quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Agromineração: Plantas acumulam metais em teores altíssimos

Agromineração: Plantas acumulam metais em teores altíssimos


Agromineração: Plantas acumulam minérios de altos teores metálicos
As plantas hiperacumuladoras parecem ter uma preferência especial pelo níquel. [Imagem: Antony van der Ent et al. - 10.1021/es506031u]
Plantas hiperacumuladoras

As plantas gostam muito de alguns elementos químicos, como nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), mas tipicamente não se dão bem com metais como o níquel ou o tálio, principalmente em altas concentrações.

No entanto, em 1976, um grupo de quatro pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriu que uma pequena árvore, a Sebertia acuminata, nativa da ilha de Nova Caledônia, era uma "hiperacumuladora" de metais, contendo uma altíssima concentração de níquel em sua resina.

Desde então, 65 plantas hiperacumuladoras foram documentadas na Nova Caledônia, 130 em Cuba, 59 na Turquia e números menores no Brasil, Malásia, Indonésia, Filipinas e vários outros países.

Agora, um grupo liderado por dois dos autores da descoberta original fez um resumo desse que se tornou um florescente campo de pesquisas. Eles contaram 2.829 artigos científicos com o termo "hiperacumulador" publicados desde então, mostrando que essas plantas amantes de metais se tornaram bem mais do que uma curiosidade científica.

Destacam-se dois fortes interesses práticos: a biorremediação - a extração de metais contaminantes do solo e de rejeitos industriais - e a biomineração - o uso das plantas e bactérias para coletar minerais e elementos químicos de interesse comercial. Para o caso específico das plantas, a maioria dos pesquisadores prefere usar os termos agromineração ou fitomineração.

Agromineração: Plantas acumulam minérios de altos teores metálicos
Já existem vários testes para uso das "plantas metálicas" na recuperação de solos ou no cultivo em áreas pobres para outras culturas, mas com solos ricos em metais. [Imagem: Antony van der Ent et al. - 10.1021/es506031u]

Biomineração

Cada planta hiperacumuladora de metais tem seu próprio metal de preferência, mas o níquel vem despontando nas preferências dos pesquisadores porque as plantas parecem gostar particularmente dele.

A concentração de níquel nos biominérios extraídos das hiperacumuladoras varia entre 10% e 25% em peso (metal contido), altíssima em comparação com os minérios explorados pela mineração tradicional, que não passam de 1,5%. Se a biomassa das plantas for queimada antes da extração, o conteúdo de níquel pode chegar a 30%.

Além disso, o biominério está livre de silicatos de ferro e manganês, que aumentam o custo de extração do metal.

Uma planta em particular, a Pycnandra acuminata, produz um látex de cor azul-esverdeada que apresenta uma concentração de até 25% de níquel. Isso potencialmente dá a esse látex um valor bem mais elevado do que o látex extraído para a produção de borracha, por exemplo.

Antony van der Ent e seus colegas acreditam que essa árvore de grande porte possa ser usada também para limpar solos contaminados ou permitir que terras pobres em nutrientes voltem a ser férteis.

Agromineração: Plantas acumulam minérios de altos teores metálicos
Microscopia de fluorescência de raios X das cápsulas de sementes da planta hiperacumuladora de níquel Alyssummurale. A cor vermelha mostra sua estrutura, a cor verde mostra cálcio e o azul mostra o níquel. [Imagem: Antony van der Ent]

Agromineração

Outros pesquisadores envolvidos com a agromineração também já identificaram plantas afeitas a outros metais, incluindo o cobalto, com algumas aplicações práticas já em estudos.

"Existem aplicações de fitoextração para uma variedade de outros elementos para os quais plantas hiperacumuladoras são conhecidas, incluindo selênio, tálio e manganês, ou para remediação de solos poluídos por arsênico-cádmio ou selênio," escrevem Tanguy Jaffré e seus colegas - Jaffré também participou da descoberta original das hiperacumuladoras, nos anos 1970.

Uma abordagem particularmente promissora para a agromineração, segundo a equipe, consistirá em selecionar as plantas mais adequadas para o clima de regiões onde já é feita a mineração tradicional de determinados metais.

As plantas seriam então cultivadas nos rejeitos da mineração - em lugar de deixá-los acumulados ou depositados em barragens - ou nas áreas no entorno das minas, onde a concentração de metal no minério não é alta o suficiente para justificar sua extração pelos métodos convencionais.

Fonte:  Site Inovação Tecnológica

Revolução tecnológica mudará a mineração

13/09/2018
MERCADO

Revolução tecnológica mudará a mineração


A revolução tecnológica que está ocorrendo no mundo, principalmente o avanço da digitalização e o advento do carro elétrico, está provocando uma profunda mudança no mercado de commodities minerais, que deverá se acentuar nos próximos anos. É o que opina João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial). 
 
De acordo com ele, uma revolução tecnológica vai acontecer muito mais cedo do que se imagina e a indústria automobilística vai mudar muito rapidamente para eletrificação, o que vai provocar mudanças radicais na indústria em geral. E cita como exemplo o fato de que, enquanto um carro a combustão tem de 10 mil a  30 mil peças, um carro elétrico tem apenas 200 peças. Essa revolução vai provocar mudanças importantes na demanda de alguns minerais como níquel, cobalto, lítio, nióbio e outros. Diante disso, diz ele, a indústria de mineração terá que mudar de postura, passando a inovar, ao invés de apenas extrair, processar e entregar commodities. 

Fonte:  Brasil Mineral

AÇO- Produção na AL cresce 3% no semestre

AÇO

Produção na AL cresce 3% no semestre


Segundo números divulgados pela Associação Latino-Americana de Aço (Alacero), a produção de aço cru na região somou 32,6 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2018, 3% acima do registrado no mesmo período do último ano (31,6 milhões de toneladas). Entre janeiro e junho o Brasil foi o principal produtor, com 53% da produção regional, 17,2 milhões de toneladas, aumento de 3% sobre o primeiro semestre de 2017. 
 
A produção de aço laminado na América Latina atingiu 27,4 milhões de toneladas, incremento de 5% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os principais produtores são o Brasil, 11,6 milhões de toneladas e México, 9,9 milhões de toneladas, 42% e 36% de participação, respectivamente. 
 
O consumo de aço laminado somou 33,5 milhões de toneladas até junho, mantendo-se estável com o primeiro semestre de 2017 (33,6 milhões de toneladas). Os países que registraram aumento no consumo foram o Brasil, com 847 mil toneladas e crescimento de 9%; Argentina (353 mil toneladas e alta de 15%), Uruguai (103 mil toneladas e incremento de 4%). Por outro lado, Venezuela, Peru e Honduras contabilizaram quedas de 63%, 21% e 7%, respectivamente. Do total latino-americano, 57% são produtos planos – 19,3 milhões de toneladas – 42% de produtos longos – 14 milhões de toneladas - e 1% de tubos sem costura, 461 mil toneladas. 
 
No primeiro semestre de 2018, as importações da região somaram 11,7 milhões de toneladas de aço laminado, 10% a menos que no mesmo semestre de 2017, sendo que 71% corresponderam a aços planos, 27% a aços longos e 3% a tubos sem costura. As importações de laminados respondem por 35% do consumo latino-americano. Já as exportações somaram 5,2 milhões de toneladas de laminados, 3% superior ao primeiro semestre de 2017, dos quais 44% correspondem a aços planos, 43% a aços longos e 13% a tubos sem costura. Com isto, abalança comercial registrou déficit em volume de 6,6 milhões de toneladas no semestre, 18% a menos que o primeiro semestre do ano passado. 
 
O Brasil é o único país superavitário de aço laminado, com 1,3 milhão de toneladas. O maior déficit foi registrado no México, de 3 milhões de toneladas, acompanhado por Colômbia , 1,2 milhão de toneladas, Chile, 822 mil toneladas, Peru, 685 mil toneladas e Equador, com 575 mil toneladas. A produção de julho somou 5,6 milhões de toneladas, crescimento de 4% sobre junho de 2018, e 5% superior quando comparada a julho de 2017. No acumulado até julho, a produção alcançou 38,2 milhões de toneladas, 3% a mais que o mesmo período de 2017. A produção de laminados atingiu 4,5 milhões de toneladas, um incremento de 3% sobre junho e de 1% em relação a julho de 2017. No acumulado, a produção foi de 32 milhões de toneladas, aumento de 5% na comparação com o mesmo período do exercício passado. 

Fonte: Brasil Mineral

Ibovespa chega a patamar irresistível para “gringos”

Ibovespa chega a patamar irresistível para “gringos”


Gustavo Kahil - 13/09/2018 - 16:00


A queda de 20% do Ibovespa em dólar torna a bolsa brasileira irresistível para os investidores gringos, avalia o Itaú BBA em um relatório enviado a clientes e assinado pelo time de estratégia composto por Lucas Tambellini, Fábio Perina e Tiago Binsfeld.
Eles avaliam que, embora o clima predominante seja de incerteza em relação ao caminho futuro que o país adotará, com um panorama político ainda indefinido, algumas situações são mais claras.
Com o nível atual do índice, o investidor estrangeiro tende a se posicionar como comprador, explica o BBA. A sessão da última terça-feira já mostrou a interrupção do movimento de saída de investidores estrangeiros pela primeira vez depois de sete pregões. As compras foram de R$ 4,522 bilhões, com as vendas em R$ 4,513 bilhões, levando a um saldo de R$ 9,783 milhões. No mês o resultado segue negativo em R$ 557,604 milhões.
“Isto é particularmente importante porque o investidor estrangeiro responde por, aproximadamente, 50% do volume total negociado na bolsa brasileira. Pensando na pontuação entre 74 mil e 75 mil pontos como suporte, abrimos esta semana uma oportunidade de investimento de compra de Bradesco (BBDC4)”, destacam.

Fonte: MONEY TIMES

Planner corta estimativas para ação da Petrobras

Planner corta estimativas para ação da Petrobras

- 13/09/2018 - 

A Planner Corretora cortou o preço justo para as ações da Petrobras (PETR4) de R$ 25,50 para R$ 24,50 por ação, mantendo a recomendação de compra, mostra um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (13).
O analista Luiz Francisco Caetano destaca que a empresa tem sofrido com a redução da produção e das vendas,
mas mesmo assim obteve bons resultados nos últimos trimestres, beneficiando-se da elevação dos preços do petróleo e dos derivados.
“Esperamos que a instalação de novas plataformas, a manutenção da política de preços e os desinvestimentos, permitam que os lucros continuem crescendo”, pontua.
Caetano chama a atenção, contudo, que os riscos derivados das eleições presidenciais e a turbulência dos mercados emergentes, devem manter as ações da Petrobras muito voláteis nos próximos meses.
Fonte: MONEY TIMES