segunda-feira, 14 de junho de 2021

TUDO SOBRE A TURMALINA


                                   TURMALINA MELANCIA


Características principais

Turmalina (schorl sobre quartzo)
Turmalina rosa

A turmalina não possui clivagem. Seu hábito é prismático. A sua fractura é subconcoidal a regular. Tem dureza 7-7.5 e o seu peso específico é de 2.9-3.2, a densidade é mais elevada nas espécies portadoras de ferro. É transparente a opaca com lustre vítreo, por vezes resinoso em espécimes escuros.

A turmalina cristaliza no sistema trigonal e apresenta-se geralmente sob a forma de cristais de longos e delgados a prismáticos e colunares grossos geralmente com secção triangular. É interessante notar que as terminações dos cristais são assimétricas (hemimorfismo).

Os cristais prismáticos delgados são comuns num granito de grão fino chamado aplito frequentemente formando um padrão radial. A turmalina é distinguida pelos seus prismas de três faces; nenhum outro mineral comum apresenta três faces. Os prismas têm frequentemente estriações verticais bem marcadas que ajudam a identificá-los. A turmalina é raramente euédrica. Uma exceção eram as dravites de Yinnietharra, Austrália ocidental. O depósito foi descoberto nos anos 70, mas encontra-se já esgotado. Em Minas Gerais, encontram-se cristais euédricos.

A turmalina apresenta uma grande variedade de cores. Geralmente as ricas em ferro vão desde o preto ou preto-azulado ao castanho escuro; aquelas ricas em magnésio são castanhas a amarelas e as turmalinas ricas em lítio apresentam-se praticamente em todas as cores azul, verde, vermelho, amarelo ou cor-de-rosa etc. Muito raramente são incolores. Os cristais bicoloridos e multicoloridos são relativamente comuns, refletindo variações da composição do fluido durante a cristalização. Os cristais podem ser verdes numa extremidade e cor-de-rosa na outra ou verdes no exterior com interior cor-de-rosa (este último tipo é por vezes chamado turmalina melancia).

A variedade mais comum de turmalina é a schorl ou schorlita, descrita pela primeira vez por Johannes Mathesius em 1524. Estima-se que possa corresponder a 95% ou mais de toda a turmalina existente na natureza. O significado da palavra schorl é um mistério tratando-se talvez de uma palavra de origem escandinava.

Gemas de turmalina vivamente coloridas, provenientes de Sri Lanka, foram trazidas para a Europa em grandes quantidades pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, para satisfazer a sua procura como objeto de curiosidade e como gema. Nessa altura, não se sabia que schorlita e turmalina eram o mesmo mineral.

Modo de Ocorrência

Turmalinas podem ter praticamente todas as cores

A turmalina é encontrada em dois tipos principais de ambientes geológicos. Rochas ígneas, em particular o granito e pegmatitos graníticos e nas rochas metamórficas como o xisto e o mármore. A schorlita e as turmalinas ricas em lítio são geralmente encontradas em granitos e pegmatitos graníticos. As turmalinas ricas em magnésio (dravites), estão limitadas aos xistos e aos mármores. Além disso, a turmalina é um mineral resistente e pode ser encontrada em quantidades menores na forma de grãos em areias, arenitos e conglomerados.

Piezoelectricidade

Todos os cristais hemimórficos são piezoeléctricos e frequentemente também piroeléctricos. Quando aquecidos, os cristais da turmalina tornam-se carregados eletricamente - positivamente numa extremidade e negativamente na outra, tal como uma bateria. Devido a este efeito os cristais de turmalina em colecções podem apresentar uma camada de pó pouco recomendável quando exibidos sob luzes que produzam muito calor. As propriedades eléctricas pouco comuns da turmalina tornaram-na famosa no século XVIII.

Usos e aplicações

Turmalina Paraíba brasileira, a variedade mais rara e cara de todas

A turmalina é usada em joalharia, em manômetros e alguns tipos de microfones. Nas joias, a indicolita (azul) é das mais caras seguida pela verdelita (verde) e pela rubelita (cor-de-rosa ou vermelha). Ironicamente, a variedade mais rara, a acroíta (incolor), não é apreciada sendo a menos cara das turmalinas transparentes.

Em 1989, foi descoberta em São José da Batalha, Paraíba (Brasil) a turmalina Paraíba, com uma cor verde ou verde-azulada bem diferente das conhecidas, e que é hoje a variedade mais cara de todas.

Outros nomes dados às turmalinas (em função da cor)

  • Subgrupo da dravita:
    • Castanho - dravita (do distrito de Drave de Caríntia)
  • Subgrupo da schorl:
    • Preto - schorl
  • Subgrupo da elbaíta (em referência à ilha de Elba, Itália)
    • Rosa ou de cor-de-rosa - rubelita (de rubi)
    • Azul escuro - indicolita (de indigo)
    • Azul da luz - safira brasileira
    • Verde - verdelite ou esmeralda brasileira
    • Incolor - acroíta (do grego para "incolor")




Fonte: DNPM

Garimpo da Carnaíba- Esmeralda- Bahia


     Garimpo da Carnaíba-  Esmeralda- Bahia





domingo, 13 de junho de 2021

Brasil é responsável por produzir um terço das gemas do mundo

 





Pedras brutas nacionais se destacam por sua grande variedade de cor

Topazios Azuis (Foto: Daniela Newman)
Entre as pedras exportadas pelo Brasil estão os topázios azuis (Foto: Divulgação/Daniela Newman)
No cenário internacional, o Brasil é conhecido pela produção de grande diversidade de pedras preciosas, sendo, segundo o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), um dos principais produtores de esmeraldas e o único de topázio imperial e de turmalina Paraíba. Também fazem parte do acervo brasileiro outras pedras, que são comercializadas em larga escala, incluindo citrino, ágata, ametista turmalina, água-marinha, topázio e cristal de quartzo. Exceto no que diz respeito à comercialização de diamante, rubi e safira, o país é responsável, atualmente, pela produção mundial de aproximadamente 1/3 do volume de gemas, como são conhecidas as pedras quando lapidadas, ou polidas.
No Brasil, boa parte da produção de pedras preciosas é feita por garimpeiros e pequenas empresas de mineração, localizadas em sua maior parte nos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás, Pará e Tocantins. Segundo ressalta Hécliton Santini Henriques, presidente do IBGM, cerca de 80% das pedras brasileiras têm como destino a exportação, incluindo esmeraldas, turmalinas, ametista, citrino, topázios e, principalmente, os cristais. Os outros 20% são destinados ao mercado interno, mais especificamente às indústrias joalheiras.

O parque industrial brasileiro voltado ao mercado de joias é bem diversificado. Conforme dados do IBGM, estima-se que existam, atualmente, aproximadamente 3.500 empresas, incluindo as de lapidação, de joalheria, de artefatos de pedras, de folheados e de bijuterias, localizadas, em sua maior parte, em São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia. O instituto destaca também o surgimento de novos polos industriais no Paraná, Pará, Amazonas, Ceará e Goiás.
“No que diz respeito à produção de pedras, o Brasil é um dos mais importantes do mundo em termos de variedade e volume. O nosso país continua sendo um dos principais produtores e exportadores, mas tem diminuído sua participação devido ao crescimento da África nesse setor. Os preços, tanto das pedras brasileiras, quanto das africanas, cresceram muito nos últimos seis anos, muito devido à entrada da China no mercado de joias, se tornando o principal país importador de pedras brasileiras. De janeiro a maio de 2016, o Brasil comercializou um montante de US$ 64 milhões em pedra lapidada e US$ 21 milhões em pedra bruta, sendo que, neste ano, devemos exportar o total de US$ 200 milhões”, prevê o presidente.
Tendências do mercado mundial
Nos últimos 20 anos, Hécliton ressalta que aumentou a procura por pedras coloridas e com preços mais acessíveis, o que acabou por beneficiar o Brasil. “O mercado tem procurado por mais cor. Hoje em dia, temos pedras rosas, amarelas, champanhe, preta, entre outras cores. Devido a essa tendência, o design de joias também mudou, o que exigiu pedras mais coloridas, chamadas no mercado internacional de ‘colored stones’, sendo um dos nossos principais mercados os Estados Unidos”, aponta o especialista.
Hécliton destaca que do volume total exportações brasileiras, 2/3 são referentes a pedras lapidadas e 1/3 a pedras brutas. “O custo da lapidação no Brasil é elevado em relação ao praticado em países como China e Vietnã, por exemplo. Ou seja, no caso de gemas mais baratas, mandamos as pedras brutas e as compramos lapidadas para termos mais competitividade no mercado nacional. Já as pedras de valor maior são lapidadas no Brasil mesmo. Outras pedras brutas não têm como ser lapidadas, como a druza ametista, conhecida também como ‘capelas de ametistas’”, ressalta.




Fonte: G1

sábado, 12 de junho de 2021

Liberação de garimpo nos rios provoca nova corrida pelo ouro em Rondônia

 


Novas dragas são construídas todos os dias em Porto Velho. Os garimpeiros estão animados com as altas sucessivas de valor do ouro no mercado e com o apoio do governo ao desmonte da proteção ambiental 

(Foto: Cecoms/PMRO)

Por Luciana Oliveira, em seu blog – O governador bolsonarista Marcos Rocha liberou em janeiro deste ano a garimpagem nos rios de Rondônia.

Novas dragas são construídas todos os dias em Porto Velho. Os garimpeiros estão animados com as altas sucessivas de valor do ouro no mercado e com o apoio do governo federal e seus aliados ao desmonte da política de proteção ambiental.

Estamos querendo dragar todo o Rio Madeira como foi nos anos 80/90. Ainda tem muito ouro lá, disse um garimpeiro que não quiz se indentificar. Cada draga escariante fica em média de 800 a 1 milhões de reiais e geralmente se paga em 2/3 meses retirando ouro no Madeira e pagando os garimpeiros da draga, hoje em dia é o melhor negócio, pois o alto preço do ouro compensa.


Fonte: Portal 247

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Tecnologia recupera pedra preciosa

 


DIAMANTES

Tecnologia recupera pedra preciosa

A Tomra Sorting Mining recuperou um dos maiores diamantes já registrados da história, com 1.758 quilates, através da tecnologia de sensores XRT. O trabalho foi encomendado pela Lucara Diamond Corp em sua Mina Karowe, em Botsuana. O diamante é o maior a ser extraído em Karowe e pesa perto de 352 gramas. A análise detalhada está em andamento.
 
Desde a introdução da tecnologia Tomra XRT como a principal ferramenta de recuperação da mina, em 2015, foram recuperados dois diamantes maiores que 1.000 quilates. Essa recuperação recorde destaca ainda mais o sucesso da tecnologia, que detectou quatro dos dez maiores diamantes do mundo até o momento.
 
"Como o maior diamante já recuperado por um processo mecânico, ele reforça o valor incomparável que a XRT oferece às empresas de mineração de diamantes e kimberlito", comentou Geoffrey Madderson, gerente de segmento de diamante da Tomra Sorting Mining. "A estratégia inovadora da Lucara em combinação com a tecnologia de sensores de classe mundial da Tomra provou mais uma vez um enorme sucesso", acrescentou Madderson. A Tomra opera atualmente XRT e outros equipamentos avançados de classificação óptica na Rússia, Canadá, Brasil e outros países ao redor do mundo.



Fonte: Brasil Mineral