quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Leilão do pré-sal frustra por atrair apenas Petrobras e chinesas, mas levanta R$70 bi

Leilão do pré-sal frustra por atrair apenas Petrobras e chinesas, mas levanta R$70 bi



Ações43 minutos atrás (06.11.2019 17:14)

© Reuters. Leilão de excedentes da cessão onerosa, no Rio de Janeiro© Reuters. Leilão de excedentes da cessão onerosa, no Rio de Janeiro
Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O governo brasileiro negociou nesta quarta-feira duas áreas do excedente da cessão onerosa por cerca de 70 bilhões de reais, no que foi considerado por autoridades como o maior certame petrolífero da história, mas classificado como frustrante por alguns representantes do mercado devido à baixa participação de petroleiras estrangeiras.
A licitação, que poderia gerar cerca de 106,6 bilhões de reais em bônus se as quatro áreas do pré-sal tivessem sido vendidas, ficou concentrada em lances da Petrobras (SA:PETR4) e de duas empresas chinesas.
A Petrobras arrematou dois blocos, incluindo o mais desejado e caro do leilão, Búzios, fazendo oferta de 61,38 bilhões de reais para ter 90% de participação nessa área --as chinesas CNODC e CNOOC ficaram com o restante, com 5% cada.
A estatal ainda levou sozinha Itapu, com bônus de 1,77 bilhão de reais pago à União pelo bloco.
Mesmo com o investimento elevado, a Petrobras fechará o ano sem elevação de dívida, uma vez que utilizará caixa, disse o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, que comemorou o resultado ao citar que a empresa tem como foco a exploração do pré-sal, altamente produtivo.
"Não haverá um dólar de aumento de dívida e continuaremos a executar nossa estratégia que inclui como parte importante a gestão ativa de portfólio, disciplina na alocação de capital", declarou ele.
O resultado do leilão foi considerado positivo pelo governo, uma vez que pode contribuir para redução do déficit para até 82 bilhões de reais em 2019.
Além disso, a licitação tinha complexidades, por envolver áreas em que a Petrobras já tem operação, pelo contrato original da cessão onerosa, na avaliação do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone.
"O leilão foi um sucesso, o maior já realizado, levantou o maior bônus para um leilão dessa natureza no mundo e principalmente foi possível destravar um conjunto de investimentos", afirmou Oddone.
Segundo ele, as expectativas agora se voltam para o leilão de quinta-feira, quando cinco áreas do pré-sal serão leiloadas, sob regime de partilha, em uma licitação considerada como convencional, por ofertar áreas que pertencem apenas à União e sem atividades exploratórias.
Diante do lance agressivo por Búzios, com 90% de participação no consórcio, a ação da Petrobras chegou a cair mais de 5%, mas operava em baixa de 1% por volta das 16h.
As áreas ofertadas já são operadas pela Petrobras, sendo que Búzios entrou em operação no ano passado. As vencedoras do leilão teriam que ressarcir a petroleira por investimentos já realizados no passado. Autoridades reconheceram que essa questão limitou o interesse no certame.
"DESASTRE"
"Total desastre é a melhor forma de descrever a rodada desta manhã. Nenhuma grande petroleira participar é uma falha flagrante para a ANP, enquanto o governo perdeu 9 bilhões de dólares em bônus de assinatura", disse o chefe da consultoria Welligence, Ivan Cima, em nota a clientes.
Segundo Cima, em geral, a rodada foi "condenada" por altos bônus de assinatura, necessidade de reembolsos excessivamente complexos e não transparentes para a Petrobras.
A Shell, maior produtora no pré-sal após a Petrobras, decidiu ficar fora do leilão devido ao elevado custo do bônus de assinatura.
"Vários motivos para (não entrar)... são ofertas caras para os blocos, e o fato de a companhia ter disciplina de capital muito forte, não tínhamos como passar esses projetos este ano", explicou o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, a jornalistas.
Já André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton, destacou ser possível dizer que o leilão da cessão onerosa deixou muito a desejar por falta de demanda de estrangeiros pelos campos em disputa.
Segundo ele, o fato de duas áreas (Sépia e Atapu) não terem tido nenhuma proposta deixou um "gosto amargo" entre os investidores, "sem contar que não houve ágio algum sobre as propostas mínimas obrigatórias".
Por Búzios, onde a estatal já opera, a Petrobras e suas parceiras fizeram a oferta mínima de 23,24% de excedente em óleo à União, informou a ANP, que organiza o certame.
    Não houve outra oferta pelo bloco, arrematado por um total de 68,2 bilhões de reais em bônus de assinatura à União, considerando o valor que será pago juntamente com as duas chinesas.
O campo de Búzios já está em produção pela Petrobras, que tem o direito de explorar até 3,15 bilhões de barris de óleo equivalente no ativo, volume já declarado comercial pela petroleira, a partir do contrato original da cessão onerosa.
    Os volumes excedentes do ativo, no entanto, poderão ser explorados pelo consórcio vencedor.
A Petrobras ainda arrematou sozinha nesta quarta-feira o bloco Itapu, no mesmo leilão, com a oferta de 18,15% de excedente em óleo à União.
O campo de Itapu já foi declarado comercial pela Petrobras, que tem o direito de explorar até 350 milhões de barris de óleo equivalente no ativo, a partir do contrato original da cessão onerosa.
Para o analista Régis Cardoso, do Credit Suisse, o resultado foi positivo para a Petrobras, considerando que a estatal levou Búzios com o mínimo de oferta de óleo à União.
Já os blocos Sépia e Atapu, na Bacia de Santos, não receberam ofertas na rodada. Ambos tinham um bônus de assinatura somados de cerca de 36,6 bilhões de reais.
(Com reportagem adicional de Mariana Parraga, Gram Slattery, Roberto Samora, no Rio de Janeiro, e Paula Arend Laier, em São Paulo)

Fonte: Reuters

ESTELIONATO USANDO GEMAS

ESMERALDA BRUTA E LAPIDADA

ESTELIONATO USANDO GEMAS







Nos últimos anos, tornou-se comum no Brasil um golpe em que estelionatários oferecem um lote de esmeraldas brutas.  Eles apresentam as esmeraldas acompanhadas de um laudo de avaliação em papel  timbrado, com assinatura, carimbo, etc., dando a aparência de um documento muito confiável.  Além disso, as pedras estão em uma embalagem que permite ver o conteúdo, mas que está fechada e lacrada, o que aumenta a impressão de ser um negócio sério.


        Essas pedras são de fato esmeraldas e costumam ser oferecidas para venda, pagamento de dívida ou garantia de empréstimo.


        Se elas são realmente esmeraldas e têm um laudo de avaliação, qual é o problema?  O problema é que a avaliação é irreal, muito acima do verdadeiro valor da mercadoria. Atraída por isso, a pessoa que recebe a oferta fica muito tentada a aceitá-la. Talvez nem saiba o que fará com as esmeraldas, mas acredita poder vendê-las por valor bem abaixo do que consta no documento de avaliação e ainda assim ter um bom lucro. Ou aceita a oferta porque a proposta é um meio de receber o pagamento de uma dívida antiga da qual não vê perspectiva de quitação.


        Feita a transação, o comprador das gemas procura vendê-las e aí descobre que elas valem muito menos do que lhe fizeram crer.  Pior: o laudo de avaliação informa que se o lacre da embalagem for rompido, a avaliação ficará sem efeito e nisso o estelionatário está certo.  Quem viola o lacre pode introduzir na embalagem qualquer coisa de valor inferior e o avaliador não pode ser responsabilizado pelo que acontecer dali em diante com a mercadoria que avaliou. Se a pessoa que comprou as esmeraldas desejar, mesmo assim, nova avaliação, vai ter que pagar por ela  e ficará sabendo que as esmeraldas realmente valem muito menos do que ele pagou.


        Esse golpe, como eu disse, vem acontecendo há vários anos e já fui procurado por muitas pessoas que desejavam vender esmeraldas assim adquiridas.  Nos últimos meses, porém, os estelionatários mudaram seu modo de agir.  O golpe das esmeraldas já devia estar muito conhecido e passaram então a oferecer quartzo incolor (cristal de rocha), um mineral extremamente comum, como se fosse diamante.  Não vi ainda nenhum laudo com essa falsa identificação, mas já fui procurado por umas dez pessoas pedindo que confirmasse se as pedras que têm são realmente diamantes. Para complicar as coisas, existem na internet vários testes que se afirma serem capazes de identificar o diamante. São testes principalmente de resistência ao fogo, que não funcionam.


        Além de ter alguma semelhança com o diamante, o quartzo incolor recebe, no mercado internacional, muitas denominações comerciais ou populares em que aparece a palavra diamante. No meu Dicionário de Mineralogia e Gemologia, registro quase trinta desses nomes. Ex.: diamante Arkansas, diamante Baffa, diamante de Herkimer, diamante Quebec, etc.  Isso só contribui para facilitar as fraudes.


        Umas das pessoas que me procuraram foi um homem acompanhado da esposa, ambos aparentando muita preocupação e ansiedade. As pedras que tinham já haviam sido examinadas por outra pessoa, que disse não serem diamantes, e tinham realmente a aparência de quartzo. Eles queriam nova identificação e que ela fosse feita na hora, na frente deles. Entendi sua preocupação e concordei. Quando lhes mostrei que não eram diamantes, a mulher olhou para o marido sem dizer nada, mas deixando claro que já esperava por aquele resultado.  Eles agradeceram, o homem disse que estava sem dinheiro e sem cheques, mas que me pagaria depois.  E nunca mais voltou.


Não sei que negócio ele havia feito, mas um colega meu recebeu para identificação dez cristais de quartzo que seu cliente havia recebido como se fossem diamantes, em pagamento de um caminhão...

      Vender cristal de rocha como se fosse diamante custa menos, é um golpe mais simples, mas exige muito mais poder de convencimento.


Quem receber uma proposta como essas, deve lembrar que:


1. O Código Civil (art. 313) estabelece que “o credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa". Portanto, não está obrigado a receber pedras preciosas como pagamento de divida em dinheiro, ainda que sejam de valor muito maior.

2. Nenhum mineral risca um diamante, a não ser outro diamante, mas é muito fácil quebrar essa pedra com um martelo.   


3. Se o suposto diamante for riscado por topázio, rubi ou safira, certamente não é diamante.


4. Lembrar também que o maior diamante encontrado até hoje (há mais de cem anos) pesava apenas 621 gramas. Os diamantes brutos pesam, em sua grande
maioria, menos de 1,5 quilate (300 miligramas)  e a grande maioria dos diamantes lapidados  pesa menos de um quilate, ou seja, 200 miligramas. (Circula na internet uma fake news informando que foi apreendido um diamante de 2,5 toneladas!)  O tamanho da(s) pedra(s), portanto, é uma boa característica a levar em conta para saber se pode ser ou não um diamante.  


5. Na dúvida, deve-se procurar um gemólogo ou empresa que disponha de um laboratório gemológico. Isso, é claro, antes de fechar o negócio.







GEMAS MILIONÁRIAS

GEMAS MILIONÁRIAS







  

    Há gemas que são vendidas por preços astronômicos, seja em leilões, seja em transações privadas.    
       Em  04.04.2017, por exemplo, o diamante rosa Pink Star, de 59,60 ct (11,92 gramas),  foi vendido em Hong Kong por US$ 71,2 milhões, o maior preço pago por uma pedra preciosa em toda a história dos leilões, pelo menos até àquela data.

Um rubi de Myanmar, chamado Rubi do Amanhecer, de 25,59 ct (5,06 gramas), foi leiloado pela Sotheby's em 12.05.2015, pela quantia de US$ 30,3 milhões, o maior valor pago por uma loja Cartier até então.  

A esmeralda abaixo, de 18 ct, foi vendida por seis milhões de dólares na Christie's.



Esse diamante em forma de coração, de 92 ct, cor D (a melhor possível) e sem qualquer impureza, chamado La Légende, foi vendido em Genebra por US$ 14,99 milhões, um “recorde mundial”, segundo a Christie’s.




O maior diamante incolor encontrado em Angola (em fevereiro de 2016), com 404 quilates e 7 cm, foi vendido por 16 milhões de dólares.
Os diamantes abaixo, conhecidos como Apollo e Artemis (irmãos gêmeos na mitologia grega), foram vendidos por um total de US$ 57 milhões, também pela Sotheby's. Adquiriu-os um comprador anônimo, que mudou seus nomes para Lembrança das Folhas do Outono" (o azul) e Sonho de Folhas de Outono.




Exemplos como esses a agente vê várias vezes por ano na mídia, com relativo destaque. 

Diante dessas aquisições, que muitos não hesitariam em tachar de absurdas, é válido perguntar: está certo pagar tanto dinheiro por uma gema?

Antes de responder, precisamos lembrar que essas compras milionárias ocorrem também com outros objetos, não apenas com joias e gemas. Há quadros de pintores famosos que atingem cifras astronômicas nos leilões. Em maio 2019, por exemplo, um Monet foi arrematado por quase 500 milhões de reais. O vestido usado por Marylin Monroe na festa em que cantou Parabéns a Você a John Kennedy foi a leilão com lance inicial equivalente a R$ 9,6 milhões. E vejam só: o saco com fecho éclair usado por Neil Armstrong para carregar as primeiras amostras de rocha trazidas da Lua foi a leilão avaliado em 4 milhões de euros.

              Mas, voltando à questão anterior: vale a pena pagar tanto por um objeto, seja ele uma gema raríssima por sua qualidade e tamanho?  O que leva uma pessoa a gastar tanto dinheiro numa transação dessas?

              É óbvio que quem faz isso tem muuuuuito dinheiro, bem mais do que eu, por exemplo. É óbvio também que pessoas assim já possuem tudo ou praticamente tudo que o dinheiro pode comprar.  Então, é lícito supor que elas, como se diz popularmente, não sabem mais o que fazer com o dinheiro.

Pode, porém, se tratar de uma pessoa que compra não apenas por ter dinheiro demais, mas sim por ter gosto refinado, sabendo avaliar a importância de uma tela famosa ou de uma joia  sem igual.  Não é, portanto, pura ostentação. Mas, mesmo neste caso, será válido pagar tanto?

      Isso tudo nos traz facilmente à lembrança outra questão: com tanta gente morrendo de fome no mundo,  não é antiético é imoral fazer isso?  Muitos responderão que ninguém sozinho poderá acabar com a fome no mundo.  Mas, convenhamos que com alguns milhões de dólares dá para ajudar um bocado de gente.

Outra questão a ser levantada: o que uma pessoa que compra uma raridade dessas faz com a preciosa aquisição?  Se for uma joia, talvez se arisque a usá-la em uma festa ou cerimônia importante,  onde se sinta segura. Em casa, não acredito que faça isso.

Sendo de outra natureza o objeto, como o saco de amostras de rochas de  Armstrong, provavelmente o rico e feliz proprietário se limite a olhar  e admirar (com frequência?) sua preciosa raridade, mostrando-a a alguns poucos e privilegiados amigos.

Quanto a mim, posso dizer que, se tivesse milhões de dólares sobrando, compraria, sim, peças raras e muito caras, sobretudo minerais no estado bruto. Mas, não para meu deleite pessoal, não para minha coleção particular, e sim para um grande, rico e belo museu acessível a todas as pessoas.

 Fotos obtidas na internet, sem registro de créditos.

Fonte: PercIo M. Branco

Ação da Engie Brasil está com tudo, avaliam analistas

Ação da Engie Brasil está com tudo, avaliam analistas




Gustavo Kahil - 06/11/2019 
Engie
O lucro líquido saltou 56% na comparação anual, para R$ 742,7 milhões (Imagem: Instagram da Engie Brasil)
As ações da Engie Brasil (EGIE3) devem reagir positivamente ao anúncio do resultado acima do esperado no terceiro trimestre de 2019 e da sólida distribuição de dividendos, apontam os analistas Kaique Vasconcellos e Daniel Travitzky do banco Safra.
O lucro líquido saltou 56% na comparação anual, para R$ 742,7 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 1,58 bilhão, avanço de 55,1%.
A empresa revelou ainda o pagamento de dividendos no valor de R$ 1,52 por ação, o que implica em um dividend yield (percentual na comparação com o preço da ação) de 3,3%.
“Vemos as ações como uma boa opção de beta baixo, oferecendo uma TIR (Taxa Interna de Retorno) de 6,5%, contra títulos do tesouro em 2,6% e rendimentos de dividendos de 7,1% para 2019-2021, considerando um pagamento médio (payout) de 95%”, explicam.
O Safra lembra que a Engie é vista como uma operadora sólida do setor de energia elétrica e que entrou recentemente no mercado de gás natural através da aquisição da TAG, “que coloca a empresa em um bom local para o crescimento a longo prazo”.

Fonte: MONEY  TIMES


MINA DE OPALA NOBRE EM PEDROII- PIAUÍ

OPALA NOBRE NA ROCHA MATRIZ
A palavra opala vem do sânscrito upala, do grego opallos e do latimopalus, significando “Pedra preciosa”. 
OPALA NOBRE LAPIDADA

As opalas preciosas apresentam uma enorme variedade de cores, desde o azulado e esverdeado leitoso ao amarelo mel brilhoso. Tem a Menilite que é morrom ou cinza e a hialite, uma rara opala incolor conhecida também como Vidro Müler.

Essas pedras preciosas são encontradas numa cidade piauiense por nome Pedro II, aproximadamente 200 Km da capital Teresina.

A cidade está localizada na serra dos matões e é privilegiada com um clima ameno. Sua temperatura durante o dia varia entre 28º e 30º e a noite de 16º a 20º.

A cidade tem como principal produto de sua economia a extração de pedras semipreciosas, com destaque para as minas de opalas, que são as mais belas e puras encontradas em todo o solo brasileiro. Também se destaca um rico artesanato à base de fio de algodão que dá origem a belas tapeçarias e redes.

A opala de Pedro II (Piauí) é a única de qualidade nobre no Brasil e suas reservas, juntamente com as reservas australianas, formam as únicas jazidas de opala de importância no planeta.


Fonte: CPRM