quarta-feira, 15 de abril de 2020

Diversidade das pedras preciosas brasileiras reúne raridades como o Topázio Imperial e a Turmalina Paraíba



Diversidade das pedras preciosas brasileiras reúne raridades como o Topázio Imperial e a Turmalina Paraíba



Brasília – O Brasil apresenta uma grande variedade de pedras e minerais preciosos que chamam atenção da indústria e consumidores internacionais. Segundo o Precious Brazil, projeto setorial desenvolvido pelo IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o país é conhecido pela diversidade das gemas coradas presentes em seu solo. Algumas delas se destacam, inclusive, pela raridade: como o Topázio Imperial e a Turmalina Paraíba.

Esmeraldas, Águas-Marinhas, Ametista, Citrinos e variações de Turmalinas são exemplos de pedras encontradas no Brasil. “Da família dos quartzos, a Ametista é uma das pedras mais presentes na indústria de Soledade, no Rio Grande do Sul. A cidade tornou-se referência internacional no beneficiamento de minerais trabalhados como itens de decoração e peças de coleção”, explica Clarissa Maciel, gerente de Relações Internacionais do projeto, que completa:

“Da mesma família, o Citrino brasileiro ganha destaque no mercado por apresentar tons quentes, que variam do amarelo ao laranja, encantando comprados em eventos no exterior, como a GJX Tucson, uma das maiores feiras internacionais de gemas que acontece nos Estados Unidos.”

No interior de Minas Gerais há uma grande concentração de empresas de beneficiamento de pedras preciosas que abastecem a indústria joalheira mundial. Teófilo Otoni e Governador Valadares reúnem diversos negócios familiares que carregam a tradição do brasileiro na lapidação de pedras preciosas.

“Em Ouro Preto está a única extração de Topázio-Imperial do mundo, pedra que pode se apresentar de cores múltiplas, como laranja, lilás, vermelho-cereja e amarela. Na tonalidade rosa ela é extremamente rara” revela a gerente de Relações Internacionais do Precious Brazil. 

Mas não é apenas o que Brasil oferece que o torna tão especial no setor, segundo Clarissa “a forma como o brasileiro apresenta suas pedras é diferenciada. Ao longo dos anos construímos uma imagem de excelência no atendimento, pois a diversidade nos levou a compreender um amplo leque de pedras preciosas. Entendemos de tudo um pouco. Por isso, nos princípios que orientam nosso posicionamento estão os conceitos Excellence,  Expertise e Essence. O Precious Brazil busca desenvolver cada vez mais este autoconhecimento, uma vez que o mercado já nos reconhece dessa forma então é preciso que as empresas também se vejam assim e valorizem esses atributos”.



(*) Com informações do IGBM

DISTRITOS AURÍFEROS DO BRASIL - TIPOS DE DEPÓSITOS ENCONTRADOS

DISTRITOS AURÍFEROS DO BRASIL - TIPOS DE DEPÓSITOS ENCONTRADOS



DISTRITOS AURÍFEROS DO BRASIL - TIPOS DE DEPÓSITOS ENCONTRADOS


SEIS PRINCIPAIS TIPOS DE DEPÓSITOS DE OURO ENCONTRADOS NO BRASIL

1. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A AMBIENTES VULCANO-SEDIMENTARES DO TIPO GREENSTONE BELT

O ambiente GREENSTONE BELT constitui seqüência de rochas vulcânicas e sedimentares afetadas por metamorfismo de baixo grau, e em geral de idade arqueana ou paleoproterozóica, distribuídas em escudos Pré-cambrianos. No Brasil representam o principal ambiente geológico para ouro. Mais de 60% do território brasileiro é constituído por escudos pré-cambrianos que contem seqüências desse tipo de deposito com depósitos cujas reservas somam mais de 1000t de ouro.
O principal e mais tradicional GREENSTONE BELT produtor de ouro no Brasil é o do Rio das Velhas no Quadrilátero Ferrífero contendo as importantes minas de Morro Velho, Raposos, Cuiabá, etc.

No greenstone belt do Rio Itapicurú, Bahia, a principal jazida em operação é a de Fazenda Brasileiro encaixada em xistos máficos dentro de zonas de cisalhamento preenchidas por veios de quartzo-carbonático. Situação semelhante se da na jazida Mina III no greenstone belt de Crixás em Goiás.

Ambientes do tipo greenstone belt também, são identificados na província de Carajás e todos apresentam mineralizacões de ouro. No entanto, o principal produtor é o Grupo Itacaiúnas de grau metamórfico mais elevado. As principais jazidas são a do Igarapé Bahia e a do Salobo onde o ouro ocorre associado ao cobre.

Seqüências vulcano-sedimentares foram identificadas na região Centro-Oeste e definidas como arcos magmáticos mais recentes, no Neoproterozóico, com características bastante diversas dos greenstone belt mais típicos arqueanos. No entanto, estas são também produtoras de ouro tendo como exemplo as jazidas do Posse, Zacarias e Chapada na região de Mara Rosa.

2. DEPÓSITOS ASSOCIADOS À META-CONGLOMERADOS DE IDADE PALEOPROTEROZÓICA

Trata-se de um depósito clássico no mundo tendo como padrão os tradicionais depósitos de ouro associado ao urânio e a pirita nos membros basais da bacia de Witwatersrand na África do Sul, responsáveis por aproximadamente 1/3 da produção de ouro anual no mundo. A mineralizacão e do tipo stratabound e estratiforme já que se relaciona a horizontes sedimentares específicos. Os meta-conglomerados são caracteristicamente do paleoproterozóico e repousam sobre embasamento arqueano, geralmente em proximidade com ambientes greenstone belt, que supostamente serviram como fonte do ouro depositado nos meta conglomerados.

No Brasil este tipo de deposito ocorre associado à meta-conglomerados da Formação Córrego do Sitio na região de jacobina, Bahia, e Formação Moeda, no Quadrilátero Ferrífero. No entanto os depósitos econômicos situam-se apenas em Jacobina, representados pelas minas de Canavieiras e João Belo que conjuntamente apresentam reservas da ordem de mais de 300 t de ouro e uma produção acumulada da ordem de 20 t.

3. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A ITABIRITOS

Este tipo de deposito, genericamente denominado de Jacutingas, tem um caráter regionalizado já que ocorrem exclusivamente associações às formações ferríferas do supergrupo Minas na região do Quadrilátero Ferrífero e adjacências. São depósitos em geral de pequena tonelagem podendo, no entanto atingir altos teores que no caso da mina Gongo Soco pode variar de 20 a 34gAu/t. Este ouro é por vezes extraído como subproduto do minério de Ferro e tem como característica peculiar à ocorrência de Paládio formando uma liga com o ouro.







4. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A SEQÜÊNCIAS METASSEDIMENTARES DE NATUREZAS DIVERSAS

Depósitos desse tipo são definidos como aqueles associados aos ambientes predominantemente metassedimentares cuja contribuição vulcânica, quando presente, e subordinada. Essas seqüências são principalmente de idade Proterozóico.


Em Paracatu (MG) o deposito do Morro do Ouro apresenta um dos mais baixos teores do mundo, da ordem de 0,6gAu/t, porem com reservas originais com mais de 100t de Au.o depósito esta encaixado em metassedimentos plataformais de idade Neoproterozóica e é compostos de filitos grafitosos ritmicamente intercalados com sedimentos clásticos e químicos onde o ouro ocorre em finas vênulas de quartzo. Depósitos com características semelhantes ocorrem na região do Rio Guaporé (MS) como o deposito de São Vicente, associado ao Grupo Aguapeí do Mesoproterozóico.

Na região dos Carajás os depósitos de Águas Claras, com aproximadamente 20t de ouro e o deposito de Serra Pelada encaixam-se em formações metassedimentares.

5. DEPÓSITOS ASSOCIADOS A INTRUSÕES GRANÍTICAS E VULCÂNICAS ACIDAS ASSOCIADAS

A principal área onde foi identificado este tipo de deposito, encontra-se na região do Rio Tapajós e na região de Peixoto de Azevedo (MT). Estas duas regiões são tradicionais produtoras de ouro aluvionar em garimpos. No entanto, mais recentemente uma serie de depósitos primários tem sido identificados em associação com rochas graníticas intrusivas anorogênicas do Mesoproterozóico, como a Suíte Maloquinha, na região do Tapajós e Suíte Teles Pires em Peixoto Azevedo.

Os vulcanismos ácidos que acompanharam essas intrusões também são mineralizados e caracterizam um ambiente de vulcanismo continental. Esses depósitos geralmente ocorrem na forma stockworks ou veios de quartzo. No Tapajós ocorrem também depósitos associados a intrusões graníticas do paleoproterozóico assim como mineralizacões associadas a seqüências vulcano-sedimentares, no entanto as reservas mais significativas ate o momento reportadas referem-se apenas aos depósitos aluvionares.

6. DEPÓSITOS ALUVIONARES 

As jazidas aluvionares são numerosas contendo mais de 100 cadastradas segundo o PNPO. As reservas conhecidas em cada depósito são, no entanto, em geral pequenas.Algumas exceções se restringem a áreas em que a mineração e conduzida por empresas organizadas como no rio Jequitinhonha (MG), onde são reportadas cerca de 15,6t de ouro como subproduto do diamante; Apiácas (MT) com 33t e Periquitos (RO) com 21,1t. As jazidas aluvionares foram as que mais produziram ouro no Brasil entre 1965 a 1997 com um total de aproximadamente371t seguida pelos depositos em ambiente tipo greenstone belt com 257t. Deve-se considerar que em muitos casos o ouro em aluvião tem sua fonte primaria relacionada às seqüências do tipo greenstone belt.

As principais regiões produtoras em aluviões estão concentradas na região Amazônica e atualmente são trabalhadas por garimpeiros. A produção oficial apresentada entre 1965 e 2001 na região do Rio Tapajós e de 130t; na região de Peixoto de Azevedo (MT) 50,4t; Alta Floresta (MT) 55,3t; e nos aluviões do Rio Madeira (fronteira AM e RO) alcançou 120t.


--- Os depósitos aluviais são muito retrabalhados e mutáveis devido à erosão fluvial. Depositados durante as secas ou nos locais de remansos quando cai a energia da corrente do rio, vão ser, em seguida, erodidos pela força da água da cheia ou pela mudança do curso do rio. Estruturas de estratificação cruzada de canal cut and fill são formadas assim. Normalmente são depósitos clásticos mal classificados e mal selecionados, de cascalho, areias e lamas, ambiente de aglomeração de metais pesados como o ouro. ( Foto ao lado Região do Rio Tapajós: bancos de areia mineralizados, draga flutuante de extração e o garimpo ‘Porto Rico’)


Fonte:Brasil Mineral

A verdade sobre o nióbio

A verdade sobre o nióbio



Nossas reservas do minério valem mais que o pré-sal. Mas isso não é tão simples quanto parece. Entenda.


Parece mágica. Você joga um punhadinho de nióbio, apenas 100 gramas, no meio de uma tonelada de aço – e a liga se torna muito mais forte e maleável. Carros, pontes, turbinas de avião, aparelhos de ressonância magnética, mísseis, marcapassos, usinas nucleares, sensores de sondas espaciais… praticamente tudo o que é eletrônico, ou leva aço, fica melhor com um pouco de nióbio. Os foguetes da empresa americana SpaceX, os mais avançados do mundo, levam nióbio. O LHC, maior acelerador de partículas do planeta, e o D-Wave, primeiro computador quântico, também. Todo mundo quer nióbio – e quase todas as reservas mundiais desse metal, 98,2%, estão no Brasil. Nós temos o equivalente a 842 milhões de toneladas de nióbio, que valem inacreditáveis US$ 22 trilhões: o dobro do PIB da China, ou duas vezes todo o petróleo do pré-sal. Por isso, há quem diga que o nióbio pode ser a salvação do Brasil, a chave para o País se desenvolver e virar uma potência global. Mas de que forma o nióbio é explorado hoje em dia, e quem ganha com ele?
É verdade, como se ouve por aí, que estamos exportando nossas reservas a preço de banana? E, se esse metal vale tanto, por que há tão pouca informação sobre ele? Há muitas lendas a respeito do nióbio. A mais importante: ele é, de fato, um elemento estratégico e raro. Mas não se trata de uma fonte inesgotável de riqueza.

A filha de Tântalo

O nióbio foi descoberto em 1801 pelo cientista britânico Charles Hatchett, que o batizou de columbium, em referência ao local de onde a amostra tinha vindo – Connecticut, nos Estados Unidos, numa época em que os poetas ingleses se referiam ao país como Columbia. Anos depois, o nióbio foi confundido com o tantálio pelo químico inglês William Hyde: ele afirmou que os dois elementos eram idênticos. Foi só em 1846 que outro químico, o alemão Heinrich Rose, comprovou que eram coisas diferentes. Quando a confusão foi desfeita, os americanos continuaram chamando o elemento de columbium, mas os europeus adotaram o nome nióbio: referência a Níobe, figura da mitologia grega, filha de Tântalo (uma piadinha com o antigo debate nióbio versus tantálio).
No final do século 19, o nióbio começou a ser usado nos filamentos de lâmpadas, até descobrirem que o tungstênio é mais resistente. A partir dos anos 1930, começaram a surgir pesquisas indicando que misturar nióbio com ferro era uma boa ideia. Mas, para usá-lo em escala industrial, era preciso encontrar uma boa quantidade desse metal. Na década de 1960, foi descoberta a primeira grande reserva do planeta: em Araxá, a 360 km de Belo Horizonte. Em 1965, o almirante americano Arthur W. Radford, integrante do conselho da mineradora Molycorp, convidou o banqueiro brasileiro Walther Moreira Salles para montar uma empresa de extração e refino do nióbio. A Molycorp tinha acabado de comprar algumas minas em Araxá. O brasileiro topou, e nasceu a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).
 (Tomás Arthuzzi/Thales Molina/Superinteressante)
Como em 1965 o metal ainda não tinha utilidade comprovada, o governo militar deixou passar batido – e permitiu que a CBMM, junto com os americanos, explorasse o nióbio à vontade. Aos poucos, Salles foi comprando a parte dos americanos, o que os militares viram com bons olhos. Na década seguinte, a CBMM virou controladora mundial de um mercado que nem sequer existia. Não existia, mas passou a existir: nos anos 1970, a empresa descobriu dezenas de utilidades para o nióbio – que hoje é um dos principais negócios da família Moreira Salles (também dona do banco Itaú).
A CBMM não vende o minério bruto, e sim uma liga chamada ferronióbio, que contém 2/3 de nióbio e 1/3 de ferro.  Além desse produto, seu carro-chefe, ela também comercializa dez outras formulações à base de nióbio. A empresa tem 1.800 funcionários e lucra R$ 1,7 bilhão por ano. Em 2011, vendeu 30% de suas ações para um grupo de empresas asiáticas, mas com restrições: os brasileiros mantiveram o controle da empresa, e não cederam nenhuma informação técnica sobre o processamento do nióbio – um segredo industrial que tem 15 etapas e foi inventado pela empresa dos Moreira Salles. “Ele envolve mineração, homogeneização, concentração, remoção de enxofre, remoção de fósforo e chumbo, metalurgia, britagem e embalagem”, explica Eduardo Ribeiro, presidente da CBMM. “Para produzir o nióbio metálico, por exemplo, é necessário realizar uma última etapa em um forno de fusão por feixe de elétrons, que atinge temperaturas superiores a 2.500 oC”, diz.
Além da CBMM, há outra empresa explorando nióbio no País: a Anglo American Brazil, que opera em Catalão, Goiás. Também há nióbio na Amazônia, mas ele ainda não começou a ser minerado. Só o que temos em Minas Gerais e Goiás já é suficiente para abastecer toda a demanda mundial pelos próximos 200 anos. Os maiores compradores são China, EUA e Japão, que pagam em média US$ 26 mil pela tonelada de nióbio (esse valor é uma estimativa, pois o metal não é vendido em bolsas de commodities; o preço é negociado caso a caso, direto com cada comprador). Há quem diga que esse valor é muito baixo – o ouro, por exemplo, é comercializado a US$ 40 mil o quilo. Se o nióbio é tão útil, e o Brasil controla quase todas as reservas, não poderia cobrar mais caro? O governo brasileiro não deveria exigir royalties sobre a venda? E por que apenas  10% das tubulações de aço do planeta usam nosso produto? Há respostas para tudo isso.

Fonte: Super

Petrobras inicia hibernação de 62 plataformas, com impacto de 23 mil barris por dia

Petrobras inicia hibernação de 62 plataformas, com impacto de 23 mil barris por dia

Por Reuters
15/04/2020 - 19:28
Petrobras PETR3;PETR4
O corte de 23 mil bpd representa uma fatia relativamente pequena da redução de oferta de 200 mil bpd (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
Petrobras iniciou a hibernação de 62 plataformas em campos de águas rasas nas bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará, informou a empresa em comunicado nesta quarta-feira, acrescentando que o corte de produção decorrente da medida deve ser de 23 mil barris de petróleo por dia (bpd).
Segundo a petroleira, as plataformas hibernadas não possuem condições econômicas para operar com os baixos preços do petróleo, cujas cotações têm sido pressionadas devido à queda de demanda em função da pandemia de coronavírus.
“(A medida) faz parte de uma série de ações para preservar os empregos e a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos”, afirmou a estatal, destacando que 80% dessas plataformas não são habitadas e que os funcionários das unidades habitadas não serão demitidos.
O corte de 23 mil bpd representa uma fatia relativamente pequena da redução de oferta de 200 mil bpd prometida pela empresa recentemente.

Fonte: MONEY  TIMES

Robert Kiyosaki: Bem-vindo ao Pai Rico, Pai Pobre no Money Times

Robert Kiyosaki: Bem-vindo ao Pai Rico, Pai Pobre no Money Times



Por Robert Kiyosaki
15/04/2020 - 14:41

Robert Kiyosaki, editor da coluna Pai Rico, Pai Pobre no Money Times

Bem-vindo ao Pai Rico, Pai Pobre no Money Times!
Eu ainda era criança quando perguntei ao meu pai: “Pai, você pode me dizer como ficar rico?”
“Por que você quer ficar rico, filho?”
“Porque hoje a mãe do Jimmy chegou na escola com seu novo Cadillac e eles estavam indo para a casa de praia passar o fim de semana. Ele levou três amigos, mas eu e Mike não fomos convidados. Eles nos disseram que não fomos chamados porque somos crianças pobres.”
“Eles fizeram isso?”, meu pai perguntou incrédulo. “Sim, fizeram”, respondi cabisbaixo.
Meu pai fez um gesto de negação com a cabeça, ajustou os óculos no nariz e voltou a ler o jornal.
Eu fiquei esperando por uma resposta.
Isso foi em 1956 e eu tinha nove anos de idade.
Por ironia do destino, frequentei a mesma escola pública para a qual as pessoas ricas mandavam seus filhos. Se eu morasse do outro lado da rua, teria ido a uma escola diferente, com crianças de famílias mais parecidas com a minha.
Meu pai finalmente largou o jornal. Eu sabia o que ele estava pensando. “Bem, filho… se você quer ser rico, precisa aprender a ganhar dinheiro.”
“Como faço para ganhar dinheiro?”, perguntei.
“Use a sua cabeça, filho”, disse ele, sorrindo.
Mesmo naquela época eu sabia o que isso realmente significava: “É tudo o que vou lhe dizer” ou “Não sei a resposta, então não me incomode mais”.
Na manhã seguinte, eu disse ao meu melhor amigo, Mike, o único outro garoto pobre da escola, o que meu pai tinha dito.
“Então, o que podemos fazer para ganhar dinheiro?”, Mike perguntou.
“Eu não sei”, respondi. “Mas você quer ser meu sócio?”
Ele concordou e, assim, naquele sábado de manhã, Mike se tornou meu primeiro parceiro de negócios. Passamos a manhã toda discutindo ideias sobre como ganhar dinheiro.
Até que tivemos uma luz! Foi uma ideia que Mike tirou de um livro de ciências.
Animados, apertamos as mãos e a parceria agora tinha um negócio e um plano.
Nas semanas seguintes, Mike e eu corremos ao redor da vizinhança, batendo de porta em porta e perguntando a nossos vizinhos se eles guardariam seus tubos de pasta de dente vazios para nós.
Com olhares intrigados, a maioria dos adultos concordou com um sorriso. Quando perguntavam o que estávamos fazendo, respondíamos: “Não podemos contar. É um segredo comercial”.Uma hora minha mãe perdeu a paciência com a situação. A visão dos tubos de pasta de dente usados, sujos e amassados armazenados por toda a casa abalou o seu humor. “O que vocês estão fazendo?”, ela perguntou. “E eu não quero mais ouvir essa história de segredo comercial. Façam algo com essa bagunça ou vou jogar tudo fora.”
Eu e Mike imploramos explicando que em breve teríamos o suficiente e então começaríamos a produção. Minha mãe nos deu o prazo de uma semana.
Antecipamos a data do início da produção e a pressão começou.
Tínhamos nos esforçado muito e feito muitos cálculos para esse plano de negócios.
No dia em que a produção começou, meu pai chegou com um amigo e ambos viram dois meninos de nove anos de idade na garagem com uma linha de produção operando a todo vapor.
Nós tínhamos um procedimento complexo, mas o produto final era simples.
Finalmente contamos ao meu pai o que exatamente estávamos fazendo, contamos a verdade: “Estamos fazendo dinheiro”.
Usando os tubos vazios de creme dental, estávamos fundindo moedas a partir do chumbo.
O amigo do meu pai caiu na gargalhada. Meu pai sorriu e balançou a cabeça. Ele nos pediu para deixar tudo de lado e sentar com ele no degrau da frente da nossa casa. Novamente com um sorriso, ele gentilmente explicou o que a palavra “falsificação” significava.
Nossos sonhos foram por água abaixo. “Você quer dizer que isso é ilegal?”, Mike perguntou com voz trêmula.
“Sim, é ilegal”, meu pai respondeu com delicadeza. “Mas garotos, vocês demonstraram grande criatividade e originalidade. Continuem assim. Estou muito orgulhoso de vocês!”
Na época, eu ainda não conhecia formas legais de “fabricar dinheiro” como eu ensino na Semana do Pai Rico, Pai Pobre
Desapontados, eu e Mike ficamos sentamos em silêncio por cerca de vinte minutos antes de começarmos a limpar toda a bagunça. Nosso negócio tinha fracassado logo no primeiro dia de operação. Limpando a sujeira, olhei para Mike e disse: “Acho que Jimmy e seus amigos estão certos. Somos pobres”.
Meu pai estava saindo quando eu disse isso. “Meninos”, disse ele, “vocês serão pobres somente se desistirem. O mais importante é que vocês fizeram alguma coisa. A maioria das pessoas se limita a falar e sonhar com a riqueza. Vocês fizeram algo. Estou muito orgulhoso dos dois. E repito: continuem assim, não desistam.”
Eu e Mike ficamos ali calados. Aquelas eram palavras bonitas, mas ainda não sabíamos o que fazer.
“Então, por que você não é rico, pai?”, perguntei.
“Porque eu escolhi ser professor. Professores não sonham com a riqueza. Nós apenas gostamos de ensinar. Eu gostaria de poder ajudar, mas realmente não sei como ganhar dinheiro.”
Eu e Mike nos viramos e começamos a limpar nossa bagunça e nosso fracasso.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam mais ricos, os pobres, mais pobres e a classe média se afunda em dívidas é que o dinheiro é um assunto discutido em casa, não na escola. A maioria de nós aprende sobre dinheiro com os pais… e a maioria dos pais é como o meu pai.
O que pais pobres dizem a seus filhos sobre dinheiro? Eles simplesmente dizem: “Continue na escola e estude bastante”. A criança pode se formar com excelentes notas, mas com uma educação financeira pobre.
Infelizmente, e para desgosto de crianças como eu e Mike, o dinheiro não é ensinado na escola, de modo que, sem saber por onde começar, tentamos ser criativos. Ainda assim, não deu certo.
Meu pai sabia que ele não tinha as respostas que queríamos naquele momento, mas sabia para onde nos direcionar para encontrá-las. Ele disse: “Já sei. Se vocês querem aprender a ser ricos, não me perguntem. Perguntem ao pai do Mike.”
“Meu pai?”, Mike perguntou, incrédulo. “Então por que não temos um bom carro e uma casa legal como as crianças ricas da escola?”
“Sim, seu pai”, meu pai repetiu. “Nós dois temos o mesmo gerente de banco e ele está empolgado com o seu pai. Ele me disse várias vezes que seu pai é brilhante quando se trata de ganhar dinheiro.”
“Então por que não temos um bom carro e uma casa legal como as crianças ricas da escola?”, Mike perguntou novamente.
“Um bom carro e uma boa casa não significam necessariamente que você é rico ou sabe como ganhar dinheiro”, meu pai respondeu. “O pai do Jimmy trabalha para a usina de açúcar. Ele não é muito diferente de mim. Ele trabalha para uma empresa e eu trabalho para o governo. A empresa paga pelo carro dele. Mas, se a empresa estiver com problemas financeiros, o pai do Jimmy pode rapidamente perder tudo. Seu pai é diferente, Mike. Ele parece estar construindo um império, eu aposto que em alguns anos ele será um homem muito rico.”
Eu não sabia ainda, mas essa foi a primeira vez que eu ouvi algo a respeito do meu futuro pai rico, o homem que iria me ensinar as habilidades que eu precisaria para conquistar tudo o que tenho hoje.
Seguindo suas lições, consegui construir a bem-sucedida Rich Dad Company…
Tomei decisões de investimento de alto risco, mas embasadas, ao longo de toda a minha vida…
Entendi a diferença entre ativos e passivos…
Além disso, com minha esposa, Kim, criei um império imobiliário multimilionário que nos gera uma renda passiva livre de impostos ano após ano.
Agora queremos compartilhar o que aprendemos com você, aqui, todos os sábados!
Da mesma forma com que meu pai rico me ensinou.
Aposte com inteligência!



Fonte: MONEY  TIMES