quarta-feira, 10 de julho de 2019

Com 379 votos, reforma da Previdência é aprovada em 1º turno na Câmara


 Governo esperava atingir até 355 votos, segundo declaração feita nesta quarta pelo ministro da Casa Civil; texto ainda precisa ser aprovado em 2ª instância

São Paulo —  Por 379 votos a 131, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou em primeira instância o texto-base da reforma da Previdência (PEC 6/19). A sessão desta quarta-feira, (10), teve início no fim da manhã. 
O governo esperava atingir até 355 votos favoráveis à reforma, segundo declaração feita pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, mais cedo.
“O Centrão, que ninguém sabe o que é direito, mas é do mal, é quem está aprovando a matéria”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, antes de o resultado da votação ser anunciado. De cima do púlpito de onde fez seu pronunciamento, Maia disse ainda, se direcionando ao ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que “nós vamos precisar ter uma relação diferente daqui pra frente” e que “Investidor de longo prazo não investe em país que ataca as instituições”.
A sessão desta noite acontece quatro meses e meio depois de a proposta do governo Bolsonaro chegar ao Congresso.
De olho no avanço da reforma no Congresso, o mercado financeiro já precificava a aprovação. O dólar cedeu 1,30% durante o dia, a maior queda diária em quase um mês e meio, atingindo o menor patamar desde o fim de fevereiro. Já o Ibovespa atingiu nova máxima de fechamento, com avanço de 1,23%, a 105.817,06 pontos.
Hoje, a previsão de economia em dez anos da reforma está em R$ 933 bilhões. Além disso, há mais R$ 53,5 bilhões incluídos no cálculo da Previdência, mas esse número refere-se a aumento de arrecadação com a taxação de bancos.
A fase de discussão da proposta acabou nesta madrugada, por 353 votos favoráveis a 118. 
O texto aumenta o tempo para se aposentar, limita o benefício à média de todos os salários, aumenta as alíquotas de contribuição para quem ganha acima do teto do INSS e estabelece regras de transição para os atuais assalariados.
Ficaram de fora da proposta a capitalização (poupança individual) e mudanças na aposentadoria de pequenos produtores e trabalhadores rurais.
A PEC necessita de 308 votos, equivalentes a três quintos dos 513 deputados, para ser aprovada em dois turnos de votação.
Segundo o regimento da Casa, entre o primeiro e o segundo turno de votação é necessário um intervalo de cinco sessões do plenário. Mas, caso seja aprovada em primeiro turno, a previsão é que haja votação para quebra de interstício. 


Fonte: EXAME

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Via Varejo dispara em julho com investidor pagando na frente transformação na empresa

Via Varejo dispara em julho com investidor pagando na frente transformação na empresa



Ações1 hora atrás (10.07.2019 17:09)

Por Paula Arend laier
SÃO PAULO (Reuters) - As ações da Via Varejo já acumulam valorização de mais de 50% em 2019, sendo que apenas nos primeiros dias de julho a alta supera 30%, com investidores 'pagando na frente' uma esperada transformação na empresa com a recente mudança no controle e o potencial efeito positivo no consumo a ser gerado pela queda nos juros.
A eleição de Michael Klein para a presidência do conselho de administração da Via Varejo e a indicação de Roberto Fulcherberguer para a presidência-executiva, no final de junho, coincidem com o impulso recente das ações, após a família Klein recuperar o controle dona das bandeiras Ponto Frio e Casas Bahia, do GPA.
"O que está acontecendo é consequência do Klein...Com a mudança que ele está fazendo, a indicação de pessoas que conhecem o setor de varejo e completamente dedicadas à empresa, é razoável prever que a empresa vai melhorar bastante", afirmou o gestor André Lion, da Ibiuna Investimentos, que afirma ter os papéis da empresa em seu portfólio.
Apesar de a valorização recente parecer expressiva, Lion ressaltou que a empresa estava com dificuldades em sua gestão, que desde o final de 2016 tentava encontrar um comprador.
Desde a eleição de Klein, as ações da rede de móveis e eletrodomésticos subiram 35%. No mesmo período, a rival B2W avançou quase 19% e Magazine Luiza ganhou 12%, enquanto o Ibovespa valorizou-se 5%.
Na última semana, João Luiz Braga, sócio e gestor de renda variável da XP Asset, afirmou a uma plateia com cerca de 8 mil pessoas entre investidores, gestores e clientes que Via Varejo é a maior posição na maioria dos fundos de ações da gestora. Ele ponderou sobre riscos de execução, mas afirmou que acha difícil encontrar uma ação na bolsa com um risco tão assimétrico.
Para o gestor Werner Roger, sócio-fundador da Trígono Capital, parte do movimento decorre do fato da família Klein voltar a dar as cartas e a empresa ter contratado a executiva Ilca Sierra, que deixou o Magazine Luiza, após quase 10 anos, para assumir a área de marketing multicanal e comunicação da Via Varejo. Mas a outra parte relevante do movimento de alta da ação, segundo Roger, também está relacionada a especulações.
"Não acho que os fundamentos mudaram muito", afirmou Roger, acrescentando que os desafios continuam, como PIB fraco, consumidor retraído e competição online cada vez maior.
Analistas do BTG Pactual ressaltaram em nota recente a clientes que a vasta experiência dos novos executivos que entraram na empresa, mas ponderaram que o desafio pela frente é grande, dado os riscos de execução na recuperação da empresa e competição no comércio eletrônico.
"Considerando esses riscos de execução, preferimos ficar de fora quando se trata da Via Varejo, mantendo nossa classificação 'neutra' até vermos sinais mais claros de recuperação da operação", afirmaram Luiz Guanais e Gabriel Savi, conforme nota a clientes no final de junho.
JUROS
Para Pedro Menezes, membro do comitê de investimento de ações e sócio da Occam Brasil Gestão de Recursos, a ação da Via Varejo estava bastante descontado e passa por um ‘re-rating’ apoiado também na expectativa de um efeito positivo para consumo a ser gerado por possível queda de juros da economia.
De acordo com pesquisa semanal Focus, economistas esperam uma queda da Selic dos atuais 6,5% para 5,5% até o final do ano, movimento, contudo, que o mercado entende que só se confirmará com avanços efetivos na reforma da Previdência, que pode ter o texto principal votado na Câmara dos Deputados nesta semana. "Isso pega Via Varejo em cheio", disse Lion.
O que também chama a atenção é o aumento do volume negociado dos papéis na bolsa. O analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, disse que as ações estavam operando com uma quantidade de ativos alugados (BTC) muito alta e que acredita que os investidores que estavam apostando em queda das ações estão passando por significativos ajustes.
Até a véspera, a ação negociava, em média, 24 milhões de papéis por dia. Nesta quarta-feira, o volume superava 100 milhões, com todos os dias do mês mostrando giros muito acima da média.
Às 16:50, próximo do fechamento, os papéis caíam 0,7%, a 6,7 reais, após terem avançado quase 9% na máxima da sessão, mais cedo, para a máxima intradia desde agosto de 2018, a 7,35 reais.
As rivais B2W e Magazine Luiza valorizavam-se 6,55% e 1,9%, respectivamente, enquanto o Ibovespa subia 1,2%.

Fonte: Reuters