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sábado, 15 de maio de 2021
Diversidade das pedras preciosas brasileiras reúne raridades como o Topázio Imperial e a Turmalina Paraíba
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Equipe Comex do BrasilBrasília – O Brasil apresenta uma grande variedade de pedras e minerais preciosos que chamam atenção da indústria e consumidores internacionais. Segundo o Precious Brazil, projeto setorial desenvolvido pelo IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos) em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o país é conhecido pela diversidade das gemas coradas presentes em seu solo. Algumas delas se destacam, inclusive, pela raridade: como o Topázio Imperial e a Turmalina Paraíba.
Esmeraldas, Águas-Marinhas, Ametista, Citrinos e variações de Turmalinas são exemplos de pedras encontradas no Brasil. “Da família dos quartzos, a Ametista é uma das pedras mais presentes na indústria de Soledade, no Rio Grande do Sul. A cidade tornou-se referência internacional no beneficiamento de minerais trabalhados como itens de decoração e peças de coleção”, explica Clarissa Maciel, gerente de Relações Internacionais do projeto, que completa:
“Da mesma família, o Citrino brasileiro ganha destaque no mercado por apresentar tons quentes, que variam do amarelo ao laranja, encantando comprados em eventos no exterior, como a GJX Tucson, uma das maiores feiras internacionais de gemas que acontece nos Estados Unidos.”
No interior de Minas Gerais há uma grande concentração de empresas de beneficiamento de pedras preciosas que abastecem a indústria joalheira mundial. Teófilo Otoni e Governador Valadares reúnem diversos negócios familiares que carregam a tradição do brasileiro na lapidação de pedras preciosas.

“Em Ouro Preto está a única extração de Topázio-Imperial do mundo, pedra que pode se apresentar de cores múltiplas, como laranja, lilás, vermelho-cereja e amarela. Na tonalidade rosa ela é extremamente rara” revela a gerente de Relações Internacionais do Precious Brazil.
Mas não é apenas o que Brasil oferece que o torna tão especial no setor, segundo Clarissa “a forma como o brasileiro apresenta suas pedras é diferenciada. Ao longo dos anos construímos uma imagem de excelência no atendimento, pois a diversidade nos levou a compreender um amplo leque de pedras preciosas. Entendemos de tudo um pouco. Por isso, nos princípios que orientam nosso posicionamento estão os conceitos Excellence, Expertise e Essence. O Precious Brazil busca desenvolver cada vez mais este autoconhecimento, uma vez que o mercado já nos reconhece dessa forma então é preciso que as empresas também se vejam assim e valorizem esses atributos”.
(*) Com informações do IGBM
De onde vem, como surgiu e como é preparada uma Turmalina Paraíba?
Como todos devem imaginar, o nome Turmalina Paraíba vem pelo fato de que foram encontradas pela primeira vez na Paraíba, por Heitor Barbosa em 1989. Porém, apesar do nome e da raridade, esse tipo de turmalina cuprífera, que traz uma cor azul neon exclusiva também pode ser encontrada no estado do Rio Grande do Norte e na Nigéria e Moçambique. A atual extração ainda é precária e difícil, o que torna o seu valor comercial maior ainda. Toda essa raridade e exclusividade torna a Turmalina Paraíba uma das gemas mais cobiçadas do mundo.
Turmalina Paraíba bruta de 26,5 cts da Mina da Batalha - PB. Preço: US$ 155.000,00.
Geologicamente falando, as turmalinas da região foram descobertas inicialmente no município de São José da Batalha, na variação de Elbaíta (turmalina litinífera que vai de vermelho rosado a verde e incolor), ocorre na forma de pequenos "cristais" na maioria das vezes irregulares dentro de corpos pegmatíticos que na localidade estão encaixados em quartzitos da Formação Equador (Grupo Seridó). A mineralogia básica da rocha é de quartzo, feldspato (comumente alterado pela infiltração de água), lepidolita (mica lilás) e schorlita (também conhecida como afrisita ou turmalina negra) e óxidos de nióbio e tântalo (sequência columbita-tantalita). Os índices de cobre podem ser associados à Província Metalogênica Cuprífera do Rio Grande do Norte
Província Cuprífera do RN-PB.
Análises comprovaram que as Turmalinas Paraíba contem expressivos teores de cobre, ferro e manganês, sendo atribuídos a estes elementos, em sua variação, o tom de cor do mineral. São designadas cores como azul-claro, azul-turquesa, azul-neon, azul esverdeado, azul safira, azul violáceo, verde azulado e verde esmeralda, na tentativa de descrever a rara e variável cor.
Turmalina Paraíba lapidada de 50 cts que permaneceu no Brasil para exposição. Avaliada aqui no Brasil em R$ 500.000,00.
Uma característica que chama a atenção é o de uma turmalina paraíba devidademente tratada e lapidada poder brilhar em ambientes de pouquíssima luz, o que faz muitos atribui-la como fluorescente (no caso seria fosforescente).
Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de Tucson, nos EUA, teve início a escalada de preços desta variedade de turmalina, que passaram de umas poucas centenas de dólares por quilate a mais de US$2.000/ct, em questão de apenas 4 dias. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo dos anos 90, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais. A máxima produção da Mina da Batalha ocorreu entre os anos de 1989 e 1991 e, a partir de 1992, passou a ser esporádica e limitada, agravada pela disputa por sua propriedade legal e por seus direitos minerários. Hoje em dia a turmalina paraíba no mercado japonês pode custar cerca de US$ 30.000/ct, porém dependendo de sua exclusividade pode chegar a custar cerca de US$ 100.000/ct.
Broche em ouro branco desenhado pelos designers da Chanel com mais de 1000 diamantes e com uma Turmalina Paraíba de 37,5 cts no centro. Peça única, foi vendida assim que anunciada. Não encontrei o preço.
A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte.
Broche de papagaio, com gemas de diversas cores e olho feito em Turmalina Paraíba.
Para alcançar tons mais limpos e mais exclusivos as empresas adotam um tratamento na turmalina para melhor mais ainda a sua cor.Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico, a temperaturas entre 350°C e 550°C. O procedimento consiste, inicialmente, em selecionar os espécimes a serem tratados cuidadosamente, para evitar que a exposição ao calor danifique-os, especialmente aqueles com inclusões líquidas e fraturas pré-existentes. Em seguida, as gemas são colocadas sob pó de alumínio ou areia, no interior de uma estufa, em atmosfera oxidante. A temperatura ideal é alcançada, geralmente, após 2 horas e meia de aquecimento gradativo e, então, mantida por um período de cerca de 4 horas, sendo as gemas depois resfriadas a uma taxa de aproximadamente 50 oC por hora. As cores resultantes são a cobiçada azul-neon, a partir da azul esverdeada ou da azul violeta, e a verde esmeralda, a partir da púrpura avermelhada. Além do tratamento térmico, parte das turmalinas da Paraíba é submetida ao preenchimento de fissuras com óleo para minimizar a visibilidade das que alcancem a superfície.
Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF), um ensaio analítico não disponível em laboratórios gemológicos standard. No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”.
Fonte: CPRM
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