ser, como afirmam os cientistas, um material inerte.
Reação mergulhada em água
“E se a escória cair dentro do Rio Paraíba do Sul?”, perguntam alguns dos paranoicos de plantão. Eles enxergam um cenário apocalíptico, com a captação de água sendo paralisada a jusante de Volta Redonda, por causa do risco de contaminação. Para responder a essa pergunta, vamos recorrer ao trabalho acadêmico “Avaliação ambiental de concreto com escória de alto-forno ativada quimicamente após um ano de exposição em ambiente marinho”, de Maria Antonina Magalhães Coelho, Maristela Gomes da Silva, Fernando Lodêllo dos S. Souza, Robson Sarmento, Eliana Zandonade , Tsutomu Morimoto e José Luiz Helmer.
De acordo com o próprio trabalho, “O objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto ambiental, após um ano no meio marinho, de concreto de escória de alto-forno ativada quimicamente. Foram produzidos dois concretos, o primeiro como referência, utilizou 50% de escória de alto-forno e 50% de cimento CP III e o segundo utilizou escória de alto-forno ativada quimicamente com 4% de Na2O do silicato de sódio + 5% de cal. Para a avaliação do impacto ambiental foram confeccionados blocos de uma estrutura hidráulica de contenção de ondas e colocados em exposição em ambiente marinho. Ao mesmo tempo, blocos ficaram imersos em tanques com água do mar, com simulação do movimento das marés. Foram avaliadas a qualidade da água através do monitoramento do pH, durante 1 ano, e por análise química da água. Foram realizados, após este tempo, estudos de classificação e de contagem de número de organismos marinhos encontrados na superfície dos blocos que estiveram no mar. Este estudo e a comprovação da qualidade da água, indicam que o material utilizado não prejudica o meio ambiente”.
Como queríamos demonstrar. Mesmo que toda aquela escória caísse, por algum motivo, dentro do rio, não haveria risco à qualidade da água.
E nós com isso?
A escória está lá, quietinha. Não representa perigo para ninguém e pode até vir a ser útil: serve para pavimentação de estradas rurais, por exemplo. Aliás, não é segredo para ninguém que a CSN está oferecendo o material para esse fim. Aí, uma ONG de Magé resolve que o material representa risco para o Rio Paraíba do Sul e mobiliza imprensa, políticos, ministérios públicos e órgãos ambientais para pedir a interdição do local.
Em e-mail enviado ao DIÁRIO DO VALE, uma ONG chamada “Baía Viva” afirma que “Ecologistas e técnicos alertam que, por estarmos no inverno, caso haja uma chuva mais forte, pode ocorrer um evento natural denominado Tromba D´àgua, o que carreará as pilhas de rejeitos de metais pesados para o Corpo Hídrico, obrigando o Poder Público a suspender o abastecimento de água por poluição química do Corpo Hídrico. Os problemas ou impactos, estimados em larga escala, seriam:
I- Ambientais (mortandade de peixes com a perda de biodiversidade, contaminação do solo e das águas subterrâneas);
II- Na saúde pública (redução do abastecimento de água às populações) e;
III- Socioeconômicos por gerar prejuízos em todas as empresas/indústrias que dependem da utilização da água para seu funcionamento, assim como impactos à pesca e na agricultura familiar”.
Os caras conseguem juntar uma tromba d’água no inverno com metais pesados misturados na escória (que, como vimos, não é verdade) com uma mortandade de peixes, como se escória tivesse endosulfan em sua composição.
Definitivamente, se não for ignorância, é oportunismo. O colunista vai ali rir um pouco e volta na semana que vem.
Material consultado
1- Caracterização da escória de alto forno proveniente de resíduos industriais visando seu uso na construção civil
MAURÍLIO GOMES PIMENTEL1*,
ADRIANO LUIZ ROMA VASCONCELOS2
MARCELO DE SOUZA PICANÇO3;
JOSÉ VICTOR BRASIL DE SOUZA4;
ALCEBÍADES NEGRÃO MACÊDO5
1Eng. Civil. Mestrando PPGEC, UFPA, Belém-PA;
2M.e. em Construção Civil PPGEC, UFPA, Belém-PA;
3Dr. em Geologia e Geoquímica, Prof. ITEC, UFPA, Belém-PA;
4Graduando em Eng. Civil, ITEC, UFPA, Belém-PA;
5Dr. em Eng. de Estruturas, Prof. Associado IV, ITEC, UFPA, Belém-PA
Apresentado no
Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia – CONTECC’2017
8 a 11 de agosto de 2017 – Belém-PA, Brasil
2 – Avaliação ambiental de concreto com escória de alto-forno ativada quimicamente após um ano de exposição em ambiente marinho
Maria Antonina Magalhães Coelho (1);
Maristela Gomes da Silva (2);
Fernando Lodêllo dos S. Souza (3)
Robson Sarmento (4);
Eliana Zandonade (5);
Tsutomu Morimoto (6);
José Luiz Helmer (7)
(1) NEXES – Núcleo de Excelência em Escórias Siderúrgicas, UFES, Universidade Federal do Espírito Santo, Profa. da Univix, UCL, Faculdade do Centro Leste
(2) NEXES, Centro Tecnológico da UFES
(3) NEXES, Centro Tecnológico da UFES
(4) NEXES, Centro Tecnológico da UFES
(5) Departamento de Estatística da UFES
(6) Companhia Siderúrgica de Tubarão
(7) Centro de Biomédico da UFES
Apresentado no Entac 2006 – XI Encontro Nacional de Tecnologia no Ambiente Construído – Curitiba (PR), Florianópolis, 23 a 25 de agosto
Fonte: Diário do Vale

Exploração de minério: o surgimento de um novo Carajazão. Entrevista especial com Rogério Almeida

Exploração de minério: o surgimento de um novo Carajazão. Entrevista especial com Rogério Almeida

“É o maior empreendimento de mineração de ouro a céu aberto do país e deverá retirar 50 toneladas de ouro no prazo de 12 anos.  Um prazo curtíssimo”, constata o pesquisador.
O projeto Belo Sun, a ser executado no estado do Pará, “é o maior empreendimento de mineração de ouro a céu aberto do país e deverá retirar 50 toneladas de ouro no prazo de 12 anos”, informa Rogério Almeida, em entrevista à IHU On-Line, concedida por e-mail.
Segundo ele, a empresa Belo Sun “tomou posse dos antigos garimpos Grota Seca, Galo e Ouro Verde, que existem desde os anos 1940. Isso já provoca estranheza num cenário marcado pela desordem fundiária, onde a maioria das terras é tutelada pela União. Ali vivem os povos indígenas Juruna e Arara e outros povos isolados, além de lavradores, extrativistas e pescadores que sofrem com a espoliação e a expropriação promovidas pela Belo Monte”.
Almeida relata que há seis meses os garimpeiros estão “impedidos de operar nas antigas áreas”, e a empresa prometeu reassentar mais de mil famílias. No entanto, ressalta, “na Ressaca e na Ilha da Fazenda, que ficam bem próximas, o clima é de incerteza e insegurança. As populações já socializam a desordem que a usina de Belo Monte provoca. É ali que o Xingu terá a sua vazão reduzida em perto de 80%. É um impacto absurdo e tem implicações no deslocamento das pessoas, nas fontes de recursos que a natureza possibilita. As pessoas não sabem informar sobre o reassentamento. Parte da Ressaca é de projeto de assentamento da reforma agrária”.
Rogério Almeida é graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Maranhão e mestre em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pela Universidade Federal do Pará, com a dissertação intitulada Territorialização do campesinato no sudeste do Pará, a qual foi laureada com o Prêmio NAEA/2008. Atualmente leciona na Faculdade de Tecnologia da Amazônia.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – Em que consiste a atividade da Belo Sun e desde quando a empresa atua no Brasil?
Rogério Almeida – Tomei conhecimento da existência da Belo Sun no Brasil agora, em visita às comunidades da Vila da Ressaca e da Ilha da Fazenda, que serão impactadas pelo projeto da hidrelétrica de Belo Monte, na Volta Grande do Xingu, no território do município de Senador José Porfírio.
Conforme o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA apresentado à Secretaria de Meio Ambiente do Pará – SEMA, trata-se de uma subsidiária brasileira da Belo Sun Mining Corporation, pertencente ao grupo Forbes & Manhattan Inc., um banco mercantil de capital privado que desenvolve projetos de mineração em todo o mundo.
A Belo Sun passa a integrar a aquarela de grandes corporações de mineração que operam no estado do Pará, competindo com a Vale, a estadunidense Alcoa, a suíça Xstrata, a francesa Imerys, a Reinarda, subsidiária da australiana Troy Resourses, a norueguesa Norsk Hydro e a chilena Codelco.
IHU On-Line – O que é o projeto Belo Sun?
Rogério Almeida – É o maior empreendimento de mineração de ouro a céu aberto do país e deverá retirar 50 toneladas de ouro no prazo de 12 anos. Um prazo curtíssimo. Localiza-se numa região que será profundamente impactada pela usina de Belo Monte. A Belo Sun tomou posse dos antigos garimpos Grota Seca, Galo e Ouro Verde, que existem desde os anos 1940. Isso já provoca estranheza num cenário marcado pela desordem fundiária, onde a maioria das terras é tutelada pela União. Ali vivem os povos indígenas Juruna e Arara e outros povos isolados, além de lavradores, extrativistas e pescadores que sofrem com a espoliação e a expropriação promovidas pela Belo Monte. O futuro das pessoas que moram na Volta Grande do Xingu é incerto pelo conjunto de impactos que os dois projetos irão produzir. A mineração do ouro usa cianeto, dragas e dinamite, e deixará uma montanha de resíduos ali. Externalidades negativas é uma matriz da mineração. O projeto aprofunda ainda mais a condição econômica da Amazônia como uma grande província exportadora de recursos naturais. Uma colônia baseada em commodities. Há perto de 500 pedidos de prospecção protocolados junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM somente na Volta Grande do Xingu, e, desse total, 228 possuem foco no ouro.
IHU On-Line – Como está ocorrendo a exploração de minério no Pará?
Rogério Almeida – O minério é o principal item da balança comercial do estado, responde por quase 100% do Produto Interno Bruto – PIB. Em todo o território existe minério, de seixo a ouro. O ferro da província de Carajás, explorada desde a década de 1980, continua sendo o principal. O estado é duplamente saqueado, por conta da renúncia fiscal da Lei Kandir (lei complementar federal nº 87, de 13 de setembro de 1996). Ela desobriga as empresas de recolher o Imposto de Circulação de Mercadoria e Serviço – ICMS dos produtos primários e semielaborados. Literalmente fica somente o buraco.
Ao longo dos anos da mineração em Carajás, os péssimos indicadores socioeconômicos não sofreram alteração. A fronteira agromineral consolidou o sul e o sudeste do Pará como os que mais desmatam, mais assassinam camponeses na luta pela terra no Brasil, e com municípios nos primeiros lugares entre os mais violentos do país e de vulnerabilidade para a população jovem. Nenhum município tem renda per capita que alcance um salário mínimo por mês. O município vizinho da mina de Carajás, Curionópolis, tem a renda per capita de R$ 108,15, quase a mesma da pequena Palestina do Pará, R$ 106,64.
IHU On-Line – Quem são os garimpeiros da Vila da Ressaca? Como eles atuavam antes da entrada da Belo Sun no Pará?
Rogério Almeida – Conforme informações da cooperativa dos garimpos da Vila Ressaca, são perto de 600 garimpeiros. Eles trabalham em condições marcadas pela precariedade, sem vínculo empregatício. Ficavam somente com 20% do ouro encontrado. O “patrão”, o dono do local da exploração, bancava com máquinas e combustível o processo, e ficava com 80%.
IHU On-Line – Em que consiste o conflito deles com a Belo Sun?
Rogério Almeida – Há seis meses os garimpeiros estão impedidos de operar nas antigas áreas. Eles explicitam que perderam a principal fonte de renda. A vila, hoje, tem um aspecto de cidade fantasma. As áreas foram negociadas com a Belo Sun, como falei antes, num ambiente marcado pela ilegalidade fundiária.
IHU On-Line – Qual é a proposta de reassentamento das famílias da Vila Ressaca, Galo e Ouro Verde, feita pela Belo Sun?
Rogério Almeida – Em documento formal a empresa afirma que promoverá o reassentamento de mil famílias. No entanto, na Ressaca e na Ilha da Fazenda, que ficam bem próximas, o clima é de incerteza e insegurança. As populações já socializam a desordem que a usina de Belo Monte provoca. É ali que o Xingu terá a sua vazão reduzida em perto de 80%. É um impacto absurdo e tem implicações no deslocamento das pessoas, nas fontes de recursos que a natureza possibilita.
As pessoas não sabem informar sobre o reassentamento. Parte da Ressaca é de projeto de assentamento da reforma agrária.
IHU On-Line – Qual a atual situação da exploração mineral em Carajás?
Rogério Almeida – Carajás vivencia uma grande inflexão com o desenvolvimento do maior projeto de mineração da Vale ao longo dos seus 40 anos de vida, o Projeto de Mineração da Serra Sul (S11D), localizado no município de Canaã dos Carajás, e que vai explorar ferro. O S11D desponta no cenário atual como uma representação do Grande Carajás no século XXI.
Um novo Carajazão, como o foi a primeira versão da década de 1980. O mesmo consiste em profundas alterações nos cenários econômicos, sociais e políticos em Carajás, que compreende desde a mina até o porto, em São Luís, no Maranhão, pressionando reservas ambientais, vilas, territórios ancestrais e projetos de assentamentos rurais. O S11D encontra-se nos limites dos municípios a sudeste do Pará, Canaã dos Carajás e Parauapebas.
Com o projeto, a mineradora vai incrementar a produção de ferro em 90 milhões de toneladas por ano, mas com capacidade de dobrar a produção. O mercado asiático tem sido o destino do minério de ferro de excelente teor das terras dos Carajás, em particular a China e o Japão. A previsão é que a usina inicie as operações até 2016. A iniciativa, que inclui mina, duplicação da Estrada de Ferro de Carajás – EFC, ramal ferroviário de 100 km e porto, está orçada em US$ 19,5 bilhões.
Os recursos estão distribuídos da seguinte forma: a logística consumirá US$ 14,1 bilhões; US$ 8,1 bilhões serão usados na mina e na usina; enquanto US$ 2 bilhões serão usados durante o ano.
Como em outros empreendimentos na Amazônia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES é o responsável por parte dos recursos, ao lado do banco japonês Japan Bank International Cooperation – JBIC. O projeto é maior ou equivalente à primeira versão do Programa Grande Carajás – PGC, iniciado há quase 30 anos.
O minério que sairá da Serra Sul é considerado ainda de melhor teor que o extraído da Serra Norte, avaliado como excelente. O teor da S11D é de 65%. A Vale é, atualmente, a líder mundial no mercado de ferro, responsável por 310 milhões de toneladas por ano. Como em outros casos registrados na região, o início do projeto mobiliza uma série de alterações na cidade que abriga a mina e em municípios do entorno.
IHU On-Line – Fala-se de um possível aumento de conflitos no Pará por conta da exploração de ouro. O senhor vislumbra algo nesse sentido?
Rogério Almeida – Faz-se necessário uma leitura sobre o contexto dos grandes projetos na Amazônia, em consonância com obras de infraestrutura do estado para que os mesmos possam ser viabilizados. Esse conjunto coloca em oposição populações locais e as grandes corporações. É uma luta desigual, marcada pela derrota dos primeiros, que ao longo dos séculos são os penalizados com todo tipo de desrespeito, expropriação, espoliação e morte. Não tem ocorrido nenhuma alteração.
IHU On-Line – Como o estado do Pará se manifesta diante da atuação da empresa na região?
Rogério Almeida – Ele garante as condições para o empreendedor detentor de capital, ou que se capitaliza com os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que se constitui como o principal financiador das grandes corporações na Pan-Amazônia.
Soma-se a isso um xadrez no campo jurídico que busca fragilizar algumas garantias das populações consideradas tradicionais, como indígenas e quilombolas, entre outras. Para não falar nos bastidores das negociatas típicas de vésperas de pleitos eleitorais. 

Fonte: CPRM

domingo, 8 de julho de 2018

O uso do quartzo nos relógios


QUARTZO VOCÊ SABIA

O uso do quartzo nos relógios


Você sabia que o quartzo é utilizado nos relógios devido às suas propriedades piezoelétricas?


A piezoeletricidade é uma tensão elétrica gerada por pressão mecânica. Quando o quartzo é submetido a pressão, gera carga elétrica em suas extremidades vibrando com uma frequência regular. 

Quando damos corda ao relógio estamos causando a pressão mecânica no quartzo gerando carga elétrica no mesmo e vibrando regularmente os ponteiros do relógio.

Fonte: CPRM