domingo, 5 de abril de 2020

Vivo, Claro, Oi, Tim e Algar ajudarão governo a monitorar a circulação de pessoas

Vivo, Claro, Oi, Tim e Algar ajudarão governo a monitorar a circulação de pessoas

Por Agência Brasil
05/04/2020 - 13:50
Telecomunicações
Os dados permitirão visualizar “manchas de calor” da concentração de pessoas em localidades de todo o país (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
As operadoras de telecomunicação repassarão informações sobre a circulação de pessoas para que o governo faça avaliações e desenvolva estratégias de prevenção e combate à epidemia do novo coronavírus. A parceria vai durar o período da calamidade pública da covid-19 e envolve as empresas Vivo (VIVT4), ClaroOi (OIBR3OBR4), Tim (TIMP3) e Algar.
De acordo com o sindicato das empresas do setor (Sinditelebrasil), serão repassados dados agregados e anonimizados da circulação dos seus clientes. Os dados permitirão visualizar “manchas de calor” da concentração de pessoas em localidades de todo o país, auxiliando o governo a localizar onde estão ocorrendo aglomerações.
Quando uma pessoa liga um celular, o aparelho se conecta a uma antena, chamada no linguajar técnico de Estação Rádio-Base (ERB). Segundo o presidente executivo do Sinditelebrasil, Marcos Ferrari, a informação repassada ao governo será de quando e onde ocorreram essas conexões entre usuário e redes das operadoras.
“O que nós estamos disponibilizando para o governo é este dado estatístico agregado. Não vamos falar em número de linha nem em nome da pessoa. Em tal dia estavam conectadas tantas linhas em tal antena. Isso é um mapa. Olha por cima do país e enxerga como se dá a concentração de pessoas, deslocamento delas por meio deste mecanismo estatístico”, disse Ferrari.
Os dados serão consolidados no fim do dia e repassados a um servidor da empresa estadunidense Microsoft, de onde poderão ser acessados pelo governo. Assim, o “mapa” mostrará a situação sempre do dia anterior. As cinco operadoras possuem uma grande base de dados, somando 214 milhões de chips (embora vários clientes tenham mais de um chip).
“A forma como o governo vai usar esse dado pode ser de diversas maneiras. A gente não vai interferir nisso, pois é uma decisão do governo. Pode ser uma universidade que pode fazer esse uso dos dados, ou empresa terceirizada que lide com inteligência artificial.
Para isso governo está botando a governança dele para aplicar de maneira eficiente estes dados”, comenta o executivo do Sinditelebrasil. Ele acrescenta que os princípios de proteção previstos na Lei Geral de Proteção de Dados e do Marco Civil da Internet serão respeitados.
A Lei Geral de Proteção de Dados instituiu as normas para coleta e tratamento de dados (Imagem: Pixabay)

Transparência

Na avaliação do conselheiro do Laboratório de Políticas Públicas e Internet da Universidade de Brasília (Lapin) Thiago Moraes, é importante que o governo se certifique que os dados disponibilizados na “nuvem” da Microsoft não sejam usados para outras finalidades. Mesmo não estando em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados, ele defende que seus princípios e diretrizes sejam respeitados.
“O Art. 6º atenta para que o tratamento seja limitado ao mínimo necessário, e se evite o uso excessivo dos dados. Isto significa, entre outras coisas, que uma vez superada a crise, os dados coletados devem ser eliminados. É importante também que tão logo uma política pública seja definida, sua finalidade seja transparecida à população [o princípio da transparência previsto no art. 6º]”, destaca o pesquisador.
A Lei Geral de Proteção de Dados instituiu as normas para coleta e tratamento de dados. Aprovada em 2018, ela entraria em vigor em agosto, mas o Senado adiou o início da vigência para o início do ano que vem. Contudo, o Marco Civil da Internet (Lei 12.965 de 2014) também prevê a garantia da privacidade dos dados dos internautas.
Para a coordenadora do Coletivo Intervozes Marina Pita, a falta de uma legislação cria um vácuo preocupante e seria importante ter mais informações sobre como os dados da grande maioria da população serão tratados.
“Princípios como proporcionalidade, necessidade e finalidade, incluindo o descarte após atingida a finalidade, por exemplo, estão sendo observados? Deveria haver mais detalhes inclusive em relação aos procedimentos de anonimização e agregação utilizados porque há vários exemplos de reidentificação de dados anonimizados. Um sistema como esse não pode perdurar e deveria haver formas de auditar e fiscalizar o seu uso”, defende.
Agência Brasil entrou em contato com os ministérios da Saúde (MS) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e aguarda retorno.

Fonte: MONEY  TIMES

sábado, 4 de abril de 2020

Veja quais ações mais subiram desde o fundo da crise

Veja quais ações mais subiram desde o fundo da crise



Por Gustavo Kahil
03/04/2020 - 22:27
Petrorio
A iniciou 2020 com posição de caixa de US$ 183 milhões e um volume de US$ 93 milhões em contas a receber
As ações da PetroRio (PRIO3) decolaram 128,9% desde o menor valor atingido na crise do coronavírus, mostra um levantamento produzido pela Economatica e compartilhada pelo especialista Gilberto Fortes.
No dia 19 de março, um após o pior preço atingido pela empresa na Bolsa, de R$ 9,10, a PetroRio divulgou um adiamento de planos de revitalização do campo de Polvo, na Bacia de Campos.
A empresa disse ainda que iniciou 2020 com posição de caixa de US$ 183 milhões e um volume de US$ 93 milhões em contas a receber “que se materializou durante os meses de janeiro e fevereiro”.
Depois, a companhia revelou que iniciou a produção de novo poço no campo de Polvo, com uma vazão inicial superior a 2.500 barris por dia, o que representa um incremento de quase 30% na produção do ativo.
A empresa também informou, no mesmo dia, que os custos de extração cairão abaixo de US$ 26 por barril no Campo de Polvo, e de US$ 18 no geral para a companhia, considerando sua participação de 70% no Campo do Frade.
Veja as ações que mais se recuperaram:

Tanzanita

Tanzanita



A Tanzanita deve ser o cristal mais “azulaço” que tem. Esse mineral é tão azul que dependendo da luz do ambiente pode parecer preto. Na luz do sol ele revela seu esplendor:
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A Tanzanita  é uma variedade do mineral zoisite descoberta nos Montes Meralani no norte da Tanzânia em 1967 próximo de Arusha, afirma-se que por um natural de Goa de nome Manuel de Sousa. Desde então, a gema causou grande popularidade,principalmente  nos EUA, onde a Tiffany & Co. teve um papel fundamental tanto no seu batismo, como na sua apresentação ao mercado e subsequente promoção.
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Trata-se de uma gema popular e valiosa, sobretudo por sua cor e raridade (Ela é só 10.000 vezes mais rara que o Diamante!). Digno de realce é o forte tricroísmo que apresenta (azul safira, violeta e verde dependendo da orientação do cristal). No entanto, a maior parte da tanzanite recebe tratamento térmico artificial para melhorar a sua cor, o que reduz significativamente esse tricroísmo.
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A pedra tem cor azul-safira, devida ao vanádio. A Tanzânia é ainda a única fonte conhecida dessa pedra no mundo!
E pensar que essas magníficas obras de arte da natureza já estavam aqui quando o nosso planeta nem vida possuía!

fonte: Wikipedia

Água-Marinha

Água-Marinha



Falar em pedra azul sem citar a fabulosa água-marinha é praticamente um crime hediondo! A pedra tem este nome porque ela parece uma água magicamente endurecida. Sua transparência e tonalidade de azul claro contrasta com as rochas adjacentes, como nesta acachapante cristalização com turmalina negra e albita branca.
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A água-marinha é uma variedade do berilo, com uma composição química de silicato de alumínio e berílio. A cor da água-marinha varia do verde-azul a azul-claro. O Brasil é o maior produtor do mundo, mas esta gema é encontrada um pouco por todo o mundo. No Brasil existem cerca 10000 variedades de águas-marinhas que assim como os animais também estão entrando em extinção nas minas de Rondônia e Rio Grande do Norte onde são encontradas as melhores pedras do país. A Rainha da Inglaterra possui várias gemas daqui, que lhe foram dadas de presente quando ela esteve em visita no Brasil.
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A pedra da morte:
Na década 50 foi encontrada em Resplendor, Minas Gerais, a maior água-marinha do mundo que, devido à sua beleza, foi denominada “Martha Rocha”, a Miss Universo da época. Foi também motivo de muitas brigas e mortes na região. A mais pesada tinha 110 kg, e suas dimensões eram de 48,5 cm de comprimento e 42 cm de diâmetro. Tem fractura desigual e clivagem imperfeita. A sua cor varia desde o azul-claro ao azul-esverdeado ou até mesmo tende aos tons escuros. São raros os exemplares com um azul intenso e sem tons esverdeados, uma vez que a maioria das águas-marinhas com um azul perfeito foram sujeitas a tratamentos especiais, o sendo o principal o aquecimento da gema. Este tratamento elimina os tons esverdeados fazendo com que a gema fique com um aspecto mais impressionante. Contudo, nem sempre as pessoas preferiram assim, algumas pessoas preferem os tons naturais por ser mais parecido com o “azul do mar” que lhe deu o nome.

Fonte: CPRM

'Fim do mundo': corrida pelo ouro pode ser sintomática da crise do dólar, segundo especialista

Muitos jornalistas financeiros e economistas estariam desvalorizando o ouro como ativo financeiro para justificar a posição preeminente do dólar dos EUA como investimento principal.
O jornal financeiro The Wall Street Journal relata que, por causa do coronavírus e das medidas para combater a pandemia, o mundo iniciou uma verdadeira corrida pelo ouro.
A rara situação pode fazer com que jornalistas e financeiros que viram e trabalharam durante a crise 2008-2009 chamem ao que está acontecendo com o ouro o "fim do mundo".
"É possível compreender seus pontos de vista sob certas circunstâncias, embora o cenário mais rigoroso ainda não tenha sido implementado", diz o colunista da Sputnik, Ivan Danilov. "No entanto, a crise causada pela pandemia do coronavírus ainda não terminou, e muito provavelmente não terminará em breve."
É um cenário verdadeiramente apocalíptico, realça Danilov, e no derradeiro mercado de preparação do dia do Juízo Final se instalou uma confusão.

A confusão se instala nos mercados

"À medida que a pandemia do coronavírus se instala, investidores e banqueiros se deparam com uma grave escassez de barras e moedas de ouro. Negociantes estão esgotados ou fechados durante toda a hora. O Credit Suisse Group AG, que cunha suas próprias barras desde 1856, disse aos clientes esta semana que não valia a pena perguntar."
O caos também está se espalhando para outras capitais.
"Em Londres, os banqueiros estão fretando jatos particulares e tentando fretar aviões de carga militares para levar seu ouro para as bolsas de Nova York", diz o WSJ. "[A situação] está ficando tão má que os banqueiros de Wall Street estão pedindo ajuda ao Canadá."
"A Casa da Moeda Real Canadense tem sido inundada com pedidos para aumentar a produção de barras de ouro que poderiam ser levadas para Nova York."
Na semana passada, os preços do ouro subiram cerca de nove por cento (em dólares) e, como os jornalistas norte-americanos corretamente assinalam, a valorização do metal amarelo é muito semelhante à de 2008-2009, ou seja, a época em que um dos principais bancos do sistema financeiro norte-americano, o Lehman Brothers, declarou falência.
De fato, foi nesta falência que começou a "contagem decrescente oficial" da crise financeira, que antes era interessante sobretudo apenas pelos profissionais das bolsas de valores, escreve o colunista.
Barras de ouro comercializadas no mercado internacional
© SPUTNIK / ALEKSANDR KONDRATYUK
Barras de ouro comercializadas no mercado internacional
A compra em massa de ouro é um sinal tradicional e bastante justificado de pânico. Ao contrário do caso do Lehman Brothers, uma moeda de ouro em um cofre não pode simplesmente desaparecer. Em condições de nervosismo geral, isso se torna uma vantagem indubitável, e fonte de uma calma tão importante para investidores e economistas, diz Danilov.

Caracterização do ouro

Há um conjunto de razões pelas quais os jornalistas financeiros norte-americanos e muitos dos principais economistas não gostam muito de investidores com ativos em ouro.
Em primeiro lugar, muitos dos que preferem manter parte das suas economias em metais preciosos têm – em parte merecida – reputação de conspiracionistas, bem como de adeptos de preparação – às vezes demasiada – para crises que podem não vir.
A segunda razão é menos óbvia, mas provavelmente não menos importante: o ouro é a antiga base do sistema financeiro internacional, relembra Danilov. Em termos históricos, o ouro tinha há pouco tempo o lugar que o dólar norte-americano agora ocupa, com grandes benefícios para os EUA.
A valorização do ouro e o aumento do investimento no metal precioso demonstram que o dólar não tem lugar de topo assegurado, o que deve levar todo jornalista americano a dizer que o ouro é mau e o dólar é bom.
Como resultado, vemos declarações como estas de jornalistas norte-americanos: "O ouro é popular entre os sobrevivencionistas e os conspiracionistas, mas é também uma adição sensata às carteiras de investimento porque seu preço costuma ser relativamente estável."
"Ele é especialmente procurado durante crises econômicas como escudo contra a inflação. Quando a Reserva Federal inunda a economia com dinheiro, como está fazendo agora, os dólares podem ficar menos valiosos."
No contexto dos sinais da mídia vindos de Pequim, onde há uma clara preocupação com uma eventual desvalorização da moeda norte-americana, dificilmente pode ser considerado irracional o desejo dos investidores ricos e dos bancos centrais de se protegerem de tais desenvolvimentos.
Não é por acaso que a mídia ocidental e publicações especializadas notam o déficit de ouro "físico", ou seja, uma promessa de algum banco suíço ou americano de fornecer ouro (ou pagar algum dinheiro relacionado às mudanças no preço oficial do ouro), porque é fácil de comprar, afirma o colunista.

A corrida pelo ouro

Mais difícil seria mesmo obter uma grande quantidade de barras de ouro.
"Você quer comprar barras ou moedas de ouro? Boa sorte em encontrá-las", ironiza amargamente a emissora CNN norte-americana, relatando que os investidores estão comprando ambos, "procurando garantir a segurança oferecida pelo metal precioso, pois a pandemia do coronavírus está destruindo a economia e forçando os bancos centrais a imprimir trilhões de novos dólares".
Os investidores estão pegando barras e moedas de ouro, buscando a segurança oferecida pelo metal precioso, já que a pandemia do coronavírus destrói as economias e força os bancos centrais a imprimir trilhões de dólares em dinheiro novo.
Mas com as principais refinarias de ouro em toda a Europa fechadas por causa de bloqueios ordenados pelos governos, lojas on-line fora de estoque e muitos dos aviões comerciais que movimentam o ouro em terra, o ouro físico está se tornando mais difícil de ser rastreado, nota Ivan Danilov.
Moedas de ouro (imagem referencial)
© AP PHOTO / KIN CHEUNG
Moedas de ouro (imagem referencial)
O atual consultor econômico de Donald Trump, Larry Kudlow, disse em entrevista ao jornal The Spectator em 2001: "Eu não quero que o ouro seja um investimento quente. Assim que for, sei que o resto da história se desmoronará."
Os problemas atuais do mercado de ouro provavelmente não são o caso onde "o resto da história", pelo qual Kudlow pode ter entendido a economia e os mercados financeiros americanos, vai realmente "cair aos pedaços". As casas da moeda sairão da quarentena, e pode se instalar um pouco de pânico nos mercados financeiros.
Em geral, fazer previsões de que o "fim do mundo" já chegou, ou está prestes a chegar, é uma tarefa ingrata.
Mas a situação atual demonstra muito bem quão frágil é o atual mundo financeiro dolarizado e globalizado, e quão facilmente um problema um pouco mais sério do que o coronavírus pode desfazê-lo em pedaços.
Neste contexto, as constantes compras de ouro pelo Banco Central da Rússia (com o qual alguns comentaristas gostam de ironizar) já não parecem ser uma precaução desnecessária, mas, sim, uma prudência bem-fundamentada, indica o colunista. Mais cedo ou mais tarde, todos os bônus desta previsão irão certamente se manifestar da forma mais óbvia.

Fonte: The Wall Street Journal