sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Adolescente encuentra diamante de 7,44 quilates en parque de Estados Unidos

Ouro no esgoto

Ouro no esgoto




O garimpeiro Rivaldo da Costa enfrenta mau cheiro e ratos, mas já recolheu até 100 gramas de ouro numa expedição pelas galerias de Belo Horizonte



Leonardo Coutinho
Foto:Emanuel Pinheiro/Primeiro Plano
“Com lanterna, velas, biscoitos e água, Rivaldo faz incursões de 48 horas no esgoto e fatura R$ 600 em ouro em cada uma delas
Três horas da madrugada. Rivaldo se prepara para mais uma jornada de trabalho. Numa sacola plástica, ele põe seis velas, uma caixa de fósforos, uma lanterna, três pilhas de reserva, dois pacotes de biscoito e uma garrafa d’água. Abençoa os oito filhos e os quatro netos, beija a mulher, coloca sob o braço um pedaço de carpete velho, que será a sua principal ferramenta de trabalho. Com suas botas de couro sem cadarço, jeans desbotado e surrado e camiseta de algodão puída, lá vai Rivaldo pelas ruas da cidade. Em uma esquina deserta ele pára. Observa a cidade morta no silêncio da noite. Olha o céu e avalia o tempo. Apoia seu bornal no chão e se ajoelha. Retira a grade de concreto que protege o bueiro. Recolhe a bolsa e desaparece. Nas 48 horas seguintes, ele vai recolher, nos esgotos de Belo Horizonte, o metal que garante o sustento da família: ouro.
Rivaldo Alves Costa, de 60 anos, é um garimpeiro pouco convencional. Após 17 anos de trabalho nos ribeirões da região, ele trocou a paisagem prosaica do Rio das Velhas e das montanhas que cercam Nova Lima – cidade de 65 mil habitantes, a 22 quilômetros de Belo Horizonte – pelas trevas da rede de esgotos da cidade. Rivaldo garimpa no subterrâneo desde 1996, época em que descobriu que nas galerias se encontra o novo eldorado. Hoje é conhecido como “homem-rato”. Aposentado por invalidez e vivendo apenas do salário mínimo e dos cerca de 20 gramas de ouro obtidos por mês na exploração dos rios, ele ouviu dizer de outros garimpeiros que era possível retirar ouro da boca-de-lobo dos esgotos da cidade.
Decidiu tentar a nova empreitada. Dentro de uma manilha de 150 centímetros de diâmetro, agachado, ele não resistiu sequer 10 minutos. O mau cheiro provocou náuseas e o calor começou a sufocá-lo. Rivaldo chegou em casa ao frangalhos. Jogou a roupa suja fora, tomou banho como nunca antes e se “desinfetou” na salmoura, pois em casa não tinha nada, além do sal, que pudesse ajudá-lo na faxina do corpo.
No dia seguinte, Rivaldo tomou a decisão de partir para o garimpo nos esgotos. A escolha veio, segundo ele, com a conclusão de que mais valia enfrentar o fedor da galeria que padecer com a renda mínima paga da aposentadoria. Na mesma noite, ele preparou um ritual que tem se repetido.
São cerca de 30 metros até um lugar onde a galeria se torna mais ampla. Ali, ele acende uma vela, desenrola o carpete que leva pendurado sob o braço e o estende sobre um pedaço de madeira recolhido no local. Ao redor, Rivaldo vê, em meio aos ratos que, agitados, reagem a sua presença, os vestígios da passagem dos precursores de sua aventura. Arregaça as mangas e começa a retirar com as mãos o barro podre, depositado no fundo da tubulação. Cada porção é lavada, com o próprio esgoto, sobre o carpete. A técnica consiste em fazer com que as partículas de ouro se fixem nas fibras do tecido, enquanto as impurezas são eliminadas pela água. São dois dias dentro do buraco. Rivaldo luta contra o sono para não adormecer em meio aos bichos.
De volta a casa, ele repete o mesmo ritual daquela primeira sessão de limpeza. No carpete, empregado no garimpo, uma surpresa: 41 gramas de ouro. O equivalente a quatro meses de ordenado do aposentado. Ele já conseguiu, em expedições de três dias, até 109 gramas de ouro. As visitas à galeria passaram a ser mais constantes e Rivaldo transformou o lugar em seu hábitat natural. Com uma incursão apenas, ele garante uma média de 600 reais, que complementam a renda do mês. “Quando eu me acostumei com os bichos e eles entenderam que eu não lhes faria mal, passei até a dormir, quando o sono apertava. Aí o trabalho ficou mais fácil”, afirma.



Fonte: ISTOÉ

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

La Tanzanita de Tanzania documental de Patrick Voillot


Cidade do Ouro no Pará

Ibovespa supera 116 mil pontos com investidor já de olho em 2020

Ibovespa supera 116 mil pontos com investidor já de olho em 2020



Ações5 horas atrás (26.12.2019 11:21)

Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa renovava máximas nesta quinta-feira, na volta do feriado do Natal, superando os 116 mil pontos pela primeira vez, conforme agentes financeiros já miram 2020 com expectativas favoráveis para o país e de um avanço prometido nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Às 11:08, o Ibovespa subia 0,31 %, a 116.217,29 pontos. O volume financeiro somava 1,6 bilhão de reais.
De acordo com analistas da Guide Investimentos, na falta de novidades e em um cenário de liquidez reduzida, investidores passam a voltar a suas atenções para 2020, na expectativa de que a fase 1 do acordo comercial firmado entre China e EUA entre em vigor a partir de janeiro, conforme nota a clientes.
"Uma melhor perspectiva para o desfecho das conversas entre as duas maiores potências globais combinada à manutenção da postura mais acomodatícia adotada pelos principais bancos centrais ao longo de 2019 deverão ser os principais 'drivers' (fatores) dos mercados no início do ano que vem", disse a Guide.
A equipe da XP Investimentos também destacou em relatório a clientes que o horizonte está limpo e aberto para o Brasil no próximo ano. "Os preparos necessários já foram feitos e, agora, estamos na cabeceira da pista, prontos para decolar. Esse é o Brasil de 2020."
Para analistas, gestores, economistas e estrategistas da casa, o rastro da crise econômica começa, enfim, a ficar para trás. "2019 foi um ano transformacional e acreditamos que 2020 será exponencial", estima a equipe liderada por Karel Luketic, que espera uma grande e constante migração de ativos para a bolsa.
DESTAQUES
- VIA VAREJO ON avançava 2,83%, a 12 reais, renovando máximas, caminhando para fechar o ano com valorização de mais de 170%, na esteira de apostas em um 'turnaround' da empresa após mudança no comando em meados de 2019, bem como expectativas de melhora da economia do país. No setor, MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) subia 0,47% e B2W (SA:BTOW3) tinha alta de 1,34%.
- MARFRIG ON (SA:MRFG3) valorizava-se 2,55%, em sessão de recuperação, após uma sequência de nove pregões de baixa, em que acumulou declínio de 16%.
ELETROBRAS ON (SA:ELET3) perdia 2,26% e ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) recuava 0,29%. A estatal de energia informou na noite de segunda-feira que uma operação para aumento de capital resultou na subscrição privada de 7,47 bilhões de reais em ações da companhia. A Eletrobras afirmou ainda que realizará o pagamento de 1,25 bilhão de reais em dividendos em 30/12.
- BRADESCO PN (SA:BBDC4) subia 0,53%, endossando o viés positivo, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN mostrava valorização de 0,33%.
PETROBRAS PN (SA:PETR4) tinha acréscimo de 0,36%, com os preços do petróleo também em território positivo no exterior. PETROBRAS ON (SA:PETR3) ganhava 0,4%.
- VALE ON (SA:VALE3) registrava variação positiva de 0,13%. A mineradora disse que concluiu a contratação de uma nova linha sindicalizada de crédito rotativo no valor de 3 bilhões de dólares e com prazo de cinco anos junto a um sindicato composto de 16 bancos globais.
(Edição de Camila Moreira)


Fonte: Reuters