sábado, 10 de abril de 2021

A CORRIDA DO OURO DA CALIFÓRNIA

 

Num exemplo pioneiro de 'viral', seria fundado o Oeste americano


Mineiros em ação na Corrida do Ouro
Mineiros em ação na Corrida do Ouro - Wikimedia Commons

A formação dos Estados Unidos, que nasceram da reunião de 13 colônias britânicas banhadas pelo Atlântico, deve muito a dois fatores bem disparatados, que têm em comum uma incrível coincidência: a vitória militar sobre os mexicanos, que se traduziu na forma de novos territórios, e a descoberta de ouro na Califórnia. 

Na manhã do dia 24 de janeiro de 1848, o carpinteiro James Wilson Marshall e seus funcionários trabalhavam na construção de uma serraria no rancho de John Sutter, na região de Sierra Nevada, no centro da Califórnia. Marshall tinha de desviar um riacho para instalar a serra, movida pela força da água. Quando olhou para o leito lamacento do rio dos Americanos, algo chamou sua atenção: havia uma coisa brilhando ali, à luz do Sol. Era ouro. 



Descoberta atrasada

Naquela manhã, a Califórnia era simplesmente terra de ninguém. Uma semana depois, a guerra travada entre Estados Unidos e México chegaria ao fim - e a Califórnia (mais Arizona, Novo México, Nevada e Utah, no oeste do continente) se transformaria em território americano. O carpinteiro e o dono das terras selaram um pacto para manter segredo sobre a descoberta, que não durou muito tempo. No dia 15 de março, um jornal da cidade portuária de São Francisco, então um vilarejo, revelou a história - que incrivelmente não causou alarde.

Na verdade, ouro não era algo desconhecido por ali. "Mexicanos já haviam descoberto ouro no sul da Califórnia mais de dez anos antes", diz o professor de história americana Albert Camarillo, da Universidade Stanford.

Tome-se o exemplo de Samuel Brannan, de São Francisco. Ao saber que havia ouro na Califórnia, montou uma loja para vender bateias (as bacias em que se lava a areia para separar as pepitas de ouro), pás e picaretas. Depois, saiu correndo pelas ruas de São Francisco com uma garrafa supostamente com ouro em pó, aos berros: "Ouro! Ouro! Ouro do rio dos Americanos".



Caiu na rede

A "campanha" de Brannan antecipou o que hoje chamamos de "marketing viral" - e realmente contaminou a população. O comerciante foi o primeiro exemplo de um tipo de cidadão que se aproveitaria da corrida do ouro sem dar-se ao trabalho de garimpar para ganhar muito dinheiro. Uma bateia que ele havia comprado por 20 centavos de dólar dias antes era vendida por 15 dólares. Em 9 semanas, ele faturou 36 mil dólares (ou 1 milhão de dólares em dinheiro de hoje).

Outro empreendedor que se deu bem foi um alfaiate que criou uma calça de tecido grosso com rebites, perfeita para quem encarava o pesado trabalho de mineração. Ele se chamava Jacob Davis e se associou ao imigrante alemão Levi Strauss, que acabou batizando a calça jeans em 1853.



O ouro que brotava na Califórnia era generoso. Nos primeiros meses depois da descoberta, era possível coletar as pepitas diretamente do solo. Bastava agachar e pegar. O metal precioso era encontrado em leitos de rios e em ravinas aos borbotões. O mexicano Antônio Franco Coronel, por exemplo, abandonou o emprego de professor em Los Angeles e em três dias de mineração recolheu 4,2 kg de ouro. "Quem chegou cedo se deu bem", diz Susan Lee Johnson, historiadora da Universidade de Wisconsin.

Em pouco tempo, o rancho de John Sutter foi cercado por milhares de caçadores de fortuna. Barcos que atracavam em São Francisco, a 212 km dali, eram abandonados pelos marinheiros. A própria cidade ficou praticamente vazia. Em agosto de 1848, a notícia chegou a Nova York.

Em dezembro, depois de receber um pacote com pepitas, o presidente americano James Polk foi ao Congresso para anunciar o achado. Nos 5 anos que se seguiram à descoberta, 300 mil pessoas do mundo todo correram para a Califórnia e tiraram de suas entranhas 370 toneladas de minério (em dinheiro de hoje, algo como 19,4 bilhões de dólares).


Fonte: AH/UOL


sexta-feira, 9 de abril de 2021

Como achar um filão de ouro em poucos dias

 

 



Todo ouro aluvionar tem uma fonte original, Não há ouro sem mãe.
O ouro aluvionar é espalhado em grandes superfícies e depositado de forma horizontal;
Essas 2 características fazem deste tipo de ouro uma forma relativamente fácil de encontrar-lo.
Adicionado a forma do garimpeiro de pesquisar, testando o cascalho das grotas, de uma forma sistemática, pois cada garimpeiro fazendo o seu esforço individual, o esforço concentrado de todos os pesquisadores acabara formando uma cobertura sistemática; aí esta encontrado a forma de detectar praticamente todo o ouro aluvionar existente.

Mas quando tratar-mos do caso dos colúvios ou derrames e paleoaluvióes, ainda temos uma ocorrência horizontal, mas desta vez menos espalhada que do os aluviões
Tudo isto forma o ouro secundário, fácil, mas de volume limitado, pois ele é tão somente o que a erosão arrancou dos primários para espalhar
Mas de onde vem esse ouro secundário e como é que ele saiu dos primários?
O Ouro primário é o que esta inserido na rocha ou na rocha alterada na superfície, ou lagrese
Ele não esta sempre em forma de filões, que é a forma mais conhecida:
Ele esta sob diversas formas:
- disseminado no granito na pirita onde essa pirita quando altera cria uma cor vermelha no barro;
- Em gossans: são as pedras vermelhas tipo laterita mas muito mais pesadas, quando esse ouro disseminado apresenta concentrações de pirita; o gossan é formado pela alteração da pirita formando chapéus de ferro; geralmente há o gossan e há os veios de quartzo juntos
- Em veios de quartzo verticais com ou sem pirita, formando os conhecidos filões, mas estes só tem larguras de alguns cm a no máximo poucos metros de espessura
- Em stockworks de quartzo com veios de todas as direções chamados de casqueiros e próximos a uma shear ou zona de cizalhamento;
- Em veios horizontais de cada lado de uma shear, chamados de sheated veins
- Em corpos de vulcânicas com vênulas de quartzo ou de sulfetos



Cuidado: quando o filão é rico, ele é pouco espesso, é como se houvesse um equilíbrio; largo, o ouro fica espalhado, estreito, ele fica concentrado;
Isto se aplica na forma micro como na macro:
Quando há muito ouro num aluvião grande destes tipo do Rosa de Maio, Marupa, há menos chances de ter filões ricos, porque se os filões são ricos, eles são pequenos e se são pequenos, eles não terão fornecidos material suficiente para abastecer um aluvião tão grande. Esses grandes aluviões abasteceram-se com primários grandes, portanto pobres, disseminados;


     

                                        Quartzo Aurífero

CITRINO DOURADO LAPIDADO - 36 QUILATES

EXTRA- BAMBURRO EM MINA DE TURMALINA VERDE