segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Brasil é responsável por produzir um terço das gemas do mundo

Brasil é responsável por produzir um terço das gemas do mundo





Pedras brutas nacionais se destacam por sua grande variedade de cor

Topazios Azuis (Foto: Daniela Newman)
Entre as pedras exportadas pelo Brasil estão os topázios azuis (Foto: Divulgação/Daniela Newman)
No cenário internacional, o Brasil é conhecido pela produção de grande diversidade de pedras preciosas, sendo, segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), um dos principais produtores de esmeraldas e o único de topázio imperial e de turmalina Paraíba. Também fazem parte do acervo brasileiro outras pedras, que são comercializadas em larga escala, incluindo citrino, ágata, ametista turmalina, água-marinha, topázio e cristal de quartzo. Exceto no que diz respeito à comercialização de diamante, rubi e safira, o país é responsável, atualmente, pela produção mundial de aproximadamente 1/3 do volume de gemas, como são conhecidas as pedras quando lapidadas, ou polidas.
No Brasil, boa parte da produção de pedras preciosas é feita por garimpeiros e pequenas empresas de mineração, localizadas em sua maior parte nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Pará e Tocantins. Segundo ressalta Hécliton Santini Henriques, presidente do IBGM, cerca de 80% das pedras brasileiras têm como destino a exportação, incluindo esmeraldas, turmalinas, ametista, citrino, topázios e, principalmente, os cristais. Os outros 20% são destinados ao mercado interno, mais especificamente às indústrias joalheiras.

O parque industrial brasileiro voltado ao mercado de joias é bem diversificado. Conforme dados do IBGM, estima-se que existam, atualmente, aproximadamente 3.500 empresas, incluindo as de lapidação, de joalheria, de artefatos de pedras, de folheados e de bijuterias, localizadas, em sua maior parte, em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. O instituto destaca também o surgimento de novos polos industriais no Paraná, Pará, Amazonas, Ceará e Goiás.
“No que diz respeito à produção de pedras, o Brasil é um dos mais importantes do mundo em termos de variedade e volume. O nosso país continua sendo um dos principais produtores e exportadores, mas tem diminuído sua participação devido ao crescimento da África nesse setor. Os preços, tanto das pedras brasileiras, quanto das africanas, cresceram muito nos últimos seis anos, muito devido à entrada da China no mercado de joias, se tornando o principal país importador de pedras brasileiras. De janeiro a maio de 2016, o Brasil comercializou um montante de US$ 64 milhões em pedra lapidada e US$ 21 milhões em pedra bruta, sendo que, neste ano, devemos exportar o total de US$ 200 milhões”, prevê o presidente.
Tendências do mercado mundial
Nos últimos 20 anos, Hécliton ressalta que aumentou a procura por pedras coloridas e com preços mais acessíveis, o que acabou por beneficiar o Brasil. “O mercado tem procurado por mais cor. Hoje em dia, temos pedras rosas, amarelas, champanhe, preta, entre outras cores. Devido a essa tendência, o design de joias também mudou, o que exigiu pedras mais coloridas, chamadas no mercado internacional de ‘colored stones’, sendo um dos nossos principais mercados os Estados Unidos”, aponta o especialista.
Hécliton destaca que do volume total exportações brasileiras, 2/3 são referentes a pedras lapidadas e 1/3 a pedras brutas. “O custo da lapidação no Brasil é elevado em relação ao praticado em países como China e Vietnã, por exemplo. Ou seja, no caso de gemas mais baratas, mandamos as pedras brutas e as compramos lapidadas para termos mais competitividade no mercado nacional. Já as pedras de valor maior são lapidadas no Brasil mesmo. Outras pedras brutas não têm como ser lapidadas, como a druza ametista, conhecida também como ‘capelas de ametistas’”, ressalta.

Fonte: G1

ESMERALDAS

ESMERALDAS



Mais nobre variedade do mineral berilo, notabiliza-se pela luminosa cor verde-grama, devida aos elementos cromo e vanádio, bem como por sua relativa fragilidade e elevada dureza. Seu nome deriva do sânscritosamârakae deste ao gregosmaragdos.
A esmeralda já era explorada pelos egípcios por volta de dois mil anos antes de Cristo, nas proximidades do Mar Vermelho. Famosas desde a Antiguidade eram também as esmeraldas das minas egípcias de Zabarahque ornavam Cleópatra.
Quimicamente, a esmeralda se constitui de silicato de berílio e alumínio e, em estado bruto, apresenta a forma de um prisma hexagonal.
Em raros casos é inteiramente límpida, apresentando um cenário de inclusões conhecido como jardim das esmeraldas. Procuradas desde a chegada dos portugueses ao Brasil, sobretudo pelas expedições dos bandeirantes ao interior do país nos séculos XVI e XVII, as fontes de esmeraldas de aproveitamento econômico foram encontradas em nosso país somente no século XX.
Os mais belos espécimes de esmeralda do mundo procedem da Colômbia, onde são extraídas de rochas xistosas nas famosas minas de Muzo, Coscuez e Chivor.
Na África, há importantes países produtores, destacando-se principalmente a Zâmbia, 2º produtor mundial, o Zimbabwe e Madagascar.
O Brasil é atualmente o terceiro produtor mundial e as gemas provêm dos Estados de Minas Gerais (Garimpo de Capoeirana, em Nova Era; e Minas deBelmont e Piteiras, em Itabira); Goiás (localidades de Santa Terezinha e Porangaru), Bahia (localidades de Carnaíba e Socotó) e Tocantins.
Historicamente, o tratamento empregado com mais frequência em esmeraldas é o preenchimento de fraturas com óleos ou resinas naturais, com a finalidade de torná-las menos perceptíveis. Atualmente, as resinas artificiais, sobretudo o produto Opticon, têm substituído os tradicionais óleos e resinas naturais.
Esmeraldas obtidas por síntese são comercializadas desde 1956, empregando-se dois diferentes métodos. Elas se diferenciam das esmeraldas naturais principalmente pelas inclusões e/ou estruturas de crescimento.



Fonte: CPRM

CIRCUITO DAS PEDRAS PRECIOSAS

 CIRCUITO DAS PEDRAS PRECIOSAS





© Circuito Turístico Pedras PreciosasTeófilo Otoni - Pedras Preciosas - Circuito Turístico Pedras PreciosasPedras Preciosas
Este circuito é composto das cidades: Água Boa, Angelândia, Capelinha, Caraí, Carlos Chagas, Itamarandiba, Itambacuri, Jenipapo de Minas, Ladainha, Minas Novas, Nanuque, Novo Cruzeiro, Padre Paraíso e Teófilo Otoni.

O Circuito das Pedras Preciosas é conhecido pela riqueza de suas gemas coradas, pequenas preciosidades que guardam belezas únicas e encantam visitantes de todos os lugares do mundo. Este Circuito está perfeitamente centrado na maior província gemológica do planeta. A variedade é tamanha que chega a ser considerada uma "anomalia geológica" pela comunidade científica.


Há centenas de milhares de anos, um enfurecido caldeirão de magma exercia pressões inconcebíveis, levando massas de terra a se moverem. Calor intenso agia sobre as rochas, desestabilizando-as. Os átomos se libertavam de suas estruturas cristalinas misturando-se aos gases voláteis, à água e a outros elementos. Esses materiais abrigados nas fendas e nas cavidades rochosas foram se cristalizando à medida que a terra esfriava, formando pedras preciosas. Uma gema corada de boa qualidade é o resultado perfeito da alquimia gerada na Terra em um passado remoto.


O Circuito é conhecido ainda pelo sabor de sua carne de sol, pela qualidade da cachaça, pela beleza do artesanato, pela história da colonização do Vale do Mucuri, pelas flores e frutas da Lajinha, além das montanhas e das cachoeiras que oferecem condições ideais para a prática do ecoturismo e o esporte de aventura.


A região é cercada pela Serra dos Aymorés e banhada pelos Rios Mucuri e Jequitinhonha. As cachoeiras são inúmeras. Também é entrecortada por vales, canyons e trilhas ideais para a prática de rapel, canyoningcross, entre outras.


Ao cair da tarde, pode se contemplar o pôr do sol comungar com a natureza e se energizar. À noite, é obrigatório um bate-papo com os amigos, saboreando a deliciosa carne de sol da terra.


Teófilo Otoni é o ponto de partida para qualquer roteiro na região. A cidade está no centro da maior província gemológica do mundo; por isso, recebe anualmente uma das maiores feiras do gênero do planeta. A FIPP, como é conhecida a Feira Internacional de Pedras Preciosas, encanta turistas e compradores com o brilho de suas gemas.


Quem quiser conhecer a fonte de toda essa riqueza deve fazer um roteiro pelos garimpos dos municípios de Caraí e Padre Paraíso. Duas operadoras locais conhecem bem a região e estão aptas para atender os turistas. Sem dúvida, uma experiência emocionante.


Já os municípios de Itaipé e Ladainha abrigam as paisagens mais lindas de todo o Circuito. Excelentes para ecoturismo, a geografia dessas duas localidades presenteia os visitantes com inúmeras cachoeiras, pedras para escalada, rapel e rafting, além de fauna e flora plenamente preservadas nos fragmentos locais de Mata Atlântica.


Em Poté, Malacacheta, Minas Novas, Itambacuri e Água Boa, estão visíveis os traços mais marcantes do típico mineiro tradicional. Da devoção ao sagrado nas festas do Senhor Bom Jesus em Poté (setembro) e de Nossa Senhora dos Anjos em Itambacuri (agosto) até a fabricação do mais puro queijo minas em Malacacheta e Água Boa, o turista pode ver e apreciar todos os saberes e sabores dessa parte saudosista do Circuito.


Já em Nanuque e Carlos Chagas, os ares do agreste se misturam com os do litoral. O resultado é uma região perfeita para a prática de atividades aquáticas e de esportes radicais. Pescaria, passeios de barco, rafting, tirolesa, voo livre, escaladas, além de muito sol e calor, garantem dias de aventura para todo visitante.


Por toda essa diversidade de atrativos, o Circuito das Pedras Preciosas é considerado um dos destinos mais completos de Minas Gerais. Dessa maneira, pode realmente ser comparado com uma gema, que, somente após ser lapidada, transforma-se em uma joia da qual ninguém mais se esquece!


Venha nos visitar. Vamos levar você ao universo das gemas minerais, de forma lúdica e vivencial. Aqui você vai entender por que nosso nome é Minas Gerais. Uma experiência inesquecível, conhecer todo o processo produtivo desde sua origem, lapidação, identificação, história, causos e lendas garimpeiras. Oferecemos a você o privilégio de sentir e conhecer o milagre da criação em seu habitat.


Fonte: SENAC MG