quarta-feira, 3 de outubro de 2018

O Fenômeno Político Chamado Jair Bolsonaro

O Fenômeno Político Chamado Jair Bolsonaro
Por Terraço Econômico   Resumo do Mercado







Você pode não gostar dele. Você pode achá-lo grosso, autoritário, preconceituoso, despreparado e vários outros adjetivos negativos. Como um antifrágil, o deputado federal pelo RJ e candidato à presidente Jair Bolsonaro se desvencilhou do jogo eleitoral como poucos fizeram desde a história democrática recente.
Ganhando adeptos por onde passava, até ser covardemente atacado em um crime aparentemente isolado, mas com histórias desencontradas e estranhas. Ainda assim, mesmo sem aparecer fisicamente e dar entrevistas, cresceu nas pesquisas eleitorais de forma ininterrupta, ganhou a simpatia do mercado financeiro (que abandonou sua pretensão inicial) e dos eleitores indecisos.
Mas a história de sucesso eleitoral de Jair Bolsonaro não começou em 2018; ela foi construída muito antes, num momento singular da política brasileira: o vácuo criado entre o aprofundamento das investigações da Lava-Jato e da falta de legitimidade do combalido governo de Michel Temer, que como um zumbi, se arrasta até o final de 2018, com a menor aprovação de um governo de toda a série histórica do indicador.
Senta que lá vem história…
Bolsonaro, da alternativa ao mito…
Para ter 25 - 30% de apoio no primeiro turno, a campanha precisa ser construída ao longo de muito tempo, e não apenas no ano da eleição.
Foi exatamente isso que Bolsonaro fez, aproveitando-se de manifestações de rua contra o então governo Dilma Rousseff. No começo de 2015, Bolsonaro ficava em um carro de som, afastado do centro das manifestações, e ganhava o apoio e simpatia do grupo pró-intervenção militar, que eram minorias nas grandes manifestações de rua.
Pouco a pouco, Bolsonaro foi ganhando protagonismo nesses movimentos, expandindo sua presença como uma alternativa àquele sistema corrupto e ineficiente dos governos petistas. Já em 2017, suas visitas eram aguardadas por centenas (e em alguns casos milhares) de admiradores, que o acompanhavam na recepção dos aeroportos e ruas dos municípios visitados.
Bolsonaro é um fenômeno político
Bolsonaro é um fenômeno político
A evolução impressionante da popularidade de Jair Bolsonaro.
Crédito Fotos: 2015 - O Globo; 2016 - Exame; 2017 - Bol Notícias; 2018 - Poder360
Esse protagonismo pode ser confirmado nas pesquisa eleitorais, se visto em perspectiva. Se pegarmos dois momentos, 2015 - 2017 e depois em 2018, veremos que Bolsonaro foi pouco a pouco consolidando seu eleitorado, principalmente em redutos tucanos, como o estado de São Paulo, por exemplo. Vejamos os dados.
Intenção de votos para presidente
Intenção de votos para presidente
Fonte: Pesquisas Datafolha, disponíveis no site.
Note que a intenção de votos no candidato do PT, mesmo com a recente alteração da candidatura de Lula para Haddad, se manteve quase no mesmo patamar (20 - 22%). Ciro, a alternativa ao PT - pelo menos no "espectro ideológico" - apresentou leve subida nas intenções de voto, saindo de 6 para 11% nesse período.
Dessa forma, o crescimento meteórico de Jair Bolsonaro no Datafolha - de 4% para 28% - ocorreu justamente na histórica intenção de votos nos tucanos, que caíram de 27% para 10%, a reboque das investigações da Lava-Jato e do escândalo com um dos principais expoentes do partido, o senador Aécio Neves. Marina, por sua vez, teve o mesmo derretimento apresentado em 2014.
Mas aí viria o período eleitoral, e, com ele, o derretimento das intenções de voto ao capitão reformado. Ledo engano: errou feio, errou rude. Se olharmos o gráfico, os votos ao candidato do PSL só cresceram após o início da propaganda eleitoral. Obviamente, é impossível isolar quantitativamente o efeito do atentado em Juiz de Fora (MG) sobre o apoio a Bolsonaro. Os efeitos ficam misturados e é muito difícil de implicar causalidade entre eles.
De qualquer forma, os ataques na TV e no Rádio quase não surtiram efeito, fato muito diferente do que ocorria nas campanhas passadas. Vídeos antigos, declarações inapropriadas e decisões equivocadas sempre pesavam nas campanhas eleitorais, afetando diretamente as intenções de voto. Em 2018, esses fatores tiveram pouco efeito em quem está na frente (Bolsonaro e Haddad).
Isso pode estar relacionado com a criação da identidade no eleitor, realizada pouco a pouco, conforme mostra o gráfico acima. Não se muda a opinião de uma hora para a outra, muito menos uma construída em mais de três anos de campanha.
Bolsonaro, o próximo presidente do Brasil?
A popularidade de Jair Bolsonaro, é um fator impressionante. É difícil - para não falar impossível - se lembrar de um candidato sem tempo de TV, sem estrutura partidária e com tanto apoio popular. Muitos tentam desqualificar esse apoio orgânico e real ao candidato do PSL, mas a verdade é que muita gente já está mais na fase de negar a realidade do que observar o que está ocorrendo.
Bolsonaro é o candidato anti-PT, e isso lhe assegura boa parte do eleitorado. Esse fato já é suficiente para relevar ou minimizar algumas declarações polêmicas do próprio Bolsonaro ou de sua equipe de governo.
E o eleitor mediano? Eu mesmo escrevi um artigo, em 2016, em que acreditava que o radicalismo da campanha de Bolsonaro afugentava o eleitor mediano, usando o arcabouço teórico de ciência política para afirmar que dificilmente conseguiria apoio de mais da metade dos votos válidos, isto é, excluindo os votos brancos e nulos.
Olhando dois anos e meio após a divulgação desse artigo tenho cá minhas dúvidas. Bolsonaro construiu seu apoio utilizando as redes sociais e formas de contato com o eleitor de forma inovadora e eficiente, o que cristalizou a sua imagem para o pleito de outubro de 2018.
Conseguiu cativar eleitores através de uma estratégia muito bem sucedida de conseguir votos de uma parcela muito insatisfeita com o PT com relação à política econômica e que - muito importante - não o apoiava há três ou dois anos atrás.
E esse eleitor (o mediano incluído aqui) que o apoia, espera coisas grandiosas de Bolsonaro. Por tudo que ele representa, por tudo que foi construído nesses anos de confiança que os eleitores depositaram no capitão reformado do exército brasileiro. A alternativa que se materializou em meio aos políticos tradicionais que não souberam lidar com o crescimento exponencial de sua candidatura.
Muitos falaram da precária estrutura partidária; falaram também do tempo de TV diminuto. Muitos questionaram a escolha do vice, e também da saída às pressas do Patriotas, um namoro de verão. A verdade é que muitos (inclusive eu) utilizamos as eleições anteriores como parâmetros para darmos nossos palpites em 2018.
Mas Jair Bolsonaro virou de ponta-cabeça tudo que acreditávamos ser importante para vencer uma disputa eleitoral para presidente.
Amando ou odiando sua figura, uma coisa é certa: Jair Bolsonaro é um fenômeno político.

Fonte: Terraço Econômico

Rio Tinto e parceiros vão investir US$1,6 bi em minério de ferro na Austrália


Rio Tinto e parceiros vão investir US$1,6 bi em minério de ferro na Austrália

A Rio Tinto e suas parceiras de joint venture, Mitsui e Nippon Steel & Sumitomo Metal, gastarão cerca de 1,55 bilhão de dólares para manter a capacidade de produção em dois projetos de minério de ferro em Western Australia. A Rio vai investir um total de 820 milhões de dólares para desenvolver os projetos na joint venture de Robe River, na região australiana de Pilbara, rica em minerais, informou a mineradora anglo-australiana em comunicado nesta segunda-feira.
A companhia disse que os investimentos permitirão sustentar a produção de sua marca de minério de ferro Pilbara Blend e de seus produtos sólidos e finos de Robe Valley. A medida se segue a movimentos semelhantes das rivais BHP Billiton e Fortescue Metals. ”É realmente sobre a substituição de produção”, disse Rohan Walsh, gerente de investimentos da Karara Capital, de Melbourne.
“(Geralmente) é esperado que todas as grandes mineradoras de ferro australianas enfrentem a necessidade de investir em projetos para sustentar as atuais taxas de produção a partir de 2020″, disse ele.
 Fonte: Reuters

Acordo de indenização final para atingidos de Mariana é fechado após quase 3 anos do desastre, diz MP-MG

Acordo de indenização final para atingidos de Mariana é fechado após quase 3 anos do desastre, diz MP-MG

Segundo promotor Guilherme de Sá Meneghin, termo encerra ação principal na cidade. Atingidos devem se reunir de forma individualizada com a Renova, e não há uma data precisa para pagamento.


Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo desastre ambiental de Mariana. — Foto: Flávia Mantovani/G1Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo desastre ambiental de Mariana. — Foto: Flávia Mantovani/G1
Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, destruído pelo desastre ambiental de Mariana. — Foto: Flávia Mantovani/G1
Um acordo de indenização final para famílias de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão foi fechado nesta terça-feira (2), segundo a 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Mariana.
“O acordo já foi homologado. Ele encerra o processo e estabelece todas as regras para o pagamento das indenizações. Uma das regras é que será individualizado, então não é tabelada [ a indenização]. A Renova vai fazer uma proposta que deve contemplar o dano informado no cadastro de atingidos”, disse o promotor Guilherme de Sá Meneghin. Ele explica que o termo coloca fim na ação principal movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) na cidade.
Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão matou 19 pessoas. Um corpo ainda não foi localizado.
O titular da promotoria informou que acordo foi assinado com a mineradora Samarco e as controladoras Vale e BHP Billiton, na 2ª Vara da Comarca de Mariana. Até o momento, cerca de três mil pessoas estão cadastradas na cidade.
“O processo de cadastro ainda está acontecendo. Até o momento, tem 900 núcleos familiares cadastrados, totalizando aproximadamente três mil pessoas. Isso somente em Mariana”, afirmou Meneghin. Segundo ele, não é possível estimar valores.
A promotoria informou que o acordo atende pedido dos atingidos de Mariana que não concordavam com termos de indenização aplicados no restante da bacia do Rio Doce pelas empresas. “Marca o início do processo de pagamento da indenização final aos atingidos de Mariana, após quase três anos do maior desastre socioambiental do país”, informou em comunicado.
Agora, os atingidos devem se reunir de forma individualizada com a Renova, que vai executar a reparação. Por meio de Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), a fundação foi criada em 2016 para executar as ações de compensação socioeconômica e socioambiental após o desastre.
A Renova falou sobre o acordo. “O acordo permite que cada um dos atingidos possa se reunir com a Renova para negociar a sua proposta de indenização individual”. Segundo a fundação, a assinatura teve a participação dos atingidos.
Ainda conforme a Renova, um cadastro integrado nos municípios de Barra Longa, ainda em Minas, até a Foz, no Espírito Santo, com exceção de Bento Rodrigues e região, que solicitaram reformulação no modelo apresentado. “Até o momento, de Barra Longa até a Foz, mais de 7.000 famílias cadastradas receberam suas indenizações finais”, disse a Renova.
Não há uma data precisa. A Fundação Renova terá três meses para apresentar proposta de indenização para o atingido após apresentação do cadastro e prazo de um ano para concluir negociações extrajudiciais, podendo ser prorrogado por igual período se assim o atingido desejar, sob pena de multa.
A reportagem fez contato com a Samarco e as controladoras por meio de e-mail na noite desta terça-feira (2) e aguarda um retorno. O posicionamento será incluído nesta reportagem assim que recebido.
Fonte: G1

Tecnologia leva mais segurança aos caminhões fora de estrada


Tecnologia leva mais segurança aos caminhões fora de estrada



O que um sistema que alerta os motoristas de caminhões fora de estrada sobre a presença de objetos no trajeto tem em comum com uma ferramenta que detecta fadiga nos condutores durante a operação? Quem respondeu segurança acertou!
Alinhadas ao nosso valor “A vida em primeiro lugar”, essas duas iniciativas fazem parte do Programa de Transformação Digital e estão sendo implementadas em veículos da frota da Vale. O objetivo é contribuir com a prevenção de acidentes, aumentando a segurança dos condutores e das operações.
Em implantação desde janeiro nos caminhões fora de estrada que fazem o transporte de minério de ferro em Carajás (PA), o Sistema Alerta de Proximidade usa sensores para identificar objetos que estejam parados ou em movimento em um raio de até 500 metros. Quando isso acontece, por meio de avisos sonoros, a ferramenta informa ao motorista a distância do obstáculo mais próximo, evitando colisões.
Distância segura
Alerta de proximidade
Alerta em visão noturna

Detecção de fadiga

Outra iniciativa ligada à Indústria 4.0 que contribui para o aumento da segurança dos operadores é o Sistema de detecção de fadiga. Composto por óculos, ferramenta de análise e software de gerenciamento de informações, o equipamento roda na frota de caminhões fora de estrada que operam em Carajás desde 2016; nos caminhões de Serra Leste, desde 2017; e, em 2018, passou a estar presente nos veículos rodoviários que fazem o trajeto até a mina de Manganês, localizada a cerca de 30 km de Carajás.
“O motorista usa os óculos enquanto está dirigindo e, por meio do monitoramento da movimentação das pálpebras, o objeto detecta sintomas de fadiga a que o operador está sujeito em sua rotina de trabalho, emitindo um alarme sonoro de diferentes níveis, de acordo com o comportamento verificado. Nesse caso, o conselho que damos é que o motorista pare um pouco e realize uma ginástica laboral ou, até, seja desviado para outra atividade”, explica Arthur Pequeno. Desde que o sistema foi implantado, nenhum acidente relacionado à fadiga foi registrado em Carajás até o momento.
Fonte: Vale