segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Recente descoberta de reservas de lítio no Brasil causa alvoroço


Recente descoberta de reservas de lítio no Brasil causa alvoroço

A demanda internacional favorável e uma recente descoberta de reservas de lítio no Brasil causaram uma corrida pelo metal, usado em baterias elétricas, informa a Folha de São Paulo. Dois projetos em andamento elevarão o Brasil ao status de um dos maiores países produtores de lítio do mundo na próxima década, de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração, ANM. A ANM informa que 117 pedidos de pesquisa de lítio foram arquivados até dezembro. Isso é mais de três vezes a quantidade do ano passado e quase dez vezes o número de pedidos em 2016.
O interesse em trazer muitas expectativas para o Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, uma das partes mais pobres do Brasil, mas com um alto potencial, dadas as suas reservas de lítio. O lítio, às vezes chamado de “óleo do futuro” por seu potencial em carros movidos a eletricidade como um substituto dos motores de combustão, é um bem-vindo produto nos mercados internacionais. Os preços do lítio dispararam recentemente devido a uma corrida para encontrar novas reservas, que, por sua vez, foram causadas pelos planos dos países desenvolvidos de reduzir as emissões de carbono. Montadoras como a Volkswagen já anunciaram metas para acabar com a produção de carros movidos a combustíveis fósseis, e vários países europeus estabeleceram prazos para motores de combustão.
Atualmente, a produção brasileira de lítio é em pequena escala, concentrada em Araçuaí, Minas Gerais, voltada para o mercado interno de lubrificantes e cerâmicas. Mas os novos investimentos em levantamento de novas reservas já estão fazendo mudanças no setor. “A participação do Brasil no mercado de lítio foi tímida. Mas agora, com a demanda por motores elétricos, a indústria está despertando ”, diz Ivan Jorge Garcia, especialista em recursos minerais da ANM.


Fonte: O Petróleo


Paládio foi uma das commodities de melhor desempenho no ano


Paládio foi uma das commodities de melhor desempenho no ano



O ouro foi durante muito tempo o mais valioso dos metais preciosos, até que, de repente, deixou de ser. No mês passado, pela primeira vez em 16 anos, foi superado por um rival obscuro e muito menos sensual chamado paládio. Ele registrou uma alta recorde no dia 12 de dezembro, antes de se fixar em 1.255,12 dólares a onça no fechamento do mercado em Londres, no dia 13 de dezembro, segundo dados da SP Angel, uma companhia de pesquisa de investimentos. O ouro chegou a 1.243,02 dólares a onça. O ouro recuperou a primeira posição, mas, em dezembro, os preços à vista do paládio bateram os do ouro durante vários dias. (No final do mês, o ouro foi o mais cotado.).
Foi uma vitória impressionante ajudada pelas oscilações da economia, pela legislação de combate à poluição, as campanhas dos sindicatos dos trabalhadores nas minas e as negociações comerciais internacionais. Até pouco tempo atrás, o paládio era talvez mais conhecido por mover o mecanismo fictício do reator que se engancha ao coração do Homem de Ferro.
Sua função principal é menos glamorosa. Mais de 80% do paládio do mundo é utilizado nos conversores catalíticos que ajudam os veículos a controlar sua produção de poluentes. O paládio foi uma das commodities de melhor desempenho em 2018. Nos últimos quatro meses, aproximadamente, seu preço subiu mais de 50%. Alguns comerciantes venderam todo o estoque do metal.
Primo da platina e tradicionalmente muito mais barato, o paládio faz parte de uma família de metais  conhecida como “metais nobres”, porque resistem à corrosão e à oxidação. Prateado e durável, o metal é usado em instrumentos cirúrgicos, ligas de uso odontológico, em celulares, e em outros produtos eletrônicos. Os joalheiros às vezes o utilizam porque é hipoalergênico e fácil de se trabalhar.
O paládio é também menos caro do que outros metais preciosos como ouro e platina. Crescentes esforços para regulamentar as emissões dos escapamentos dos veículos nos anos 1970, prepararam o caminho para o aumento da sua popularidade. O metal, assim como a platina e o ródio, ajuda a controlar as emissões tóxicas reagindo com o monóxido de carbono, os hidrocarbonetos e o óxido de nitrogênio, tornando-os menos prejudiciais. Durante décadas, o paládio foi um importante componente dos veículos, mas em grande parte pouco conhecido.
A mudança dos veículos para o diesel, cujos conversores catalíticos dependem mais da platina,  intensificou a demanda do paládio, principalmente na Europa. As vendas de automóveis movidos a gasolina subiram ao longo das décadas até este ano. Regulamentações mais rigorosas a respeito das emissões levou os fabricantes do setor automotivo a usar mais paládio. A demanda pelo metal para a fabricação dos catalisadores deveria chegar à alta recorde de 8,5 milhões de onças no ano passado, segundo a empresa de consultoria Metals Focus.
Mas as vendas de automóveis começaram a baixar. E na China, a demanda de paládio poderá ser amenizada pelas preocupações com a economia, pelas tarifas impostas pelo governo Trump e as restrições aos empréstimos aos consumidores. “Tudo isto pesa sobre a demanda de novos carros”, disse Rohit Savant, o diretor do grupo CPM que pesquisa o setor de commodities.
O paládio é extremamente raro; ele é um subproduto da mineração da platina na África do Sul e do níquel extraído na Rússia. O seu preço subiu repentinamente no início dos anos 2000 em reação às interrupções do fornecimento da Rússia e ao aumento do interesse pelos conversores catalíticos. A demanda de paládio aumentou persistentemente durante oito anos, e esperava-se que superasse a oferta em cerca de 1,2 milhão de onças em 2018. A Metals Focus prevê “novos déficits consideráveis”.
A maior parte do paládio é enviada diretamente da mina para a cadeia de suprimentos automotivos. Uma crescente porcentagem do metal vem da reciclagem; ele é recuperado de antigos conversores catalíticos e de produtos eletrônicos, e em seguida fundido e refinado para ser reutilizado. Embora os preços da maioria dos outros metais tenham experimentado altos e baixos no ano passado, o paládio registrou altas sucessivas. Os especialistas preveem que a sua cotação permanecerá elevada pelo menos por alguns meses.
Mas os próximos investimentos das mineradoras e as mudanças da tecnologia visando a despoluição do ar poderão causar uma queda dos preços. Na Rússia, a mineradora gigante Norilsk Nickel, a maior produtora de paládio do mundo, indicou no mês passado que gastará mais de 12 bilhões de dólares para elevar a produção nos próximos cinco anos.
A pressão para a produção de veículos menos poluidores poderá resultar na fabricação de automóveis elétricos, que não exigem conversores catalíticos. Fabricantes de produtos eletrônicos e de automóveis, como a Toyota, estão desenvolvendo tecnologias que usam menos metais preciosos. “A última coisa que qualquer uma destas companhias  quer é uma grande oscilação dos preços”, afirmou Savant.


Fonte: Estadão 

Desaceleração global deve impactar exportações de commodities do Brasil


Desaceleração global deve impactar exportações de commodities do Brasil



A desaceleração da economia global e a perspectiva de redução das tensões comerciais entre China e EUA devem fazer com que duas das principais commodities exportadas pelo Brasil – complexo soja e minério de ferro – tenham embarques menores em 2019, impactando a balança comercial brasileira.
“A diminuição do ritmo da economia global, de forma geral, causa uma menor demanda por commodities. Também é preciso saber como ficará o acordo comercial entre China e EUA, que pode afetar as exportações de soja do Brasil”, avalia o sócio e economista-chefe da Modalmais, Alvaro Bandeira.
A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) prevê redução de 38,6% no saldo da balança comercial brasileira – cujos principais destaques são a soja, o minério de ferro e o petróleo – , totalizando um superávit estimado de US$ 33,757 bilhões em 2019.
Neste ano, a alta de juros do Banco Central dos EUA (Federal Reserve, o Fed) fez com que investimentos fossem retirados de mercados emergentes, migrando para instrumentos mais seguros, como títulos do tesouro norte-americano. Bandeira aponta que o ciclo de altas deve prosseguir em 2019, mas de forma mais moderada do que o previsto anteriormente. “Chegou-se a falar em quatro altas ao longo de 2019, mas agora provavelmente serão duas e mais uma em 2020.” Isso reduziria o risco de fuga de capital, mas as commodities ainda têm que lidar com outras ameaças.
O consultor da Scot Consultoria, Rafael Ribeiro de Lima Filho, acredita que o volume de exportações de soja deve ser menor do que em 2018 devido a uma possível retomada de negociações entre EUA e China. A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) estima que, neste ano, o País deve exportar recorde de 82,7 milhões de toneladas de soja. “A previsão para 2019 é de 73,9 milhões de toneladas. Ainda é um volume grande, acima de 2017, mas inferior ao desse ano”, assinala.
Além do volume de exportações, Ribeiro explica que o complexo soja deverá sofrer com a queda dos preços. “Brasil e Argentina terão produção maior em relação a 2018, com tendência de menor demanda. Dessa forma, a cotação global será mais baixa.”
A China também deverá ser um fator de impacto como principal importadora do minério de ferro brasileiro. “A economia do país asiático continua desacelerando gradualmente e isso reduz a demanda por aço e, consequentemente, por minério de ferro”, diz o analista da Tendências Consultoria, Felipe Beraldi. A expectativa é que a maturação de investimentos nos dois principais exportadores da matéria-prima, Brasil e Austrália, aumente a oferta e cause queda de preços. “Espera-se a retomada de operações da Anglo American e a produção adicional da Vale. As cotações devem ter queda gradual no 1º semestre, chegando a US$ 63 a tonelada, recuo de 5,3% em relação a 2018,” aponta Beraldi, ressaltando que, ainda assim, o patamar é superior aos níveis médios entre 2015 e 2016.


Fonte: DCI

domingo, 30 de dezembro de 2018

GRANDE DRUZA DE AMETISTA- LAGEADO- RS

   

   GRANDE DRUZA DE AMETISTA- LAGEADO- RS

As quatro ações que dobraram de preço em 2018 e as quatro que caíram pela metade

As quatro ações que dobraram de preço em 2018 e as quatro que caíram pela metade

Investing.com Brasil - 30/12/2018 - 
Por Investing.com – Quem olha o Índice Bovespa em alta de 15,03% acha que 2018 foi um ano bom para todos que investiram em ações. Não é bem assim. O índice é formado pelas ações mais negociadas e com maior valor de mercado, mas é uma média ponderada dos preços de todos os 66 papéis. Tanto que, das 66 ações que compõem o principal indicador do mercado brasileiro, 45 terminaram o ano em alta, enquanto 20 caíram e uma ficou estável, conforme levantamento feito usando a Economatica.
E, entre essas ações, há algumas que mais que dobraram de preços, com ganhos de mais de 120%, enquanto outras perderam mais da metade de seu valor. Portando, dependendo das ações que cada investidor ou cada fundo têm em carteira, seu ganho será muito bom ou péssimo. A exceção é quem comprou fundos que seguem o índice, e que têm cotas negociadas em bolsa, os ETF, e que tiveram rendimento igual ou bem próximo do índice.

Capital mais que dobrou com Magazine Luíza e Cemig

A maior alta do índice no ano foi da ação ordinária (ON, com voto) de Magazine Luíza, com 126,36%. A empresa, que já era uma das preferidas dos investidores no varejo, trouxe resultados ainda mais significativas e atraiu mais compradores. Cemig PN (papel preferencial, sem voto) subiu 116,76%, com a perspectiva de melhora de gestão com o novo governo liberal de Minas Gerais eleito em outubro.
B2W Digital subiu 104,98%, com a perspectiva de melhora das vendas no ano que vem pela retomada da economia, especialmente nos canais digitais. Suzano Papel ON fechou 2018 com alta de 104,73%, em meio à fusão com a Fibria e aos ganhos no mercado de celulose.
Sem dobrar de preços, alguns papéis do índice também encheram o bolso dos investidores. Gol PN subiu 71,92%, com a queda dos preços dos combustíveis, expectativa de melhora para o setor e a liberação da participação estrangeira nas companhias aéreas. Fibria ON foi outra, com 52,64%.

Cielo perdeu metade do valor no ano

No ano, o destaque de baixa do Índice Bovespa foi a ação ON da Cielo, que caiu 58,15%, em meio à entrada de novos concorrentes do setor de maquininhas de cartão, especialmente a Pagseguro e a Stone, que abriram capital nos EUA.
Outra queda forte foi de Qualicorp ON, com 56,90% de baixa, após a empresa fechar um acordo estranho com seu sócio fundador prometendo uma indenização milionária para ele não deixar a companhia e criar uma concorrente. Kroton ON perdeu 50,09%, com as mudanças nas políticas de financiamento estudantil do governo e maior concorrência no setor. E Via Varejo ON caiu 44,56% com o complicado processo de venda que seu controlador, o Grupo Pão de Açúcar e o francês Casino tentam implementar desde meados deste ano.
BRF ON, dona das marcas Sadia e Perdigão, ainda em sua maré de azar e problemas na Justiça com operações da Polícia Federal e delações premiadas da concorrente JBS, além de riscos de perder os mercados árabes se o presidente Jair Bolsonaro levar adiante a proposta de mudar a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, perdeu 40,08% de seu valor de mercado no ano. Smiles ON, que está em processo de ser incorporada pela controladora Gol, caiu 39,31%.

Fonte: MONEY  TIMES