segunda-feira, 21 de junho de 2021

ALEXANDRITA

 

A mais rara e valiosa variedade do mineral crisoberilo exibe as cores verde e vermelha, as mesmas da Rússia Imperial, e seu nome é uma homenagem a Alexandre Nicolaivich, que mais tarde se tornaria o czar Alexandre II. De acordo com relatos históricos, a sua descoberta, nos Montes Urais, em 1830, deu-se no dia em que ele atingiu a maioridade.

Como uma das mais cobiçadas gemas, esta cerca-se de algumas lendas, a mais difundida das quais diz que o referido czar teria ordenado a execução de um lapidário, depois que este lhe devolveu uma pedra de diferente cor da que lhe houvera sido confiada para lapidar.
Esta lenda deve-se ao fato de que a alexandrita apresenta um peculiar fenômeno óptico de mudança de cor, exibindo uma coloração verde a verde-azulada (apropriadamente denominada “pavão” pelos garimpeiros brasileiros) sob luz natural ou fluorescente; e vermelha-purpúrea, semelhante a da framboesa, sob luz incandescente. Quanto mais acentuado for este cambio de cor, mais valorizado é o exemplar.
Esta instigante mudança de cor segundo o tipo de iluminação a qual está exposta à pedra, é denominada efeito-alexandrita, e deve-se ao fato de que a transmissão da luz nas regiões do vermelho e verde-azul do espectro visível é praticamente a mesma nesta gema, de modo que qualquer cambio na natureza da luz incidente altera este equilíbrio em favor de uma delas. Assim sendo, a luz diurna ou fluorescente, mais rica em azul, tende a desviar o equilíbrio para a região azul-verde do espectro, de modo que a pedra aparece verde, enquanto a luz incandescente, mais rica em vermelho, faz com que a pedra adote esta cor.
Analogamente ao crisoberilo, a alexandrita constitui-se de óxido de berílio e alumínio, deve sua cor a traços de cromo, ferro e vanádio e, em raros casos, pode apresentar o soberbo efeito olho-de-gato, que consiste no aparecimento de um feixe de luz ondulante nas gemas lapidadas em estilo cabochão, e que apresentem determinados tipos de inclusões.
Atualmente, os principais países produtores desta fascinante gema são Sri Lanka (Ratnapura e diversas outras ocorrências), Brasil, Tanzânia (Tunduru), Madagascar (Ilakaka) e Índia (Orissa e AndhraPradesh).

A alexandrita é conhecida em nosso país pelo menos desde 1932, e acredita-se que o primeiro espécime foi encontrado em uma localidade próxima a Araçuaí, Minas Gerais. Atualmente, as ocorrências brasileiras mais significativas localizam-se nos estados de Minas Gerais (Antônio Dias/Hematita, Malacacheta/Córrego do Fogo, Santa Maria do Itabira e Esmeralda de Ferros), Bahia (Carnaíba) e Goiás (Porangatu e Uruaçu).

Fonte: DNPM

A gigantesca reserva de diamantes escondida sob nossos pés

 

 





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Image captionCientistas do Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT) usaram ondas sonoras para calcular que, embaixo da Terra, há mil vezes mais a quantidade de diamantes na Terra do que se imaginava
Atualmente, diamantes são símbolo de riqueza e elegância, mas no futuro podem ser simplesmente uma pedra comum que qualquer um pode ter.
Esse não é um cenário totalmente impossível, se considerarmos um recente estudo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). A pesquisa diz que a 160 km debaixo da superfície da Terra se acumulam 10 quatrilhões de toneladas de diamantes - ou seja, uma unidade seguida de 16 zeros (10.000.000.000.000.000).
"Isso nos mostra que os diamantes talvez não sejam um mineral exótico. Numa escala geológica, ele é relativamente comum", disse Ulrich Faul, um dos autores do estudo, num comunicado do MIT.

Onde estão?

Segundo os investigadores, esse tesouro subterrâneo está disperso entre formações rochosas gigantes chamadas de "cratão".
Esses cratões são uma espécie de montanha invertida no interior da maioria das placas tectônicas continentais. Eles podem se estender por mais de 300 km.
"Em cada cratão, estima-se que haja 1 quatrilhão de toneladas de diamantes", disse Ulrich Faul à BBC News Mundo, o serviço espanhol da BBC News.
"Na Terra, há 10 áreas geológicas reconhecidas como cratões, portanto, a quantidade total de diamantes acumulados nos cratões da Terra é de 10 quatrilhões."
TerraDireito de imagemMIT
Image captionOs diamantes estão em formações rochosas no interior da Terra

'Escutando' os diamantes

Os cientistas, na verdade, não viram os diamantes: eles ouviram.
As ondas sonoras produzidas durante um abalo sísmico ou a erupção de um vulcão viajam em velocidades diferentes, conforme a forma e temperatura das rochas que atravessam.
Ao escutar e medir a velocidade dessas ondas sonoras, os geólogos conseguem deduzir que tipo de material elas atravessaram. Utilizando esse método, os pesquisadores se deram conta de que, quando as ondas sonoras atravessavam os cratões, viajavam muito mais rapidamente que o esperado.
ondas sonorasDireito de imagemGETTY
Image captionOs pesquisadores usaram ondas sonoras para calcular a quantidade de diamante no interior da Terra
Com essa informação, criaram várias rochas em laboratório, formadas pela combinação de minerais diferentes, e observaram em qual delas a velocidade da onda sonora coincidia com as que eles detectaram na natureza.
O resultado: apenas uma rocha que continha entre 1% e 2% de diamantes produzia a mesma velocidade da onda registrada em abalos sísmicos.
Considerando o tamanho dos cratões, os cientistas calcularam que, se cada um possuir de 1% a 2% de diamantes, isso representaria a presença de "pelo menos mil vezes mais diamantes do que se imaginava".

É possível extraí-los?

Atualmente, é considerado impossível escavar esses diamantes, porque os cratões estão a, pelo menos, 160 km de profundidade.
Para se ter uma ideia do que isso significa, a mina mais profunda do mundo, a Mponeng, no sul da África, tem "apenas" 4 km de profundidade.
"Não podemos alcançá-los, mas ainda assim há muito mais diamantes na Terra do que se imaginava", diz Faul.
Uma minaDireito de imagemGETTY
Image captionA mina mais profunda do mundo tem 4 km de profundidade. Os diamantes descobertos pelos geólogos estão a 160km abaixo da Terra







Fonte: BBC

SAFIRA ESTRELA

O Maior Diamante do Mundo

 

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A pedra foi vendida para o governo de Transvaal que a deu de presente ao rei Eduardo VII. A lapidação da pedra coube à companhia Asscher de Amsterdã que posteriormente a dividiu em onze grandes gemas e outros fragmentos.


A maior gema é chamada de Cullinan I ou Grande Estrela da África, que possuí 530.2 quilates (106.04 g), foi o maior diamante lapidado do mundo até 1985 quando foi descoberto o diamante Jubileu Dourado também na mina Prime.


​O Cullinan I foi montado num cetro e a segunda maior gema, Cullinan II ou Pequena Estrela da África, com 317.4 quilates (63.48 g), terceiro maior diamante lapidado do mundo, foi colocado na coroa imperial. Ambas as gemas estão expostas na Torre de Londres e fazem parte das jóias da coroa britânica.

Fonte: CPRM

Riquezas do Piauí' mostra a beleza e o potencial econômico da opala

 

Extração da pedra movimentou mais de R$ 3 milhões na economia de Pedro II.
Apenas na Austrália e Pedro II tem as pedras com qualidade excepcional.

O capítulo da série especial "Riquezas do Piauí" pelo Bom Dia Piauí mostrou a beleza e o potencial econômico da opala, pedra extraída em Pedro II, no Norte do estado. A área rica em opala na cidade corresponde a 10 km. Em 2015, a extração da pedra movimentou mais de R$ 3 milhões na economia do município. Parte desse dinheiro vem da produção de joias.

No ano passado, a cidade vendeu 400 quilos de joias com opala. As peças são produzidas de forma artesanal, mas com muito capricho. Apenas 20 % da opala produzida no mundo é nobre. Somente a Austrália e o Brasil têm essas pedras com qualidade excepcional. Os dois países disputam o mercado.

Opala extraída em Pedro II é o principal motor para desenvolvimento econômico  (Foto: Reprodução/TV Clube)Historiadores contam que a primeira pedra preciosa surgiu em 1930 e foi achada por um  homem conhecido como Simão. Ele estava fazendo a colheita da mandioca e ficou surpreso com a luminosidade da pedra. Simão levou a pedra para Teresina para que fosse analisada. Um engenheiro confirmou que a pedra era semipreciosa.  

As pedras de Pedro II são extraídas de dentro de uma serra. A terra aparentemente sem vida e sem cor é alvo de olhares atentos dos garimpeiros que estão em busca de um tesouro. 

Para o garimpeiro Márcio da Silva, encontrar uma pedra de opala é muita sorte. "Ás vezes, a gente passa semanas cavando em busca da pedra. Às vezes encontramos fácil e em outras nem tanto", contou.

Se dedicar ao garimpo é um trabalho árduo, pois o garimpeiro pode se cultivar toneladas de pedras que podem não ter um grama de opala ou pode se ter mais do que se possa imaginar. Os trabalhadores peneiram aquilo que pode render e jogam fora o material que não será usado.  

O garimpeiro Francisco dos Santos explica que através da água ele consegue distinguir o tipo de pedra. "A opala não se mistura com água quando está dentro do liquido, ela mostra sua qualidade e brilho”, comentou.
Opala extraída em Pedro II é o principal motor para desenvolvimento econômico (Foto: Reprodução/TV Clube)




Em dois dias de trabalho, Francisco consegue geralmente R$ 400. Ele agradece pelo trabalho porque é através dele que consegue sustentar sua família. "Não preciso trabalhar para ninguém. Eu mesmo consigo me sustentar".

Além de Francisco, outros 500 garimpeiros sustentam a família através da extração da opala.

Fonte: G1