sábado, 15 de agosto de 2020

O metal precioso que está criando uma nova 'febre do ouro'

O metal precioso que está criando uma nova 'febre do ouro'







Image caption Uma mina em Kolwezi, na República Democrática do Congo, onde cobre e cobalto são extraídos

Se o ouro já foi o grande ímã de garimpeiros no oeste americano, agora é o cobalto quem faz esse papel.
O garimpo de cobalto não acontece há décadas nos Estados Unidos. Mas agora um grupo de empresas de mineração está nos Estados americanos de Idaho, Montana e Alasca em busca do mineral azul prateado.
São exemplos do interesse crescente em cobalto - um componente chave nas baterias de íon-lítio, muito utilizadas em aparelhos eletrônicos portáteis e carros elétricos.
No passado, o fornecimento de cobalto dependia dos mercados de cobre e níquel, metais mais valiosos tipicamente extraídos junto com o cobalto.
Mas o crescimento dos preços de cobalto e a previsão do crescimento de consumo, de 8% a 10% por ano, fizeram seu status mudar, diz George Heppel, analista senior na empresa de pesquisas CRU Group em Londres.


Mina no Estado do Idaho, nos EUA Direito de imagemFirst Cobalt
Image caption Empresa quer abrir mina de cobalto no Idaho, nos EUA, em três anos
Cerca de 300 empresas no mundo estão agora à caça de depósitos de cobalto, estima a CRU.
Gigantes de mineração como a Glencore também estão impulsionando a produção na República Democrática do Congo, onde a maior parte do cobalto do mundo se encontra.
Nos Estados Unidos, uma produção pequena de cobalto começou em 2014 pela primeira vez em cerca de quatro décadas.
A empresa First Cobalt, do Canadá, comprou uma mina no Estado de Idaho, nos EUA, e diz esperar que a produção esteja avançada em cerca de três anos.
O foco é cobalto, segundo o chefe executivo da empresa, Trent Mell, e não o cobre ou outro metal.
"Mineradores como nós nunca fomos buscar cobalto, de fato", ele diz. "Há muito cobalto no mundo. Como mineradores, estamos para trás."

Comércio global

Espera-se que o consumo de cobalto exceda 122 mil toneladas neste ano, mais do que as 75 mil toneladas de 2011, segundo o CRU.
O preço do cobalto triplicou. Embora uma produção maior seja capaz de responder à demanda nos próximos anos, analistas dizem que pode haver escassez já em 2022.


Mulher separa cobalto de lama e pedras perto de uma mina na República Democrática do Congo Direito de imagemGetty Images
Image caption Mulher separa cobalto de lama e pedras perto de uma mina na República Democrática do Congo
"Há muito interesse de parceiros potenciais", diz Fiona Grant Leydier, de uma empresa que trocou seu nome de Formation Metals para eCobalt, revivendo planos antigos.
Depois que o cobalto é extraído com a ajuda de explosivos, ele é levado para ser refinado e transformado em metal, misturas ou concentrados químicos usados em produtos como drones, motores ou baterias.
Mais de 60% do cobalto no mundo é extraído na República Democrática do Congo, enquanto a China é produtora líder de cobalto refinado.
Mas, ao lado da crescente demanda, há também crescente preocupação dos Estados Unidos em relação à dependência de importação.
Em fevereiro, os EUA adicionaram o cobalto à lista de 35 minerais críticos para a economia.
Empresas ativas nos Estados Unidos dizem esperar que seu status "fabricado nos EUA" ajude a acelerar a aprovação governamental e diferenciar seus produtos das importações.


Esteira carrega cobalto em estado bruto em Lubumbashi, na República Democrática do Congo, antes de ser exportado Direito de imagemGetty Images
Image caption Esteira carrega cobalto em estado bruto em Lubumbashi, na República Democrática do Congo, antes de ser exportado
Eles dizem que preocupações quanto a corrupção e trabalho infantil em minas da República Democrática do Congo também pressionam compradores a encontrarem novas fontes.
"Há alguns lugares onde se pode realizar mineração eticamente e nós queremos ser um deles", diz Michael Hollomon, executivo-chefe da Missouri Cobalt. "Isso nos dá uma vantagem."
A empresa planeja começar a produzir cobalto em uma antiga mina de chumbo no Estado de Missouri, onde há 15 milhões de quilos de cobalto, a maior reserva da América do Norte.
No entanto, como há outras áreas do mundo com muito cobalto de qualidade, os Estados Unidos nunca serão capazes de parar de importá-lo completamente.
Especialistas esperam que aumente, inclusive, a participação da República Democrática do Congo na produção global, conforme mineradoras ampliem suas atividades ali.
Também espera-se que a China siga dominando o mercado de cobalto refinado, ampliando sua operação na Europa, América do Norte e em outras partes da Ásia.


Empresa Ecobalt Direito de imagemEcobalt
Image caption China deve seguir dominando o mercado de cobalto, segundo especialistas
Embora empresas americanas tenham só uma fração do mercado, elas podem conseguir um preço mais alto por seu material, diz Caspar Rawles, analista na Benchmark Mineral Intelligence.
"Todas as fornecedoras estão querendo reduzir seu risco político, então acho que qualquer projeto fora da República Democrática do Congo está em uma posição estratégica", diz ele.
Os desafios ainda são significantes, como o custo de instalar uma mina. O preço volátil do cobalto é outra incerteza.
Hoje alto, o custo do elemento está levando empresas a buscar maneiras de reduzir a dependência do material.
Gerband Ceder, da Universidade da Califórnia, está conduzindo pesquisas para encontrar baterias estáveis que não precisem de grandes quantidades de cobalto.
Mas usar esse tipo de tecnologia em larga escala - especialmente em carros - está a até dez anos de distância. "Acho que haverá grande uso de cobalto por um tempo, ainda."



Fonte: BBC

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Polícia Federal apreende material usado em garimpo ilegal no Campo da Vertentes

Por MG2
 

Polícias durante ação de combate a garimpo ilegal no Campo das Vertentes — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Polícias durante ação de combate a garimpo ilegal no Campo das Vertentes — Foto: Polícia Federal/Divulgação
A Polícia Federal de Juiz de Fora realizou nesta quinta-feira (13) a Operação “Tanatos” de combate ao garimpo ilegal no Campo das Vertentes. Diversos materiais utilizados na prática ilícita foram apreendidos.
As investigações identificaram 11 pontos no Rio das Mortes com exploração irregular de ouro, entre as cidades de São João del Rei e Ritápolis. O local era monitorado pela Polícia Federal desde o mês de abril deste ano.
No local, foram apreendidos equipamentos, máquinas e barcos usados pelos garimpeiros. Segundo a polícia, ninguém foi preso na ação, pois a operação foi realizada durante o dia e a prática é realizada à noite.
Os envolvidos em garimpo ilegal podem responder pelos crimes de extração de recursos minerais sem autorização e usurpação de matéria-prima.
Estrutura utilizada em garimpo ilegal de ouro no Campo das Vertentes — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Estrutura utilizada em garimpo ilegal de ouro no Campo das Vertentes — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Fonte: G1

Diamantes raros vão a leilão

10 IMPRESSIONANTES DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS FEITAS AO ACASO

10 IMPRESSIONANTES DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS FEITAS AO ACASO



Tesouros, moedas, espadas e até mesmo um possível túmulo viking — tudo isso foi encontrado sem querer, por pessoas comuns
ISABELA BARREIROS PUBLICADO EM 13/08/2020, ÀS 18H37



Família com barco de 4 mil anos encontrado em lago na Irlanda
Família com barco de 4 mil anos encontrado em lago na Irlanda - Divulgação

1. Centenas de moedas do século 14

Milan Metlička com algumas das muitas moedas encontradas / Crédito: Divulgação/Miroslav Chaloupka


Na região de Tachovm, na República Tcheca, um casal passeava em uma floresta quando encontrou algo inesperado. Eles se depararam, ao acaso, com centenas de moedas de ouro e prata do século 14, que estavam em baixo de uma pedra na mata em que caminhavam.
Segundo o arqueólogo Milan Metlička, envolvido na análise do achado, “nenhuma descoberta desse tipo foi feita no país nos últimos 50 anos”. Os dois sortudos encontraram “343 groschen de prata cunhados na Boêmia durante o reinado de Carlos IV e vários groshen com a imagem de João da Boêmia, o duque de Luxemburgo”.

2. Barco de 4 mil anos

Crédito: Divulgação


No condado de Roscommon, na Irlanda, um menino, cujo nome é Cathal McDonagh, decidiu não fazer suas atividades escolares e foi brincar perto do lago, próximo a sua casa. Na parte rasa, acabou tropeçando em um pedaço de madeira e, quando tentou levantá-lo percebeu que se tratava de um objeto muito maior do que imaginava.
O que ele havia encontrado era um barco que possui um pouco mais de 5 metros. Segundo arqueólogos envolvidos na análise da descoberta, a embarcação pode datar da Idade Média ou ainda de um período muito anterior, podendo chegar a até 4 mil anos de idade.

3. Artefatos antigos e raros

Crédito: Divulgação/Government Aringar Anna Arts College in Villupuram


"O terreno estava sendo cavado para a instalação de uma olaria quando o proprietário, Jayabalan, nos informou sobre os materiais que jaziam sob o solo”, informou D. Ramesh, do Government Aringar Anna Arts College. Ao acaso, os trabalhadores descobriram artefatos muito antigos que remontam à Era Sangam, que ocorreu entre os séculos 6 a.C. até o século 3 d.C.
Os itens foram encontrados no distrito indiano de Villupuram de Tamil Nadu. Foram descobertos inúmeros de jarros de argila, peças feitas de cerâmica vermelha e preta, grandes tijolos e potes de barro. Além disso, os operários também acharam cacos de porcelana coloridas e alguns ossos.

4. Moedas de ouro do século 2

Crédito: Divulgação/The New Indian Express


Por acaso, enquanto trabalhava no campo, um agricultor foi responsável por descobrir impressionantes moedas de ouro antigas. O achado foi encontrado na vila de Radhanagar, em Jaipur, na Índia.
Logo quando achou os artefatos, o fazendeiro convocou autoridades locais para analisa-los. De acordo com o historiador Nrusingha Charan Sahoo, um dos responsáveis pela investigação, “Huviska foi um imperador Kushan durante o século 2. Como a moeda tem a imagem do rei Huviska, certamente pertencia à essa era”.

5. Espada de 300 anos

Crédito: Foto: Brian Quinn/Clonoe Gallery


Fionntan Hughes, um estudante de Derrylaughan, na Irlanda do Norte, encontrou uma espada enferrujada, que pode ter por volta de 300 anos, enterrada próxima à sua casa utilizando um detector de metais. Ela estava enterrada a apenas 30 centímetros em baixo do solo, e foi achada após três tentativas do menino ao usar seu equipamento pela primeira vez.
Ele levou o item recém-encontrado a loja de um negociante de armas antigas, que, com sua experiência de mais de 30 anos, indicou que a espada talvez pertencesse a um oficial inglês. O pai do garoto declarou que iria estudar mais sobre preservação de artefatos antigos para conseguir conservar a descoberta impressionante.

6. Restos de bombas

Uma das bombas utilizadas para deter a erupção do Vulcão Mauna Loa, em 1935 / Crédito: Divulgação


O fotógrafo Kawika Singson encontrou acidentalmente 40 restos de bombas que datam de 1935 ao caminhar pela região inferior do maior vulcão ativo do planeta, o Mauna Loa, no Havaí. Ele não fazia ideia do que havia descoberto, então acionou as autoridades do Hawaii Volcano Observatory ( HVO), que foram responsáveis por datar o achado.
Acredita-se que as bombas em questão tenham sido utilizadas com o intuito de reter a lava e salvar a cidade havaiana de Hilo de uma catástrofe quase iminente. No entanto, eficácia do ato foi questionada por algumas autoridades, como o geólogo do Serviço Geológico dos Estados Unidos, Harold Stearns.

7. Pedras preciosas
Na antiga casa para bispos na França, o presbitério de Saint-Tropez, durante uma enorme obra de demolição do local para a construção de um novo estabelecimento, um dos pedreiros que trabalhavam na obra foi responsável por encontrar itens muito valiosos. Ele descobriu pelo menos 60 pedras preciosas na lareira do antigo edifício.
Após uma rápida observação, conclui-se que, entre as pedras, estavam safiras, esmeraldas, rubis e até mesmo um diamante. Elas foram encontradas pelo trabalhador dentro de caixas de charuto, achadas ao acaso.

8. Âncora egípcia de 3.400 anos

Crédito: Divulgação/Museu de Israel


Uma âncora egípcia de aproximadamente 3.400 anos foi descoberta pelo médico veterinário Rafi Bahalul, que estava dando um mergulho matutino na costa norte de Israel, ou seja, no mar Mediterrâneo. Ele disse: “continuei nadando por alguns metros, depois percebi o que tinha visto e mergulhei para tocá-lo”.
De fato, o que ele havia encontrado era impressionante. O pedregulho descoberto por ele estava decorado com a imagem de uma deusa antiga, além de alguns hieróglifos. Segundo Bahalul “era como entrar em um templo egípcio no fundo do Mediterrâneo”.

9. Estrutura de madeira mais antiga do mundo

Crédito: Archaeological Centre Olomouc


Em uma construção de uma rodovia na cidade de Ostrov, na República Tcheca, trabalhadores encontraram uma estrutura de madeira que é considerada a mais antiga do mundo, com datação precisa de mais de 7,5 mil anos (ou seja, do sexto milênio antes de Cristo). O poço neolítico possui marcas de técnicas sofisticadas de construção, o que surpreendeu os pesquisadores.
"Acreditamos que o poço foi usado pelas pessoas durante a chamada revolução neolítica, quando houve uma transição da caça e coleta para a agricultura e assentamentos permanentes. Essas pessoas provavelmente construíram casas simples e animais domésticos", explicou Jaroslav Peška em comunicado oficial do Centro Arqueológico de Olomouc.

10. Possível túmulo viking

Crédito: Divulgação/Conselho do Condado de Nordland


Enquanto estava abrindo o solo da casa, para instalar o isolamento, um casal de Seivåg, na Noruega, descobriu que talvez sua residência estivesse sobre uma descoberta arqueológica. Eles encontraram contas de vidro e um machado. Quando chamaram especialistas para observar o local, estes começaram a pensar que se tratava de um túmulo viking.
O achado era muito raro: nada assim foi encontrado no país até hoje. "Foi encontrado sob pedras que provavelmente representam um marco sobre túmulos. Encontramos um machado datado entre 950 d.C e 1050 d.C. e uma pérola de vidro azul escuro, também do final do período Viking", explica o arqueólogo Martinus Hauglid, do Governo do condado de Nordland.

Fonte: AH

Raro diamante azul de 20 quilates é encontrado em país africano







Okavango Diamond Company (Foto: Um diamante raro e azulado foi descoberto em Botswana )

A Okavango Diamond Company (ODC), companhia governamental de Botswana (país localizado na região sul da África), revelou a descoberta de um diamante arredondado que pesa 20,46 quilates: uma das pedras mais raras do mundo, o diamante conta com uma coloração azul e surgiu há 3 bilhões de anos devido a atividades vulcânicas. Ele foi batizado de “The Okavango Blue”, em homenagem ao Delta do Okavango, reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO.
“Todos que viram o diamante ficaram maravilhados com sua coloração única, que vai além de qualquer outra pedra preciosa azul que se tenha visto antes. É incrivelmente incomum que uma pedra dessa cor e natureza venha de Botswana, é um achado único na vida, que é tão raro como uma estrela na Via Láctea”, afirmou um porta-voz da ODC, em comunicado. De acordo com ele, o diamante será vendido no ano que vem após passar por uma exibição. 

Os diamantes azuis, tais como o “The Okavango Blue”, são tão raros que, de acordo com especialistas, eles compõem apenas 0,02% do número de diamantes encontrados. Os diamantes azulados são formados por traços do elemento químico boro que substituem os átomos de carbono na composição da pedra. Quanto mais boro, mais vibrante é a tonalidade de azul.
Outras cores aparecem nos diamantes quando, além do carbono, há presença de outros elementos na composição da pedra ou quando há partículas de material mineral não pertencentes originalmente a esse tipo de pedra preciosa. Quando não há nenhuma impureza, os diamantes não apresentam coloração: são transparentes. 
Atualmente o diamante mais famoso do mundo é o Hope Diamond, que possui 45,52 quilates e está exposto no Museu Nacional de História Natural de Washington, DC, nos Estados Unidos.

Fonte: GALILEU