terça-feira, 10 de março de 2020

Ibovespa tem maior queda desde 1998 em sessão com circuit breaker; Petrobras perde mais de R$90 bi

Ibovespa tem maior queda desde 1998 em sessão com circuit breaker; Petrobras perde mais de R$90 bi



Ações5 horas atrás (09.03.2020 18:27)

© Reuters.  Ibovespa tem maior queda desde 1998 em sessão com circuit breaker; Petrobras perde mais de R$90 bi© Reuters. Ibovespa tem maior queda desde 1998 em sessão com circuit breaker; Petrobras perde mais de R$90 bi
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista teve o pior dia em mais de duas décadas nesta segunda-feira, em sessão marcada por circuit breaker e com as ações da Petrobras desabando 30% após decisões da Arábia Saudita derrubarem os preços do petróleo e adicionarem incertezas a um mercado já atingido por temores sobre os reflexos do coronavírus na economia global.
Ibovespa caiu 12,17%, a 86.067,20 pontos, mínima desde dezembro de 2018 e a maior queda percentual diária desde setembro de 1998, ano marcado pela crise financeira russa. O volume financeiro foi expressivo e somou 43,9 bilhões de reais, ante média diária de 26,8 bilhões no ano.
Após essa segunda-feira, o Ibovespa passou a acumular queda de 25,6% em 2020.
"Ainda estamos passando por um momento perigoso, com extrema volatilidade", chamou a atenção a equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11).
Por volta de 10:30, a bolsa acionou o circuit breaker, quando o Ibovespa tocou 88.178,33 pontos, uma queda de 10,25%. Os negócios foram paralisados por 30 minutos.
A última vez que o circuit breaker foi acionado foi em 18 de maio de 2017, no que ficou conhecido no mercado como "Joesley Day", após vir a público gravação de conversa entre o então presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista e sua delação relacionada a atos de corrupção envolvendo políticos.
O petróleo Brent fechou em queda de 24,1%, a 34,36 dólares o barril, após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado, bem como cortado preços oficiais de venda de petróleo. Na mínima, o Brent caiu 30%, o maior recuo diário desde a Guerra do Golfo, em 1991.
A guerra aberta pela Arábia Saudita no front da produção de petróleo contra a Rússia chegou em um momento no qual o mercado ainda se mostra fragilizado pela rápida disseminação da epidemia do novo coronavírus pelo mundo e promovendo fortes ajustes poucas semanas após renovarem máximas.
O recorde histórico do Ibovespa para fechamento foi registrado em 23 de janeiro deste ano, a 119.527,63 pontos.
"Nesse cenário, a tendência é que o mercado adote postura conservadora e se feche", afirmou o presidente da corretora BGC Liquidez, Erminio Lucci, alertando que não há solução fácil, mas que os governos devem estudar medidas de estímulo econômico, principalmente fiscal e via compra direta de ativos.
DESTAQUE
PETROBRAS PN (SA:PETR4) fechou em queda de 29,7%, o maior declínio percentual diário para um fechamento, a 16,05 reais, mínima desde junho de 2018. PETROBRAS PN recuou 29,68%, a 16,92 reais. Tal desempenho representou uma perda de cerca de 91 bilhões de reais no valor de mercado da petrolífera de controle estata. O ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, descartou nesta segunda-feira medidas emergenciais a serem tomadas pelo governo diante da forte queda do petróleo.
- VALE ON (SA:VALE3) caiu 15,2%, a 37,83 reais, menor cotação de fechamento desde fevereiro de 2018, equivalente a uma perda em valor de mercado de 35,8 bilhões de reais. A mineradora, assim como outras siderúrgicas, foi contaminada pelas vendas generalizadas nos mercados, além da queda do minério de ferro na China. A Vale também divulgou que o talude norte da cava de sua mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), "continua deslizando para dentro da estrutura".
- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 6,93% e BRADESCO PN (SA:BBDC4) caiu 7,2%, também afetados pelo clima negativo no mercado como um todo. BTG PACTUAL UNIT liderou as perdas entre os bancos do Ibovespa, com queda de 18,07%
- GOL (SA:GOLL4) PN e AZUL PN (SA:AZUL4) derreteram 17,43% e 17,01%, respectivamente, prejudicadas pela valorização do dólar, além de apreensões sobre o efeito negativo da disseminação global do novo coronavírus na demanda por viagens.
- VIA VAREJO ON despencou 17,13%, também entre as maiores quedas, tendo de pano de fundo forte valorização do papel em 2019 e no começo do ano. A rival MAGAZINE LUIZA ON (SA:MGLU3) perdeu 10,96%.
- HYPERA ON caiu 10,4%, tendo no radar resultado divulgado após o fechamento do mercado na sexta-feira, com queda de 22,9% no lucro líquido do quarto trimestre, para 238,8 milhões de reais no quarto trimestre de 2019. A empresa afirmou em teleconferência sobre o resultado que deve reduzir promoções e descontos em 2020 e contratar hedge para aquisição de parte de ativos latino-americanos da Takeda.

Fonte: Reuters

segunda-feira, 9 de março de 2020

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BC vende US$465 mi em 2º leilão de dólar à vista da sessão; dólar sobe 2,4%

BC vende US$465 mi em 2º leilão de dólar à vista da sessão; dólar sobe 2,4%



Moedas30 minutos atrás (09.03.2020 16:02)

© Reuters.  BC vende US$465 mi em 2º leilão de dólar à vista da sessão; dólar sobe 2,4%© Reuters. BC vende US$465 mi em 2º leilão de dólar à vista da sessão; dólar sobe 2,4%
SÃO PAULO (Reuters) - O Banco Central vendeu mais 465 milhões de dólares nesta segunda-feira em moeda à vista, depois de mais cedo ter colocado 3 bilhões de dólares spot em apenas um leilão, quantia elevada da oferta original de 1 bilhão diante da extrema volatilidade nos mercados globais por causa do petróleo e do coronavírus.
O segundo leilão do BC foi anunciado às 15:21:37, depois que o dólar voltou a acelerar a alta e bateu 4,7801 reais na venda enquanto as praças financeiras internacionais aprofundavam as perdas.
O BC não limitou a oferta neste segundo leilão, determinando apenas um valor de 1 milhão de dólares como lote mínimo.
Às 15:48, o dólar avançava 2,35%, a 4,7434 reais na venda.
Na máxima da sessão, alcançada às 9h15, a cotação foi a 4,7950 reais na venda, novo recorde intradiário.
O dólar futuro negociado na B3 tinha um salto de 2,45%, a 4,7485 reais, após bater 4,7990 reais no pico.
Os leilões no mercado à vista marcam uma mudança na estratégia de intervenção da autoridade monetária, que até então vinha ofertando apenas contratos de swap cambial tradicional --que injetam dólares no mercado futuro. Na semana passada, o BC vendeu 5 bilhões de dólares nesses ativos.
Em evento em São Paulo nesta segunda, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse que a instituição atuará no mercado de câmbio com instrumentos e montante necessários para acalmar o mercado e promover a funcionalidade das operações.
(Por José de Castro)


Fonte: Reuters

Ações da Petrobras têm maior queda da história com tombo dos preços do petróleo

Ações da Petrobras têm maior queda da história com tombo dos preços do petróleo



Ações4 horas atrás (09.03.2020 11:14)

© Reuters. Logo da Petrobras© Reuters. Logo da Petrobras
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - As ações da Petrobras chegaram a desabar mais de 25% nos primeiros negócios desta segunda-feira, maior queda da história dos papés, com a perda de valor superando 81 bilhões de reais no pior momento, na esteira do tombo do petróleo no exterior, onde as cotações chegaram a cair mais de 30% nesta segunda-feira.
A forte queda na cotação da commodity ocorreu após a Arábia Saudita ter sinalizado que elevará a produção para ganhar participação no mercado. Os sauditas cortaram seus preços oficiais de venda.
Por volta das 10:30, Petrobras PN (SA:PETR4) caía 23,96%, a 17,36 reais, e Petrobras ON (SA:PETR3) recuava 24,61%, a 18,14 reais. Na sequência, os papéis tiveram as negociações suspensas depois que a bolsa acionou o mecanismo de circuit breaker após o Ibovespa cair 10%. Os negócios serão interrompidos por 30 minutos até às 11h01.
Na mínima até o momento, Petrobras PN caiu 25,5%, a 17 reais, menor patamar intradia desde setembro de 2018, e Petrobras ON recuou 26,97%, a 17,57 reais, mínima intradia desde junho de 2018. Tal declínio representa uma perda de valor de mercado de 80,9 bilhões de reais.
Analistas do Bradesco BBI cortaram a recomendação para os papéis da Petrobras para 'neutra', reduzindo o preço-alvo das preferenciais para 23,50 reais ante 38 reais, para incorporar "um cenário de preço do petróleo mais pessimista em nosso modelo após a enorme decepção com a última reunião da Opep e as repercussões anunciadas pela Arábia Saudita".
O Goldman Sachs cortou sua previsão para os preços do petróleo Brent para o segundo e terceiro trimestres de 2020 para 30 dólares o barril, "com possíveis quedas de preços para níveis de estresse operacional e custos de caixa bem próximos de 20 dólares o barril", conforme relatório a clientes ainda no domingo.
Analistas do BTG Pactual (SA:BPAC11) ponderaram que é difícil projetar qualquer cenário neste momento, acrescentando que seu panorama base consiste em preço do Brent em 57,50 dólares e dólar a 4,25 reais, o que indicaria papel negociando abaixo de 5 vezes Ebitda, conforme nota a clientes.
"Mas sabemos que claramente existe risco de 'downside' nesse cenário (o que pode disparar revisões de previsões de lucros para baixo). Considerando o Brent no preço atual de 36 dólares, a ação estaria negociando a 9,2 vezes o Ebitda 2020."


Fonte: Reuters