domingo, 30 de maio de 2021

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

 

Na 'Suíça do Piauí', opala rende até R$ 60 mil no mês a garimpeiros

Mas, para encontrar pedra preciosa, é preciso sorte e dedicação.
Mineral é encontrado apenas em Pedro II e na Austrália.


Na pequena cidade de Pedro II, no norte do Piauí, a opala extra, pedra encontrada apenas nessa região e no interior da Austrália - que faz o mineral ser considerado precioso e chega a custar três vezes mais que o ouro - é o que move a economia local. Por ano, a cidade vende perto de 400 quilos de joias feitas com a pedra para os mercados interno e externo.
Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Divulgação/Sebrae)Processo de mineração da Mina do Boi Morto, em Pedro II, no Piauí. (Foto: Marcelo Morais/Sebrae)
 
Tamanho é o valor do mineral que um garimpeiro chega a “achar” - com sorte e muita insistência - até R$ 60 mil em pedras em um mês. Normalmente, o ganho não atinge essa cifra com tanta frequência. No entanto, segundo José Cícero da Silva Oliveira, presidente da cooperativa dos garimpeiros de Pedro II, a atividade tem se desenvolvido, e o setor vem mantendo boas expectativas de crescimento - sustentável. Hoje, são explorados, legalmente, cerca de 700 hectares, o equivalente a 7 milhões de metros quadrados.
“A exploração não é mais desordenada. Todos os trabalhadores da cooperativa trabalham em áreas regulares, com licenciamento, com equipamento de segurança. Sempre recebemos a visita de fiscais de vários ministérios”, afirmou. No regime de cooperativa, 10% de tudo o que se ganha em vendas é dividido entre os 150 associados. “Mas se um encontra uma pedra maior, por exemplo, fica para ele. Se não fosse assim, não daria certo, né?”, ponderou.
Na chamada Suíça piauiense, devido às temperaturas mais amenas, que não castigam a cidade, diferente de muitos municípios do Nordeste, Pedro II tem cerca de 500 famílias, entre garimpeiros, lapidários, joalheiros e lojistas que vivem da opala, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Piauí. A população de Pedro II, segundo o Censo de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 37.500 pessoas.
Opala bruta (E) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)Opala bruta (esq.) e anéis feitos com a pedra, em Pedro II. (Foto: Carlos Augusto Ferreira Lima/Sebrae)
 

Pedro II tem se consolidado, nos últimos anos, como um polo de lapidação de joias. “Além da opala, também usamos pedras de outros estados do Sudeste, do Sul. Compramos essas pedras, lapidamos e fazemos as joias”, contou a presidente da Associação dos Joalheiros e Lapidários de Pedro II, Surlene Almeida. Esse tipo de atividade é desenvolvida há cerca de oito anos.

Em relação ao tempo em que as minas de opala são exploradas, a transformação das pedras em joias é recente, mas está evoluindo. Na cidade, já foi instalado um centro técnico de ensino de lapidação, design e joalheria, segundo Surlene. “É como se fosse um curso técnico mesmo, onde as pessoas se especializam nessa atividade.”

Apesar de o forte da economia de Pedro II ser a mineração, a cidade também vive da agricultura familiar. Durante o inverno, que tem períodos mais chuvosos, muitos garimpeiros migram para esse outro tipo de sustento.
A reserva de Opala Nobre em PedroII é considerada a maior do mundo, pois foi pouco explorada, enquanto na Austrália as minas já estão esgotadas. Por isso na cidade se vê tantos australianos.

OPALA NOBRE



Fonte: G1

DIAMANTE DE 442 QUILATES, AVALIADO EM MAIS DE 100 MILHÕES DE REAIS, É ENCONTRADO NA ÁFRICA

 

 


FABIO PREVIDELLI 

Imagem do diamante de 442 quilates que foi encontrado no Lesoto
Imagem do diamante de 442 quilates que foi encontrado no Lesoto - Divulgação/ Gem Diamonds

Um minerador na África encontrou um diamante de 442 quilates que pode valer até 18 milhões de dólares, cerca de 100 milhões de reais. Com o tamanho aproximado de uma bola de golfe, acredita-se que a enorme gema seja um dos maiores diamantes extraídos neste ano.

A descoberta foi anunciada pela mineradora Gem Diamonds, que encontrou a pedra preciosa em sua mina Letseng, no pequeno Lesoto. O chefe da empresa, Clifford Elphick, descreveu a pedra de 442 quilates como "um dos maiores diamantes do mundo a ser recuperado este ano".

“A recuperação deste notável diamante ... é mais uma confirmação do calibre da mina Letseng", disse ele. Essa é a maior gema encontrada pela companhia desde o chamado "Lesotho Legend" de 910 quilates, que foi vendido por 40 milhões de dólares, por volta de R$222 milhões, em 2018.

Agora, a pedra preciosa, será enviada para a Antuérpia, na Bélgica, onde deverá ser vendida no próximo mês. Edward Sterck, analista do banco de investimentos BMO Capital Markets, disse que a joia pode valer até 18 milhões de dólares.

Uma parte dos fundos gerados com a venda irá para um projeto da comunidade local, informou Gem Diamonds — a empresa é parceira do governo do Lesoto, país sem litoral, no sul da África, cercado pela África do Sul.



Fonte: UOL/AH

Diamante com 102 quilates vai a leilão. valor médio-30 Milhões de Dólares

Alexandrita - 10,58 Quilates com incrível mudança de cor

DIAMANTES ENCONTRADOS NO CANADÁ REVELAM MAIS SOBRE A TERRA DE 3 BILHÕES DE ANOS ATRÁS

 

Pesquisadores estudaram formação incomum em região isolada do país — e o resultado surpreendeu


Imagem meramente ilustrativa de um diamante
Imagem meramente ilustrativa de um diamante - Divulgação/Pixabay

De acordo com uma pesquisa recente realizada por pesquisadores da Universidade de Alberta, diamantes com vestígios de ouro encontrados na região norte do Canadá podem revelar mais sobre as condições térmicas da crosta da Terra há bilhões de anos.

O estudo teve início após o ex-cientista Val Jackson do Ex-NWT Geological Survey alertar o grupo liderado por Graham Pearson, pesquisador da Faculdade de Ciências do Canadá, sobre um peculiar afloramento na costa ártica do país, que muito se assemelhava com depósitos de ouro de Witwatersrand, na África do Sul, “que já produziram mais de 40% do ouro minado na Terra”, segundo Pearson.

A equipe então se locomoveu ao local para entender o que estava acontecendo, tanto para compreender sobre a formação dos diamantes, quando para preservar a indústria de mineração do Canadá.

Graham Pearson com colega de equipe / Crédito: Divulgação/Univerdidade de Alberta

 

No extremo norte do país, os pesquisadores encontraram e dataram as rochas em três bilhões de anos atrás. A descoberta surpreendeu os especialistas, que não imaginavam que, um ano depois, o conglomerado de 15 quilos retirados da região daria fruto a três diamantes.

"Normalmente as pessoas pegariam centenas de quilos, senão toneladas de amostras, para tentar encontrar tantos diamantes. Conseguimos encontrar diamantes em 15 quilos de rocha que amostramos com uma marreta em um afloramento de superfície”, disse Pearson.

Os resultados também impressionaram dada que a formação de diamantes acontece somente em partes frias do manto, sugerindo que há bilhões de anos, deveria existir uma camada fria e profunda abaixo do continente logo no início da história do planeta. "Isso é algo completamente inesperado do que pensamos que as condições eram há três bilhões de anos na Terra”, explicou Graham.





Fonte: AH/UOL