sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Tombo histórico da Vale não impede Ibovespa de renovar máximas na semana

Tombo histórico da Vale não impede Ibovespa de renovar máximas na semana

Investing.com Brasil - 01/02/2019 - 19:54
Por Investing.com – O Ibovespa encerrou mais uma semana em alta, acumulando ganhos de 0,19% a 97.861,27. A perspectiva bullish, que levou janeiro ter alta acumulada de 10,8%, continua atrelada ao otimismo dos investidores com a Reforma da Previdência, reforçada nesta semana pela declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre a inclusão dos militares nas novas regras de aposentadoria. O exterior também contribuiu com um Fed “dovish” após reunião de política monetária na quarta-feira, o que fez o dólar encerrar a semana em queda de 2,97% a R$ 3,6588.
A tragédia com o rompimento da barragem de rejeitos de mineração em Brumadinho (MG), sob responsabilidade da Vale (VALE3), derrubou os papéis da mineradora, mas não ofuscou o salto do Ibovespa. A Vale perdeu, somente na sessão de segunda-feira, 24%. No acumulado da semana, a queda da mineradora foi de 17,81%, embora aponte recuperação, com uma forte valorização de 9,03% somente na sessão de quarta. Corretoras e bancos, por isso, mantêm recomendação de compra, mesmo com incertezas de geração de caixa e futuro aumento das despesas.
A mineradora teve, até o momento, R$ 10 bilhões bloqueados pela Justiça, com a iminência de multas e indenizações bilionárias ser aplicadas por ser reincidente nesse tipo de incidente. As agências de avaliação de risco estão revisando, além disso, sua nota de crédito – com perspectiva negativa -, enquanto a Fitch já impôs o rebaixamento.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo de investigação sobre a efetividade da comunicação da empresa com o desenrolar da tragédia. Nos EUA, um escritório de advocacia vai reunir detentores de ações e ADRs da companhia para processá-la, alegando que a empresa mentiu sobre a segurança da barragem.
A companhia também adotou medidas. Cancelou a distribuição de dividendos e o pagamento de bônus aos executivos após o desastre. Também vai acabar com as barragens a montante – estrutura que armazena os rejeitos da mineração -, que é a mesma implementada em Brumadinho e considerada menos segura.
A medida vai reduzir a sua produção em 10% ao ano e vai ter um custo de R$ 5 bilhões. Será reduzida, ao todo, a produção de 40 milhões de ferro e 10 toneladas de pelota por ano.
As ações da Cielo (CIEL3), em contrapartida, ensaiam uma recuperação após despencar quase 60% em 2018, com ganhos acumulados de 34,98% em 2019. A adquirente divulgou balanço com lucro menor e perspectiva de menores ganhos neste ano. Mesmo assim, os investidores estão otimistas com a estratégia de recuperação de participação de mercado com sacrifício do lucro em 2019. bilhões e R$ 2,6 bilhões, com perspectiva de retomada dos ganhos a partir de 2020.

A semana encerra com as eleições da Mesa Diretora das duas Casas do Congresso. A votação ocorria durante a redação desta matéria, com o deputado federal Rodrigo Maia e o senador Renan Calheiros favoritos para a Presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, respectivamente. Não são nomes favoritos do governo, mas que já deu sinalizações de aliança com ambos. O PSL, partido de Bolsonaro, apoiou Maia. A boa relação do governo com os vencedores será termômetro sobre a probabilidade e qual reforma da Previdência pode ser aprovada.
Por fim, indicadores econômicos foram divulgados. As contas públicas tiveram um déficit público de R$ 120 bilhões, resultado positivo, pois longe da meta de déficit de R$ 159 bilhões. Já a taxa de desemprego do trimestre encerrado em dezembro foi de 11,6%.

Fonte: MONEY  TIMES

Terra troca Cosan, Suzano e Americanas por Braskem, Qualicorp e Via Varejo em carteira mensal

Terra troca Cosan, Suzano e Americanas por Braskem, Qualicorp e Via Varejo em carteira mensal

Diana Cheng - 01/02/2019 - 19:44
A Terra Investimentos divulgou nesta sexta-feira (1) a saída dos papéis das empresas Cosan (CSAN3), Suzano (SUZB3) e Lojas Americanas (LAME4) em sua carteira recomendada para o mês de fevereiro. As ações foram substituídas pelas da Braskem (BRKM5), Qualicorp (QUAL3) e Via Varejo (VVAR11).
De acordo com Régis Chinchila, analista do relatório enviado aos clientes, a corretora optou por colocar a Braskem pela liderança isolada no mercado nacional e posição relevante no contexto global. Há também uma expectativa sobre a retomada das negociações entre a Odebrecht e a holandesa LyondellBasell para a venda da sua participação na Braskem.
Sobre a Via Varejo, a Terra ressalta a diversificação do portfólio da empresa, assim como seus últimos ganhos. “Somos otimistas com a empresa, o setor e a retomada da economia, principalmente em 2019 e com a queda do desemprego. Esperamos que as vendas aumentem e que a empresa capture também aumento de margens por conta dos investimentos realizados em vendas digitais”, diz o analista.
Por último, a corretora classifica a Qualicorp como um “modelo de negócio inovador que proporciona vantagens para beneficiários, operadoras de planos de saúde e entidades de classe”.
No mês passado, a carteira registrou um retorno de 14,73% frente à valorização de 10,82% do Ibovespa.

Fonte: MONEY  TIMES

XP aposta em Magalu, Banrisul, Klabin e Via Varejo em carteira gráfica de fevereiro

XP aposta em Magalu, Banrisul, Klabin e Via Varejo em carteira gráfica de fevereiro

Diana Cheng - 01/02/2019 - 19:05
A XP Investimentos divulgou nesta sexta-feira (1) sua carteira recomendada mensal gráfica, substituindo os papéis da B2W (BTOW3), B3 (B3SA3), Suzano (SUZB3) e Lojas Marisa (AMAR3) pelas ações da Magazine Luiza (MGLU3), Banrisul (BRSR6), Klabin (KLBN11) e Via Varejo (VVAR3).
Em janeiro, a carteira apresentou uma valorização de 11,88% contra os 10,82% do Ibovespa. No acumulado desde fevereiro de 2018, a rentabilidade é de 34,92%, bem superior aos 14,69% do acumulado do Ibovespa.
Veja as recomendações dos ativos para este mês:

Fonte: MONEY  TIMES

Com Bolsonaro, ações brasileiras são um dos destinos favoritos de Wall Street, diz CNBC

Com Bolsonaro, ações brasileiras são um dos destinos favoritos de Wall Street, diz CNBC



Valter Outeiro da Silveira - 01/02/2019 - 16:35
(Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A agenda pró-mercado de Bolsonaro enfrenta seu primeiro teste de confiança, a medida que o Congresso retorna.
O título da matéria de capa da CNBC desta sexta-feira (1) exacerba o maior protagonismo do Brasil no cenário internacional, pelo crescente otimismo do mercado com grandes mudanças na maior economia da América Latina.
“As ações brasileiras rapidamente se tornaram um dos destinos favoritos de investimento de Wall Street”, dispara a CNBC. “Dado que ele passe pautas impopulares como a reforma da Previdência durante seu período de lua-de-mel, as outras medidas pró-mercado não necessitarão de muito apoio adicional”, afirma Robert Wood, analista da Economist Intelligence Unit.
“Bolsonaro está atingindo todas as notas que o mercado está esperando há anos”, diz Chen Zhao, estrategista-chefe global da Alpine Macro. “É por isso que eu penso que a reação do mercado foi tão positiva. Se ele realmente entregar o que prometeu, acredito que possa ter uma grande história do lado da oferta dos mercados emergentes”, conclui.
Nova política
Para Wood, Bolsonaro tentará uma maioria no Congresso via fechamento com blocos de interesse, como o do agronegócio e o evangélico, ao invés de coalizão formal com partidos, como feito no passado.
“Este sistema se tornou sinônimo de corrupção que ele lutou contra”, termina Wood.


Fonte: MONEY  TIMES

A Mineração Depois de Brumadinho

A Mineração Depois de Brumadinho



por Pedro Jacobi


Nestas últimas duas décadas eu e um ousado grupo de executivos brasileiros saímos em busca de investidores para a mineração e a pesquisa mineral brasileira.
Com os mapas nas pastas, o notebook cheio de apresentações e as ideias na cabeça nós invadimos, literalmente, todos os escritórios de brokers, bankers e investidores possíveis na China, Austrália, Europa e América do Norte.
Na época competíamos com os Canadenses, Australianos e Sul Americanos por um volume de capital fixo. Tínhamos que matar leões a cada hora e apagar fogueiras o tempo todo.
Como fazer um investidor colocar milhões no interior de um país com a reputação que o Brasil tinha?

Nós vendíamos não só os nossos projetos, intelecto e pessoal, mas, principalmente o Brasil.

Esse foi o verdadeiro Brazilian Storm.

E, apesar de tudo, nós conseguimos.

Fundamos empresas no exterior, lançamos nossas ações nas bolsas e capitalizamos as nossas empresas. Juntos trouxemos centenas de milhões de dólares em investimentos ao nosso país.

Nunca o Brasil viu tanto investimento em pesquisa mineral em toda a sua história.

Era dinheiro no chão — dólares que geraram um rosário de descobertas minerais com valor presente (NPV) de dezenas de bilhões de dólares. Adicionamos riquezas onde nada existia, geramos milhares de empregos e estávamos mudando a história da mineração e da pesquisa mineral para melhor.

Então o mundo ruiu. Veio a Dilma, o Lobão a ganância e a corrupção.

Em poucos anos o descaso e a incompetência governamental afastou os investidores. Fomos arrasados pelo desemprego e o setor mergulhou em uma crise nunca vista.

Agora, quando estamos mais uma vez, tentando emergir deste longo inverno com a promessa do retorno dos investimentos e de importantes mudanças favoráveis ao setor mineral, o nosso mundo, mais uma vez, entra em colapso.

E você sabe quem é a responsável por mais essa gigantesca catástrofe?

A maior mineradora do Brasil e uma das maiores do mundo — A Vale.
a lama da Vale mata
 

A incompetência da Vale, ao não investir na qualidade, na prevenção e no seu pessoal, é a responsável pela maior catástrofe da mineração de nossa história.

Uma incompetência que matou centenas e está enterrando, junto com a própria empresa, todo o nosso setor.

É o fogo amigo — vindo exatamente de onde não poderia vir.

Em poucas horas a Vale destruiu um trabalho de décadas.

Se a reincidente Vale tivesse investido em uma equipe multidisciplinar de qualidade com geólogos, geofísicos e engenheiros cuja função seria a de uma contínua auditagem em TODAS as suas barragens isso não teria acontecido. Por mais que a mineradora tente negar e colocar a culpa em empresas contratadas é dela a responsabilidade final e é ela que aprova os laudos feitos internamente e por terceiros.

Faltou qualidade. E agora a sociedade vai pagar pelo erro de poucos.

O desastre causado pela incompetência da Vale vai causar, também, o desabastecimento, que será inevitável com a paralisação de minas e da pesquisa mineral.
Mais uma vez os investidores serão afugentados do Brasil e a mineração como um todo será antagonizada e odiada — agora pelo povo brasileiro.
Em consequência disso deixaremos de descobrir novas jazidas e as minas, que irão se exaurir no futuro próximo, não terão substitutas.
O desemprego vai aumentar afetando não só a mineração, mas os serviços e o comércio.
Em breve teremos que importar commodities e minerais que poderíamos estar produzindo. Os preços irão subir alavancando a inflação e, no final desta corrente negativa, o povo (sempre ele) vai pagar a conta.

Por tudo isso agradecemos à Vale e ao seu fogo amigo.






Fonte: Portal do Geologo