quinta-feira, 5 de março de 2020

Dólar supera R$4,65 com exterior e cenário para juros; moeda salta mais de 15% em 2020

Dólar supera R$4,65 com exterior e cenário para juros; moeda salta mais de 15% em 2020




Moedas3 horas atrás (05.03.2020 13:45)

Por Luana Maria Benedito
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ampliava a alta e chegou a superar 4,65 reais nesta quinta-feira mesmo após anúncio de leilão extraordinário pelo Banco Central, subindo pelo 12° dia consecutivo em meio a expectativas de corte de juros devido aos riscos econômicos do coronavírus.
Às 13:37, o dólar avançava 1,47%, a 4,6481 reais na vendada, depois de tocar 4,6560 reais, máxima histórica intradiária. O dólar futuro de maior liquidez avançava 1,35%, a 4,654 reais. No ano, a divisa dispara mais de 15%.
Em todo o mundo o foco seguia no surto de coronavírus em rápida expansão, que já atingiu cerca de 95 países, infectando mais de 95 mil pessoas, causando a morte de mais de 3 mil e ameaçando interromper as cadeias de suprimento mundiais.
"Todo esse movimento é global. Há uma apreciação do dólar geral", disse Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, citando movimentos de aversão a risco em meio a incertezas sobre o futuro da doença. "Quando que uma vacina será descoberta? Quando aparecerá uma cura?"
O pânico que vem abalando os mercados deixa o dólar no caminho de seu 12° pregão diário de ganhos, depois de ter renovado máximas recordes nos últimos dez fechamentos. Na quarta-feira, o dólar interbancário registrou salto de 1,55%, a 4,5806 reais.
O movimento acompanhava o exterior, com a moeda norte-americana ganhando contra peso mexicano, lira turca, rand sul-africano e dólar australiano, divisas mais arriscadas. O dólar perdia contra ativos seguros, como o iene japonês, o que deixava o índice da moeda norte-americana em queda de 0,38% contra seis pares.
Segundo muitos analistas, colaborando para a força do dólar está a expectativa de corte de juros no Brasil, depois que vários bancos centrais, incluindo o Federal Reserve, iniciaram movimentos de flexibilização monetária em defesa contra os riscos do coronavírus.
A redução sucessiva da Selic a mínimas históricas tornou alguns rendimentos baseados na taxa de juros brasileira menos atraentes para o investidor estrangeiro, o que tem prejudicado o desempenho do real.
Na véspera, contratos de DI passaram a embutir 100% de chance de corte da Selic neste mês e também uma taxa média de juros no quarto trimestre na casa de 3,7%, bem abaixo da Selic atual, de 4,25% ao ano.
Na tentativa de conter possível exagero no comportamento do câmbio, o Banco Central do Brasil anunciou para este pregão novo leilão de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, no valor de 1 bilhão de dólares, em que vendeu o total da oferta.
O BC já havia realizado nesta quinta-feira leilão em que vendeu 20 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimentos semelhantes.
Segundo Abucater, um cenário doméstico desfavorável --com a possibilidade de a conjuntura brasileira se sair pior do que a de seus pares ao final da crise sanitária mundial-- é um dos motivos para as atuações recentes do Banco Central nos mercados, mas citou ineficiência das operações.
"O próprio BC não tem tido atuações enérgicas mesmo tendo ferramentas para tal. Ele não quer queimar o cartucho, porque entende que esse é um movimento global."
Imediatamente após o anúncio do segundo leilão do dia, o dólar reduziu drasticamente a alta e chegou a tocar a mínima da sessão de 4,5880 reais, mas logo recuperou o fôlego, voltando a superar 4,60 reais.
Para Flávio Serrano, economista sênior do banco Haitong, "as atuações servem mais pra evitar movimentos de mais volatilidade no dia do que para mudar o nível do câmbio".
"O que vai determinar se o real vai se valorizar ou não vai ser a diferença de crescimento entre Brasil e seus pares. Não são intervenções pontuais que vão alterar o nível do dólar, e sim uma mudança da dinâmica econômica."
A economia brasileira registrou em 2019 o desempenho mais fraco em três anos ao crescer 1,1%, terminando o ano com fortes perdas de investimento e levantando dúvidas sobre a atividade em 2020.
(Edição de José de Castro e Camila Moreira)

Fonte: Reuters

Apreensão sobre coronavírus mantém volatilidade e Ibovespa recua

Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista operava em queda nesta quinta-feira, em linha com os pregões na Europa e índices acionários norte-americanos, em meio à volatilidade gerada pelas incertezas sobre o efeito do surto de coronavírus na atividade econômica global.
Na cena corporativa os destaques estão na troca de comando da resseguradora IRB Brasil (SA:IRBR3) RE, afetada por crise de confiança, e resultado trimestral da CSN, com lucro acima do esperado pelo mercado, além de evento da Ultrapar com analistas e investidores.
Às 12:24, o Ibovespa caía 1,65%, a 105.458,97 pontos. O volume financeiro somava 6,9 bilhões de reais.
"No atual estágio do ciclo, será difícil de explicar ou prever todos os movimentos do mercado", afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, em nota a clientes, avaliando que a dinâmica dos mercados parece muito com uma de fim de ciclo ou de crise econômica e/ou financeira.
"Este ainda não é o cenário base, mas seria extremamente arrogante de minha parte ignorar estes sinais", afirmou, acrescentando que as perspectivas para o crescimento global, assim como o avanço do coronavírus, vetores intimamente ligados, devem dar o tom do humor global a risco.
O aumento da incerteza do cenário externo, combinado com a perspectiva de menor crescimento no Brasil, fez a XP Investimentos cortar previsão para o Ibovespa no final 2020 de 140.000 para 132.000 pontos, embora a estimativa para o final de 2021 tenha sido mantida em 140.000.
"Vemos impactos negativos no curto prazo para a bolsa brasileira, tanto em potencial impacto nos lucros quanto no múltiplo de avaliação (Preço/Lucro)", afirmou o estrategista-chefe, Fernando Ferreira, em relatório enviado a clientes na noite de quarta-feira.
DESTAQUES
- IRB Brasil RE perdia 4,9%, mesmo após troca de comando da resseguradora, bem como promessa de encerramento de programa de bônus por valorização da ação a executivos e sinalização de revisão nos guidances para 2020. A empresa, porém, disse que não tem plano de mudar a sua política de contabilidade. As mudanças vêm em meio a uma crise de confiança na companhia, que culminou na queda de 32% das ações no fechamento da véspera.
- GOL PN e AZUL PN (SA:AZUL4) perdiam 5,8% e 6,1%, respectivamente, afetadas pela valorização do dólar ante o real, renovando cotação nominal recorde, chegando a 4,6305 reais na máxima do dia para venda até o momento. Além disso apreensões sobre o efeito negativo da disseminação global do novo coronavírus na demanda por viagens afeta a confiança dos investidores. CVC (SA:CVCB3) BRASIL ON mostrava declínio de 5,7%.
- ULTRAPAR ON (SA:UGPA3) recuava 5,8%, tendo no radar Investor Day da empresa, onde, entre outros pontos, anunciou que a Ipiranga deve adicionar de 200 a 250 novos postos à sua rede em 2020.
- CSN ON (SA:CSNA3) tinha alta de 0,4%, em desempenho melhor do que suas rivais USIMINAS PNA (SA:USIM5) e GERDAU PN (SA:GGBR4), que caíam cerca de 2%. A siderúrgica de Volta Redonda (RJ) reportou na noite da véspera balanço trimestral com lucro acima do esperado por analistas. Em teleconferência, executivos da companhia também afirmaram que a CSN elevou os preços a partir de março para distribuição e construção em 10%. Também afirmaram que a companhia avalia a possibilidade de fazer um IPO da área de mineração e deve fazer novo aumento de preços de aço no segundo trimestre. [nL1N2AY09T[
- VALE ON (SA:VALE3) cedia 1,6%, contaminada pelo clima mais negativo a ativos de risco no exterior, acompanhando suas pares negociadas na Europa.
PETROBRAS PN (SA:PETR4) tinha queda de 1,2%, também na esteira da maior aversão a risco, além de fraqueza dos preços do petróleo Brent no exterior.
- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 1,9% e BRADESCO PN (SA:BBDC4) perdia 1,25%, pesando no Ibovespa e sofrendo com o viés mais vendedor do mercado, que derrubava todo o setor.
- SMILES ON (SA:SMLS3) caía 4,1%. A empresa de programa de fidelidade, controlada pela Gol (SA:GOLL4), disse mais cedo que assembleia geral extraordinária da companhia nesta quinta-feira não foi instalada em primeira convocação por falta do quórum necessário. A Gol, por sua vez, disse que sua AGE sobre a reorganização da companhia estava mantida para as 14h.
- RD ON (SA:RADL3) avançava 2,4%, entre as poucas altas da sessão, tendo de pano de fundo o surto de Covid-19, com 4 casos da doença confirmados no Brasil e 530 suspeitos.


Fonte: Reuters

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