domingo, 2 de setembro de 2018

Preços em alta criam boom na mineração de cobalto

Preços em alta criam boom na mineração de cobalto




Preços em alta criam boom na mineração de cobalto
No estado de Idaho (EUA) está nascendo aquela que pode se tornar a primeira mina exclusivamente dedicada ao cobalto. [Imagem: Ecobalt]
Cobalto

Se o ouro já foi o grande ímã para garimpeiros e empresas de mineração, agora é o cobalto quem faz esse papel.

O garimpo de cobalto não acontece há décadas nos Estados Unidos. Mas agora um grupo de empresas de mineração está nos estados de Idaho, Montana e Alasca em busca do mineral azul prateado, cujo preço triplicou nos últimos anos.

São exemplos do interesse crescente no metal, um componente chave nas baterias de íons de lítio, utilizadas em aparelhos eletrônicos portáteis e carros elétricos. Há poucos dias, foi sintetizada uma superliga de cobalto que chegou a ser comparada ao hipotético metal usado para construir o escudo do Capitão América.

Hoje o cobalto é produzido como subproduto nas minas de cobre e níquel, metais mais valiosos que por si sós justificavam a criação de minas. Mas as empresas de mineração nunca acreditaram que valesse a pena sair em busca de reservas autenticamente de cobalto.

Mas o crescimento dos preços do metal e a previsão do crescimento do seu consumo, de 8% a 10% por ano, fizeram seu status mudar - cerca de 300 empresas no mundo estão agora à caça de depósitos de cobalto, estima George Heppel, analista na empresa de pesquisas CRU Group, de Londres, onde está localizada a maior bolsa de metais do mundo a London Metal Exchange (LME).

Minas de cobalto

Gigantes de mineração, como a Glencore, estão impulsionando a produção de cobalto na República Democrática do Congo, onde a maior parte do cobalto do mundo se encontra e é minerado na forma de garimpos rudimentares. Mais de 60% do cobalto no mundo é extraído no país africano, enquanto a China é produtora líder de cobalto refinado.

Nos Estados Unidos, uma produção pequena de cobalto começou em 2014 pela primeira vez em cerca de quatro décadas. A empresa First Cobalt, do Canadá, comprou uma reserva no Estado de Idaho, nos EUA, e diz esperar que a produção esteja avançada em cerca de três anos.

Espera-se que o consumo de cobalto exceda 122 mil toneladas neste ano, mais do que as 75 mil toneladas de 2011, segundo o CRU.

Ao lado da crescente demanda, há também crescente preocupação em relação à dependência de importações da China, como ocorre com os minerais de terras raras - em fevereiro, os EUA adicionaram o cobalto à lista de 35 minerais críticos para a economia.

Fonte: BBC


Por que o ródio se tornou o metal mais caro do mundo

Por que o ródio se tornou o metal mais caro do mundo



Por que o ródio se tornou o metal mais caro do mundo
O ródio em pó, na forma metálica tradicional e como uma esfera refundida.[Imagem: Alchemist-hp/Wikimedia]
Ródio

O ouro, a prata e a platina são os metais preciosos mais populares.

O mais valioso, entretanto, é praticamente um desconhecido: o ródio. Seu preço cresceu impressionantes 265% nos últimos dois anos. E pode continuar subindo, segundo analistas de mercado.

Essa combinação de demanda em alta e oferta em baixa cria grande incerteza no mercado. Há uma década, o preço do ródio era de US$ 10 mil por onça (28 gramas), valor que despencou para US$ 1 mil em 2009. Em agosto de 2016, atingiu seu menor valor, US$ 639. Hoje está em expressivos US$ 2,3 mil.

Usos do ródio

O ródio é usado principalmente nos catalisadores automotivos, para diminuir as emissões de gases tóxicos. Como o controle de poluentes é uma tendência em alta, a indústria automobilística "o demanda cada vez mais para cumprir suas metas ambientais," afirma David Holmes, da Heraeus Metals, empresa que trabalha com venda de metais.

Mas o ródio tem uma grande variedade de usos comerciais porque é um bom condutor de eletricidade. Além disso, devido à elevada dureza, é utilizado em ligas com outros metais, para que elas tenham resistência mais alta à corrosão.

O metal é demandado também pela indústria eletrônica, que o utiliza em alguns equipamentos ópticos, e em certos tipos de espelhos. Na joalheria, é utilizado em quantidades muito pequenas para aumentar a resistência do ouro e lhe dar uma aparência mais brilhante.

Mineração de ródio

Por outro lado, o ródio é escasso, extraído por poucos países, entre eles Rússia e África do Sul - a maior mineradora do metal, onde a produção, aliás, está em queda.

A exemplo do que acontece com o cobalto, não existem minas de ródio, que é extraído como um subproduto de outras atividades da mineração. Na África do Sul, que concentra 80% da produção, é um subproduto da platina. Na Rússia, é um subproduto do níquel.

A redução da produção sul-africana se deve à queda no preço da platina, que levou a mineradora Impala Platinum Holdings a anunciar que vai reduzir sua extração do metal - e, por consequência, do ródio - em um terço até 2021. A comunicação contribuiu para a nova alta no preço do ródio.

E é provável que ele continue subindo: a China vem aumentando seu apetite pelo metal, em sua cruzada para reduzir as emissões poluentes dos automóveis.

Fonte: BBC

Criada liga metálica mais resistente do mundo

Criada liga metálica mais resistente do mundo



Liga metálica mais resistente ao desgaste do mundo
Os pesquisadores usaram simulações em computador para calcular a melhor receita para a liga metálica mais resistente do mundo, antes de fabricá-la em um equipamento de última geração.[Imagem: Randy Montoya/Sandia]
Resistência ao desgaste

Engenheiros do Laboratório Nacional Sandia, nos EUA, fabricaram uma liga metálica que eles acreditam ser o metal mais resistente ao desgaste do mundo - e isto apesar de ser feita de dois metais considerados "macios".

A liga é 100 vezes mais durável do que o aço de alta resistência, tornando-se a primeira liga metálica - ou combinação de metais - na mesma classe do diamante e da safira, os materiais mais resistentes ao desgaste da natureza.

John Curry, criador da liga, fez um cálculo interessante para demonstrar essa resistência ao desgaste. Segundo ele, se você tiver o azar de ter um carro com pneus de metal, a nova liga é a opção: Você poderia derrapar - não rodar, derrapar - ao redor do equador da Terra 500 vezes antes de desgastar o pneu.

Isto se você achar que vale a pena pagar por isso: a nova liga é feita de platina e ouro.

Mas não se preocupe com o preço porque a liga superresistente já tem uso garantido e um mercado gigantesco: o de contatos metálicos em equipamentos eletrônicos, hoje tipicamente revestidos com ouro. Ocorre que esses revestimentos são caros e, eventualmente, também se desgastam, conforme as conexões são pressionadas ou deslizam umas sobre as outras dia após dia, ano após ano, às vezes milhões, até bilhões de vezes.

Segundo Curry, um contato feito com a nova liga - ou o hipotético pneu metálico - precisa ser arrastado no asfalto por 1.600 metros para perder apenas uma única camada de átomos.

Uma nova teoria para uma liga melhor

Você pode estar se perguntando como os metalurgistas não se depararam com essa possibilidade depois de milhares de anos fazendo ligas metálicas?

De fato, a combinação de 90% de platina com 10% de ouro não é nada nova - mas a engenharia de preparação dos dois metais é.

Os livros-texto de metalurgia dizem que a capacidade de um metal para resistir ao atrito é baseada em sua dureza. Curry propôs uma nova teoria que diz que o desgaste está relacionado ao modo como os metais reagem ao calor, não à sua dureza. Ele então selecionou os metais, calculou as proporções e desenvolveu um processo de fabricação para testar sua teoria.

Deu muito certo.

"Muitas ligas tradicionais foram desenvolvidas para aumentar a resistência de um material reduzindo o tamanho dos grânulos," explicou Curry. "Mesmo assim, na presença de tensões e temperaturas extremas, muitas ligas ficam grosseiras ou amolecem, especialmente sob fadiga. Vimos que, com a nossa liga de platina-ouro, a estabilidade mecânica e térmica é excelente, e não vimos muita mudança na microestrutura durante períodos imensamente longos de estresse cíclico durante o deslizamento."

A nova liga se parece com a platina comum, branco-prateada, e um pouco mais pesada do que ouro puro. Curiosamente, ela não é muito mais dura do que outras ligas de platina e ouro, mas resiste muito melhor ao calor e é 100 vezes mais resistente ao desgaste.
Fonte:Site Inovação Tecnológica

Minério de ferro: economia em alta faz mineradoras americanas reabrirem antigas minas

Minério de ferro: economia em alta faz mineradoras americanas reabrirem antigas minas






Quando o minério de ferro atingiu US$39/t muitos acreditavam que seria o fim da maioria das minas e que somente a Vale, Rio Tinto, BHP e Fortescue sobreviveriam.

Ledo engano!

Os preços voltaram a aquecer, atingindo um pico de US$55/t. Esta súbita mudança de humor do mercado reaqueceu as esperanças e vários negócios, antes inviáveis, estão sendo novamente considerados.

O mais icônico de todos está ressurgindo agora: o renascimento da mina United Taconite da americana Cliffs Natural Resources.

Taconito é o nome dado pelos americanos a formações ferríferas a base de magnetita de baixíssimo teor.

Em média os taconitos têm entre 15 a 25% de ferro.

Para muitos geólogos esse minério era considerado “rejeito”, mesmo na época das vacas gordas. Mas, os americanos, que não são bobos, inventaram a pelotização e viabilizaram a lavra dos taconitos fornecendo quase todo o ferro às montadoras de Detroit, que hoje vive um verdadeiro renascimento.

Os estados dos Grandes Lagos, pejorativamente chamados de o cinturão da ferrugem pelos americanos céticos, está de volta e uma nova revolução industrial aquece a economia.

Este novo boom é alavancado pelos baixos preços dos combustíveis, em especial os derivados da exploração dos folhelhos (xistos), pelos juros baixos e pelo crescimento dos empregos nos Estados Unidos. Nos últimos cinco anos o setor automobilístico, que estava praticamente quebrado em 2008, vem experimentando sucessivas altas.

É o “pico do automóvel”. E o epicentro deste boom é a região de Detroit, que foi mais atingida pela recessão.

Somente no ano passado Detroit expandiu 9,8% graças a 89.300 empregos recentemente criados.

O crescimento americano conseguiu fazer o impensável, a reativação das minas de baixo teor: os taconitos.

Ontem a Cliffs anunciou o fechamento de um novo contrato com a siderúrgica ArcelorMittal para o fornecimento, por 10 anos, de pelotas de sua mina United Taconite. Esta mina estava fechada desde 2015, o que havia sido um duro golpe na Cliffs e seus empregados.

Agora mais de 450 mineiros estão sendo chamados para operar a mina até outubro de 2016, juntamente com geólogos, engenheiros e operadores.

A Cliffs está, também, fazendo o recall de outros 540 mineiros das minas fechadas de Silver Bay e Babbit.

Uma virada inesperada propiciada pela mineração criando mais uma gigantesca lufada de ar fresco na economia americana.

Fonte: Geologo.com

MAPA DO BRASIL COM MINAS DE DIAMANTES.

Fonte: CPRM