segunda-feira, 10 de maio de 2021

ESMERALDA NA ROCHA MATRIZ


                         ESMERALDA NA ROCHA MATRIZ



Esmeralda é uma variedade do mineral berilo (Be3Al2(SiO3)6), a mais nobre delas. Outras variedades de berilo são a água-marinha, a morganita, o heliodoro, a goshenita e a bixbyíta. Sua cor verde é devido à presença de quantidades mínimas de crômio e às vezes vanádio.

Esmeraldas lapidadas
Esmeralda facetada colombiana

É apreciada como gema e o preço por quilate a coloca entre as pedras mais valiosas do mundo, perdendo algum desse valor frequentemente devido às inclusões que ocorrem em todas as esmeraldas, Elas, porém, são úteis pois ajudam a identificar a gema e podem indicar sua procedência. Tem dureza de 7.5 - 8.0 na Escala de Mohs, no entanto esta dureza pode ser bastante reduzida dependendo do número e tamanho das inclusões.

As principais jazidas de esmeraldas são colombianas, mas pode ser encontrada também no Brasil na Serra da Carnaíba - Bahia, Itabira - Minas Gerais, Campos Verdes - Goiás, Rússia,no Zimbábue e no Afeganistão.

É transparente e opaca, mas apenas as variedades mais preciosas são transparentes.

A etimologia da palavra "esmeralda" pode provir de duas origens:

  • do grego "smaragdos"
  • do hindu antigo, de significado "pedra verde"

A esmeralda é extremamente sensível a pancadas fortes, riscos e mudanças de temperatura repentinas.





Fonte: Wiki


Opala Nobre

 

Opala Nobre






OPALA NOBRE DE PEDROII PIAUÍ

A opala é a pedra preciosa nacional da Austrália e, embora seja mais comumente verde ou branca, a opala pode ocorrer em (e refletir) quase todas as cores imagináveis ​​- como pode ser visto nas fotos acima. [1] A estrutura da opala não é realmente cristalina, e por isso é classificada não como um mineral, mas como um "gel mineralóide"; composto de esferas microscópicas de sílica (SiO 2 ) embaladas em uma rede . A opala também contém quantidades variáveis ​​de água, além da sílica em sua estrutura [2] - tipicamente 3-10%, mas às vezes chega a 20%.
Opala
Opala preciosa de Opalville, Queensland, Austrália 
Foto por sulla55 - lançada sob licença CC-ASA 2.5
Existem muitas variedades nomeadas de opala, e estas foram categorizadas em três grupos principais. A primeira opala preciosa , que pode ocorrer em várias cores, é famosa por seu efeito de cor , causado pela difração da luz dentro da rede de esferas de sílica. Este efeito "arco-íris" não deve ser confundido com opalescência , que é a nebulosidade turva ou "milkiness" de pálido "potch" ou opala comum. Sub-variedades de opala preciosas incluem opala branca, opala preta, opala de pedra, opala de geléia, opala de arlequim e opala de cristal. Como você pode ver na imagem à esquerda, essas pedras podem se assemelhar a uma imagem quase sci-fi que você pode ver em jogos ou filmes de RPG on-line. Embora você possa ver imagens semelhantes em jogos rpg on-line gratuitos ou até mesmo pago online rpg jogos online é raro encontrar um opala usado em qualquer um deles.
A segunda categoria principal de opala é o opala de fogo , que apesar de seu nome, não exibe o efeito de jogo de cor. É nomeado por sua cor laranja e é muitas vezes nublado, com os melhores espécimes sendo laranja transparente. Essas pedras são às vezes lapidadas como pedras preciosas [4] e um dos mais importantes produtores de opala de fogo é o México. [1]
A terceira categoria principal de opala é opala comum . Isso também tem o apelido de "potch" e é simplesmente qualquer opala que não pertença a nenhuma das duas primeiras categorias. Não exibe o efeito de reprodução de cor. Sub-variedades de opala comum incluem opala de ágata, opala de pele de anjo, opala de mel, hyalite (incolor e clara), hydrophane, porcelana opala, girasol , opala de cera. [4] [5]
O hidrophane é o opal que uma vez teve o jogo da cor mas tornou-se turvo (nebuloso) com a perda da água. Se absorver água novamente, ela se tornará translúcida, e isso fará com que o jogo de cores retorne. [5] Em muitos casos, a opala pode tornar-se frágil ou perder seu jogo de cor se mantida muito seca - no entanto, ao ser usado próximo à pele, ela fornece a umidade necessária para que retenha sua cor. Algum opal hoje em dia é selado com resina protetora. [5]
A maior parte da opala preciosa do mundo é produzida na Austrália, e estima-se que cerca de 95% da opala fina do mundo venha desse país. Foi encontrado pela primeira vez lá em 1849 [5] e antes do surgimento da opala australiana, a melhor opala veio da Eslováquia. Existem depósitos de opalas em muitos locais ao redor do mundo - incluindo Nevada, EUA, onde uma variedade de preciosas opalas negras é encontrada. O opala de fogo preto é a gema do estado de Nevada. Outros locais proeminentes em todo o mundo para a opala incluem Hungria, Indonésia, Etiópia, Canadá, China, República Tcheca, Eslováquia, França, Alemanha, Hungria, Itália, Brasil, em PedroII Piauí está a maior reserva de opala nobre do mundo,com valores iniciais de 5/8 bilhões de dólares e outros lugares nos EUA. [6]
Em 1974, foi descoberto como sintetizar opala e agora é fabricado. No entanto, grande parte da opala sintética contém outros materiais, como plásticos, e é categorizada como "imitação de opala". Um dos melhores testes de opala genuína é a fluorescência - e opala genuína mostrará melhor fluorescência sob luz UV. [2]

Imagens de opala

Opala
Opala - da Austrália 
Foto de Hannes Grobe - lançada sob licença CC-ASA 2.5
Opala Cabochão
Opala cabochão de Yowah, Queensland, Austrália 
Foto por lanches Noodle - lançada sob licença CC-ASA 2.5
Pulseira de opala
Bracelete de opala
tamanho da pedra: 15mm x 18mm
Opala de fogo
Foto de opala de fogo 
por Elke Wetzig - liberada sob licença CC-ASA 2.5
Opala
Opala
"Uma rosa de fogo se fechou em um véu de neve; 
Um brilho de abril em torno de um céu embaçado: 
Uma jóia - uma alma! Olhe profundamente se você soubesse 
O feitiço da bruxaria pálida". 
- Ednah Proctor Clarke, "An Opal", 1896.



Fonte: CPRM

sexta-feira, 7 de maio de 2021

DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS JAZIDAS DE OURO BRASILEIRAS

 






1. REGIÃO DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO

Esta região destaca-se como a maior produtora de ouro durante o período de 1982 a 2000 ultrapassando 140 toneladas de ouro proveniente das minas de Morro Velho, Cuiabá, São bento, Raposos e Itabira que se apresentam atualmente em operação.

Os depósitos que ocorrem no Quadrilátero Ferrífero podem ser divididos em três tipos principais:

1- Depósitos no greenstone belt Rio das velhas. Podem ser divididos em quatro categorias:


A)jazidas Hidrotermais em veios de quartzo-pirita-Au em clorita xistos máficos e ultramáficos. Ocorrem nas proximidades de Morro Velho, numa faixa a oeste de São Bartolomeu, a oeste de Caeté e ao sudeste de Conselheiro Lafaiete. Reservas pequenas raramente ultrapassando 5t de AU com teores variando entre 0,5 e 3gAu/t.

B)Formação Ferrífera Bandada (BIF) fortemente sulfetada com magnetita-pirita+pirrotia+calcopirita-Au e sulfetos menores tipo Raposos, Cuiabá e São Bento. São jazidas de maior porte, com reservas podendo ultrapassar 15t com teor médio 10gAu/t.

C) "Lapa Seca", ou quartzo-ankerita-albita-clorita-xisto com quartzo-pirita+arsenopirita+pirrotita-calcopirita-Au associado com metavulcânicas ácidas ou sedimnetos carbonatados tipo Morro Velho. São depositos longos, ramificados, relativamente delgados, fortemente controlados pelos plunge das dobras, podendo apresentar reservas de até 40 t de ouro, chegando a 100t.


D) Turmalinito em quartzo-biotita-carbonato xistos em depósitos concordantes tipo "Lode" com fracos mergulhos, com pirita-arsenopirita-pirrotita-Au-teluretos-bi minerais, tipo Mina da Passagem, com reservas de ate 15t com teores variando entre 3 e 7gAu/t.


2- Mineralizacões em Itabiritos (Jacutinga); trata-se de um itabirito pulverulento, estruturado com caolinita, hematita, quartzo e talco sendo caracterizada pela presença de sulfetos. A presença de goethita e óxidos de Mn e relativamente freqüente. Anteriormente a 1900, oriunda de Itabira foi reportada a produção estimada em 1300kg de Au. De outros depósitos tais como Boa Vista, Brucutu, Córrego São Miguel e Morro das Almas, não existe produção registrada. Aparentemente desde que a Mineradora Vale retomou a produção de ouro em Itabira, onde a produção média pode ser estimada em 4t/ano, o que permite estabelecer em 15 anos uma produção cumulativa de 60t.


3- Mineralizacões em lentes de meta-conglomerados da Formação Moeda. São conhecidas as mineralizacões de Cata Branca e Joaquina.


2. REGIÃO DO RIO ITAPICURÚ

Na região do Rio Itapicurú, no Oeste do Estado da Bahia, foram descritas seqüências de rochas do tipo greenstone belt (Greenstone Belt do Rio Itapicurú - GBRI) onde estão hospedadas as jazidas de Fazenda Brasileiro e Maria Preta. A mina de Fazenda Brasileiro operada pela VALE localiza-se na porção meridional do GBRI. A produção média anual é de 5t de Au, com reservas de 103,5 t e teor médio de 6,6g/t.


3. REGIÃO DE CARAJÁS

Essa região apresenta um potencial ainda não totalmente conhecido. A principal jazida atualmente em exploração, Igarapé Bahia operada pela Mineradora Vale, com uma produção acumulada nos últimos 10 anos de aproximadamente 72 t de Au. Salobo constitui outro importante depósito ainda não explorado, mas com reservas estimadas em mais de 167 t. Em ambos depósitos o ouro ocorre associado a sulfetos de Cobre na rocha primaria embora só seja lavrado na porção laterítica do depósito de Igarapé Bahia, e em salobo ocorre como subproduto do minério de Cu na mineralizacão primária.

Há controversas a respeito da origem dessas mineralizacões. Alguns autores consideram estes depósitos como do tipo óxido-Fe-Cu-Au-terras raras, devido a abundancia desses metais e semelhança com o clássico depósito Olympc Dam na Austrália do sul.Outros, no entanto, preferem relacioná-lo ao tipo sulfeto maciço vulcanogênico devido a forte predominância de rochas vulcânicas na área da jazida.

O depósito de Águas Claras com aproximadamente 20t de ouro que se encaixa em meta-arenitos arqueanos, embora a mineralizacão aurífera possa estar relacionada à presença de um corpo ígneo gabróico que se encontra intercalado na seqüência sedimentar. No depósito de serra pelada o ouro ocorre disseminado, e associado com elementos do grupo da platina, em formações metassedimentares arqueana compostas por meta-siltitos carbonáticos, manganesíferos e grafitosos com estruturas brechadas. Acredita-se que foram extraídas cerca de 130t de Au durante o período da garimpagem nos anos 80.


4. REGIÃO DE CRIXÁS
O distrito aurífero de Crixás, no sul de Goiás, encontra-se no greenstone belt arqueano de mesmo nome contendo um depósito principal (mina III, com 65t de Au) e diversos depósitos menores que estão controlados estruturalmente por zonas de cisalhamento regional tais como os de Mina Nova e Pompex.

O ouro ocorre associado a formações sulfetadas (pirrotita e arsenopirita) em veios de quartzo e disseminado em xistos carbonosos e máficos. Na jazida de Mina III estima-se que antes da produção, as lentes de sulfeto maciço encerrem cerca de 2Mt com teores de 12g t de Au.


5. REGIÃO DE JACOBINA

Os principais depósitos de ouro da serra de jacobina na Bahia (minas de João Belo e Canavieiras) estão predominantemente encaixados em meta-conglomerados oligomíticos ricos em pirita e mica verde fuchsita (Formação Córrego do Sitio). Pela similitude litológica foram comparadas aos conhecidos depósitos de tipo paleoplacer de witwatersrand na África do sul. No entanto estudos mais recentes sugerem um modelo epigenético (fluidos hidrotermais tardios) para a formação dessas jazidas já que foram encontradas evidências nas regiões de corpos mineralizados estruturalmente controlados encaixados em quartzitos, rochas máficas e ultramáficas, afetadas pela alteração hidrotermal tardia.

Os depósitos de João Belo e Canavieiras apresentam reservas da ordem de mais de 300 t de Au e produção acumulada da ordem de 20 t.





Fonte: Brasil mineral