quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Bolsas derretem e dólar retoma alta

Bolsas derretem e dólar retoma alta







A bolsa de Xangai caiu 2,08% e é um exemplo do sentimento geral dos mercados acionários hoje. O recrudescimento das tensões na Turquia mostra o potencial que a ofensiva dos EUA tem para criar incertezas. A reação do governo turco, de taxar as importações de produtos americanos, não deve produzir estragos na maior economia do planeta, mas mostra o aumento dos problemas em uma região sensível para o equilíbrio global. A grandes mineradoras e siderúrgicas globais caíam mais de 3% e as petroleiras pouco mais de 1%. O dólar voltou a subir em relação ao euro e às moedas emergentes.
Aqui no Brasil, o índice futuro caiu mais de mil pontos e o dólar opera em alta de 1%. Ainda que o noticiário político se mantenha moderado, o mercado deve acompanhar o exterior, devolvendo uma parte dos ganhos dos últimos dois pregões. Os juros mais longos voltaram a subir, com os contratos para jan/21 subindo oito pontos e os de jan/27 subindo 11 pontos. A alta dos juros só não é maior por conta dos dados de inflação, divulgados pela FGV, e de atividade, divulgados pelo BCB.
O IGP-10 mostrou que o IPA se mantém alto, mesmo com a desaceleração da economia. Os agropecuários voltaram a subir (+0,42%) depois da queda de junho (-0,83%). No ano o IPA acumula alta de 8,45% e só não deve preocupar por conta do elevado hiato do produto. O índice ao consumidor ficou em 0,14%, bem comportado, com destaque para alimentação, que caiu 0,37% e acumulou alta de 2,57% no ano. O IPC acumulou alta de 3,27% no ano e 4,09% em doze meses. Esse processo de acomodação dos preços reflete o estado da economia, de crescimento muito baixo, após um longo ciclo de queda. O BC tem mais um indicador importante para confirmar que após o choque de maio, a inflação voltou a um patamar abaixo da meta.
O índice IBC-Br subiu 3,29% em junho, em relação a maio. Com esse dado, o indicador mostra a quase total recuperação dos efeitos da greve sobre a atividade econômica do país. O índice do BC estava em  137,97 no final de abril, caiu para 133,44 em maio e voltou a subir para 137,83 em junho, um pouco abaixo do que estava antes do choque. A  média do segundo trimestre mostra uma forte queda em relação ao primeiro, de 1%, o que deve impactar nas projeções do PIB para 2018, com revisões para baixo. Esse indicador também confirmar as expectativas do BC: a economia está se recuperando, mas em ritmo muito lento.
Fonte: ADVFN

Vale anuncia pagamento de juros das debêntures da 9ª emissão

Vale anuncia pagamento de juros das debêntures da 9ª emissão







Na noite desta terça-feira (14), a Vale (BOV:VALE3) anunciou o pagamento dos juros das debêntures da 9ª Emissão. De acordo com a mineradora, o pagamento será realizado nesta quarta-feira (15), através do Bradesco, banco liquidante das debêntures.
Os preços unitários são R$ 76,50362598 para cada uma das 800.000 debêntures da 1ª Série e R$ 76,51831417 para cada uma das 550.000 debêntures da 2ª Série.
O valor total a ser pago será de R$ 103.287.973,58.

Resultados

A Vale encerrou o segundo trimestre de 2018 com lucro líquido de R$ 306 milhões. O valor corresponde a uma forte alta de 410% quando comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro da mineradora foi R$ 60 milhões.
O lucro líquido recorrente da Vale — que exclui fatores atípicos, como provisões e variações bruscas do câmbio — encerrou o período entre abril e junho em R$ 7,571 bilhões, alta de 181% em relação ao mesmo período de 2017, quando o lucro recorrente foi de R$ 2,694 bilhões.
A receita líquida da mineradora durante o segundo trimestre de 2018 foi de R$ 31,2 bilhões, 33,7% acima dos R$ 23,363 bilhões registrados em igual período do ano passado.
Fonte: ADVFN

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Aço atinge maior preço em 6 anos com restrição de capacidade chinesa



Aço atinge maior preço em 6 anos com restrição de capacidade chinesa

A decisão do governo chinês de reduzir pelo segundo ano consecutivo uma parte da capacidade de produção do aço no país tem garantido que os preços do metal — e da maior parte do complexo de ferrosos — se mantenha firme nos últimos dias.
Hoje, os contratos futuros da bobina a quente com vencimento em outubro, os mais negociados, fecharam em alta de 1,6% na Bolsa de Futuros de Xangai, a 4.273 yuans (US$ 620) por tonelada, enquanto o vergalhão do mesmo mês teve alta de 2,7%, para 4.345 yuans. No melhor momento do dia, os preços atingiram o maior patamar em seis anos.
“Esse é um mercado que continua a divergir consideravelmente dos metais não ferrosos”, comenta Edward Meir, analista da consultoria INTL FCStone. “Os cortes de produção, aliados à demanda local ainda forte, continuam a impulsionar o desempenho.” No fim de 2017, as autoridades da China já haviam ordenado que siderúrgicas especialmente das províncias do Norte segurassem o uso de sua capacidade pela metade. Agora, o governo planeja aumentar o escopo regional, o que pode reduzir ainda mais o excesso de oferta e ajudar valorizar o aço.
“Ao mesmo tempo, matérias-primas da siderurgia como minério de ferro e carvão metalúrgico disparam, provavelmente refletindo expectativas da pré-produção, antes da temporada dos cortes”, comenta Carsten Menke, do banco suíço Julius Baer. “Estamos convencidos de que o governo chinês manterá a oferta suficiente para a construção de infraestrutura, essencial para a economia local.”
Hoje, por outro lado, o minério de ferro à vista recuou 0,3% no porto de Qingdao, segundo a “Metal Bulletin”, para US$ 68,51 a tonelada. Os investidores do mercado financeiro, contudo, seguiram otimistas. Na Bolsa de Commodities de Dalian, os contratos futuros de janeiro avançaram 1%, para 517 yuans.
O Bank of America Merrill Lynch (BofA) acredita que a diferença de performance entre as diferentes commodities minerais faz sentido no contexto das restrições de capacidade. O banco acredita que a valorização tem espaço para continuar. “Como a disputa comercial entre Estados Unidos e China não deve se resolver imediatamente, a dinâmica atual sugere que essas commodities seguem como opção defensiva.”
Fonte: Valor

Pré-Market: Tensão alivia, mas emergentes seguem sob pressão

Pré-Market: Tensão alivia, mas emergentes seguem sob pressão

- 14/08/2018 - 
A situação na Turquia parece ter se acalmado, mas está longe de uma solução. Ainda assim, o mercado financeiro exibe uma recuperação nesta manhã, em um movimento justificado mais pela intensa depreciação dos ativos de risco e a existência de uma força compradora entre os investidores do que por alguma novidade capaz de aliviar a pressão nos países emergentes.
O principal temor nos negócios globais é o risco de contágio, seja por causa das complicações envolvendo o todo-poderoso Donald Trump, seja por causa do fim da era de liquidez global, com o Federal Reserve encabeçando o processo de normalizar as taxas de juros nos países desenvolvidos. Nesse cenário, o Brasil pode até não ser a Turquia nem a Argentina. Mas é tudo país emergente.
A China também entra nessa lista, em meio à guerra comercial com os Estados Unidos, e os indicadores econômicos no país em julho em nada contribuem para um alívio na onda de aversão ao risco, em meio à perda de tração na atividade. A produção industrial chinesa subiu 6,0%, em base anual, repetindo o avanço em junho e ficando abaixo da previsão de +6,4%.
Já as vendas no varejo chinês avançaram 8,8% no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior, desacelerando da alta de 9,0% em junho, na mesma base de comparação. O resultado também foi menor que o esperado (+9,0%). Já os investimentos em ativos fixos em áreas urbanas subiu 5,5% no acumulado do ano, no menor nível desde o fim de 1999.
Em reação, as bolsas de Hong Kong (-0,7%) e Xangai (-0,2%) caíram. Mas foi só. Os demais mercados asiáticos fecharam com ganhos, impulsionados pelo salto de mais de 2% em Tóquio, o que embalou a abertura do pregão na Europa, onde os bancos são os destaques de alta. Os índices futuros das bolsas de Nova York também estão no azul.
Nas moedas, o euro avança em relação ao dólar, que perde terreno até para a lira turca. Contudo, a rupia indiana alcançou nova mínima recorde frente à moeda norte-americana, passando a valer 70 rupias por dólar. Entre as commodities, o petróleo se recupera das perdas e é cotado no maior nível em uma semana.
Ainda assim, o impasse diplomático entre Turquia e EUA se arrasta. O embaixador turco em Washington foi avisado que a Casa Branca não irá negociar enquanto o pastor evangélico, detido em 2016, for solto. No front econômico, a situação do país euro-asiático segue extremamente frágil e o mercado clama por medidas agressivas e ortodoxas para reverter a fragilidade. Qualquer outro movimento será visto apenas como paliativo.
Por ora, o receio do mercado global, de uma contaminação sistêmica da aversão ao risco, não se confirma. A intensa desvalorização dos ativos emergentes abre espaço para os investidores recomporem os preços de ativos considerados mais arriscados, como ações, reduzindo a busca por alternativas mais seguras, como o dólar e os bônus norte-americanos.
Mas o fato é que boa parte dos investidores ainda desfruta das férias de verão no hemisfério norte, fazendo com que os negócios pelo mundo reajam às batalhas comerciais e à crise nos emergentes em meio a um volume financeiro ainda magro, o que provoca alterações bruscas. O feriado nos EUA pelo Dia do Trabalho (Labor Day), no início de setembro, continua sendo a data-chave para o retorno de grandes investidores, dando robustez ao giro e sem provocar maiores distorções nos movimentos.
No Brasil, o mercado doméstico tenta se descolar do ataque especulativo na lira turca e no peso argentino, sob o argumento de que a situação econômica por aqui é bem diferente do observado nesses países. Afinal, o Banco Central possui diferentes ferramentas para impedir um choque no real e possui um colchão de US$ 380 bilhões em reservas internacionais. O Tesouro Nacional também possui liquidez para atuar no mercado de dívida pública.
De fato, o Brasil apresenta pequena vulnerabilidade externa, com um déficit em conta corrente baixo, e a inflação interna segue controlada e abaixo da meta de 4,5%. Apesar disso, a incerteza eleitoral contribui para acentuar a pressão sobre os ativos locais, em meio à corrida presidencial totalmente indefinida e em aberto.
Por isso, o cenário político segue acompanhando de perto, com o foco no fim do prazo de registro das candidaturas na Justiça Eleitoral, amanhã. O mercado financeiro está aborrecido com a espetacularização em torno do pedido de registro do ex-presidente Lula como candidato e a expectativa é de que haja uma maioria sólida no TSE para enquadrar o petista na Lei da Ficha Limpa ainda em agosto.
Já a agenda econômica segue fraca nesta terça-feira, trazendo apenas os números do setor de serviços no Brasil em junho (9h) e os preços de importação e exportação nos Estados Unidos em julho (9h30). Na zona do euro, destaque para o índice ZEW de sentimento econômico na Alemanha e para números sobre a atividade na região da moeda única, logo cedo.
Além disso, a temporada de balanços de empresas brasileiras chega ao fim hoje, com destaque para os demonstrativos contábeis do setor de energia elétrica no segundo trimestre deste ano, após o fechamento do pregão local. Também serão divulgados os resultados financeiros dos frigoríficos JBS e Marfrig.
Fonte: MONEY TIMES

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Após explosão, Usiminas retoma expediente na usina de Ipatinga


Após explosão, Usiminas retoma expediente na usina de Ipatinga

A Usiminas informou no domingo que o expediente de trabalho das equipes da Usina de Ipatinga será retomado nesta segunda-feira, mas ainda não há data para o retorno da produção plena da unidade. Alguns setores da unidade sem conexão com a área afetada pela explosão de um gasômetro na sexta-feira, que deixou 34 feridos, como Laminação a Frio, Despacho e Unigal, já voltaram a operar, “com máxima segurança”, após uma “rigorosa vistoria em todas as áreas”, disse a empresa em comunicado.
“A companhia segue com os estudos e preparações necessários para retomar, gradativamente, as demais áreas. No momento ainda não é possível precisar uma data para o retorno da produção plena da unidade.” O gasômetro, um grande tanque que armazena gases gerados pelo processo de produção de aço, explodiu por volta das 12h de sexta-feira. A força da explosão, que pode ser vista a quilômetros de distância, causou pânico em Ipatinga, cidade que tem a Usiminas como principal empregadora.
O incidente ocorreu em um momento em que a Usiminas discute um plano estratégico de longo prazo, após vários anos de uma intensa disputa entre os sócios Ternium e Nippon Steel pelo controle do dia a dia das operações da companhia. As ações da Usiminas fecharam em queda de 7,27 por cento na sexta-feira, tendo despencado quase 11 por cento no pior momento, logo após as primeiras notícias sobre a explosão em Ipatinga.
Fonte: Exame