quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Acordo de indenização final para atingidos de Mariana é fechado após quase 3 anos do desastre, diz MP-MG

Acordo de indenização final para atingidos de Mariana é fechado após quase 3 anos do desastre, diz MP-MG

Segundo promotor Guilherme de Sá Meneghin, termo encerra ação principal na cidade. Atingidos devem se reunir de forma individualizada com a Renova, e não há uma data precisa para pagamento.


Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo desastre ambiental de Mariana. — Foto: Flávia Mantovani/G1Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo desastre ambiental de Mariana. — Foto: Flávia Mantovani/G1
Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo desastre ambiental de Mariana. — Foto: Flávia Mantovani/G1
Um acordo de indenização final para famílias de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão foi fechado nesta terça-feira (2), segundo a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Mariana.
“O acordo já foi homologado. Ele encerra o processo e estabelece todas as regras para o pagamento das indenizações. Uma das regras é que será individualizado, então não é tabelada [ a indenização]. A Renova vai fazer uma proposta que deve contemplar o dano informado no cadastro de atingidos”, disse o promotor Guilherme de Sá Meneghin. Ele explica que o termo coloca fim na ação principal movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) na cidade.
Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão matou 19 pessoas. Um corpo ainda não foi localizado.
O titular da promotoria informou que acordo foi assinado com a mineradora Samarco e as controladoras Vale e BHP Billiton, na 2ª Vara da Comarca de Mariana. Até o momento, cerca de três mil pessoas estão cadastradas na cidade.
“O processo de cadastro ainda está acontecendo. Até o momento, tem 900 núcleos familiares cadastrados, totalizando aproximadamente três mil pessoas. Isso somente em Mariana”, afirmou Meneghin. Segundo ele, não é possível estimar valores.
A promotoria informou que o acordo atende pedido dos atingidos de Mariana que não concordavam com termos de indenização aplicados no restante da bacia do Rio Doce pelas empresas. “Marca o início do processo de pagamento da indenização final aos atingidos de Mariana, após quase três anos do maior desastre socioambiental do país”, informou em comunicado.
Agora, os atingidos devem se reunir de forma individualizada com a Renova, que vai executar a reparação. Por meio de Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), a fundação foi criada em 2016 para executar as ações de compensação socioeconômica e socioambiental após o desastre.
A Renova falou sobre o acordo. “O acordo permite que cada um dos atingidos possa se reunir com a Renova para negociar a sua proposta de indenização individual”. Segundo a fundação, a assinatura teve a participação dos atingidos.
Ainda conforme a Renova, um cadastro integrado nos municípios de Barra Longa, ainda em Minas, até a Foz, no Espírito Santo, com exceção de Bento Rodrigues e região, que solicitaram reformulação no modelo apresentado. “Até o momento, de Barra Longa até a Foz, mais de 7.000 famílias cadastradas receberam suas indenizações finais”, disse a Renova.
Não há uma data precisa. A Fundação Renova terá três meses para apresentar proposta de indenização para o atingido após apresentação do cadastro e prazo de um ano para concluir negociações extrajudiciais, podendo ser prorrogado por igual período se assim o atingido desejar, sob pena de multa.
A reportagem fez contato com a Samarco e as controladoras por meio de e-mail na noite desta terça-feira (2) e aguarda um retorno. O posicionamento será incluído nesta reportagem assim que recebido.
Fonte: G1

Tecnologia leva mais segurança aos caminhões fora de estrada


Tecnologia leva mais segurança aos caminhões fora de estrada



O que um sistema que alerta os motoristas de caminhões fora de estrada sobre a presença de objetos no trajeto tem em comum com uma ferramenta que detecta fadiga nos condutores durante a operação? Quem respondeu segurança acertou!
Alinhadas ao nosso valor “A vida em primeiro lugar”, essas duas iniciativas fazem parte do Programa de Transformação Digital e estão sendo implementadas em veículos da frota da Vale. O objetivo é contribuir com a prevenção de acidentes, aumentando a segurança dos condutores e das operações.
Em implantação desde janeiro nos caminhões fora de estrada que fazem o transporte de minério de ferro em Carajás (PA), o Sistema Alerta de Proximidade usa sensores para identificar objetos que estejam parados ou em movimento em um raio de até 500 metros. Quando isso acontece, por meio de avisos sonoros, a ferramenta informa ao motorista a distância do obstáculo mais próximo, evitando colisões.
Distância segura
Alerta de proximidade
Alerta em visão noturna

Detecção de fadiga

Outra iniciativa ligada à Indústria 4.0 que contribui para o aumento da segurança dos operadores é o Sistema de detecção de fadiga. Composto por óculos, ferramenta de análise e software de gerenciamento de informações, o equipamento roda na frota de caminhões fora de estrada que operam em Carajás desde 2016; nos caminhões de Serra Leste, desde 2017; e, em 2018, passou a estar presente nos veículos rodoviários que fazem o trajeto até a mina de Manganês, localizada a cerca de 30 km de Carajás.
“O motorista usa os óculos enquanto está dirigindo e, por meio do monitoramento da movimentação das pálpebras, o objeto detecta sintomas de fadiga a que o operador está sujeito em sua rotina de trabalho, emitindo um alarme sonoro de diferentes níveis, de acordo com o comportamento verificado. Nesse caso, o conselho que damos é que o motorista pare um pouco e realize uma ginástica laboral ou, até, seja desviado para outra atividade”, explica Arthur Pequeno. Desde que o sistema foi implantado, nenhum acidente relacionado à fadiga foi registrado em Carajás até o momento.
Fonte: Vale

Petrobras supera Vale e volta a ser empresa mais valiosa do País

Petrobras supera Vale e volta a ser empresa mais valiosa do País

O otimismo dos investidores com o avanço do candidato Jair Bolsonaro (PSL) levou os ativos brasileiros a se valorizarem nesta terça-feira, 2. A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo deu impulso sobretudo às ações da Petrobras, que voltou a ocupar o posto de maior empresa de capital aberto do Brasil, segundo a Economática.
Mesmo com petróleo em queda, as ações da estatal subiram 8,67%, a R$ 22,82, no caso das preferenciais, e 6,74%, a R$ 25,81, para as ordinárias. Com a forte valorização, a Petrobras chegou a R$ 319,928 bilhões em valor de mercado, superando Vale (R$ 318,083 bi), Ambev (R$ 286,881 bi) e Itaú (R$ 271,656 bi). O Ibovespa, índice que reúne as principais ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou o dia em alta de 3,80%, aos 81.612,28 pontos. Esse não é o maior valor de mercado alcançado pela empresa de petróleo neste ano. Em maio, a companhia chegou a valer R$ 388,845 bilhões.
Fonte: Estadão Conteúdo

Mercado aposta em Bolsonaro


Mercado aposta em Bolsonaro

A pesquisa do Ibope, divulgada na noite de segunda-feira, e que pôs o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, com 31% da preferência dos eleitorado, dez pontos à frente de Fernando Haddad (PT), foi recebida com euforia ontem no mercado financeiro, que viu crescerem as chances no 2º turno do candidato favorável à privatização e outras bandeiras liberais. Desde a abertura dos negócios, o dólar operou em forte baixa no mercado de balcão, fechando em queda de 2,47% a R$ 3,9304 a menor cotação desde 17 de agosto (R$ 3,9147) e a maior queda diária desde 8 de junho.
Já o Índice Bovespa, que chegou a subir 3,97% (81.778 pontos), fechou com ligeiro ajuste a 81.612,28 pontos (+3,80%), na maior alta desde novembro de 2016. O giro financeiro chegou a R$ 16,53 bilhões e foi liderado pela forte valorização das empresas estatais. A maior alta do pregão eletrônico foi das ações ON da Eletrobras, cuja privatização adiada no governo Temer, seria suspensa numa gestão do PT ou de Ciro Gomes, com valorização de 11,45% a R$ 16,55. As ações PNB da estatal subiram 9,95% para R$ 19,55. Banco do Brasil ON teve s 2ª maior valorização do dia, 11,41%, fechando a R$ 31,43%. Petrobras PN subiu 8,67%, fechando a R$ 22,82.
A euforia tomou conta de todo o mercado e pode se repetir hoje, após a confirmação do quadro pelo Datafolha. Papéis privados também tiveram forte valorização. Das 65 ações do Ibovespa só três caíram: duas exportadoras (devido à queda do dólar) e a AmBev ON -1,1% a R$ 18,22. Ações de bancos pegaram carona na valorização do BB. Bradesco ON subiu 5,88, a R$ 30,00, Itaú Unibanco PN avançou 3,85% e Santander Brasil valorizou 7,44%. Cielo teve ganho de 5,35% no dia e a Itaúsa, uma das holdings que controlam o Itaú valorizou 4,1%. Já a Vale, empresa de maior valor no mercado brasileiro, cujos negócios dependem muito das cotações internacionais do minério de ferro subiu apenas 1,32% a R$ 61,20.
Debate no Legislativo
Ao participar, ontem em São Paulo, de painel que discutiu a lei das estatais, a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, defendeu que o debate sobre a privatização de empresas públicas se dê no âmbito do Legislativo. “Esse debate não pertence aos conselhos de administração, aos gestores ou ao governo. Pertence à sociedade por meio do Congresso”, comentou durante o evento, promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Ana Paula acrescentou que o foco do governo tem sido em entregar uma gestão de excelência após assumir o comando dessas empresas em meio a um quadro de “deterioração dramática” de ativos que pertencem à população brasileira. Segundo ela, as estatais sofreram um processo de privatização às avessas ao terem sua condução e gestão assumidas por certos grupos.
Fonte: Jornal do Brasil

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O urânio é um elemento conhecido pela sua radioatividade

urânio é um elemento conhecido pela sua radioatividade e foi descoberto na Alemanha em 1789 por Klaproth. Porém nesta época, o Urânio ainda não era visto como algo perigoso e então Henry Becquerel descobriu a radioatividade deste elemento deixando uma amostra de K2UO2(SO4)2 em uma chapa fotográfica e então constatou que a radiação advinda do sal de urânio havia criado uma imagem na lâmina.
Uraninita, mineral que possui urânio em sua composição. Foto: Bjoern Wylezich / Shutterstock.com
Uraninita, mineral que possui urânio em sua composição. Foto: Bjoern Wylezich / Shutterstock.com
Este elemento em sua forma natural não apresenta um índice de radiação tão alto, porém seus isótopos sim. Seu nome deriva do planeta Urano e este é o último elemento natural da Tabela Periódica. Seu número atômico é 92, seu número de massa 238,03, é um elemento pertencente aos metais de transição interna (Grupo dos Actinídeos/Grupo 3, sétimo período).
As principais características deste elemento quando puro são as descritas abaixo:
  • É sólido nas CNTP;
  • Possui coloração acinzentado-prateada;
  • É um metal radioativo;
  • Possui alta dureza e alta densidade;
  • É bastante reativo e essa característica aumenta conforme o aumento da temperatura;
  • Possui propriedade paramagnética;
  • Tem afinidade com elementos ametálicos;
  • É dúctil e flexível.
Wölsendorfita, um mineral raro que contém urânio em sua composição. Foto: Marcel Clemens / Shutterstock.com
Wölsendorfita, um mineral raro que contém urânio em sua composição. Foto: Marcel Clemens / Shutterstock.com
Este elemento pode ser encontrado em minérios de uraninita, euxenita, carnotita, branerita, torbenite e a coffinita, sendo o primeiro o mais importante. O Brasil é o sexto país com maior reserva de Urânio sendo as principais reservas a de Caetité (BA) e a de Santa Quitéria (CE). Há muita polêmica quanto às minas de extração desses minerais, pois diversas denúncias de contaminação da água da população e dos lençóis freáticos vem sendo feitas e nenhuma resposta vem sendo dada pela empresa ou pelos órgãos governamentais.

Enriquecimento de Urânio

Muito se houve falar sobre este tema, porém o que realmente significa?
O Urânio é um elemento muito utilizado na produção de energia nuclear, mas para que ele realmente gere esta energia de forma eficaz é preciso que passe por processos industriais. Esses processos são feitos através da retirada do Urânio-238 do Urânio-235 aumentando sua concentração e potência. Esta transformação foi desenvolvida e aprimorada pelos maiores países e que detêm força política e bélica, havendo sempre concorrência e competição quanto à obtenção do Urânio e o seu uso.
Se o enriquecimento do Urânio for maior que 90% a energia gerada desencadeia uma reação rápida e difícil de controlar, e se for menor há a produção de energia térmica ou combustível nuclear. No Brasil em torno de 99% do urânio obtido é utilizado para geração de energia e os principais pólos são as usinas nucleares Angra I e II.


Fonte: CPRM