sábado, 11 de agosto de 2018

Por que a lira turca afeta a bolsa e o real?

Por que a lira turca afeta a bolsa e o real?

Investing.com Brasil - 10/08/2018 
Por Investing.com – O mercado brasileiro opera com forte queda nesta sexta-feira (10) e se encaminha para devolver 5 mil pontos na semana e retornar aos 76 mil pontos de meados de julho. O culpado da vez para a realização? A escalada da crise diplomática entre Turquia e Estados Unidos, gatilho para amplificar o mau humor internacional.
Somente nesta sexta-feira, a moeda turca perde 14,35% ante o dólar comercial. Em um ano, as perdas acumuladas são de 36%.
O país passa por um quadro inflacionário considerado grave, com o banco central sendo visto por analistas como inoperante e sujeito a pressões políticas, já que não eleva os juros para conter a tendência de alta nos preços e a fraqueza da lira.
Por que a lira está caindo?
A Turquia vive um momento de prolongada crise política, que faz com que a moeda local perca força diante do dólar americano. A situação se agravou hoje após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar em seu Twitter que deu autorização para que sejam duplicadas as tarifas sobre o aço e o alumínio procedentes do país.
A decisão aumenta a pressão sobre Ancara, cuja economia se mostra debilitada e demonstra uma escalada da crise diplomática entre os dois países que disputam a prisão e extradição de cidadãos.
O humor do investidor com a Turquia se deteriorou nos últimos dois anos desde a tentativa fracassada de golpe em 2016, que deu lugar a uma resposta autoritária comandada pelo presidente Recep Erdogan, já considerado ditador de fato da república.
Hoje mais cedo, Erdogan fez um discurso avaliado como extremamente populista para convocar a população a ajudar o pais a superar a adversidade. Ele pediu que a população de seu país troque dólares, euros e ouro por liras trucas, para que a Turquia possa responder à instabilidade como uma nação unida. No discurso, o presidente descartou medidas como alta dos juros.
O tom desagradou ainda mais investidores, contribuindo para a derrocada da moeda.
Exportação da crise
O ambiente internacional azedou após o Financial Times publicar uma reportagem informando que o Banco Central Europeu (BCE) está preocupado com a exposição dos bancos da zona do euro à Turquia.
O BCE não quis comentar a notícia do jornal britânico. As instituições que estariam mais expostas e sujeitas à crise são o BBVA (MC:BBVA), UniCredit (MI:CRDI) e BNP Paribas (PA:BNPP), já que possuem uma presença maior na Turquia, com as operações no país sendo mais representativas em seus balanços. Dados do Bank for International Settlements (BIS) apontam que os bancos espanhóis têm a receber US$ 83,3 bilhões de clientes turcos, com os franceses sendo credores de US$ 38,4 bilhões e os italianos de US$ 17 bilhões.
A troca de comando na economia da Turquia ainda não é considerada crítica pelo FT, sendo que a maior preocupação é se os bancos estão protegidos contra a fragilidade da lira, dado que os empréstimos em moeda estrangeira representam 40% dos ativos do setor bancário turco.
O novo ministro das Finanças do país, Berat Albayrak, deve apresentar novas propostas para a economia turca. A notícia não agradou os investidores, ainda mais devido à exposição os bancos europeus que emprestaram dinheiro na Turquia nos últimos anos e agora correm risco de calote.
Emergentes sofrem com aversão ao risco
Com investidores atentos aos desdobramentos da crise turca, o sentimento de aversão ao risco tomou conta do cenário internacional, com peso especial sobre os emergentes. O ETF que mede o desempenho dos emergentes (NYSE:EEM) perde 2,4% e se encaminha para o pior fechamento semanal em um ano.
A bolsa russa fechou com perdas de 3,7%, seguida pela polonesa com -3,3%. O Ibovespa vem logo a seguir com perdas de 3%, mas ainda em operação. O principal índice turco cedeu 2,3%, enquanto DAX alemão, país com fortes laços com a Turquia, recuou 2%.
Por que isso afeta o Ibovespa e o real?
A H.Commcor, em relatório enviado a clientes nesta sexta-feira, informou que o movimento da lira turca preocupa praticamente a todos, em um momento com os investidores acionando o ‘modo pânico’ em meio à preocupação com a solvência daquele mercado.
Para a SulAmérica Investimentos, a crise econômica e financeira vivenciada pela Turquia, ameaça contaminar economias europeias, somada às tensões comerciais e geopolíticas, empurra os investidores em direção a ativos considerados seguros.
Esse cenário contribui, por exemplo, para a alta do dólar, que tem nessa sexta-feira valorização de 1,35% a R$ 3,8526, movimento que é semelhante principalmente entre outros países emergentes.
Com esse movimento, a curva a termo de juros precificava nesta sessão quase 95 por cento de chances de alta de 0,25 ponto percentual da Selic em setembro, com o restante indicando manutenção, segundo operadores. Hoje, a taxa básica de juros está na mínima histórica de 6,50 por cento ao ano.
Os contratos de DI para janeiro de 2020, de maior liquidez, avançam 0,210 p.p. para um total e 8,32%, enquanto os de janeiro de 2021 têm ganhos de 0,230 p.p. para 9,4%. A maior variação é registrada para os papéis para julho de 2023, com ganhos de 0,4 p.p. a 11,19%.
Já o Risco Brasil, medido pelo CDS de 5 anos, está com 225,4 pontos, representando uma alta de 4,45% na semana.
Fonte:  Investing.com Brasil





Brasil perde R$ 5,7 bilhões por ano em plásticos não reciclados

Brasil perde R$ 5,7 bilhões por ano em plásticos não reciclados





Plástico jogado fora

O Brasil produz mais de 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, dos quais 13,5% - o equivalente a 10,5 milhões de toneladas - são plásticos.

Se todo esse montante de plástico fosse reciclado, seria possível retornar cerca de R$ 5,7 bilhões para a economia, segundo levantamento do Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb).

"O Brasil ainda destina inadequadamente cerca de 40% de todo o resíduo gerado no país. São bilhões de reais que poderiam ser revertidos para a construção ou modernização de aterros sanitários, ampliação dos serviços de coleta e outras atividades relacionadas à limpeza urbana. O gerenciamento de resíduos envolve uma rede complexa de atividades e a reciclagem é um pilar que precisa começar a ser desenvolvido como oportunidade de negócio. Do contrário, não terá resultado concreto", explicou Márcio Matheus, presidente do Selurb.

A entidade avalia que os números refletem uma realidade mundial e que o aumento do poder de compra da população e os altos investimentos em novas fábricas e tecnologias serão responsáveis por um crescimento de cerca de 30% na produção de plástico em menos de 10 anos.

Gestão de resíduos sólidos

Uma das alternativas em relação à gestão de resíduos sólidos apontadas pela entidade seria a erradicação dos quase 3 mil lixões existentes no país e a implantação de uma rede regionalizada de aterros sanitários, para tratar adequadamente os resíduos - o Selurb é uma entidade que representa as empresas que constroem e administram aterros sanitários.

"Se ilude quem acha que é possível fazer reciclagem em um país continental sem buscar soluções de escala. A reciclagem só será possível quando houver viabilidade econômica, o que inclui incentivos governamentais, com isenções fiscais, e estrutura logística para tal. A primeira medida é desenvolver soluções logísticas que concentrem esses materiais, como ecoparques - que apresentam, também, a estrutura dos aterros legalizados. A partir disso, será possível diluir os altos custos logísticos e trazer viabilidade econômica para que os materiais recicláveis cheguem à indústria a um preço atrativo, como aconteceu nos EUA," disse o engenheiro Carlos Rossin, consultor ligado ao Selurb.

Fonte: Agência Brasil 

Brasil desenvolve tecnologia para reciclar metais preciosos do lixo eletrônico

Brasil desenvolve tecnologia para reciclar metais preciosos do lixo eletrônico



Brasil desenvolve tecnologia para reciclar metais preciosos do lixo eletrônico
O projeto recebeu investimentos de R$ 8 milhões do BNDES.[Imagem: CTI Renato Archer]
Resíduos de materiais tecnológicos

Pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, em Campinas (SP) criaram uma tecnologia que permite extrair metais preciosos do lixo eletrônico.

Por meio de processos mecânicos, de hidrometalurgia e biometalurgia, a técnica reaproveita materiais como ouro, prata, cobre e paládio, contidos em placas eletrônicas de computadores, celulares e tablets.

Outra vantagem é que a combinação desses processos permite separar e descartar os metais pesados desses componentes.

Fruto de um projeto iniciado em 2014, chamado Rematronic, o esforço contou com um investimento de R$ 8 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e tem participação de um parceiro da iniciativa privada, a Gestora de Resíduos Industrial (GRI), que vai deter parte da propriedade intelectual da tecnologia.

A equipe agora está projetando uma planta industrial piloto para sair da escala de laboratório e começar a traçar as diretrizes de escalonamento, dimensionamento de custos e cálculo da viabilidade do negócio.

Segundo Marcos Pimentel, um dos coordenadores do projeto, a tecnologia de reciclagem e reaproveitamento permitirá lidar com outros componentes da indústria eletroeletrônica, além das placas eletrônicas. "Com esse know-how, podemos dar uma solução para outros tipos de resíduos, como pilhas, baterias e outros resíduos eletrônicos," disse ele.

Ambientronic

O projeto de pesquisa faz parte do programa Ambientronic, criado pelo CTI Renato Archer em 2006. Desde então, a unidade de pesquisa tem firmado acordo com as principais entidades da indústria eletrônica, a fim de capacitar recursos humanos e criar normas e soluções de produção, descarte e reciclagem de equipamentos eletrônicos.

"O descarte do resíduo sólido na natureza é um problema para o meio ambiente e de saúde pública, em que a solução vem pelo investimento em tecnologia. Quanto mais tecnologia você usa, mais retorno econômico a reciclagem dos resíduos gera," ressaltou Marcos

Fonte: Inovação Tecnológica 

Proibido em 65 países, amianto volta ao mercado dos EUA


Proibido em 65 países, amianto volta ao mercado dos EUA

A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) permitiu a reintrodução do amianto na indústria norte-americana, conforme relatado pela Fast Company. A substância perigosa, proibida em 65 países, poderá agora ser introduzida nos EUA por meio de produtos e materiais domésticos comuns. Este é o resultado de um “SNUR”, sigla em inglês para Nova Regra de Uso Significativo, que permite, entre outras coisas, que produtos contendo amianto sejam aprovados pelo governo federal.
A brecha na lei surge a partir da avaliação do risco de produtos químicos potencialmente nocivos. De acordo com a EPA, as avaliações de risco não considerarão mais o efeito ou a presença de substâncias no ar, solo ou água, oferecendo uma brecha para aqueles que buscam restabelecer produtos derivados do amianto.  Embora o amianto não represente uma ameaça direta aos consumidores, o perigo de interagir com fibras de amianto prejudiciais aumenta para mineradores, operários da construção civil e pessoas que vivem perto de aterros sanitários.
O que antes era um mineral comum na indústria da construção devido às suas propriedades de retenção de calor, nas últimas décadas tem sido associado a doenças como o câncer de pulmão. Isso levou à proibição de produtos contendo amianto em 65 países ao redor do mundo, incluindo grande parte da Europa e do Golfo Pérsico, juntamente com países como o Japão e a Coreia do Sul na Ásia; Austrália e Nova Zelândia na Oceania; África do Sul e Moçambique na África; e seis países latino-americanos, incluindo Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.
Embora os EUA nunca tenham proibido inteiramente a substância, seu uso foi restringido pela legislação entre 1972 e 1989. Apesar disso, estima-se pela Organização de Conscientização sobre a Doença de Amianto que 40.000 pessoas nos EUA morrem todos os anos por causas relacionadas à substância
Fonte: Arch Daily

Novo aplicativo de blockchain afirma estar rastreando 760 mil diamantes

Novo aplicativo de blockchain afirma estar rastreando 760 mil diamantes

 10 de agosto de 2018 
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A subsidiária de uma das mais importantes seguradoras da China, a ZhongAn, revelou ter colocado os dados de 760 mil diamantes em uma blockchain.
(Foto: Pixabay)
A ZhongAn – que é listada na bolsa de Hong Kong – anunciou o lançamento de um aplicativo de blockchain, nessa terça-feira, ressaltando que o projeto foi criado para alcançar um nível mais alto de rastreabilidade na indústria de luxo.
O projeto está sendo comercializado através da Diamsledger, uma empresa subordinada, criada em conjunto pela ZhongAn com a companhia de comércio de diamantes on-line Ediams.
Construído sobre a rede blockchain – que foi desenvolvida pela ZhongAn e hospedada em sua plataforma de nuvem Anlink – o aplicativo é implantado em partes selecionadas ao longo da cadeia de suprimentos de diamantes. Incluindo revendedores da pedra preciosa, empresas de processamento, alfândegas, empresas de logística e centros de câmbio.
O objetivo final, de acordo com o anúncio da empresa, é fornecer um livro-razão transparente em uma rede descentralizada que rastreie qualquer informação sobre um diamante, da produção até o consumidor.

Blockchain vs. indústria tradicional

O sistema também trabalha em paralelo com os certificados da indústria tradicional, como a GIA, NGTC e a HRD. O que significa que os compradores podem, a partir do número do certificado de um diamante, visualizar todas as suas informações através de um portal no Diamsledger.
Zhang Yongwen, CEO da Diamsledger, comentou que atualmente as “informações de 760 mil diamantes foram enviadas para a Anlink, em meados de julho”.
Zhang continuou afirmando que o aplicativo fornece uma dupla garantia, juntamente com os certificados tradicionais, que registram, principalmente, informações físicas dos diamantes, como cor, local e origem.
O lançamento segue as iniciativas anteriores da ZhongAn, que já conta com um aplicativo baseado em blockchain para rastrear e registrar a cadeia de suprimento de alimentos.
Outra ação da companhia voltada para a tecnologia distribuída é um pedido de patente para uma solução blockchain desenvolvida para proteger canais de mídia conta a pirataria.
Fonte: CoinDesk