segunda-feira, 18 de maio de 2020

LÍTIO

LÍTIO



Significando literalmente pedra (em grego Lithos significa pedra), o elemento lítio, metal alcalino, é encontrado nos recursos de origem mineral. Os minerais espodumênio (Li2O.Al2O3.4SiO4), lepidolita (K2O.Li2O.2Al2O3.6SiO2.2H2O) e petalita (LiAl(Si2O5)2), sendo este último o mineral que permitiu a descoberta (não o isolamento) do elemento lítio. Em 1790 o brasileiro José Bonifácio encontrou o mineral que, ao ser atirado em uma fogueira, mudava-lhe a cor. Em 1818, ao analisar amostras de petalita Johan August Arfvedson determinou a existência de outro elemento neste silicato, e em 1818, Christian G. Gmelin ao analisar os sais de lítio, observou para o teste de chama a cor vermelho-brilhante, que é característico da excitação eletrônica do lítio.
O que se tinha neste momento histórico eram indicações de um metal novo, mas alguns anos esta situação mantivera-se no mesmo patamar, em parte pela tecnologia à época não estar acessível e/ou desenvolvida o suficiente. Por este motivo, nenhum dos dois personagens históricos anteriores conseguiu isolar o metal lítio de seus sais. Os primeiros a isolar o metal lítio, por eletrólise de seu óxido foram Sir Humphrey Davy e Willian. T. Brande, embora não em quantidades apreciáveis, porém indicando o caminho para a produção industrial deste metal já em meados da década de 1820. A produção em larga escala ocorreu, de fato, em 1855 quando Robert Bünsen e August Matthiessen produziram grandes quantidades deste metal na forma isolada, através da eletrólise de seu sal cloreto de lítio.

Lepidolita, rocha da qual o lítio é extraído. Foto: Zbynek Burival / Shutterstock.com
A produção industrial se dá pela eletrólise do cloreto de lítio, porém este sal não é encontrado em abundância na natureza, logo, o setor industrial precisa transformar os minerais. Inicia-se o ciclo de transformações com a reação da petalita (LiAl(Si2O5)2) com ácido sulfúrico, visando a formação de sulfato de lítio (Li2SO4). Este sulfato reage então com o carbonato de sódio (Na2CO3), formando carbonato de lítio (Li2CO3), o produto esperado e sulfato de sódio (Na2SO4). O precipitado de carbonato de lítio é então separado do restante do meio reacional, e submetido a novas condições reacionais.
Neste caso, o carbonato de lítio reage com ácido clorídrico (HCl), formando o produto esperado cloreto de lítio (LiCl). O próximo passo está na eletrólise ígnea do cloreto de lítio, tendo misturado a cuba reacional o sal cloreto de potássio, visando à diminuição do ponto de fusão da mistura.
A busca pela produção deste metal, assim como em qualquer situação análoga, se intensificou com o passar dos anos. Propriedades do metal lítio e de seus subprodutos foram sendo descobertas, influenciando sua exploração, beneficiamento e transformação.
Dentre algumas propriedades importantes, o alto potencial eletroquímico é uma das que mais encontra aplicação prática na sociedade. Com a crescente demanda e desenvolvimento do setor de comunicação celular, o lítio e seus derivados químicos ganharam notoriedade pelas propriedades elétricas de suas pilhas e baterias. As baterias de íons de lítio são comuns a celulares e computadores portáteis, apresentando uma quantidade maior de ciclos de carga e descarga e menor massa (comparativamente com outros tipos de bateria).

Bateria de lítio. Foto: Krzysztof Woźnica / via Wikimedia Commons
Outra propriedade interessante apresentada pelo hidreto de lítio (LiH), é a sua capacidade redutora. Utilizado em síntese orgânica para liberar hidrogênio no meio reacional e promover ataques aos sítios de reação das moléculas orgânicas.
O elemento lítio apresenta valência Li+, o que significa dizer que o mesmo é um cátion monovalente.






Fonte: CPRM

Ibovespa tem maior alta em 6 semanas apoiado em noticiário sobre pandemia

Ibovespa tem maior alta em 6 semanas apoiado em noticiário sobre pandemia



Ações4 horas atrás (18.05.2020 17:45)

© Reuters. .© Reuters. .
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da bolsa paulista fechou esta segunda-feira acima de 81 mil pontos pela primeira vez no mês, em meio a noticiário mais favorável ligado à Covid-19, particularmente sinais encorajadores de potencial vacina, além de perspectivas de mais estímulos e reabertura de economias.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 4,69%, a 81.194,29 pontos, maior alta percentual diária desde 6 de abril. Foi também o primeiro pregão do mês em que o Ibovespa fechou acima dos 81 mil pontos.
O volume financeiro somou 34,29 bilhões de reais, em sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações.
Nos Estados Unidos, a Moderna Inc (NASDAQ:MRNA) informou que sua vacina experimental contra Covid-19 mostrou potencial em um estudo de inicial, produziu anticorpos neutralizadores do vírus similares aos observados em pacientes recuperados.
Para muitos agentes financeiros, a descoberta de um medicamento ou de uma vacina contra o coronavírus representaria um ponto de inflexão para a crise, o que explica a forte reação positiva nos mercados.
Na visão do analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora, o resultado promissor de uma vacina elevou o apetite a risco, porque aumenta o otimismo sobre a reabertura da economia e minimiza o temor de uma segunda onda de contaminação.
A continuidade do processo de reabertura das atividades em países que sofreram fortemente com a pandemia de coronavírus, como Espanha, Itália e EUA, também alimentou apostas mais positivas em relação à retomada da atividade, embora o FMI tenha alertado que uma recuperação global não ocorra até 2021.
A equipe da Elite Investimentos também chamou a atenção para uma entrevista do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, no domingo, na qual afirmou que a recuperação poderá começar em breve se a reabertura nos EUA for cuidadosa, e disse que não faltará munição.
Em Wall Street, o S&P 500 avançou 3,15%, em dia marcado pela alta do petróleo e o minério de ferro na China.
A euforia externa ajudou a ofuscar o ambiente político nacional, que na visão da equipe do BTG Pactual (SA:BPAC11), permanece conturbado, com vários focos de instabilidade, o que, além do problema do crescimento da pandemia, "deve assegurar um quadro bastante volátil para os ativos".
DESTAQUES
- AZUL PN (SA:AZUL4) e GOL (SA:GOLL4) PN dispararam 29,87% e 14,46%, encontrando respaldo na queda de 2% do dólar, além das perspectivas de reabertura de economias. Na sexta-feira, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que as três principais aéreas no país aceitaram as condições financeiras da operação de socorro de bancos para o setor.
- CVC (SA:CVCB3) BRASIL ON saltou 19,24%, também beneficiada pelo cenário mais favorável com o relaxamento nas medidas de confinamento em vários países, que têm prejudicado a operadora de turismo, além da queda do dólar.
PETROBRAS PN (SA:PETR4) e PETROBRAS ON (SA:PETR3) avançaram 8,1% e 9,72%, respectivamente, na esteira do salto dos preços do petróleo. A empresa anunciou que elevará o preço médio do óleo diesel nas refinarias em 8% a partir de terça-feira, primeira alta aplicada pela empresa neste ano.
- VALE ON (SA:VALE3) valorizou-se 6,68%, após os futuros do minério de ferro na China terem a maior alta diária em 10 meses. A Vale também informou que retomou as operações de carregamento em seu centro na Malásia.
- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN (SA:BBDC4) avançaram 4,81% e 5,26%, respectivamente, embalados pela melhora no apetite a risco, enquanto investidores seguem acompanhando medidas contra os efeitos econômicos do coronavírus.
- MARFRIG ON (SA:MRFG3) perdeu 6,62% antes do balanço do primeiro trimestre, após o fechamento da bolsa, em sessão de perdas para o setor de proteínas, em meio à queda do dólar ante o real. JBS ON (SA:JBSS3) caiu 6,6%, após fechamento de unidade da Seara em Ipumirim (SC), que teve funcionários infectados pelo coronavírus. A empresa disse que irá recorrer. MINERVA ON (SA:BEEF3) cedeu 9,94%.
- SUZANO (SA:SUZB3) ON recuou 8,55%, em movimento também determinado pela taxa de câmbio. KLABIN UNIT (SA:KLBN11) fechou em baixa de 7,96%.

Fonte: Reuters

DIAMANTES - Descobre zona rica no Jequitinhonha







DIAMANTES

Descobre zona rica no Jequitinhonha


A Brazil Minerals (BMIX) anunciou extensa campanha de perfuração em um dos seus diversos direitos minerais no Vale do rio Jequitinhonha, região Norte de Minas Gerais. A ação rendeu material aluvial de alta probabilidade de diamantes em mais de 57% das perfurações, de acordo com equipe técnica da BMIX. 
Marc Fogassa, CEO da Brazil Minerals afirmou : “Nossa identificação de uma zona inicial rica em diamantes dentro de uma área de mineralização de ouro é um resultado muito bom. É relevante notar que esse direito mineral em particular tem 1.310 acres e essa campanha de perfuração cobriu apenas uma pequena parte dessa área”. A BMIX realizou 3 5 perfurações, com espaços entre 30 e 50 metros de distância utilizando uma broca rotativa de percussão Banka de quatro polegadas. 
Conforme comunicado da BMIX de 18 de setembro de 2018 todos as perfurações foram positivas para ouro fino. Uma análise mais detalhada dos resultados das perfurações e inspeção das amostras coletadas indicam que também a existência de uma zona rica em diamantes na região. Marcadores de satélite para diamantes, como limonita, rutite e turmalinita, entre outros, foram observados em todas as amostras recuperadas nesta zona rica em diamantes. O Vale do Rio Jequitinhonha, onde esse direito mineral está localizado, é uma fonte bem conhecida de diamantes aluviais de qualidade gema há mais de dois séculos.




Fonte: Brasil Mineral

Índice dispara 3% com impulso externo em meio noticiário sobre Covid-19

Índice dispara 3% com impulso externo em meio noticiário sobre Covid-19



Ações2 horas atrás (18.05.2020 11:25)

© Reuters. .© Reuters. .
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O tom positivo prevalecia no mercado acionário brasileiro nesta segunda-feira após uma semana negativa, com o Ibovespa acima de 80 mil pontos respaldado pelo cenário externo, em meio a noticiário mais favorável sobre o combate ao Covid-19.
A temporada de balanços também continua no radar, com os números da Marfrig previstos para após o fechamento, assim como a cena política, com a primeira etapa da sessão na bolsa paulista ainda marcada pelo vencimento de opções sobre ações.
Às 11:20, o Ibovespa subia 3,28 %, a 80.102,1 pontos. O volume financeiro era de 7,6 bilhões de reais.
Na semana passada, o Ibovespa acumulou queda de mais de 3%, com forte volatilidade.
Nos EUA, Wall Street encontrava apoio em dados promissores de um teste para possível vacina contra o Covid-19 alimentando o otimismo, enquanto os investidores também contavam com mais estímulo para resgatar a economia dos efeitos da pandemia.
No radar, estava a notícia de que uma vacina experimental contra o Covid-19 da Moderna mostrou-se promissora em um pequeno estudo em estágio inicial.
A alta de commodities reforçava os ganhos do Ibovespa, com o petróleo Brent, referência internacional, tocando máxima de um mês, em meio a um otimismo com a reabertura de economias e cortes de oferta por importantes produtores.
"Os ativos de risco estão abrindo a semana em tom de otimismo, na ausência de notícias relevantes no final de semana", disse o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimento, destacando entrevista do chairman do Federal Reserve.
Em entrevista ao programa da CBS "60 Minutes", Jerome Powell reiterou ter munição para eventuais novas rodadas da crise e afirmou que os dados mais importantes para a economia dos EUA no momento são as "métricas médicas" sobre a pandemia.
O assessor da Casa Branca Kevin Hassett também disse nesta segunda-feira que o governo dos EUA está preparado para adotar mais medidas se necessário para sustentar a economia do país durante o surto de coronavírus.
DESTAQUES
- AZUL PN (SA:AZUL4) e GOL (SA:GOLL4) PN subiam 8,12% e 5,99%, encontrando respaldo na queda de mais de 1% do dólar ante o real, além das perspectivas de reabertura de economias. Na última sexta-feira, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, afirmou que as três principais aéreas que atuam no país aceitaram as condições financeiras da operação de socorro de bancos para o setor.
- CVC (SA:CVCB3) BRASIL ON mostrava acréscimo de 8,34%, entre os destaques positivos com o alívio na alta do dólar ante o real, além do cenário mais favorável com o relaxamento nas medidas de confinamento, que têm prejudicado a operadora de turismo.
PETROBRAS PN (SA:PETR4) e PETROBRAS ON (SA:PETR3) avançavam 6,01% e 6,78%, respectivamente, na esteira do salto dos preços do petróleo no mercado internacional.
- VALE ON (SA:VALE3) valorizava-se 5,68%, após os futuros do minério de ferro na China registrarem a maior alta diária em 10 meses. A Vale também informou que retomou as operações de carregamento em seu centro de distribuição na Malásia, o chamado Terminal Marítimo Teluk Rubiah.
- ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN (SA:BBDC4) avançavam 2,77% e 3,27%, respectivamente, embalados pela melhora no apetite a risco, enquanto investidores seguem acompanhando medidas contra os efeitos econômicos do novo coronavírus com reflexos nocivos para o sistema financeiro.
- MARFRIG ON (SA:MRFG3) perdia 1,92% antes do balanço do primeiro trimestre após o fechamento, em sessão de perdas para o setor de proteínas, em meio à queda do dólar ante o real. JBS ON (SA:JBSS3) caía 2,70% e MINERVA ON (SA:BEEF3) cedia 3,68%.
- SUZANO (SA:SUZB3) ON recuava 4,60%, em movimento também determinado pela taxa de câmbio, que ainda enfraquecia KLABIN UNIT (SA:KLBN11), negociada em baixa de 3,04%.

Fonte: Reuters

Opala muda a vida de famílias e movimenta a economia de Pedro II

Opala muda a vida de famílias e movimenta a economia de Pedro II







Opala muda a vida de famílias e movimenta a economia de Pedro II. Cuidado com a segurança e com o meio ambiente são novidades para os garimpeiros.
GARMPEIROS
OPALA NOBRE

Carnaubeiras a perder de vista. Cenários naturais belíssimos. No norte do Piauí fica o município de Pedro II, mais conhecido como a cidade das opalas. As minas de tesouro mudaram o destino dos moradores.

Isso é que é pedra preciosa! A opala, rainha das cores, gera empregos, sustenta famílias e movimenta a economia de uma cidade inteira. Esse mineral que fascina joalheiros do Brasil e do mundo é encontrado, com alta qualidade, em apenas dois lugares do planeta: na Austrália e no Piauí. A riqueza era explorada no passado por grandes mineradoras, que deixaram prejuízos ambientais gigantescos.

Há quatro anos, 150 garimpeiros fundaram uma associação e legalizaram 90% dos terrenos, onde catam o que sobrou para ganhar a vida. E estão ganhando. Eles encontram opala no rejeito desprezado pelas mineradoras 40 anos atrás.

"No lixão todinho tem opala", garante um garimpeiro.

Sorte mesmo, porque muitos garimpeiros morreram cavando as minas de opalas da região. Placas sinalizam os novos tempos: "proibido morrer". O cuidado com a segurança e com o meio ambiente são novidades.

"Hoje em dia temos que trabalhar respeitando o meio ambiente. Vamos retirando o que aproveitamos e compactando para fazer reflorestamento. Não degradamos mais de maneira desordenada como era feito no passado", assegura o presidente da cooperativa dos garimpeiros, José Cícero Oliveira.

Quase todos os garimpos da região são a céu aberto. Mas não é porque as opalas aparecem na superfície. Primeiro são usados os tratores, que cavam buracos imensos, e só depois os garimpeiros começam a trabalhar. A frente de lavra, como eles chamam, tem dez metros de profundidade por cem de comprimento. Nas camadas coloridas de terra e argila, os garimpeiros usam a alavanca em busca das opalas.

"O material é sensível. Com a picareta não dá certo, porque pode quebrar tudo. Já perdemos opala por causa da picareta. Uma pedra pode mudar a vida de todo mundo, dependendo da quantidade, do tamanho. Todos estamos no garimpo atrás dela", diz o garimpeiro Ednaldo Silva.

A maior de todas as opalas foi encontrada por Raimundo Galvão, o seu Mundote, ex-garimpeiro que hoje é empresário. A opala de 4,75 quilos está no Museu de História Natural de Londres.

Há 34 anos, as opalas não tinham o valor que têm hoje. Seu Mundote vendeu barato e fiado a pedra preciosa. "Não tinha valor nenhum. Hoje eu não queria uma pedra daquela, porque não preciso daquele tanto de dinheiro. Hoje, R$ 1 milhão é pouco para aquela pedra", avalia o ex-garimpeiro.

Encontrar uma pedra grande, de muito valor, é o que move homens simples, que vivem da agricultura na época da chuva e correm pro garimpo durante a seca.

Cada garimpo tem um acampamento: uma espécie de base de apoio improvisada, onde eles fazem as refeições e também descansam nos momentos de folga. Eles levam para o acampamento o jeito de viver na roça.

Um dos pratos preparados pelo cozinheiro Antônio Freire é o baião-de-dois com ossada de boi caipira. Ele foi cozinheiro em São Paulo e voltou para trabalhar no garimpo. Melhor para os garimpeiros, que devoram o prato do dia.

Na cidade, os reflexos do garimpo: nas ruas de casas coloniais preservadas, as joalherias e oficinas se multiplicam. Nos últimos quatro anos, a produção de jóias aumentou seis vezes. Pedro II soube usar as opalas para melhorar a vida dos moradores. Jovens que antes teriam que ir embora para arrumar emprego hoje vão de moto para o trabalho.

Jardel Medeiros viu três irmãos partirem para tentar a vida em cidades grandes. Ele aproveitou a oportunidade e se tornou joalheiro. "Eu comecei quando não tinha nem bicicleta. Depois, comprei uma bicicleta e fui melhorando. Em seguida, comprei uma moto, casei, construí uma casinha, mobiliei. Hoje estou bem estruturado. É bastante gratificante ter essas conquistas na vida", ressalta o lapidário, que aprendeu o ofício com um mestre de mão cheia. Juscelino Araújo Souza foi lapidário. Hoje é empresário e vende joias para o país e o exterior. Ele é testemunha da transformação que aconteceu em Pedro II.


"Durante muito tempo as opalas foram extraídas no município e comercializadas em estado bruto ou algumas apenas lapidadas. A grande mudança foi quando resolvemos investir na produção de joias, na transformação de produtos para o turismo local e também para a venda em outras cidades, ganhando mercado pelo país", conta o empresário.

Mais de 1,5 mil empregos foram gerados e o dinheiro das pedras passou a circular na cidade. Outro pioneiro deu um novo uso às opalas. Benedito de Souza, o Bené do Tucum, criou joias usando um coquinho da região cravejado com as pedras preciosas. Ele virou um grande exportador. "Acima de 100 mil peças já foram feitas e comercializadas com opala e tucum", conta o empresário.

Nada se perde. Caquinhos recolhidos no garimpo se juntam em pequenos mosaicos e formam joias multicoloridas. Uma marca de Pedro II. É assim, aproveitando cada pedacinho, cada oportunidade, que o município lucra com as opalas.



Fonte: UOL