sábado, 1 de dezembro de 2018

GRAFITE MINERAL DO FUTURO

Grafite mineral do futuro






A grafita, uma forma de carbono, é um mineral em alta. Os novos usos da grafita nas baterias de lítio, em celulares e computadores estão acelerando a busca dos jazimentos do mineral. O que se procura é qualidade, um concentrado de grafita com flocos de granulometria grosseira e alta pureza, que possa suprir uma indústria com faturamento de mais de 13 bilhões de dólares.
O grande produtor de grafita a China, fechou várias minas e teve a sua produção reduzida em 20% para 700 mil de toneladas em 2013. O motivo das paralisações foi a contaminação ambiental feita pelos produtores chineses de Pindgu . O mesmo ocorreu na Mongólia em 2008. Os preços do mineral caíram nos últimos anos, mas são ainda atraentes em torno de US$1.300/t o que torna jazimentos de grafita de qualidade em excelentes alvos para mineradores.
Mais de 200 empresas de mineração estão engajadas na prospecção de grafita no mundo e o resultado desse esforço já começa a aparecer. Em Moçambique a australiana Triton Minerals descobriu um depósito que pode ser o quarto maior do mundo, de 5,7 milhões de toneladas de grafita contida: o Cobra Plains. A região de Balama tem vários prospectos de grafita sendo pesquisados.
No Brasil a produção de grafita já é a segunda do mundo atrás, apenas, da China, atingindo 96.000t em 2013. Essa grafita é derivada das minas de 3 produtores principais. O consumo brasileiro foi de 32,5 mil toneladas em 2017.

MINERAL - GRAFITE

MINERAL - GRAFITE

Grafite ou grafita é um mineral, um dos alótropos do carbono. Ao contrário do diamante, a grafite é um condutor elétrico. Por isso possui aplicações em eletrônica, como em eletrodos e baterias. Devido ao seu alto ponto de fusão também possui aplicações como material refratário, como em cadinhos de fundição de aço. O grafite pode ser dissolvido em ácido clorossulfúrico
Também chamada chumbo negro ou plumbagina, a grafite tem múltiplas e importantes aplicações industriais, embora seja mais conhecida popularmente por sua utilização como mina do lápis.
A grafite corresponde a uma das quatro formas alotrópicas do carbono. As outras são o diamante, o fulereno e o grafeno.
Cristaliza-se no sistema hexagonal regular com simetria rômbica. Em geral, seus cristais são tubulares, de contorno hexagonal e plano basal bem desenvolvido. A grafita apresenta-se, habitualmente, sob a forma de massas laminadas ou escamosas, radiadas ou granulosas.

Fonte: CPRM

MINERAL - GALENA

MINERAL - GALENA

Galena e Pirita.
Galena é um mineral composto de sulfeto de chumbo(II), e o mais importante dos minérios do chumbo e praticamente o único. Cristaliza no sistema cúbico, quase sempre em octaedros. Tem cor de chumbo, com um brilho metálico intenso e densidade 7,5. É geralmente encontrada em companhia de quartzo, esfalerita e fluorita. Serve para extração também de prata, pois geralmente contém este metal. Fórmula química: PbS.
A galena é um semicondutor e foi utilizado na confecção de diodos detectores antes da popularização do uso de dispositívos de germânio ou silício. É bastante conhecida entre os aficionados em eletrônica por propiciar a confecção de um rudimentar receptor de rádio que não utiliza qualquer tipo de fonte de energia externa para funcionar, o rádio de galena.

Fonte: CPRM

ROCHA - KIMBERLITO

ROCHA - KIMBERLITO

Kimberlito é vulgarmente conhecido como a rocha que contêm diamantes. Na realidade, não é um tipo específico de rocha, mas sim um grupo complexo de rochas ricas em voláteis (dominante CO2), potássicas, ultramaficas híbridas com uma matriz fina e macrocristais de olivina e outros minerais como: ilmenita, granada, diopsidio, flogopita, enstatita, cromita.
O clã dos kimberlitos são divididos em dois grupos
Grupo I: Tipicamente ricos em CO2 e empobrecidos em potássio em relação aos do grupo II. Corresponde à rocha original encontrada em Kimberley, na África do Sul.
Grupo II: Tipicamente ricos em água, apresentam matriz rica em micas e também calcita, diopsídio e apatita, e correspondem ao kimberlitos lamprofíricos ou micáceos.
Os kimberlitos são formados pela fusão parcial do manto a profundidades maiores que 150 km. O magma kimberlítico durante sua ascensão do manto para a crosta, comumente, transporta fragmentos de rochas e minerais - também conhecidos como xenólitos e xenocristais (entre eles o diamante). O kimberlito pode trazer diamante até a superfície desde que tenha passado por regiões no manto/crosta que fossem ricas neste mineral e que sua velocidade de ascensão seja rápida o suficiente para não desestabilizar a estrutura do diamante, que caso contrário se converteria em grafite (polimorfo estável do carbono na pressão ambiente). Ressalta-se, portanto, que o magma que forma o kimberlito não é o produtor de diamante, apenas um meio de transporte.

Fonte: CPRM

COMO UM KIMBERLITO SE FORMA

COMO UM KIMBERLITO SE FORMA

DIAMANTES



O kimberlito é uma rocha ígnea (formada pelo calor do magma) da família das olivinas, cuja cor varia do azul-verde ao preto, passando pelo marrom avermelhado. A composição e a cor do kimberlito correspondem à região em que se formou e aos elementos que o formaram. Seu nome deriva de Kimberley, região da África do Sul onde foram encontrados esses minerais associados a pedras de diamantes.
A rocha se formou a aproximadamente duzentos quilômetros de profundidade e foi transportada à superfície pelos chamados chaminés de kimberlito, que nada mais são que erupções vulcânicas ocorridas há milhões de anos. Onde e quando se formaram os kimberlitos, também se formaram 
diamantes e outros fragmentos de rocha (xenólitos) que foram arrancadas das profundezas da crosta terrestre. Por isso, kimberlitos ocorrem na superfície quase completamente em brechas vulcânicas. Eles, assim como a maioria dos diamantes, se formaram a 150 milhões de anos atrás, no entanto, os mais velhos kimberlitos que se conhecem datam de cerca de 1,2 bilhões. Eles ocorrem na África, Austrália, América do Norte, Índia, Brasil e na Sibéria. Mineradores e garimpeiros se valem da presença desses minerais para processarem a busca de diamantes, já que ambos sempre estão associados.
As chaminés de kimberlito foram criadas conforme o magma passava por profundas fraturas na Terra. O magma de dentro da chaminé de kimberlito funciona como um elevador, empurrando os diamantes e outras rochas e minerais pelo manto e crosta em poucas horas. Estas erupções eram breves, mas muitas vezes mais poderosas do que erupções vulcânicas que acontecem atualmente. O magma destas erupções foi originado em profundidades três vezes maiores do que a fonte de magma nos vulcões atuais.
Diamantes também podem ser encontrados em leitos de rios, chamados de reserva aluvial de diamantes. São originados em chaminés de kimberlito, mas se movimentam por atividade geológica. Geleiras e águas podem movimentar os diamantes para milhas de distância de seu local de origem. Hoje, a maioria dos diamantes é encontrada na Austrália, Brasil, Rússia e vários países africanos, incluindo Zaire. Em geral essas gemas são encontradas em rios e aluviões que deslocaram as pedras de seus locais de surgimento na superfície da Terra.
Por que essas informações sobre o mineral kimberlito? Porque passei a semana do Natal no norte de Minas Gerais, na cidade de Buritis, onde me foi apresentado num riacho no qual os moradores costumam nadar. Naquele curso d’água encontrei várias “pedras” de kimberlito. Na região, eu soube, nunca se garimpou diamantes, mas pelo aspecto do riacho cujo leito é rico em kimberlitos, há forte indicação que existe a preciosa gema.

Fonte: CPRM