sexta-feira, 14 de maio de 2021

Joias raras dadas à filha de Napoleão são leiloadas por mais de R$ 8,4 milhões


Com nove peças, a coleção é composta por uma tiara, brincos, 

um anel, uma pulseira e pingentes

Jacqui Palumbo, da CNN
13 de maio de 2021 às 09:37 | Atualizado 13 de maio de 2021 às 09:42
Joias Napoleão
Foto: Christie's

Um conjunto raro de joias pertencente a Stephanie de Beauharnais, grã-duquesa de Baden e filha adotiva de Napoleão Bonaparte, superou as estimativas durante leilão na quarta-feira (12) e foi vendido por 1,52 milhão de francos suíços (R$ 8,87 milhões).

Com nove peças, a coleção é composta por uma tiara, brincos, um anel, uma pulseira e pingentes. As joias da tiara e da pulseira - outrora parte de um cinto - foram reformadas pela filha da grã-duquesa, a princesa Josefina.

As joias foram vendidas individualmente na Christie's, em Genebra, 200 anos após a morte do imperador francês. Cada item excedeu as estimativas iniciais da casa de leilões, que variaram de 10 mil a 250 mil francos suíços (R$ 58 mil a R$ 1,45 mi) por peça. O maior lance foi para uma tiara de safira e diamante que rendeu 525 mil francos suíços (mais de R$ 3,06 mi).

"Sob a corte de Napoleão, joias eram uma parte essencial da moda e as mulheres usavam combinando, tiaras, colares, pulseiras, broches, anéis, brincos e cintos decorados com pedras preciosas", disse o especialista da Christie's, Lukas Biehler, em um e-mail antes do leilão.

"A moda ditava que a cintura era muito alta nos vestidos e as damas da corte precisavam de um cinto, que era colocado logo abaixo do decote. Safiras de alta qualidade eram incrivelmente raras, pois estamos falando de um período anterior à mineração industrial."

Também foi destaque na venda da Christie's uma coroa de safira e diamante que pertenceu à monarca português do século XIX, Maria II, cuja filha, Infanta Antónia, acabou se casando com o neto de Stephanie de Beauharnais, príncipe Leopoldo de Hohenzollern. A coroa foi vendida por 1,77 milhão de francos suíços (R$ 10,32 mi).

No entanto, um diamante de 100,94 quilates, que a Christie's disse ser a maior pedra já lapidada na Rússia, foi vendido por 12,84 milhões de francos suíços (R$ 74,87 milhões).

O conjunto Beauharnais foi feito no início do século XIX com 38 safiras originárias do Ceilão (hoje Sri Lanka), de acordo com um comunicado à imprensa da Christie's. Os brincos são feitos de safiras em forma de pêras e almofadas, enquanto o colar apresenta safiras em degraus octogonais - todas rodeadas por diamantes.

Uma nota escrita encontrada com as caixas de joias indicava que a prima da Grã-Duquesa de Baden, Hortense de Beauharnais, deu a ela o conjunto, de acordo com a Christie's.

"É possível que Stephanie tenha comprado a parure de sua querida prima", disse Biehler, apontando para a estreita relação entre as duas que foi documentada por meio de suas extensas cartas, que residem na coleção da Fondation Napoleon em Paris.

As joias são semelhantes em estilo a um colar de esmeraldas e diamantes e um conjunto de brincos presentes no Victoria & Albert Museum em Londres, que se acredita ter sido um presente de Napoleão e sua consorte Joséphine para a grã-duquesa. De acordo com a descrição do museu, “as grandes pedras e a simplicidade do desenho são típicas das joias apreciadas na corte de Napoleão”.

Acredita-se que o conjunto do Victoria & Albert Museum, também parte de um grupo maior, tenha sido um presente de casamento para seu casamento arranjado com o grão-duque de Baden em 1806. O próprio Napoleão não tinha herdeiros diretos no momento de sua morte.


Fonte: CNN

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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Brasil de volta ao clube dos grandes produtores de diamante

 

Descoberta na Bahia estimula corrida pelo mineral. País pode subir a 11º lugar no ranking
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Diamante (Foto: Peter Macdiarmid/Getty Images)
Após a descoberta na cidade de Nordestina, no interior da Bahia, de uma reserva de diamante capaz de multiplicar a produção nacional da pedra preciosa numa escala superior a dez vezes, o país voltou a ficar na mira de investidores. Ao menos três empresas estão prospectando a pedra preciosa no país — na Bahia, em Goiás e em Minas Gerais — num movimento que deve colocar o Brasil de volta no mapa mundial dos diamantes. Um mercado seleto, com apenas 21 nações produtoras e que em 2015 movimentou US$ 13 bilhões.
O Brasil já liderou a produção global de diamante no século XVIII e, hoje, representa ínfimo 0,02% desse mercado, ocupando a 19ª posição do ranking, capitaneado pelos russos. Considerando o pico de produção na mina de Nordestina, em 2020, estimado em 400 mil quilates, o Brasil será alçado ao 11º lugar, mantida estável a produção dos demais países. Em 2015, foram produzidos 127,4 milhões de quilates de diamantes no mundo.
Paralelamente à chegada de novos investidores, está em fase final de revisão um levantamento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão do governo federal, com áreas potenciais para exploração de diamantes.
O projeto Diamante Brasil identificou 1.344 dos chamados corpos kimberlíticos e rochas associadas, reunidos em 23 campos. É nessas áreas de nome esquisito que se encontra o diamante primário, incrustado em rochas e cuja produtividade é bem maior que a do diamante secundário, geralmente encontrado nos rios.
É sobre esse mapa da mina que as empresas estão se debruçando atrás de novas jazidas. Uma atividade cara e de risco. Estima-se que apenas 1% dos corpos kimberlíticos tenha diamantes economicamente viáveis. No mundo, pouco mais de 20 jazidas de kimberlíticos estão em produção. Até ano passado, o Brasil estava fora dessa estatística. Produzia somente diamantes secundários, muito explorados por cooperativas de garimpeiros.


A descoberta de Nordestina mudou o cenário. Em meados de 2016, deu-se início a primeira produção comercial de diamante primário no Brasil. Liderada pela belga Lipari, a produção deve alcançar este ano 220 mil quilates — em 2015, último dado fechado, a produção nacional havia sido de 31 mil quilates.
Segundo o canadense Ken Johnson, presidente da empresa, as terras onde a Lipari prospecta diamantes foram adquiridas da sul-africana De Beers, em 2005. Desde então, foram investidos R$ 214 milhões. A produção será exportada.
"O trabalho na mina é de 24 horas por dia. Temos 270 funcionários e devemos chegar a 290 empregados no fim do ano. E isso é só o começo. Estamos olhando outras áreas em Rondônia e Minas Gerais", diz Johnson.
Descompasso entre oferta e demanda
O diamante é feito de carbono e é formado na base da crosta terrestre, a pelo menos 150 quilômetros de profundidade. Para que se forme, é necessário que esteja em ambiente estável, com elevadíssimas temperaturas e determinadas condições de pressão. Com a movimentação no interior da Terra, há liberação de energia. O magma, então, busca uma válvula de escape e aproveita falhas geológicas para chegar à superfície. O diamante “pega carona” no magma.
"Quando esse percurso é feito em poucas horas ou poucos dias, o que é bastante raro, o diamante é preservado. Caso contrário, desestabiliza-se e vira grafite", explica a geóloga Lys Cunha, uma das chefes do projeto Diamante Brasil.
Ao chegar à superfície, o magma se solidifica e forma as chamadas rochas kimberlíticas. O diamante primário fica incrustado nessas rochas. Com o passar do tempo, as rochas sofrem processo de erosão e o diamante acaba sendo carregado para outras áreas, alojando-se ao longo de rios. Nesse caso, passa a ser chamado de diamante secundário. Segundo empresários e especialistas, não há diferença de qualidade entre eles. O que muda são os meios de extração empregados e a sua produtividade.
"O diamante secundário tem uma produção errática, pois fica mais espalhado. Além disso, não se costuma cavar mais de 15 metros a 20 metros de profundidade para encontrá-lo. Já o diamante primário fica mais concentrado. No processo de extração, pode-se perfurar de 200 metros a 300 metros de profundidade, o que exige uma produção bastante mecanizada e investimento bem maior. O volume de produção também é muito superior", explicou Francisco Ribeiro, sócio da Gar Mineração. "Por isso, temos a oportunidade de voltar a ocupar posição de destaque no ranking global".
A empresa, de capital nacional, atua há 60 anos no Brasil e hoje produz cerca de 3.600 quilates a 4.800 quilates por ano de diamante secundário no Triângulo Mineiro. Agora se prepara para estrear na produção de primário. Segundo Ribeiro, a companhia está em fase de qualificação das reservas, também em Minas Gerais. E a estimativa para iniciar a produção é de um a dois anos.
A história do diamante no Brasil remonta ao século XVIII. Não se sabe ao certo quando houve a primeira descoberta, mas historiadores apontam o ano de 1729 como o que o então governador da capitania de Minas Gerais, Dom Lourenço de Almeida, oficializou a existência das minas à metrópole. Até então, as descobertas da pedra preciosa corriam à boca pequena e enriqueciam quem se aventurava na clandestinidade.
Com a Coroa ciente, a produção no então Arraial do Tijuco (atual Diamantina, Minas Gerais) ganhou novo impulso e o Brasil assumiu a liderança mundial do diamante, desbancando a Índia. Durante quase 150 anos, manteve a dianteira. Em 1867, a descoberta de um diamante nos arredores de Kimberley, na África do Sul, levou a uma corrida pela pedra preciosa no país. O Brasil, então, perdeu a hegemonia e está hoje na lanterna da produção global, à frente apenas de Costa do Marfim e Camarões.


Fonte: epocaNegócios

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