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sexta-feira, 2 de abril de 2021
quinta-feira, 1 de abril de 2021
Que tipos de solo contêm ouro
O mineral pode variar de pequenas partículas, como grãos, a pepitas.
O Ouro aluvião é aquele que é encontrado na superfície sem que seja preciso uma escavação, facilmente detectado com um detector de metais.

O ouro também pode ser encontrado em areia preta geralmente em curvas de rios ou em zonas de praia próximos de rios em que há relatos de achamentos de ouro.
Formas em que o Ouro é encontrado

O Ouro primário é o que esta inserido na rocha ou na rocha alterada na superfície, ou lagrese.
Ele não esta sempre em forma de filões, que é a forma mais conhecida.
Ele esta sob diversas formas:
- disseminado no granito na pirita onde essa pirita quando altera cria uma cor vermelha no barro;
- Em gossans: são as pedras vermelhas tipo laterita mas muito mais pesadas, quando esse ouro disseminado apresenta concentrações de pirita; o gossan é formado pela alteração da pirita formando chapéus de ferro; geralmente há o gossan e há os veios de quartzo juntos;
- Em veios de quartzo verticais com ou sem pirita, formando os conhecidos filões, mas estes só tem larguras de alguns cm a no máximo poucos metros de espessura;
- Em stockworks de quartzo com veios de todas as direções chamados de casqueiros e próximos a uma shear ou zona de cizalhamento;
- Em veios horizontais de cada lado de uma shear, chamados de sheeted veins;
- Em corpos de vulcânicas com vênulas de quartzo ou de sulfetos.
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quarta-feira, 31 de março de 2021
Rios, terras e alimentos contaminados: como vivem os afetados pelo garimpo ilegal
Intoxicação por mercúrio, metal utilizado para extração do ouro, pode gerar malformação de fetos, cegueira e até morte

Pense na água que você bebe e que usa para tomar banho. Pense também na sua comida, suas frutas, legumes e verduras. Preste atenção ao solo onde você pisa e ao ar que você respira. Agora, imagine tudo isso contaminado por mercúrio, substância tóxica para humanos. Essa é a realidade de todos os indígenas da etnia Munduruku na região do médio Tapajós, no Pará.
Em dezembro de 2020, um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre os impactos do mercúrio em áreas protegidas e nos povos da Floresta Amazônia revelou que 100% dos indígenas Munduruku estão contaminados pelo mercúrio do garimpo.
A substância é utilizada no garimpo do ouro para facilitar o processo de separação de partículas e é tóxica para a vida humana e para o meio ambiente. Metal pesado altamente tóxico, os danos causados pela contaminação com mercúrio costumam ser graves e permanentes.
Vítimas da atividade garimpeira há mais de 70 anos, os indígenas do território localizado no médio Rio Tapajós, entre os municípios paraenses de Itaituba e Trairão, enfrentam uma situação grave de abandono e negligência.
As estatísticas oficiais marginalizam esses dados de contaminação e ignoram todos os problemas causados para as populações desses territórios, afirma Paulo Basta, coordenador da pesquisa.
“O mercúrio passa por uma notificação muito marginal, como intoxicação exógena. Só a gente da Fiocruz, a partir da pesquisa, temos mais de 500 casos de contaminação [de indígenas Munduruku] por mercúrio para notificar, e esses casos não aparecem nas estatísticas oficiais”, explica.
Situação é similar em outras etnias
A contaminação por mercúrio não é exclusividade dos Munduruku. Em 2016, a Fiocruz publicou o estudo "Avaliação da Exposição Ambiental ao Mercúrio proveniente da Atividade Garimpeira de Ouro na Terra Indígena Yanomami, RR, Amazônia, Brasil”, que mostrou que povos das etnias Yanomami e Ye'keuna também são atingidos diretamente pelo mercúrio utilizado no garimpo.
O nível de mercúrio nos indígenas que participaram da pesquisa chegou a 92,3%. O resultado foi obtido através de amostras de cabelo dos povos das comunidades Papiú, Waikás e Aracaçá, regiões onde há grande exploração de garimpo ilegal de ouro.
O estudo revela ainda que, no caso da Terra Indígena Yanomami, a contaminação pode ser classificada como crônica.
:: Garimpo ilegal desmatou o equivalente a 500 campos de futebol na TI Yanomami em 2020 ::
Um indígena Yanomami que não quis se identificar conta que convive com o garimpo próximo a sua comunidade há mais de 10 anos. Ele explica que não há como fugir da contaminação, uma vez que as águas e os peixes consumidos pelos indígenas do território contém um alto teor de mercúrio por conta da mineração.
Após a chegada dos garimpeiros invasores, o comportamento dos moradores de sua comunidade ficou prejudicado. “Sentimos muito cansaço, coisa que a gente não sentia antes. Tem gente que vê coisa, tem gente que o corpo treme. Isso não acontecia antes deles chegarem aqui”, explicou ao Brasil de Fato.
Sintomas irreversíveis
Febre, tremores, reações alérgicas na pele e nos olhos, sonolência, irritabilidade, dores de cabeça, delírios, fraqueza muscular, náuseas, cefaleia, reflexos lentos, memória falha e mau funcionamento dos rins, fígado e pulmão são alguns dos sintomas de intoxicação por mercúrio.
No caso de longa exposição à substância, como a que acontece na região amazônica do Brasil e atinge toda a cadeia de exploração do ouro e seu entorno, os sintomas são mais graves e incluem falta de sensibilidade nas mãos, braços, pernas e pés, alergias intensas, alterações no sistema nervoso central, perda de visão, além de implicações cardíacas e no sistema reprodutor.
As consequências da intoxicação por mercúrio podem levar a morte.
Em mulheres grávidas, o mercúrio atinge o feto, podendo causar malformações, retardo no desenvolvimento, entre outras complicações que podem comprometer toda uma geração de indígenas.

Pista de pouso ilegal e posto de saúde do Kayanay em dezembro de 2020 / ISA/HAY
Começo do garimpo ilegal remonta à colonização
Francisco Kelvim, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Rondônia, explica que a atividade garimpeira está diretamente ligada ao processo de colonização e de ocupação do território amazônico.
“Desde o período da colonização portuguesa nesta porção do Brasil, o garimpo do ouro foi uma das principais estratégias de consolidação de núcleos de povoamento. Esse processo, em grande medida, foi fundamental para o estabelecimento dos primeiros limites do que era o Brasil”, explica.
Kelvim relembra que a atividade garimpeira também foi essencial para a própria consolidação dos estados na região Amazônica, como no caso de Rondônia, Tocantins, Amapá e Roraima.
Durante o governo de Getúlio Vargas, empresas transnacionais começaram a atuar no ramo, dando início a mineração na Amazônia. Em 1945, a primeiro mineral explorado foi o manganês, no Amapá. Com a Ditadura Militar, a mineração se intensificou e se expandiu para outros minérios, como cassiterita, ouro, diamante e alumínio.
Depois do esgotamento das jazidas e com a diversificação econômica criada com o estabelecimento das cidades, a atividade garimpeira reduziu-se a uma pequena escala em regiões específicas. “Garimpos em grande escala só encontramos em processos muito localizados”, explica o coordenador nacional do MAB.
Segundo o pesquisador, a atividade garimpeira deixou de ser incentivada no início do governo Lula, com a implementação de leis que puniam a invasão e a exploração ilegal em territórios de povos originários, com a demarcação de territórios indígenas e com a criação de unidades de conservação federais e estaduais em toda a Amazônia.
O período coincidiu com um aumento da fiscalização em torno do desmatamento, das queimadas, da mineração ilegal e do trabalho escravo gerado pela prática.
Segundo Kelvim, uma série de ações recentes fizeram com que o garimpo se interiorizasse ainda mais. "Desde 2018, com o final do governo Temer, observamos uma diminuição dos recursos para fiscalização ambiental no país. Depois, com o governo Bolsonaro, há um incentivo muito claro a essas atividades de mineração", avalia.
:: Governo Bolsonaro atua para forjar apoio popular à mineração em terras indígenas ::
"Não só um incentivo, mas uma promessa de campanha. Bolsonaro não queria só legalizar e liberar a mineração nas terras indígenas, mas também liberar o garimpo, principalmente do ouro, na Amazônia", conclui.
Edição: Poliana Dallabrida
Fonte: Brasil de Fato
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