sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
ALEXANDRITA
A mais rara e valiosa variedade do mineral crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II. De acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.
Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.

Esta instigante mudança de cor segundo o tipo de iluminação a qual está exposta à pedra, é denominada efeito-alexandrita, e deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.
Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, que consiste no aparecimento de um feixe de luz ondulante nas gemas lapidadas em estilo cabochão, e que apresentem determinados tipos de inclusões.
Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e AndhraPradesh).
A alexandrita é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932, e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatu e Uruaçu).
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
CRIANÇA DESCOBRE RARO OBJETO DE OURO DE 3 MIL ANOS EM ISRAEL
Ele participava de um projeto de escavação voluntário e acabou encontrando um artefato muito antigo e valioso
ISABELA BARREIROS

Binyamin Milt, um menino de 9 anos, participava do Projeto de Peneiração do Monte do Templo (TMSP), em Israel, um projeto de escavação arqueológica voluntário, quando percebeu que havia encontrado algo muito valioso. O pequeno estudante descobriu um artefato minúsculo, mas feito de ouro e muito bem preservado.
O que o garoto identificou durante o trabalho voluntário parece ser uma conta de ouro, conforme analisado pelos especialistas envolvidos no projeto. Ele mede cerca de 6 mm x 4 mm, sendo muito pequena, porém extremamente valiosa.
Os especialistas disseram ainda que o artefato provavelmente data da Segunda Idade do Ferro, próximo do período do Primeiro Templo. Isso indica que o objeto tem pelo menos 2.500 anos, podendo chegar até 3 mil anos de idade.
Essa descoberta arqueológica já é importante por si só. No entanto, os arqueólogos perceberam ainda que a maioria das contas encontradas na região eram feitas de prata. Na verdade, jóias feitas de ouro eram raras no local porque eram importadas.
Sobre arqueologia
Descobertas arqueológicas milenares sempre impressionam, pois, além de revelar objetos inestimáveis, elas também, de certa forma, nos ensinam sobre como tal sociedade estudada se desenvolveu e se consolidou ao longo da história.
Sem dúvida nenhuma, uma das que mais chamam a atenção ainda hoje é a dos egípcios antigos. Permeados por crendices em supostas maldições e pela completa admiração em grandes figuras como Cleópatra e Tutancâmon, o Egito gera curiosidade por ser berço de uma das civilizações que foram uma das bases da história humana e, principalmente, pelos diversos achados de pesquisadores e arqueólogos nas últimas décadas.
Fonte: UOL/AH


