quinta-feira, 7 de março de 2019

Rubis no Norte de Santa Catarina. As pedras preciosas são exploradas no município de Barra Velha

Rubis no Norte de Santa Catarina. As pedras preciosas são exploradas no município de Barra Velha





FLORIANÓPOLIS - A Polícia Federal investiga uma possível rota de contrabando de rubis no Norte de Santa Catarina. As pedras preciosas são exploradas no município de Barra Velha, a 133 km de Florianópolis, mas a ocorrência da fortuna no subsolo se estende por uma região de 800 quilômetros quadrados.

A história dos rubis na região do município de Barra Velha começou há 20 anos, quando o professor joinvilense Euclides Secco resolveu ir em busca de ouro. Mas o que realmente chamou a atenção dele foi um pedregulho avermelhado que brotou da terra. A partir daí, Secco foi à luta para conseguir as autorizações necessárias para a exploração das pedras na localidade de Escalvado, em Barra Velha.

Secco conseguiu a autorização, fornecida pelo Departamento Nacional de Produtos Minerais (DNPM), e nestas duas décadas já retirou uma tonelada de rubi bruto. O professor é o único autorizado a extrair rubi bruto da região.

Esse amontoado da pedra não é o pote de ouro que o professor queria encontrar nos idos dos anos 1980: é muito mais. O material, que está muito bem guardado em uma empresa de valores em algum estado brasileiro, é avaliado, hoje, em R$ 23 milhões.

Secco tem o rubi, mas ainda não viu a cor do dinheiro. Existe uma dificuldade em vender o material. Ele chegou a pedir ajuda a um geólogo gaúcho ligado ao Sindicato dos Mineradores.
Géologo é investigado

O geólogo Cláudio Altair Kuhs mudou-se com a família para Barra Velha há quatro anos. Ele também retirou material do local, alegando que era para estudos. No entanto, Kuhs está no meio da investigação da Polícia Federal de uma possível rota de contrabando de pedras preciosas. Kuhs nega o envolvimento.

A PF segue uma linha de investigação onde, além de Kuhs, estariam envolvidos no esquema um israelense naturalizado americano, uma uruguaia e um empresário gaúcho. Nas mãos do delegado da PF em Joinville, Eduardo Brindizi Simões Silveira, está uma agenda com anotações, uma grande quantidade de rubis e variados tipos de pedras, além de um contrato feito com o empresário israelense, no valor de 350 mil dólares.

Este material foi apreendido na casa de Cláudio Altair Kuhs, em 17 de fevereiro. Em 2007, a polícia já havia apreendido 55 quilos da pedra na casa de Kuhs, e um folder em inglês que oferecia rubis em uma feira em Tucson, no estado do Arizona (EUA). No papel, com o título Brazilian Rubies, há o desenho do mapa do Brasil e o nome de Kuhs.

Existe a suspeita de um possível contrabando que começaria em Barra Velha e se estenderia até a Índia e os Estados Unidos.

A PF tem 120 dias para concluir o inquérito. Em 2006, a Polícia Civil também começou uma investigação sobre essa possível fraude. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da polícia gaúcha apreendeu cem quilos de pedras em Porto Alegre.
A corrida pela fortuna

Estudiosos estimam que tem tanto rubi nas terras catarinenses que seria necessário mais de 150 anos de exploração para por fim ao minério. Basta cavar 30 centímetros para já encontrar as pedras. A região "vermelha", com uma área de 800 quilômetros quadrados, abrange cidades como Luís Alves, Barra Velha, Piçarras, São João do Itaperiú e Massaranduba.

Nos últimos quatro anos, a busca por rubis aumentou bastante. Segundo o Departamento Nacional de Produtos Minerais (DNPM), há centenas de permissões para pesquisa em pequenas propriedades rurais. Os registros estão no nome de pessoas do Rio Grande do Sul, joinvilenses anônimos e de quem espera enriquecer com o vermelho do rubi. Moradores da região Norte dizem que é comum carros de Curitiba passarem pelo local.

Nesses pedidos têm alguns que são para pesquisa, mas aí pode estar escondido outros interesses, como a retirada de minérios. Vale lembrar que isso é crime contra a União, e quem for pego pode ter uma pena que varia de seis meses a um ano.

Outra ponto é que o que for achado em qualquer terreno, inclusive nos particulares, uma parte - a maior dela - é da União. O dono do terreno também tem direito, assim como o explorador que encontrou o material, desde que tenha a devida autorização da DNPM.
Nova Serra Pelada

O prefeito de Barra Velha, Samir Mattar, está muito interessado nos rubis. Ele quer atrair riquezas para a região e acredita que o local pode se transformar na nova Serra Pelada - o garimpo de ouro no Pará ques fascinou aventureiros da década de 1980. Essa riqueza pode trazer muito problemas, e a fiscalização terá de ser rigorosa.

Mattar tenta convencer o governo estadual a intermediar um negócio com empresários do Oriente Médio, potenciais compradores das pedras. Em maio, quando ocorre o encontro anual do Conselho Mundial de Turismo e Viagens, em Florianópolis, seria a grande chance, uma vez que uma Comitiva da Câmara de Comércio e Indústria de Dubai visita a cidade.

Empresários gaúchos também teriam procurado o prefeito para tentar negociar. 



Fonte: CPRM

Top 10 pedras preciosas mais caras do mundo

Top 10 pedras preciosas mais caras do mundo






Algo que podemos verificar com bastante facilidade, é o fato de que há uma grande quantidade de pessoas que acabam por ter interesse em obter jóias, no entanto, acabam por não entender os seus valores que são bastante elevados, e é justamente por isto que iremos citar os valores e o nome das pedras preciosas mais caras do mundo para que assim você consiga entender os valores das jóias.
Grandes magnatas e sheiks pagam uma fortuna para ter pedras raras e, claro, ter a exclusividade de ter uma jóia com uma pedra de poucas quantidades descobertas no planeta. Os valores são inestimáveis para um mineral de proporções tão pequena. Confira:
10°

Jeremejevite

Jeremejevite pedra preciosa
A pedra preciosa que ficou em décimo lugar como a mais cara do mundo é a Jeremejevite sendo que a sua pronuncia correta seria Ye-Rem-ay-Ev ite e esta seria conhecida como uma pedra céu azul ou até mesmo incolor, sendo que possui uma alta qualidade e teria vindo da Namíbia. O seu preço médio é de 2000 dólares por quilate.

Opala Preto

opala preto
A nona pedra é a Opala Preto, sendo que esta teria vindo da Austrália, e é considero como o país clássico desta pedra, sendo o maior fornecedor, no entanto o seu preço médio é de aproximadamente U$ 2.355,00 dólares o quilate da pedra.

Esmeralda Beryl Red

Beryl Red Emerald
A oitava pedra mais cara do mundo seria a Esmeralda Beryl Red , sendo que se trata de um berilo vermelho, é encontrado principalmente na Faixa de Thomas nas montanhas de Utah, e o seu preço médio seria de aproximadamente U$10 mil por quilate. O valor é estimado por se tratar de uma pedra extraída de rochas vulcânicas sob baixa pressão e alta temperatura.

Musgravite

Pedra Musgravite
Já a sétima pedra seria a Musgravite, uma das pedras mais raras do mundo, pois se trata de um mineral de silicato sendo que a sua composição seria de berilo, magnésio e também alumínio, e o seu preço médio seria de aproximadamente 35 mil dólares por quilate.

Grandidierite

Pedra Grandidierite
A sexta pedra seria a Grandidierite, um mineral verde azulado que é encontrado principalmente em Madagascar, inicialmente seria confundida com um serendibite. A pedra possui um preço aproximado de U$50 mil por quilate da pedra.

Painite

Pedra Painite
A quinta pedra seria a Painite. Ela sempre foi considerada como o mineral mais raro da terra, mesmo com os avanços nas pesquisas de hoje, apenas três pequenos cristais foram encontrados até agora, porém, claro, sempre há a esperança de explorar e encontrar uma quantidade maior. A principal motivação é o preço médio é de aproximadamente U$50.000,00 a U$60.000,00 o quilate da pedra.

Garnet Azul

Garnet blue
O quarto lugar ficou reservado para a Garnet Azul, pedra valiosíssima que pode ser encontrada em diversas cores, no entanto, a mais rara de todas seria a azul, que foi descoberta em Madagascar, o seu preço médio de venda é de U$1.5 milhão o quilate. A pedra ficou conhecida após a venda de uma jóia de 4,2 quilates por U$6,8 milhões de dólares.

Serendibite

Pedra Serendibite
O terceiro lugar é da Serendibite, uma pedra na cor turquesa originaria do Sri Lanka, e a sua composição seria de cálcio, magnésio, alumínio, sílico e boro. Foram encontrados apenas 3 cortes da raridade até os dias atuais, e claro, o valor do quilate não poderia deixar de acompanhar a quase-exclusividade de se ter uma pedra preciosa dessa. O preço por quilate é de aproximadamente 1,8 milhões de dólares.

Red Diamonds

Red daimond diamante vermelho
O segundo lugar ficou reservado para o diamante vermelho ou Red Diamonds. Por se tratar de uma preciosidade de valor inestimável, já foi produto de roubo em diversos filmes de ficção na telinha. Poucas pessoas tiveram a oportunidade de apreciar a sua beleza, o seu brilho e a cor viva do vermelho arroxeado. É considerado como o diamante mais caro do mundo, e sua extração é de origem australiana. O seu preço médio é de 2,5 milhões de dólares por quilate.

Jadeite

pedra Jadeite
E para finalizar, a pedra mais cara do mundo é a Jadeite. O titulo é em razão do histórico leilão que a vendeu em um jóia de apenas 0,5 milímetros por 9.3 milhões de dólares em Hong Kong. Ela é considerada com uma pedra misteriosa, mistica por alguns, e sua origem seria da Guatemala, mas possui diversos exemplares que vieram da Califórnia, e a suas cores seriam branco ou então acinzentado. Sendo assim, podemos verificar que o quilate da pedra pode custar aproximadamente 3 milhões de dólares.



Fonte: Seleções

Ouro na área do garimpo do Manelão (PA)

Ouro na área do garimpo do Manelão (PA)





Oscilações climáticas Plio-Pleistocênicas e sua influência na prospecção de ouro na área do garimpo do Manelão (PA)


Resumo
No garimpo do Manelão, o ouro está associado a veios de quartzo encaixados na seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel. No período Plio-Pleistoceno, sob um clima úmido, desenvolveu-se sobre a seqüência São Manoel uma cobertura laterítica autóctone e imatura. Essa cobertura residual contém partículas de ouro com elevada pureza, sugerindo processos de lixiviação da liga Au-Ag ou de remobilização e redeposição do Au em ambiente laterítico. Durante o Pleistoceno, o clima tornou-se árido a semi-árido, favorecendo a erosão parcial da cobertura laterítica, através dos processos coluviais associados a enxurradas periódicas. Esse depósito coluvial recobre o perfíl laterítico, destruindo um possível padrão de dispersão geoquímica do ouro supergênico e prejudicando a prospecção geoquímica de superfície. No final do Pleistoceno e início do Holoceno, o clima úmido retorna, juntamente com os processos de intemperismo, formando stone line e latossolos. As coberturas laterítica e coluvial serviram de área-fonte para os aluviões atuais a subatuais do igarapé São Manoel, onde o ouro ocorre livre nos estratos sedimentares mais basais, formando concentrações da ordem de 10 g/ton.
Palavras-chave: oscilações climáticas, garimpo do Manelão, ouro laterítico.
Abstract
In the Manelão deposit the gold is associated with quartz veins hosted in the São Manoel metavolcano-sedimentary sequence. At period Plio- Pleistocene, under a humid climate, an autochthonous and immature lateritic cover was developed on the São Manoel sequence. This lateritic cover contains gold particules of high purity suggesting lixiviation or remobilization and redeposition processes of Au-Ag in a lateritic enviroment. During Pleistocene the climate changed to arid or semi-arid favouring the erosion of the lateritic profile through colluvial processes associated with periodical floods. This colluvial deposit cover lateritic profile destroying a possible geochemical disperson of pattern of the supergenic gold and harming the geochemical exploration surface. At the end of Pleistocene and beginning of Holocene the humid climate condition returned and associated with the intemperic processes form stone line and latosols. The lateritic and colluvial cover were the source area for the current alluvial material of the São Manoel river, in which the gold occurs free in the lower sedimentary strata and forms concentrations around 10 g/ton. 
Keywords: climatic oscilations, Manelão gold deposit, lateritic gold. 
Geolog
ia
Introdução
O garimpo de ouro do Manelão está localizado na região centro-leste do Pará, no município de Senador José Porfírio. É uma área de difícil acesso, sob densa cobertura de floresta, clima tropical chuvoso e relevo dominado por colinas e morros com altitudes variando entre 150 e 250 m. Destaca-se, ainda, um conjunto de serras com cristas alongadas, altitude média de 300 m e orientadas na direção WNW-ESE, as quais formam o lineamento estrutural do Bacajá, aqui denominado zona de cisalhamento transcorrente (ZCT) Bacajá (Figura 1).


Figura 1 - Bloco-diagrama esquemático da área do garimpo de ouro do Manelão, ressaltando as coberturas cenozóicas (perfis A e B) nas frentes de lavra garimpeira.

O levantamento geológico básico, a escala de semidetalhe (1:60.000), realizado em uma área de 230 km2 em torno do garimpo de ouro do Manelão, possibilitou individualizar as seguintes unidades arqueano-proterozóicas: a) Complexo Xingu (Silva, et al., 1974), que representa o embasamento polimetamórfico regional e comparece constituído por uma associação de granitóides e gnaisses de composição granodiorítica a tonalítica; b)seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel (Souza, 1995), constituída por anfibolitos, xistos e quartzito; e c) granitóide Felício Turvo (Souza, 1995), correlacionado aos granitóides estratóides da Suíte Plaquê (Araújo et al., 1988). Completam esse quadro geológico as unidades cenozóicas representadas pelas cobertura laterítica, coluvial e aluvial (Figura 1). A mineralização aurífera está associada principalmente a um sistema de veios de quartzo, desenvolvido dentro do domínio da seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel. O ouro também é encontrado sob a forma de partículas nas coberturas cenozóicas (Souza, 1995).
Esse trabalho descreve as relações litoestratigráficas entre as unidades identificadas no âmbito do garimpo do Manelão e suas influências na prospecção de ouro. A metodologia de trabalho envolveu mapeamento geológico de detalhe (1:2.000) nas escavações garimpeiras, poços e trincheiras, acompanhada de coleta de amostras de rocha, solo e concentrado de batéia. As amostras de rochas e as partículas de ouro coletadas foram submetidas à análise petrográfica através de seções delgadas, polidas e de lâminas de imersão para minerais leves e pesados, auxiliadas por difratometria de raio x. As partículas de ouro foram ainda submetidas a análises por microssonda eletrônica, objetivando carcaterizar sua composição.
 
Geologia do garimpo
A seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel é a principal unidade metalogenética da área, pois hospeda ouro associado a veios de quartzo. Entretanto essa unidade encontra-se encoberta pelas unidades cenozóicas, aflorando apenas ao longo das escavações garimpeiras (Figura 1).
Seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel
É constituída pela intercalação de corpos lenticulares, métricos a decamétricos, de anfibolito, biotita xisto e muscovita quartzito. Essas rochas apresentam estágios deformacionais variando desde protomilonitos até ultramilonitos, reflexos da heterogeneidade deformacional à qual foram submetidas. Anfibolito e biotita xisto exibem, ainda, zonas de alteração hidrotermal dos tipos propilítica e sericítica, desenvolvidas nas áreas de contato com os veios de quartzo.
Os anfibolitos são os principais litotipos dessa unidade. Apresentam cor verde-oliva, granulação fina a média e arranjos texturais grano-nematoblástico, nematoblástico e blastofítico inequigranulares. São constituídos pela associação hornblenda, quartzo, plagioclásio (albita-oligoclásio) e biotita cloritizada, tendo como minerais acessórios epidoto-zoizita, titanita, granada, apatita e opacos (pirita, pirrotita, ilmenita e calcopirita).
Os biotita xistos apresentam cor cinza escuro, granulação fina a média e arranjo textural granolepidoblástico inequigranular. São constituídos por quartzo, biotita cloritizada e plagioclásio (albita-oligoclásio), tendo como acessórios epidoto-zoizita, apatita, granada e minerais opacos (pirrotita, pirita, calcopirita e ilmenita).
Os muscovita quartzitos apresentam cor creme esbranquiçado, granulação média a grossa e arranjo textural granolepidoblástico inequigranular. São constituídos por finos níveis de muscovita pisciformes contornando agregados recristalizados e estirados de quartzo.
Unidades do Cenozóico 
Embora o processo de lateritização seja de caráter regional, particularmente na área pesquisada, seu registro está mais bem desenvolvido sobre a seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel. Sobre essa unidade, encontra-se um manto de alteração laterítica do tipo imaturo, com espessura média de 6 metros e compartimentado, da base para o topo, nos horizontes transicional e argiloso mosqueado (Figura 1, perfil A).
O horizonte transicional apresenta espessura média de 2,5 m e preserva, parcialmente, as estruturas tectógenas e texturas de alteração hidrotermal da rocha-mãe. Preserva, ainda, o arranjo geométrico dos veios de quartzo auríferos e fragmentos da rocha-mãe envoltos em aureólas de alteração. É constituído por argilominerais, tipo esmectita e illita, além de quantidades subordinadas de vermiculita, goethita e minerais herdados da rocha-mãe, tais como hornblenda, biotita, clorita e epidoto, os quais encontram-se em desequilíbrio no ambiente intempérico. Esse horizonte evoluiu a partir da rocha-mãe inalterada e representa um estágio precoce de intemperismo laterítico, marcando uma zona intermediária entre a rocha-mãe e o horizonte argiloso mosqueado.
O horizonte argiloso mosqueado possui espessura média de 3,5 m e um contato gradativo e irregular com o horizonte transicional. Apresenta coloração amarelada com manchas e venulações de tonalidades vermelha e violeta, dispostas verticalmente e imprimindo ao conjunto um aspecto mosqueado. A densidade desse mosqueamento varia lateralmente em resposta à diversidade litológica da rocha-mãe. Esse horizonte é constituído por caolinita, quartzo e óxi-hidróxidos de ferro (hematita e goethita) e mostra-se truncado e recoberto por um nível conglomerático de natureza coluvial, marcando um contato brusco e erosivo (Figura 1perfil A).
O nível conglomerático coluvial é irregular, descontínuo, polimítico e mal selecionado. É constituído por seixos e matacões angulosos a subangulosos de quartzo, fragmentos de brechas e da crosta laterítica ferruginosa, dispostos aleatoriamente em matriz argilosa caolinítica e mosqueada. A presença de fragmentos da crosta laterítica ferruginosa, nessa cobertura coluvial, evidencia que a cobertura laterítica subjacente chegou a desenvolver um horizonte litificado, rico em óxi-hidróxidos de ferro, na sua parte mais superior. Os seixos e matacões de quartzo são provenientes do sistema de veios encaixado na seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel e, em parte, preservados no perfil laterítico. As brechas, por sua vez, são provenientes da ZCT Bacajá, local aonde também são encontrados megaveios de quartzo leitoso e faixas de milonitos e ultramilonitos (Figura 1).
Essa nível conglomerático é sobreposto por um latossolo castanho-claro, de consistência areno-argilosa e com espessura média de 0,5 metro. Esse latossolo contém, ainda, um nível pisolítico descontínuo à base de óxi-hidróxidos de ferro (Figura 1, perfil A).
Ao longo do flat do igarapé São Manoel, encontra-se uma faixa de sedimentos aluvionares depositados diretamente sobre a seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel. Esse aluvião é compartimentado, da base para o topo, nos níveis de cascalho, argilo-arenoso e arenoso, denunciando a presença de diferentes ciclos deposicionais nessa unidade (Figura 1, perfil B).
O nível de cascalho basal com espessura média de 0,6 m é composto por seixos e matacões subarredondados a subangulosos de quartzo, fragmentos de rochas da seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel e de crosta laterítica ferruginosa, dispostos em matriz argilo-arenosa de coloração azul-esverdeada. Essa matriz é constituída basicamente por argilominerais (caolinita, illita e esmectita), quartzo, micas (clorita, muscovita, vermiculita), epidoto, zircão, turmalina, fragmentos de rochas e partículas de ouro. Os cristais de epidoto, zircão e turmalina exibem formas prismáticas euédricas a subédricas, com terminações piramidais e pouco fraturados, denunciando seu curto transporte.
O nível de cascalho basal é sobreposto, gradacionalmente, por um nível argilo-arenoso de cor azul-esverdeada, finamente laminado e com espessura média de 3 m. Apresenta a mesma composição mineralógica da matriz do nível de cascalho, além de conter lentes de seixos de quartzo, diminutos fragmentos de rochas da seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel e restos de vegetais.
O nível argilo-arenoso é sobreposto, bruscamente, por um nível arenoso de cor creme-esbranquiçada e espessura média de 0,8 m. Apresenta granulometria média a grossa, estratificação cruzada acanalada de dimensões centimétricas e é constituído por grãos de quartzo e fragmentos de rochas angulosos a subangulosos e mal selecionados.

Distribuição do ouro
No sistema de veios de quartzo, o ouro é encontrado sob a forma livre, formando agregados de partículas de dimensões milimétricas, preenchendo fissuras ou dispersos na ganga quartzosa. Esse ouro apresenta grau de pureza ou fineness(1000Au/Au+Ag) médio na ordem de 860, distribuído em 85,2% Au, 13,4% Ag e 1,4% Pt, Sb, Te, Bi, Se e As (Souza, 1995).
Na cobertura laterítica, o ouro é encontrado no horizonte argiloso mosqueado e em fragmentos da crosta laterítica ferruginosa dispersos no nível conglomerático coluvial. No horizonte argiloso mosqueado, o metal ocorre sob a forma de partículas delgadas e granulares, com tamanho inferior a 1 mm. Já nos fragmentos da crosta laterítica ferruginosa, o ouro pode ocorrer, tanto sob a forma granular, como dendrítica, com tamanho normalmente inferior a 2 mm e exibindo discretas feições de corrosão e sobrecrescimento. Nesse ambiente residual, o ouro apresenta um fineness médio na ordem de 990, distribuído em 97,6% Au, 1,6% Ag e 0,8% Pt, Sb, Te, Bi, Se e As (Souza, 1995).
O elevado grau de pureza do ouro laterítico, comparado com o ouro primário, sugere que o ouro primário ou protominério foi submetido a processos de lixiviação da liga Au-Ag e outros metais ou mesmo de remobilização e reprecipitação do Au em ambiente laterítico.
No nível conglomerático coluvial, o ouro também é encontrado em partículas com elevada pureza, indicando sua natureza laterítica com posterior retrabalhamento pelo processo coluvial. Esse ouro mostra-se distribuído de modo bastante heterogêneo, associado à matriz caolinítica mosqueada e aos fragmentos da crosta laterítica ferruginosa. Contudo foram registradas ocorrências de pepitas com até 3 gramas nesse colúvio, levando garimpeiros e empresas de mineração que ali atuam a tratar essa cobertura coluvial como um depósito economicamente viável.
Na cobertura aluvial, onde estão concentradas a maioria das frentes garimpeiras, o ouro é encontrado livre, sob a forma de pepitas granulares subarredondadas, de tamanho milimétrico, exibindo superfície levemente polida e concentradas principalmente nos extratos sedimentares mais basais. A maioria das partículas desse ouro apresentam elevado grau de pureza, denunciando que esse metal é principalmente produto do retrabalhamento dos depósitos laterítico e coluvial.

Oscilações climáticas
A partir do final do Terciário e durante parte do Quaternário, a região Amazônica assistiu à instalação de um segundo ciclo de lateritização, caracterizado pelo desenvolvimento de coberturas residuais imaturas. Esse ciclo foi marcado pela alternância periódica das condições climáticas, variando entre os tipos úmido e árido, favorecendo ao surgimento de processos sedimentação coluvial (Costa, 1991).
Dentro desse contexto, admite-se que, no final do Plioceno e no início do Pleistoceno, a área do garimpo do Manelão encontrava-se sob um clima tropical úmido com cobertura de floresta e estabilidade tectônica. Essas condições favoreceram o desenvolvimento de uma cobertura laterítica autóctone e imatura, principalmente sobre os litotipos da seqüência metavulcano-sedimentar São Manoel (Figura 2A).


Figura 2 - Evolução e compartimentação das coberturas cenozóicas produzidas pelas oscilações climáticas identificadas na área do garimpo de ouro do Manelão (Modelo adaptado de Bigarella e Backer, 1975).

Durante o Pleistoceno, o clima, anteriormente úmido, tornou-se seco, com características árida a semi-árida, favorecendo a substituição da cobertura de floresta por savana e permitindo a intensificação dos processos erosivos. Sob essas condições climáticas, as chuvas torrenciais, ou enxurradas periódicas, proporcionaram a migração do regolito e a conseqüente erosão parcial da cobertura laterítica, na altura de seus horizontes mais superiores. Os detritos produzidos por esse processo foram transportados e acumulados em direção aos vales e depressões, originando depósitos coluviais de encosta de serra, formados após curto transporte e rápida deposição (Figura 2B).
No final do Pleistoceno e no início do Holoceno, o clima úmido retorna, juntamente com a cobertura de floresta, impondo uma retomada dos processos intempéricos sobre as unidades preexistentes, inclusive dos lateritos imaturos, com formação de níveis pisolíticos, stone line e latossolos. Com a instalação da rede de drenagem, as coberturas lateríticas e coluvial foram retrabalhadas, servindo de área-fonte para as faixas de sedimentos aluvionares atuais a subatuais, que constituem o flat do igarapé São Manoel (Figura 2C).

Considerações Finais
Dependendo das caraterísticas geológicas do depósito primário e, principalmente, da composição química e da maturidade do perfil de alteração laterítica, o ouro, nesse ambiente residual, pode estar concentrado em diferentes horizontes. Entretanto existe a tendência de o ouro concentrar-se nos horizontes mais superiores, onde suas partículas ocorrem associadas a óxi-hidróxidos de ferro e podem sofrer sobrecrescimento, aumentando sua granulometria (Mann, 1984; Webster & Mann, 1984; Benedetti & Boulègue, 1991; Bowell et al., 1993).
Tal característica tem sido utilizada como guia prospectivo nas regiões equatoriais potencialmente lateríticas do mundo, onde foi possível estabelecer, através da geoquímica de superfície, padrões de dispersão do ouro supergênico delineando a geometria aproximada do corpo mineralizado subjacente (Smith, 1989; Leconte & Colin, 1989; Porto, 1991; Lintern et al., 1997). Entretanto alguns depósitos lateríticos da África e do Brasil, em particular na Amazônia, foram submetidos a processos erosivos coluviais, sendo truncados e recobertos por material alóctone com características químico-mineralógicas distintas. Nesses depósitos, o padrão de dispersão das partículas ou a assinatura geoquímica do ouro supergênico mostram-se deslocados, difusos ou mesmo encobertos, não refletindo a real concentração do metal ao longo do perfil de alteração ou mesmo na rocha-mãe protomineralizada (Costa, 1993).
Essa situação geológica é observada no âmbito do garimpo de ouro do Manelão. O nível conglomerático coluvial, que trunca e recobre o perfil laterítico na altura de seus horizontes mais superiores, interfere negativamente nos resultados obtidos pela geoquímica de superfície. Análises para ouro, em amostras de solo coletadas no horizonte de latossolo e no nível conglomerático (Figura 2, perfil A), não apresentaram nenhum padrão de dispersão geoquímica que possibilitasse correlacionar com a concentração do metal no perfil de alteração ou na rocha-mãe promineralizada.
A presença de pepitas de ouro de tamanho anômalo, nesse conglomerado coluvial, também pode levar a erros de avaliação, durante a prospecção geoquímica de superfície. Isto porque os processos de transporte e de deposição de detritos coluviais, durante as enxurradas periódicas, ocorrem ao longo de um complexo sistema de pequenos canais entrelaçados. Nesse ambiente de sedimentação coluvial, dependendo do regime de fluxo, as eventuais partículas de ouro que estavam presentes no ambiente laterítico subjacente são transportadas e depositadas de forma aleatória ao longo desses pequenos canais. Essa forma de distribuição das partículas de ouro também não reflete a real concentração do metal no perfil de alteração ou mesmo na rocha-mãe protomineralizada.
Deve-se considerar, ainda, que, em alguns perfis lateríticos bauxíticos mais evoluídos e desenvolvidos sobre seqüências metavulcano-sedimentares arqueanas, do tipo greenstone belts, a heterogeneidade litológica da rocha-mãe pode formar barreiras geoquímicas que interferem na distribuição lateral do ouro (Davy & El-Ansary, 1986; Monti, 1988).
Essa também é uma situação geológica observada no garimpo do Manelão, onde a heterogeneidade litológica da rocha-mãe é refletida nas marcantes variações laterais de cor, textura e composição mineralógica dos horizontes lateríticos. Logo, o esclarecimento a respeito dos mecanismos de lixiviação, ou de remobilização da liga Au-Ag no âmbito do garimpo do Manelão, necessita da caracterização química do perfil laterítico.
Por outro lado, ao longo da cobertura aluvial, formada principalmente pelo retrabalhamento das coberturas laterítica e coluvial, o ouro no garimpo do Manelão ocorre livre e chega a formar concentrações próximas de 10 g/ton, atraindo a maioria das frentes de lavra garimpeira.
 


Fonte: DNPM

PEDRAS CABOCHÃO

PEDRAS CABOCHÃO







Pedras  Cabochão, vamos nesta matéria esclarecer muitas dúvidas quanto a este tipo de lapidação muito conhecida e muito usada no mercado de Pedras e Joias, vamos primeiramente esclarecer a diferença entre Formato da Pedra e Tipo de Lapidação.

Formato da pedra

Pedra Turqueza cabochão
Pedra Turquesa cabochão.
É a forma geométrica a qual a pedra está, tendo como referência seu contorno, ou seja, pode ser: quadrada (carrê), redonda, retangular, oval, gota, coração, navete, triangular, para estas formas temos padrões que o mercado segue a de conseguirem fabricação em série produtiva, ainda uma infinidade de formas irregulares onde são montadas em caixas especiais para fabricação de brincos, pingente e anéis exclusivos, são joias única por terem seu formato e lapidação exclusiva.

Tipos de Lapidação

Tipos de Lapidação das Pedras cabochão, se refere à busca da melhor apresentação da pedra, melhor aproveitamento e a busca da melhor “impressão óptica” buscando os melhores ângulos para que a pedra “mostre” sua cor da maneira que a valorize, temos então 3 tipos de lapidação sendo:

Modelos de Pedra Cabochão
Pedras Cabochão redonda

Lapidação em Facetas


Lapidação em Facetas das Pedras Cabochão, o próprio nome esclarece, são pequenos planos, chamado de facetas, onde se procura os melhores ângulos, pois são através das facetas que a luz “entra” na pedra e reflete e intensifica sua cor, para cada formato.
Lapidação em Facetas de pedra se usa uma técnica diferente de facetar uma pedra, lembrando que sempre se busca os melhores ângulos para apresentar a pedra e sua beleza.

Lapidação Lisa

Lapidação lisa este tipo de lapidação é usada principalmente nas lapidações tipo cabochão, em                                     lapidação de esferas, oval e outras onde se consegue uma superfície lisa ou abaulada.

Lapidação mista


Lapidação mista das Pedras cabochão, é aquela onde se usa a lapidação facetada conjugada com a lapidação lisa, existe no mercado algumas pedras e tipos que se usa este artifício.
Anéis com Pedra Cabochão
Modelos de Cabochão
Hoje no mercado encontramos uma grande variedade de pedras cabochão, sendo que normalmente por seu baixo custo, visto as pedras lapidadas em cabochão são as opacas, que não permite que a luz “entre”, ou seja , absorve a luz diferente das translúcidas que a luz entre e reflita, por causa das facetas na parte inferior da mesma, são sempre pedras as quais tem pouco valor gemológico, sendo as mais conhecidas são: Ônix, Olho de Tigre, Ágata, Opala, Turquesa, Madre pérola, Lápis-lazúli e muitas outras pouco conhecida.

Pedra em Cabochão estão sempre montada em Joias de Prata, onde em contraste com a cor da prata apresenta melhor sua cor e sua beleza.



Fonte: CPRM

Novas jazidas de diamantes no Brasil

Novas jazidas de diamantes no Brasil







Oito especialistas do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão vinculado ao Ministério das Minas e Energia, mapearam e identificaram dezenas de novas áreas potencialmente ricas em diamantes no País, especialmente no Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará.
Essa iniciativa faz parte do projeto Diamante Brasil, cujas pesquisas de campo começaram em 2010. Desde então, os geólogos visitaram cerca de 800 localidades em diversos estados, recolheram amostras de rochas e efetuaram perfurações para descobrir mais informações sobre as gemas de cada um dos pontos.
ponto de partida para as expedições foi uma lista deixada ao governo pela empresa De Beers, gigante multinacional do setor de diamantes que prestava serviços para o Brasil na área de mineração. Neste documento, constavam as coordenadas geográficas de 1.250 pontos, entre os quais muitos kimberlitos*. Apesar das informações sobre as possíveis localidades dessas jazidas, não havia detalhes sobre quantidades, qualidade e características das pedras, impulsionando o trabalho de campo dos geólogos.
O objetivo principal dos pesquisadores era fazer uma espécie de tomografia das áreas diamantíferas no território brasileiro, visando atrair investimentos de mineradoras e eventualmente ajudar a mobilizar garimpeiros em cooperativas. Essas medidas podem trazer um aumento na produção de diamantes em território nacional e coibir as práticas ilegais relacionadas a essas pedras preciosas.
Atualmente, o Brasil conta principalmente com reservas dos chamados diamantes industriais e de gemas (para uso em jóias). Os de gemas são os que fazem girar mais dinheiro, considerando que um diamante desses pode ser vendido em um garimpo do Brasil por R$ 2 milhões. Já o valor da pedra lapidada pode chegar à R$ 20 milhões.
Os detalhes dos achados ainda são mantidos em sigilo. Com o fim do trabalho de campo, os geólogos do Diamante Brasil darão início à descrição dos minerais encontrados e as análises das perfurações feitas pelas sondas. A intenção dos pesquisadores é divulgar todos os dados em 2014.
*O que é um Kimberlito?
De acordo com Mario Luiz Chaves, doutor em geologia pela Universidade de São Paulo e professor adjunto da UFMG, kimberlitos são rochas hibridas, ígneas ultrampaficas, potássicas e ricas em voláteis, com origem a mais de 150km de profundidade e que chegam a superfície por meio de pequenas chaminés vulcânicas ou diques. Normalmente, os diamantes são encontrados neste tipo de rocha. Confira uma foto:

Os cinco maiores diamantes lapidados do mundo

A obra Diamante: a pedra, a gema, a lendade autoria do professor doutor Mario Luiz Chaves e do doutor em engenharia de minas Luís Chambel, aborda aspectos geológicos e de mineração relacionados aos famosos minerais e traz diversas curiosidades para os leitores. Abaixo separamos uma lista baseada no livro com dados sobre os maiores diamantes do mundo e fotos incríveis de cada um deles.
1)    Cullinan I
Essa pedra foi encontrada em 1905 na África e recebeu o nome de Cullinan em homenagem ao dono da mina, Thomas Cullinan. É considerado o maior diamante já encontrado e pesa 3.106 quilates. Atualmente, adorna o Cetro do Soberano, propriedade real da Inglaterra.



2)    Incomparable
Incomparable, ou Imcomparável, tem uma história curiosa: foi encontrado em 1984 por uma garota em uma pilha de cascalho próxima à mina MIBA Diamond, no Congo. Considerado inútil pela administração da mina, o cascalho foi descartado com a pedra, e a menina acabou descobrindo o segundo maior diamante bruto do mundo, com 890 quilates. O corte do diamante gerou 14 gemas menores e o Incomparável, um diamante dourado com 407,48 quilates.

3)    Cullinan II
Cullinan II, conhecido como Pequena Estrela da África, foi encontrado no mesmo ano e local que o Cullinan I. Com 317.4 quilates (63.48 g) é o terceiro maior diamante lapidado do mundo, e foi colocado na coroa imperial, também pertencente à realeza da Inglaterra.
4)    Grão Mogol

Encontrado na Índia em 1550, pesa 793 quilates. A pedra deu nome a um município em Minas Gerais. O paradeiro atual desta preciosidade é desconhecido.
5)    Nizam

Nizam é o diamante mais antigo desta lista e foi descoberto na Índia em 1830. A pedra tem 227 quilates e já adornou coroas e joias reais (Elizabeth). Atualmente ninguém sabe ao certo qual foi o seu último destino.



Fonte: Portal do Geologo