sábado, 1 de dezembro de 2018

Novas ocorrências de euclásio em Minas Gerais

Novas ocorrências de euclásio em Minas Gerais

RESUMO
Desde o século XVIII o Brasil tem sido o principal produtor mundial de euclásio, proveniente das jazidas situadas nos arredores de Ouro Preto, Minas Gerais. Recentemente, três novos depósitos deste mineral foram descobertos no mesmo Estado: (1) Em 1979-80, garimpeiros explotaram cerca de 10 kg de material gemológico e de coleção. A situação geográfica deste depósito permaneceu desconhecida na literatura geológica; ele está localizado próximo do vilarejo de Olhos d'Água, município de Bocaiúva, noroeste de Minas Gerais. (2) Pouco tempo após, uma outra ocorrência foi descoberta na mesma região, a cerca de 25 km NNW da cidade de Itacambira, de onde foram extraídos 3 kg de euclásio, a maior parte para coleção. (3) As ocorrências de Gouveia foram detectadas pelos autores, durante prospecção aluvionar sistemática visando o conhecimento de minerais "satélites" do diamante na região, mas os espécimens encontrados têm somente importância mineralógica. Em todas as situações descritas, o mineral ocorre disseminado e/ou concentrado em bolsões relacionados a uma estreita zona feldspática de veios de quartzo pegmatóides, cortando quartzitos do Supergrupo Espinhaço (Bocaiúva e Itacambira), ou xistos e rochas graníticas do Complexo Pré-Espinhaço (Gouveia).
Palavras-chave: euclásio, mineralogia, gemologia, aluviões diamantíferos.

ABSTRACT
Since the 18th century euclase in Brazil has been mined mainly in the reknowed mineralogical district of Ouro Preto, Minas Gerais. Three new deposits were more recently discovered in the same state: (1) In 1979-80garimpeiros exploited about 10 kg of yellow gem-quality material and specimens for collectors, but the location of the source remained unknown in the geologic literature. It is situated near the small village of Olhos D'Água, in Bocaiúva district, northwestern Minas Gerais; (2) Soon after the first exploitation, another euclase occurrence was discovered in the same region, some 25 km NNW of Itacambira. About 3 kg de grey-blue euclase, mostly collection specimens, have been produced. (3) Occurrences in the Gouveia district were detected by the authors during alluvial diamond prospecting. In this area the specimens have only mineralogical importance. In all localities, the mineral occurs disseminated and/or concentrated in pockets in the small feldspathic zone of pegmatoid quartz veins truncating quartzites of the Espinhaço Supergroup (Bocaiúva and Itacambira deposits) or schist and granitic rocks of the pre-Espinhaço Complex (Gouveia occurrences).



INTRODUÇÃO
O euclásio [BeAl(SiO4)0H] é um mineral bastante raro na natureza, apresentando com freqüência propriedades gemológicas. Desde o século XVIII, o Brasil destaca-se como o principal produtor mundial de euclásio. Em Minas Gerais, as jazidas clássicas deste mineral estão associadas às jazidas de topázio imperial na região de Ouro Preto. Euclásio de origem pegmatítica ocorre principalmente próximo de São Sebastião do Maranhão, na Fazenda Santana do Encoberto.
Recentemente os autores, pesquisando a natureza dos minerais pesados que acompanham o diamante na região centro-norte de Minas Gerais, descobriram três novas ocorrências de euclásio, localizadas em áreas dos municípios de Bocaiúva, Itacambira e Gouveia. Vários espécimens encontrados nas duas primeiras ocorrências apresentaram características gemológicas.
O presente estudo objetiva a descrição geológica e mineralógica destes três depósitos, assim como discutir sobre a presença desse mineral em áreas de contexto estratigráfico bastante diferentes, demonstrando assim o ainda limitado conhecimento acerca da metalogenia regional.

EUCLÁSIO NO BRASIL
Os depósitos de topázio imperial, incluindo provavelmente os de euclásio, foram descobertos na região de Ouro Preto por volta de 1760. O célebre mineralogista Haüy descreveu primeiramente o euclásio em 1792 a partir de amostras da região, mas apenas Echwege (1822) localizou a proveniência do mineral ao identificá-lo em meio a um lote de topázios oriundos daquela área. Na atualidade são conhecidas oito áreas produtoras de euclásio no Brasil, algumas delas com várias ocorrências distintas. A maioria dos depósitos está situada no Estado de Minas Gerais (Fig. 1)
As ocorrências clássicas e melhor conhecidas do Brasil e do mundo são aquelas localizadas em uma faixa linear de aproximadamente 10 km a oeste da cidade de Ouro Preto (MG). Nesta região o euclásio é recuperado como subproduto da garimpagem de topázio imperial em pelo menos sete lavras: Boa Vista, Trino, Ranchador, Capão do Lana, Fundão, Morro do Gabriel e Cachambu. O mineral ocorre em cristais isolados, transparentes a levemente azulados ou esverdeados, quase sempre de comprimento inferior a 1 cm. Saldanha (1939) descreveu um espécime pesando 128 g (10 cm de comprimento) achado em 1922, provavelmente o maior cristal já conhecido. Descrições geológicas e mineralógicas sobre o euclásio de Ouro Preto foram apresentadas por Cassedanne (1970, 1991), mas sua gênese, assim como a do topázio, é objeto de amplas discussões.
Euclásio de origem pegmatítica ocorre em três principais localidades. Na região de São Sebastião do Maranhão (Fazenda Santana do Encoberto), também em Minas Gerais, o mineral se encontra em pequenos bolsões ricos em mica, perto do contato com o núcleo quartzoso do pegmatito (Cassedanne & Cassedanne, 1974). Os cristais, com freqüência biterminados, são incolores ou amarelados, transparentes a translúcidos, alcançando vários centímetros de comprimento. Este depósito já forneceu excelentes espécimes de qualidade-gema, descritos mineralogicamente por Bank (1974) e Graziani & Guidi (1980). Proveniente de Cachoeiro de Santa Leopoldina, Estado do Espírito Santo, Saldanha (1941) relatou um cristal de euclásio, hialino e perfeitamente formado, mas sua jazida nunca foi descrita.
Pertencendo à Província Pegmatítica Nordestina do Brasil, são conhecidas ocorrências de euclásio associadas a quatro corpos pegmatíticos da região de Equador, Estado do Rio Grande do Norte. A presença de euclásio nesta área foi primeiramente referida por Silva & Santos (1961), no denominado Alto dos Mamões. Outros corpos pegmatíticos mineralizados são os "altos" do Giz, Santino e Jacu, onde ele ocorre com berilo junto ao núcleo de quartzo (Cassedanne, 1970). É característico dos cristais de euclásio de Equador uma listra azul escura central, paralela ao eixo c, permitindo belas amostras para coleção.
Hussak (1917) descreve ainda a presença de euclásio nos cascalhos diamantíferos de Santa Izabel do Paraguassu, atual Mucugê (Estado da Bahia). Os espécimes, de interesse apenas mineralógico, eram cristais incolores e fragmentos de comprimento não superior a 3 mm.

DESCRIÇÃO DOS DEPÓSITOS
Bank (1980), em pequena nota, descreveu um euclásio gema "declarado" ser da região de Diamantina, e Cassedanne (1991) citou que "pequenos cristais de euclásio bege a cinza foram recentemente extraídos na região de Buenópolis". Durante pesquisas incluindo o estudo de minerais pesados de cascalhos diamantíferos a leste de Bocaiúva, os autores foram informados de uma jazida desativada de euclásio na região, localizando assim o depósito que pelas amostras obtidas parece ser o mesmo relatado por H.Bank e J.Cassedanne. A partir de informações locais, chegou-se ao depósito de euclásio de Itacambira, explorado pelos mesmos garimpeiros descobridores da jazida anteriormente mencionada. Já as ocorrências de euclásio situadas próximo de Barão de Guaicuí, Gouveia, foram achadas diretamente pelos autores, durante prospecção aluvionar sistemática voltada para os minerais "satélites" do diamante; os depósitos primários estão sendo ainda pesquisados.
Contexto geológico regional
As três ocorrências de euclásio ora descritas estão relacionadas geologicamente à Serra do Espinhaço, onde este mineral nunca havia sido antes reportado. A serra é sustentada por quartzitos e filitos do Supergrupo Espinhaço, do Mesoproterozóico, localmente aflorando xistos e rochas granitóides de idade mais antiga (Complexo Pré-Espinhaço). A Faixa Móvel Espinhaço é uma entidade geotectônica evoluída durante o Meso e Neoproterozóico, com o clímax dos dobramentos, incluindo a intrusão de inúmeros veios de quartzo, tendo ocorrido no Ciclo Brasiliano (Dossin et al., 1990).
Jazida do Buriti das Porteiras
Situada a cerca de 12 km a SW do povoado de Olhos d'Água, Município de Bocaiúva (Fig. 2), a jazida do Buriti das Porteiras foi descoberta casualmente em 1979, durante a exploração de um veio de quartzo hialino, do tipo "coleção". Foi explorada em dois períodos (1979-80 e 1983) pelo garimpeiro Marcolino Pereira da Silva (vulgo "Pingo"), de Bocaiúva.
Ocorrem na área quartzitos avermelhados, fortemente recristalizados e silicificados, atribuídos à Formação Galho do Miguel, do Supergrupo Espinhaço (Schmidt, 1970). O euclásio está associado à zona de borda, caolinizada, de um veio de quartzo com hematita, de cerca de 10 m de comprimento por 2 m de largura, cortando os quartzitos. O mineral ocorre disseminado e/ou concentrado em pequenos bolsões. O material secundário, elúvio-coluvionar, foi também objeto de exploração.
O euclásio aparece em cristais euédricos a subédricos, de coloração amarelada clara a média, raramente terminados. Espécimens de qualidade gema são comuns, tendo Bank (1980) destacado que o depósito forneceu uma pedra com 50 ct, depois de lapidada O maior cristal observado media b cm de comprimento ao longo do eixo c (55,6 g). A clivagem (010) perfeita é característica de todas as amostras estudadas. O peso específico, medido em 8 amostras, é de 3,095±0,010 g/cm3, e os índices de refração menor e maior são 1,651 e 1,671±0.001 com uma birrefringência de 0,020±0,001.
Ainda não está bem caracterizada a gênese da jazida do Buriti das Porteiras. A presença de feldspatos caolinizados junto ao veio de quartzo sugere atividade pegmatítica, muito embora esta seja bastante incomum ao longo da Serra do Espinhaço. Nenhum outro mineral pegmatítico foi observado. O potencial do depósito é também pouco conhecido, já que as escavações não ultrapassaram 1,5 m de profundidade. Informações obtidas do garimpeiro "Pingo" indicaram uma produção total de 12 kg (9 kg em 1979-80 e 3 kg em 1983, estes em parte recuperados a partir dos rejeitos anteriores).
Jazida de Itacambira
Este depósito está situado a cerca de 25 km norte-noroeste da pequena cidade de Itacambira, próximo às cabeceiras do Rio Congonhas. Em 1980, o mesmo decobridor da jazida do Buriti das Porteiras chegou a este local partindo da informação de um companheiro de garimpo, dizendo ter conhecido material "semelhante" ao lhe mostrado, enquanto procurava quartzo naquela porção da Serra do Espinhaço.
Geologicamente a região é conhecida como Espinhaço Central, tendo sido mapeada por Karfunkel & Karfimkel (1976). Predominam na área quartzitos brancos, finos e bem selecionados, atribuídos à Formação Resplandecente. O euclásio ocorre em uma cascalheira coluvionar de espessura inferior a 1 m, junto com quartzo e hematita.
Dados mineralógicos de amostras aparentemente "limpas" são os seguintes: peso específico (5 amostras) de 3,065±0,02 g/cm3 e índices de refração 1,650 e 1,670±0,001 com uma birrefringência de 0,020±0,001. A coloração é sempre cinza-azulada, ao que parece como resultado de micro-inclusões de turmalina preta (D.Hoover, 1993, comunic. verbal). E comum a presença de "bandas" preenchidas com quartzo segundo o plano (100); nestes casos o peso específico decai para 2,937±0,05 g/cm3.
Os cristais são sempre prismas euédricos tabulares, com 0,5-1,0 cm e sem terminação, possivelmente devido a um pequeno rolamento sofrido com ruptura na clivagem proeminente (010).
Estudos adicionais tornaram-se impossíveis, pois ao final da década de 80 a área de ocorrência foi recoberta com o plantio de eucaliptos para reflorestamento.
Ocorrência de Barão de Guaicuí
Durante prospecção aluvionar sistemática, desenvolvida na região de Diamantina com a finalidade de pesquisar minerais "satélites" do diamante (como parte da Tese de Doutoramento de um dos autores - M.L.S.C.C.), cristais de euclásio foram descobertos em dois locais: no Córrego do Capão e no Rio Pardo Pequeno. Eles estão situados a norte da cidade de Gouveia, nas proximidades do lugarejo de Barão de Guaicuí. Posteriormente à descoberta, entrevistas com garimpeiros locais permitiram constatar que o mineral é freqüente nestes aluviões diamantíferos, mas são confundidos com quartzo, apesar da densidade muito diferente. Alguns compradores de pedras admitiram mesmo terem comprado euclásio rolado como diamante, provavelmente devido ao forte brilho daquele mineral.
Nesta região afloram rochas pertencentes ao Complexo Pré-Espinhaço (sericita xistos e granitóides), além de metassedimentos da base do Supergrupo Espinhaço (formações São João da Chapada e Sopa Brumadinho). O Córrego do Capão, diamantífero, nasce na própria área, sendo por isso escolhido para a pesquisa de minerais pesados. A partir da detecção de euclásio no local, pesquisa suplementar efetuada na drenagem maior, Rio Pardo Pequeno, que já corre em terrenos da Formação Galho do Miguel (estratigraficamente superior), mostrou que a mineralização é persistente e que o maior aluvionamento permitiu também uma maior concentração do mineral (Fig. 3).

No aluvião estreito do Córrego do Capão, não ultrapassando 10 m de largura, o euclásio aparece em prismas relativamente bem preservados do desgaste mecânico, ainda exibindo com nitidez o estriamento paralelo ao eixo c. O maior exemplar observado mediu 0,8 cm, sendo hialino como todos os cristais observados no local. Outros minerais presentes no depósito são mostrados na Tabela 1.

No Rio Pardo Pequeno, os flats com larguras de 50 a 100 m permitiram a maior concentração de pesados. Os grãos de euclásio são mediana a totalmente rolados, mostrando sempre um achatamento característico segundo o plano principal de clivagem (010). O maior cristal observado mediu 1,2 cm de comprimento. Em geral eles são incolores, transparentes e macroscopicamente "limpos"; em apenas um grão muito rolado observou-se uma tonalidade rosada.
O peso específico, obtido de 5 amostras do Córrego do Capão, mostrou valores em torno de 3,09±0,02 g/cm3. Dados ópticos determinados com refratômetro mostraram valores limites de 1,650 e 1,671, com uma dupla refração de 0,021. Os índices de refração superiores àqueles do quartzo, associado ao brilho perláceo nas proximidades dos planos de clivagem (open cleavage), é a razão do mineral já ter sido confundido com diamante. Amostras roladas de euclásio do Rio Pardo Pequeno foram também confirmadas por difratometria de raios X.
Os euclásios das duas localidades descritas demonstraram uma associação de características que permitem considerá-los de mesma origem. No Córrego do Capão, as amostras muito pouco roladas evidenciam sua fonte próxima, o contrário acontecendo no Rio Pardo Pequeno. Pesquisas procurando a possível rocha fonte na área do Córrego do Capão, indicaram a existência de veios pegmatóides de porte inferior a 1 m, cortando principalmente micaxistos do Complexo Pré-Espinhaço. Amostragem efetuada na massa caolinizada dos veios revelou apenas a presença de quartzo, mica e turmalina preta. Porém, o pequeno volume amostrado, associado à raridade do euclásio e às semelhanças com os depósitos de Bocaiúva (aqui descrito) e o de Santana do Encoberto (Cassedanne & Cassedanne, 1974), permitem associar a gênese dos depósitos aos veios pegmatóides encaixados no Complexo Pré-Espinhaço.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presença de euclásio de origem pegmatítica em áreas com pouca ou nenhuma referência da presença desse tipo de atividade magmática, demonstra o ainda limitado conhecimento acerca da metalogenia regional. As pesquisas até então desenvolvidas permitem que sejam reconhecidos três tipos de depósitos primários de euclásio no Brasil:
(1) Na designada "litomarga" do distrito de Ouro Preto, uma argila marrom escura, de origem controvertida, associado ao topázio imperial,
(2) Em pegmatitos heterogêneos, bem zonados e relacionados a uma fase de magmatismo bem conhecida, datada no final do Brasiliano (550-450 Ma), como nos casos de Santana do Encoberto (MG), Cachoeiro de Santa Leopoldina (ES) e nos depósitos do Rio Grande do Norte, e
(3) Em veios pegmatóides, relacionados a processos magmáticos ainda pouco estudados na região da Serra do Espinhaço, dos quais são exemplos os depósitos de Bocaiúva, Itacambira e Gouveia, Minas Gerais, além de, provavelmente, as pouco conhecidas ocorrências da Chapada Diamantina, no centro-norte baiano.

Fonte: DNPM

Ibovespa fecha no vermelho após superar 90 mil pts pela 1ª vez na história

Ibovespa fecha no vermelho após superar 90 mil pts pela 1ª vez na história

Ações (30.11.2018)
 

© Reuters. .© Reuters. .

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em leve baixa nesta sexta-feira, após ter superado os 90 mil pontos pela primeira vez na história, mas acumulou alta de mais de 2 por cento em novembro. Investidores aproveitaram o último pregão do mês para ajustar carteiras, em dia de cautela no exterior antes da cúpula do G20.
Referência no mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,23 por cento, a 89.504,03 pontos. O indicador chegou a subir 0,6 por cento na máxima da sessão, quando atingiu nova máxima intradia de 90.245,54 pontos.
Na semana, a alta foi de 3,8 por cento. Em novembro o índice subiu 2,38 por cento, elevando o ganho no ano a 17,15 por cento.
O giro financeiro da sessão somou 19,6 bilhões de reais, superando com folga a média diária de cerca de 12 bilhões de reais no ano. O dia foi marcado pelo rebalanceamento do índice MSCI de ações de mercados emergentes.
"O fechamento de mês se refletiu nos volumes negociados", disse o economista-chefe da Infinity Asset Management, Jason Vieira, acrescentando que muitos agentes aproveitaram para ajustar posições e carteiras.
Segundo ele, os dados do IBGE mostrando expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 0,8 por cento no terceiro trimestre, ante 0,2 por cento no segundo, animaram os investidores, assim como a melhora em Wall Street.
Ele disse que o movimento não se sustentou porque ainda restam muitas incógnitas nos cenários local e internacional.
Para o gerente de renda variável da H.Commcor, Ari Santos, o mercado monitora com atenção os anúncios da equipe de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Vieira avalia que ainda falta visibilidade sobre a capacidade de articulação de Bolsonaro para promover reformas. "Falta compreensão de como o governo Bolsonaro vai avançar nesse contexto de negociação política", afirmou.
Para Vieira, outro tema que concentrará as atenções dos investidores nas próximas semanas é a disputa comercial entre China e Estados Unidos.
Os olhos estavam voltados para a cúpula do G20, na Argentina, onde o esperado encontro entre os presidentes norte-americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping, pode ditar os rumos das relações entre as duas maiores economias do mundo.
DESTAQUES
- CIELO fechou em alta de 6,85 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, conforme investidores enxergaram nos números do PIB do terceiro trimestre sinais de retomada da economia, o que deve favorecer o consumo. No mês, contudo, o papel acumulou queda de mais de 28 por cento, o que elevou as perdas no ano a 57 por cento, sob pressão da entrada de novos competidores no mercado.
- SUZANO PAPEL E CELULOSE subiu 5,03 por cento, após a companhia anunciar o cronograma para conclusão da fusão com a Fibria (SA:FIBR3). A Guide Investimentos considerou os desdobramentos positivos, reiterando recomendação de compra para Suzano (SA:SUZB3), dado o "ciclo ainda positivo para os preços da celulose em 2019", além das sinergias oriundas da incorporação da Fibria.
- VALE (SA:VALE3) avançou 1,54 por cento, acompanhando o avanço dos preços do minério de ferro na China, em pregão também favorável para as siderúrgicas.USIMINAS PNA (SA:USIM5) teve ganho de 4,12 por cento, enquanto GERDAU PN (SA:GGBR4) subiu 2,52 por cento e CSN (SA:CSNA3) teve elevação de 1,03 por cento.
PETROBRAS PN (SA:PETR4) ganhou 1,15 por cento e PETROBRAS ON(SA:PETR3) subiu 1,01 por cento, na contramão do recuo das cotações globais do petróleo e tendo no radar o noticiário sobre as negociações para votação do projeto de lei da cessão onerosa.
- ITAÚ UNIBANCO recuou 0,91 por cento e BRADESCO PN (SA:BBDC4) cedeu 1,18 por cento, perdendo fôlego após renovarem as máximas intradias históricas mais cedo. No mês, porém, os dois bancos acumularam ganhos de cerca de 10 por cento. Ainda no setor, BANCO DO BRASIL ON (SA:BBAS3) perdeu 1,35 por cento e SANTANDER UNIT (SA:SANB11) caiu 1,79 por cento.
ELETROBRAS ON (SA:ELET3) caiu 5,2 por cento e ELETROBRAS PNB(SA:ELET6) recuou 3,18 por cento, com as atenções voltadas ao processo de venda de distribuidoras da elétrica. Na véspera, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar revogando decisão que impedia a venda da Ceal, no Alagoas, segundo documento obtido pela Reuters.
- MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3) cedeu 3,86 por cento, conforme os investidores aproveitaram para embolsar parte dos lucros este ano, que já superam 100 por cento. Outra varejista que fechou no vermelho foi a B2W (SA:BTOW3), com baixa de 1,19 por cento.
Fonte:Reuters

Petróleo tem a pior queda desde 2008 em novembro após indecisão russa sobre cortes

Petróleo tem a pior queda desde 2008 em novembro após indecisão russa sobre cortes

Commodities (30.11.2018 17:58) 
© Reuters.  Petróleo tem a pior queda desde 2008 em novembro após indecisão russa sobre cortes© Reuters. Petróleo tem a pior queda desde 2008 em novembro após indecisão russa sobre cortes
Investing.com - O petróleo caiu 21% em novembro graças à nova hesitação dos russos, levando o mercado de petróleo à sua pior perda mensal em uma década.
Foi a pior baixa do petróleo cru West Texas Intermediate desde 2008, que oscilou acima e abaixo dos US$ 50 por barril na sexta-feira, especialmente após o ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, dizer ao serviço de notícias russo TASS que os produtores e consumidores estavam confortáveis ​​com os preços atuais do petróleo. Foi o sinal mais claro de que Moscou tenha avaliado pouca ou nenhuma necessidade de contribuir para os cortes de produção quando se uniu à Arábia Saudita e outros grandes produtores de petróleo na reunião da OPEP + em Viena em 6 de dezembro.
WTI caiu 52 centavos, ou 1%, negociado a US$ 50,93 por barril. Afundou mais cedo, para US$ 49,66, o menor nível desde outubro de 2017. Foi a segunda perda mensal consecutiva de dois dígitos, depois da queda de 11% em outubro, que deixou o petróleo dos EUA 16% menor no ano.
Brent, a referência mundial para o petróleo e negociado em Londres, caiu 67 centavos, ou 1,1%, para US $ 59,24 às 17:48. Mais cedo na sessão, caiu para US$ 58,05. Na semana passada, o Brent ficou abaixo dos US$ 60 pela primeira vez desde julho de 2017. Em novembro, o índice caiu 21% e, no ano, apresentou uma perda de 11%.
O ministro russo Novak, sem dúvida, azedou o humor do mercado na sexta-feira, mas apenas um dia atrás os russos estavam cantando uma música diferente, pelo menos com base em um relatório da Reuters. Citando fontes, o serviço de notícias disse que Novak se reuniu com produtores nacionais de petróleo e chegou a um consenso de que uma redução na produção seria necessária. WTI e o U.K. Brent subiram mais de 2% com essa especulação, uma dos poucas fortes subidas neste mês.
O petróleo estava subindo no início do ano, atingindo altas de quatro anos entre maio e outubro, depois que o presidente Donald Trump prometeu zerar as exportações do petróleo iraniano sob novas sanções.
Mas nos últimos dois meses os preços do petróleo bruto perderam mais de um terço de seu valor depois que Trump abreviu as sanções aos aiatolás e a produção recorde dos EUA, da Arábia Saudita e da Rússia inundou o mercado.
Igualmente prejudicial para a psique do mercado tem sido os tweets do presidente de que os sauditas não devem cortar a produção, algo que os traders esperam que Riad cumpra, dada sua potencial exposição às sanções americanas após o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Além do teatro russo-saudita da Opep, na sexta-feira, os investidores também ficaram impacientes com a reunião do G-20 em Buenos Aires, que não conseguiu nenhum avanço sobre um possível acordo comercial EUA-China, uma das poucas coisas que poderiam impulsionar o otimismo global e a demanda na segunda maior economia do mundo.
"O petróleo está perguntando 'O que há de novo em Buenos Aires?'", escreveu Phil Flynn, analista de energia do Price Futures Group, de Chicago, em sua nota diária. "A grande reunião do G20 basicamente contará a história do petróleo daqui para frente."
"Além disso, a Opep precisa anunciar um grande corte ou será presidente Trump, fechando um acordo com a China, que vai salvar o preço do petróleo."

Fonte:  Investing.com


9 Pessoas que descobriram coisas bem valiosas – e por acaso!

A vida é repleta de coisas inusitadas, e às vezes uma descoberta pode mudar totalmente a vida de alguém. Já imaginou achar sacos de dinheiro no sótão da sua casa? Ou achar ouro enquanto caminha em uma praia? Bem, algumas pessoas já tiveram essa sorte.
Veja abaixo exemplos de pessoas que tiveram a sorte de encontrar tesouros incríveis, quando menos estavam esperando.

1 – Uma Ferrari 330 GT de 1996 encontrada em uma garagem

Em Wyoming, Estados Unidos, um homem comprou uma casa que custou 285.500 dólares. A garagem da casa não atraiu a atenção do comprador e do corretor de imóveis. O novo proprietário ficou realmente surpreso quando descobriu uma Ferrari 330 GT 1996 cheia de poeira e em condições quase perfeitas, que foi avaliada em mais de 500 mil dólares.

2 – Tesouros em uma cadeira antiga

Um casal escocês comprou uma cadeira antiga por 5 Libras esterlinas, mas eles não tinham dinheiro para repará-la, então a cadeira ficou guardada no sótão durante seis anos. Depois desse tempo todo, o Sr. Milner-Brown decidiu consertar a cadeira. Ele tirou o estofamento e descobriu jóias de diamantes por dentro. O homem não contou à sua esposa sobre sua descoberta. Ele apenas lhe deu o anel e os brincos com pedras preciosas que estavam na cadeira. Somente em 2016 ele revelou o segredo, então o casal foi em alguns especialistas e soube que suas descobertas valiam quase 5.000 Libras esterlinas.

3 – Uma pepita de ouro pesando 5,5 kg

Um homem estava andando em uma praia na Austrália, quando encontrou um objeto estranho sob a areia. No início ele pensou que era uma sucata de carro, mas quando ele começou a cavar percebeu que era uma grande pepita de ouro pesando 5,5 kg e avaliada em mais de 300 mil dólares.

4 – Um tesouro no quintal

Em 5 de julho de 2009, Terry Herbert, um fazendeiro inglês, estava caminhando com seu velho detector de metais perto de sua casa buscando um anel que sua filha havia perdido, quando encontrou um incrível tesouro – 1.500 itens de ouro e prata que datam do século VII. O valor de tudo isso foi superior a 5 milhões de dólares, mas como o tesouro pertence ao país, o homem só conseguiu uma recompensa igual à metade do custo do tesouro – o que não é nada mal!

5 – Uma casa repleta de ouro

Um francês herdou uma casa na Normandia, e começou a explorar sua propriedade, quando notou uma pequena caixa com moedas de ouro que estava presa em uma cadeira. Ele encontrou ainda mais ouro em uma caixa de whisky, e mais tarde, ele descobriu uma enorme pilha de barras de ouro. A soma total foi de quase 3,7 milhões de dólares. Mas devido às regras francesas, ele teve que pagar um imposto igual a 45% de sua descoberta.

6 – A maior pedra de opala do mundo

Em 2011, a maior pedra de opala do mundo foi encontrada nos campos de opala no sul da Austrália pelo designer Stuart Hughes. A pedra tinha 55 mil quilates de opala pura, e foi avaliada em 1 milhão de dólares.

7 – Um tesouro no piano

Martin Backhouse, de 61 anos, foi convidado para ir ao Bishop’s Castle Community College para afinar um piano que a família Hemmings deu à faculdade. Durante seu trabalho, o homem encontrou 7 sacos com moedas do reinado de Victoria sob as teclas do piano. Os especialistas estimaram seu valor em 640.000 dólares. Martin recebeu uma recompensa, mas infelizmente a família que possuiu o piano por 33 anos não sabia do dinheiro e perdeu a chance de obter uma recompensa também.

8 – Um ovo Fabergé comprado em um mercado

Um americano comprou um ovo de metal com peças de pérola e um relógio dentro. Ele pagou 14.000 dólares e queria revender o item por um preço mais alto, mas ninguém se interessou pelo objeto. Então ele decidiu pesquisar histórias no Google sobre sua compra. Ele notou um símbolo da fabricante de relógios Vacheron Constantin, e encontrou um artigo especial do Fabergé na internet. Quando o homem levou o ovo para avaliadores profissionais, ele ficou sabendo que se tratava de um ovo de páscoa que Alexandre III, imperador da Rússia, enviou para sua esposa em 1887. Ninguém sabe como o ovo chegou aos Estados Unidos, mas o americano se tornou $ 33 milhões mais rico depois de vendê-lo.

9 – Dinheiro encontrado em um sótão

Um homem chamado Josh Ferrin estava em sua oficina quando notou um pedaço de tapete saindo do teto. Ele puxou-o, e um painel de acesso ao sótão abriu-se. Ele viu um recipiente de metal, abriu a tampa e encontrou vários pedaços de dinheiro amarrados. Ele encontrou mais 7 caixas cheias de dinheiro, além de 2 grandes sacos de lixo preto cheios de dinheiro. No total, havia cerca de 45 mil dólares dentro do sótão. Josh decidiu devolver o dinheiro aos proprietários anteriores, que ficaram realmente chocados. Eles recentemente tinham herdado a casa e disseram que deve ter sido o pai deles que havia escondido o dinheiro.
Fonte: Bright Side/Tudointeressante

Depois de dois meses em queda, dólar fecha novembro em alta de 3,58%

Depois de dois meses em queda, dólar fecha novembro em alta de 3,58%

Agência Brasil - 30/11/2018 - 18:56
Dinheiro
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), renovou o patamar de recorde histórico ultrapassando hoje a casa dos 90 mil pontos. O pregão desta sexta-feira (30) registrou máxima de 90.245 pontos, com fechamento no fim do dia com 89.504 pontos, queda de 0,23%.
As ações da Petrobras e da Vale fecharam em alta, com 1,15% e 1,54%, respectivamente.
O dólar norte-americano fechou o mês de novembro com valorização de 3,58%, após registrar queda nos últimos dois meses. Nesta sexta, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,858 para venda, com alta de 0,04%
O Banco Central realizou, durante a semana, leilões extraordinários de venda futura da moeda, com compromisso de recompra (os chamados leilões de linha). A ação procurou segurar o aumento da cotação, que, no início desta semana, ultrapassou R$ 3,90. Mesmo com os leilões de linha, a moeda acumulou alta de 0,88% na semana.
Fonte: MONEY TIMES