domingo, 21 de março de 2021

Revolução na geologia: Diamantes de baixa pressão e diamantes junto com ouro

 

Revolução na geologia: Diamantes de baixa pressão e diamantes junto com ouro
Os diamantes foram formados dentro de inclusões fluidas, no interior de rochas de baixa pressão e temperatura.
[Imagem: N. Pujol-Solà et al. - 10.7185/geochemlet.2029]

Diamantes formados sob baixa pressão

Duas descobertas simultâneas envolvendo os diamantes podem ser o marco de uma verdadeira revolução na geologia, uma área normalmente associada à paciência do chamado "tempo geológico", em que as coisas parecem acontecer em câmera lenta.

Todos os livros-texto dizem que os diamantes formam-se nas altíssimas pressões e temperaturas das zonas profundas do interior da Terra, sendo trazidos à superfície através de estruturas tipo vulcânicas chamadas quimberlitos.

Mas Núria Pujol-Solà e seus colegas da Universidade de Barcelona, na Espanha, descobriram diamantes naturais formados sob baixa pressão e baixa temperatura em rochas oceânicas.

Muito distante do ambiente clássico de ultra-alta pressão, os diamantes se formaram nas rochas oceânicas de baixa pressão encontradas no Maciço Ofiolítico Moa-Baracoa, em Cuba.

Esta grande estrutura geológica encontra-se no lado nordeste da ilha e é formada por ofiolitos, rochas representativas da litosfera oceânica. Essas rochas oceânicas foram levadas à borda continental da América do Norte durante a colisão do arco da ilha oceânica do Caribe, entre 70 e 40 milhões de anos atrás.

"Durante sua formação nos fundos marinhos abissais, no período Cretáceo - cerca de 120 milhões de anos atrás -, essas rochas oceânicas sofreram alterações minerais devido às infiltrações da água do mar, processo que levou a pequenas inclusões fluidas no interior da olivina, o mineral mais comum neste tipo de rocha," explicou o professor Joaquín Proenza, líder da equipe.

Os nanodiamantes - medindo entre 200 e 300 nanômetros de diâmetro - estão justamente nessas inclusões fluidas, juntamente com os minerais serpentinito e magnetita, além de silício metálico e gás metano.

"Todos esses materiais se formaram sob baixa pressão (<200 MPa) e temperatura (<350 ºC), durante a alteração da olivina que contém inclusões fluidas," escreveu a equipe. "Portanto, esta é a primeira descrição de diamante ofiolítico formado a baixa pressão e temperatura, cuja formação sob processos naturais não deixa dúvidas."

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Revolução na geologia: Diamantes de baixa pressão e diamantes junto com ouro
O ouro e os diamantes foram encontrados juntos em conglomerados muito antigos - muito antes do que as teorias assumem ser possível que os diamantes chegassem à superfície.
[Imagem: Graham Pearson/Jesse Reimink]

Diamantes junto com ouro

Se você quisesse ficar rico rapidamente, provavelmente pensaria em ganhar na loteria ou achar uma mina de diamantes e ouro.

Mais fácil ganhar na loteria, diriam os geólogos, porque os minerais que contêm ouro e diamante são formados por processos geológicos muito diferentes, o que faz com que os dois não ocorram juntos.

Bom, assim diriam os geólogos até agora, porque uma equipe internacional acaba de encontrar diamantes em um afloramento sobre um depósito de ouro não explorado no Canadá.

"Os diamantes que encontramos até agora são pequenos e não econômicos, mas ocorrem em sedimentos antigos que são um análogo exato do maior depósito de ouro do mundo - os Campos de Ouro Witwatersrand da África do Sul, que produziram mais de 40 por cento do ouro já minerado na Terra," disse o professor Graham Pearson, da Universidade de Alberta.

"Diamantes e ouro são companheiros de cama muito estranhos. Eles quase nunca aparecem na mesma rocha, então esta nova descoberta pode ajudar a adoçar a atratividade da descoberta de ouro original se pudermos encontrar mais diamantes," completou.

Na verdade, as gemas e o metal nobre não tiveram a mesma origem. Eles estão em rochas muito antigas - mais de 3 bilhões de anos - conhecidas como conglomerados, que são basicamente o produto da erosão de antigas cadeias de montanhas que se depositam em canais de rios. E, tanto o ouro quanto o diamante, por serem pesados, depositam-se nos leitos dos rios. Com o passar do tempo, as rochas voltaram a se aglomerar, juntando os dois parceiros tão valiosos.

Embora os diamantes encontrados sejam bem pequenos - menos de um milímetro de diâmetro - as implicações geológicas são imensas. Por exemplo, devem ter existido quimberlitos para trazer os diamantes para a superfície no passado muito mais longíquo da Terra do que se acreditava.

Uma hipótese que a equipe levanta é que os diamantes podem ser derivados de uma raiz litosférica pequena e profunda, mas fria, que é a parte mais espessa da placa continental. "Isso é algo completamente inesperado de como pensamos que as condições eram há três bilhões de anos na Terra," disse Pearson.




Fonte: Site Inovação Tecnológica

Maior topázio azul do mundo, achado na Amazônia, será exibido em Londres









Extra

O maior topázio azul do mundo será colocado em exibição no Museu Nacional de História, em Londres, na Inglaterra, após ter sido guardado por seus donos por 30 anos. A pedra preciosa, que pesa 2 quilos e tem 9,381 quilates, foi encontrada em meados dos anos 1980, na Floresta Amazônica, pelo aventureiro britânico Max Ostro. Desde então, havia sido protegida em um cofre. As informações são do jornal "The Sun".
Segundo especialistas, o topázio é tão valioso que seu peço seria inestimável, passando de milhões de libras. Foi o filantropo Maurice Ostro, filho de Max, que morreu aos 84 anos em 2010, que decidiu colocar a pedra preciosa em exibição para ajudar a família em seus trabalhos de caridade. A partir do dia 19 de outubro, curiosos poderão ver de perto o topázio no Museu Nacional de História.

Topázio azul será exibido em museu londrino
Topázio azul será exibido em museu londrino Foto: PETER NICHOLLS / REUTERS

"Meu pai levou uma vida verdadeiramente extraordinária e era um homem de grande coragem e determinação. Acreditamos que compartilhando seu legado com os outros fazemos uma homenagem ao seu espírito indomável de aventura", disse Maurice.
O diretor do museu agradeceu a oportunidade de exibir o topázio: "Estamos muito satisfeitos em exibir esta pedra de topázio azul requintado ao lado de alguns dos melhores exemplos de minerais da natureza nesta galeria. Nossos agradecimentos vão para Maurice Ostro pela oportunidade de mostrar essa pedra maravilhosa para milhões de pessoas", disse.

Fonte: EXTRA

sexta-feira, 19 de março de 2021

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

 

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros





Mas, para encontrar pedra preciosa, é preciso sorte e dedicação.
Mineral é encontrado apenas em Pedro II e na Austrália.

Anay CuryDo G1, em São Paulo
Na pequena cidade de Pedro II, no norte do Piauí, a opala extra, pedra encontrada apenas nessa região e no interior da Austrália - que faz o mineral ser considerado precioso e chega a custar três vezes mais que o ouro - é o que move a economia local. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Divulgação/Sebrae)Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Marcelo Morais/Sebrae)
 
Tamanho é o valor do mineral que um garimpeiro chega a “achar” - com sorte e muita insistência - até R$ 60 mil em pedras em um mês. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra com tanta frequência. No entanto, segundo José Cícero da Silva Oliveira, presidente da cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, a atividade tem se desenvolvido, e o setor vem mantendo boas expectativas de crescimento - sustentável. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.

Na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas, que não castigam a cidade, diferente de muitos municípios do Nordeste, Pedro II tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Piauí. A população de Pedro II, segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.
Opala bruta (E) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Opala bruta (esq.) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)
 

Pedro II tem se consolidado, nos últimos anos, como um polo de lapidação de joias. “Além da opala, também usamos pedras de outros estados do Sudeste, do Sul. Compramos essas pedras, lapidamos e fazemos as joias”, contou a presidente da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, Surlene Almeida. Esse tipo de atividade é desenvolvida há cerca de oito anos.

Em relação ao tempo em que as minas de opala são exploradas, a transformação das pedras em joias é recente, mas está evoluindo. Na cidade, já foi instalado um centro técnico de ensino de lapidação, design e joalheria, segundo Surlene. “É como se fosse um curso técnico mesmo, onde as pessoas se especializam nessa atividade.”

Apesar de o forte da economia de Pedro II ser a mineração, a cidade também vive da agricultura familiar. Durante o inverno, que tem períodos mais chuvosos, muitos garimpeiros migram para esse outro tipo de sustento.


Fonte: G1

Jazida de Ametistas na Serra da Quixaba

Turmalina Paraíba - U$ 125 milhões!

 



Fonte da imagem: Reprodução/Oddee
Realmente o Brasil é uma terra de muitas preciosidades. A Etheral Carolina Divine também foi encontrada em nossas terras, classificada como uma turmalina Paraíba. As turmalinas Paraíba são nomeadas desse jeito por serem encontradas com maior facilidade nesse estado do Nordeste, apesar de serem extremamente raras. O principal diferencial dessa pedra é o tom de cor, levemente azulado, que não é encontrado em nenhum outro lugar do mundo.
Estima-se que um quilate (0,2 grama) da pedra custa em média U$ 30 mil e pode chegar a custar até U$ 100 mil, dependendo das características da gema. A maior dessas pedras já encontrada no mundo é a Ethereal Carolina Divine Paraíba. A pedra tem absurdos 191,87 quilates de puro azul, pertence filantropo canadense Vicente Boucher e foi avaliada em cerca de U$ 125 milhões!
Fonte: Portal do Geólogo