sábado, 6 de outubro de 2018

Pedra brasileira vale mais que diamante

Pedra brasileira vale mais que diamante

Turmalina paraíba foi descoberta há 20 anos, em São José da Batalha (PB). Pedra tem um azul único e um brilho incomparável.


Serra da Borborema, região do cariri paraibano. A imensa cordilheira que corta a caatinga tem muito mais do que beleza. Na região foi descoberta a mais especial e rara das pedras preciosas: a turmalina paraíba. De um azul único, brilho incomparável, alcançou valores nunca imaginados. Um recorde: a turmalina brasileira superou a cotação dos diamantes.

Um caminho de terra e poeira é a ligação da cidade do tesouro com o resto do mundo. Em São José da Batalha, o berço das turmalinas, nada mudou com a descoberta das pedras tão valiosas. O povoado segue a rotina sem pressa e sem novidades. Os moradores
apenas assistiram a riqueza ser levada para bem longe do local. As turmalinas permanecem nas histórias que alimentam muitos sonhos na região.

"Muita gente teve pedras valiosas na mão", conta o ex-garimpeiro Antônio Carlos Costa.

"Uma pedrinha dessas custa de R$ 8 a R$ 10 mil. Não me desfaço dela. Fica como lembrança, para as pessoas verem o que eu faço na vida. Pelo menos fica para os netos, bisnetos, tataranetos. E a história continua", diz o ex-garimpeiro Gerlado Oliveira.

Os moradores guardam mágoa de um passado em que a riqueza esteve bem perto, ao alcance das mãos deles. Mas naquele tempo a turmalina paraíba não tinha o valor que tem hoje.

"Ninguém sabia o valor, entoa, trocava por moto, carro. E assim mandaram tudo para fora", conta Geraldo Oliveira.

E é atrás da história de persistência e obstinação que se vai ao encontro do garimpeiro José de Souza, conhecido por Deda. Dá para imaginar que o homem que ocupa uma casa tão modesta já morou na melhor casa da cidade? Ele já foi dono de caminhões, de um bom carro, de minas de garimpo. Tudo comprado com o dinheiro das turmalinas que achou. Mas hoje a cobiçada pedra azul não passa de um retrato na parede.

"Não tenho ideia de quanto a pedra valeria hoje, mas eu não entregaria a ninguém por menos de R$ 2 milhões. Tenho esperança de que vou conseguir outra", diz Deda, que vai em busca da pedra da fortuna. A caminhada é longa. São seis quilômetros até a mina. Basta seguir por um túnel.

O garimpeiro não teve dinheiro para pagar a energia e tem que trabalhar no escuro, à luz de velas. A mina tem 150 metros de extensão.

"Na realidade, dá para ver o mínimo. Mas não tem outro jeito", conta o garimpeiro, que não tem medo de perder a turmalina no meio da escuridão. "Trabalhamos de olho nela".

Não importa se é dia ou noite, o caçador solitário de turmalinas cava sem parar. A maratona continua empurrando o carrinho.

De carregamento em carregamento, todo o material é retirado de dentro da mina. São toneladas de cascalho. O rejeito da mina cobriu toda a encosta do morro. Deda conta que são oito anos de suor no local. "Meu pensamento fica em Deus", diz.

Caulim é uma argila branca, onde os garimpeiros encontram as turmalinas. Na primeira mina de turmalina da região, uma galeria gigantesca está desativada. Exploração agora, só com máquinas.

"É impossível calcular, mas, pela experiência que temos, ainda não foram explorados 10% dessa mina", conta o minerador Sérgio Barbosa.

As galerias têm passagens para todos os lados e chegam a 60 metros de altura.

E pensar que a mais rara das pedras preciosas foi encontrada em uma região marcada pela aridez, em uma terra considerada pobre, que não serve para plantar. A primeira turmalina paraíba foi descoberta a sete metros de profundidade, 20 anos atrás, graças à obstinação de um homem: Heitor Barbosa, que o Globo Repórter foi conhecer em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Heitor Dimas Barbosa é o dono da mina de São José da Batalha. Todas as pedras que ele guarda vieram de lá. Com orgulho, mostra revistas estrangeiras onde é citado como o homem que descobriu a raríssima turmalina paraíba, em 1982. Era tão bonita e diferente que até comerciantes de joias achavam que não era verdadeira.

"Falavam que era sintética", lembra Heitor Barbosa, que não desistiu. Enviou amostras do mineral ao Gemological Institut of America, nos Estados Unidos, que comprovou: era uma turmalina com cobre e manganês na composição, o que dá o azul especial. Heitor Barbosa diz que não ficou rico porque vendeu as pedras por valor muito baixo e aplicou todo o dinheiro na mina de São José da Batalha, mas garante que ainda vai enriquecer. "Eu tenho uma convicção muito forte de que ainda vou encontrar uma pedra acima de três quilos", diz.

A mina do tesouro, em São José da Batalha, fica em uma região onde não existem empregos. Homens arriscam a vida diariamente nas profundezas da terra.

O local de trabalho do garimpeiro José Tadeu Taveira fica a 60 metros de profundidade. O jeito é colocar o capacete e encarar uma escada. "Não tem perigo", garante Tadeu, que enfrenta esse expediente todo dia.

Os garimpeiros trabalham sempre em dupla: um retira o caulim com a picareta e o outro recolhe com a pá. É também uma medida de segurança. Em caso de desmoronamento, um pode socorrer o outro.

"O perigo está sempre por perto", diz José Tadeu.

Mais perto do que se imagina. Durante a entrevista, uma barreira desabou.

"Na época da chuva é perigoso porque dá infiltração e começa a desabar", explica José Tadeu.

O desmoronamento foi em uma parede. Por precaução, as escavações estão suspensas nas galerias mais profundas.

O professor José Adelino Freire, do Departamento de Minas da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), alerta: o garimpo de São José da Batalha é uma atividade arriscadíssima. "Quem trabalha lá corre risco de morte. Acho que a universidade deve atuar nessas áreas e orientar os garimpeiros para que eles façam uma exploração mais racional", diz o professor.

O garimpeiro Geone de Sousa escapou de morrer graças ao colega que estava com ele e foi buscar socorro. "Caiu uma barreira quando eu estava embaixo, suspendendo a bomba. Quando escutei o barulho, não deu tempo de correr. Caiu por cima de mim. Eu quebrei o fêmur em dois lugares", conta Geone, que retornou ao trabalho com oito pinos na perna e contando com a proteção divina.

Fonte: Globo.com

QUARTZO RUTILADO BRUTO



   FOTO DE CRISTAL RUTILADO DA BAHIA

  Fonte: CPRM

FEIRA DE ESMERALDAS DIRETO DO GARIMPO DA CARNAÍBA-BAHIA



   Feira de Esmeraldas em Carnaíba- Bahia. Oportunidade de comprar esmeraldas baratas direto do garimpo.

    Fonte: CPRM

Petismo, Bolsonaro, Crise e Ativos Digitais Como Ferramentas de Hedge

Petismo, Bolsonaro, Crise e Ativos Digitais Como Ferramentas de Hedge

Por Jamil Civitarese/Investing.comCriptomoedas05.10.2018 

A pessoa que me apresentou os criptoativos é, possivelmente, descrito como gênio por alguns – em especial seus alunos, eu inclusive – e paranoico por outros que não conversam mais em profundidade com ele. No surgimento do Bitcoin, discutir sobre criptografia capaz de garantir dinheiro independente de governos certamente soaria papo de maluco e, para se interessar nisso antes de valer dez dólares, não sem razão. Esse professor tinha duas características que o levaram a investir: a primeira era realmente ele procurava entender a tecnologia (e tinha formação acadêmico) e a segunda era se preocupar com quanto governos podem fazer com nossas vidas e economias.
Chegando próximo da eleição, essa segunda característica vem muito em minha mente. Seja qual for nossa opinião sobre os candidatos, é bem infrequente que pessoas gostem de Bolsonaro e Lula ao mesmo tempo dadas suas taxas de rejeição. Em outras palavras, há um empate técnico e riscos altos de um candidato indesejado assumir. As consequências são diversas: Haddad é de um partido que elogia a Venezuela, propõe constituinte e plebiscitos, similar aos países Bolivarianos; Bolsonaro propõe mudanças no STF e seu vice já fala sobre auto-golpe. Enquanto isso, há projeções nefastas por diversos economistas de peso enquanto a economia não é discutida por nenhum dos candidatos.
Posso estar soando algo paranoico com os rumos da economia do Brasil*, porém esse é o dever de quem trabalha com risco. Nesse panorama que desenho, as criptomoedas podem ser uma ferramenta a favor de quem procura alocações simples e independentes das loucuras de qualquer governo. Uma das expressões mais utilizadas em discussões com estrangeiros sobre criptoativos é “fonte não correlacionada de retornos”. O Bitcoin e demais criptomoeda são ativos que não se relacionam fortemente com a economia americana, ouro e demais investimentos. Nesse caso, eles num portfólio podem atuar como ferramentas de hedge.
Numa eventual crise nos EUA – já prevista por alguns analistas, mas confesso estar por fora dos argumentos – possivelmente haverá alguma demanda maior por esses criptoativos como proteção, puxando os preços. Nesse caso, para brasileiros, os criptoativos fazem sentido como um investimento também. Apesar desse ano ter sido ruim e os preços terem desabado desde o fim da bolha, o Bitcoin foi capaz de preservar valor. Vale (SA:VALE3) perceber que, se comparado a um ano atrás, ele se valorizou. Com alguns tail risks, pode haver alguma valorização ou, na pior das hipóteses, um ativo que diversifica e facilita a exposição cambial por investidores daqui.
Apesar de bem preocupado com as incertezas eleitorais, vejo que estamos num momento melhor que há muitos anos: há ferramentas de criptoeconomia para nos protegermos de uma eventual crise. Alocações sensatas em ativos de hedge são desejados e creio que o Bitcoin e demais ativos digitais podem ser funcionais nessa tarefa. Nisso, alguma desconfiança em relação aos governos se faz fundamental: precisamos nos proteger um pouco do incerto. Nisso, alocações sensatas em criptoativos pode fazer toda diferença.
*Essa coluna não trata de macroeconomia, mas segue uma breve discussão do cenário que vejo. A primeira questão é que haverá imediatamente uma dificuldade de respeitar a PEC do Teto e demais mecanismos constitucionais já no ano que vem. Se eles forem desrespeitados, além de algum mal-estar institucional haverá expectativas negativas sobre essa falha. Entretanto, o PIB está reprimido e capital físico ocioso: há algum potencial para amortecimento da queda e, talvez, até crescimento no curto prazo. Por sua vez, o cenário de longo prazo é mais tenebroso. Se não for resolvida a questão previdenciária, há projeções que indicam inflação de dois dígitos em 2022. Além do mais, propostas de aumento de produtividade são fundamentais para o crescimento ser duradouro e, da parte Haddadista, não vi ainda nenhuma discussão nessa linha; Paulo Guedes tem propostas mais críveis, mas ainda não apresentou garantias de execução. Concluindo, há riscos de aprofundamento da crise, mas – como costumo dizer – isso são riscos, não certezas..

Fonte: MONEY TIMES

Senado confirma Kavanaugh para a Suprema Corte após debate que agitou os EUA

Senado confirma Kavanaugh para a Suprema Corte após debate que agitou os EUA
Economia2 horas atrás (06.10.2018 
© Reuters. .© Reuters. .
WASHINGTON (Reuters) - Um Senado norte-americano profundamente dividido confirmou neste sábado Brett Kavanaugh à Suprema Corte dos Estados Unidos, com republicanos rejeitando as acusações de agressão sexual contra o juiz conservador e dando uma grande vitória ao presidente Donald Trump.
Por uma votação de 50 a 48, o Senado deu um emprego vitalício a Kavanaugh, de 53 anos, após semanas de intenso debate sobre violência sexual, abuso de álcool e privilégios que sacudiram a nação poucas semanas antes das eleições para o Congresso, previstas para 6 de novembro.
A votação no Senado direciona o mais alto tribunal dos EUA a um caminho mais conservador, talvez por uma geração, e é um duro golpe para os democratas que já estão se irritando com o controle republicano da Casa Branca e das duas casas do Congresso norte-americano.
Mulheres que protestavam na galeria do Senado gritando "Que vergonha" interromperam brevemente o início da votação final de confirmação na tarde de sábado.
A nomeação de Kavanaugh tornou-se um intenso drama pessoal e político quando a professora universitária Christine Blasey Ford o acusou de agredi-la sexualmente quando eram estudantes do ensino médio em um rico subúrbio de Washington em 1982.
Duas outras mulheres acusaram-no na mídia de má conduta sexual na década de 1980.
Kavanaugh reagiu duramente, negando as acusações em depoimento irado e choroso perante o Comitê Judiciário do Senado, que foi visto ao vivo na televisão por cerca de 20 milhões de pessoas.
Trump apoiou Kavanaugh, um juiz federal de apelação com uma história de avanço das causas republicanas, e esta semana zombou do relato de Ford sobre o que ela diz que foi um ataque bêbado contra ela por Kavanaugh quando eles eram adolescentes.
Antes da votação, Trump disse neste sábado que Kavanaugh faria um "ótimo trabalho" na Suprema Corte.
Centenas de manifestantes contra Kavanaugh se reuniram no sábado nos arredores do Capitólio e da Suprema Corte.
Os democratas disseram que a defesa partidária de Kavanaugh, em que ele disse que foi vítima de um "golpe político", foi suficiente para desqualificá-lo do tribunal.
Repetidamente durante o debate no Senado, os republicanos acusaram os democratas de encenar uma campanha de "difamação" contra Kavanaugh para impedir que um conservador se tornasse um juiz da Suprema Corte.
Espera-se que Kavanaugh seja empossado rapidamente e se juntará a quatro juízes liberais e quatro outros conservadores no tribunal, que deve em breve ouvir disputas polêmicas envolvendo aborto, imigração, direitos dos gays e direitos de voto.
A disputa sobre Kavanaugh aumentou a pressão para as eleições de meio de mandato em novembro, quando os democratas tentarão assumir o controle do Congresso dos republicanos.

Fonte: MONEY TIMES