domingo, 18 de julho de 2021

Diamante de 998 quilates é encontrado na África

 

Diamante de 998 quilates é encontrado África
O megadiamante pesa praticamente 200 gramas.
[Imagem: Lucara Diamond/Divulgação]

Maiores diamantes do mundo

A pedra preciosa, uma das maiores do mundo, tem 998 quilates e não é a única de grandes dimensões encontrada na mesma mina.

Um quilate equivale a 0,2 grama, o que significa que o diamante, com 67 x 49 x 45 milímetros, pesa praticamente 200 gramas.

Isto o coloca em quinto lugar na lista de maiores diamantes já encontrados em toda a história.

O maior diamante do mundo é o Cullinan, com 3.106 quilates, encontrado em 1905 na África do Sul. O maior diamante encontrado no Brasil - na verdade, nas três Américas - é o Getúlio Vargas, com 726 quilates (145 gramas), encontrado em 1938 no município de Coromandel (MG).

A nova gema, ainda não batizada, foi encontrada na mina de Karowe, pertencente à mineradora Lucara Diamond. Em 2015, a empresa extraiu da mesma mina o diamante Lasedi La Rona, de 1.109 quilates, que foi vendido por US$ 53 milhões (R$ 290 milhões).

Lá também foram encontrados o diamante Constellation, de 813 quilates, vendido por US$ 63 milhões (R$ 346 milhões). O Sewelô, descoberto no ano passado, era maior, com 1.758 quilates, mas sua qualidade não era tão boa, o que fez seu preço ser menor, segundo a empresa.

Megadiamantes

Com tantas gemas de grandes dimensões, a empresa precisou criar uma nova etapa no seu processo produtivo, batizado de "Recuperação de Megadiamantes", para permitir que essas grandes pedras sejam identificadas antes que o minério entre para a etapa de moagem.

Somente neste ano, a nova etapa permitiu identificar 31 diamantes maiores do que 100 quilates, 10 diamantes maiores do que 200 quilates e dois maiores do que 500 quilates, incluindo o que foi encontrado agora.




Fonte: Site Inovação Tecnológica

TUDO SOBRE A TURMALINA


                                   TURMALINA MELANCIA



Etimologia

De acordo com Madras Tamil Lexicon[1] o nome vem do cingalês palavra "thoramalli" (තෝරමල්ලි) ou "tōra- molli",que é aplicado a um grupo de gemas encontradas no Sri Lanka. Segundo a mesma fonte, o Tamil "tuvara-malli" (துவரைமல்லி) e "toramalli" também são derivados da palavra raiz cingalesa. Esta etimologia também é dada em outros dicionários padrão, incluindo o Oxford English Dictionary.

Características principais

Turmalina (schorl sobre quartzo)
Turmalina rosa

A turmalina não possui clivagem. Seu hábito é prismático. A sua fractura é subconcoidal a regular. Tem dureza 7-7.5 e o seu peso específico é de 2.9-3.2, a densidade é mais elevada nas espécies portadoras de ferro. É transparente a opaca com lustre vítreo, por vezes resinoso em espécimes escuros.

A turmalina cristaliza no sistema trigonal e apresenta-se geralmente sob a forma de cristais de longos e delgados a prismáticos e colunares grossos geralmente com secção triangular. É interessante notar que as terminações dos cristais são assimétricas (hemimorfismo).

Os cristais prismáticos delgados são comuns num granito de grão fino chamado aplito frequentemente formando um padrão radial. A turmalina é distinguida pelos seus prismas de três faces; nenhum outro mineral comum apresenta três faces. Os prismas têm frequentemente estriações verticais bem marcadas que ajudam a identificá-los. A turmalina é raramente euédrica. Uma exceção eram as dravites de Yinnietharra, Austrália ocidental. O depósito foi descoberto nos anos 70, mas encontra-se já esgotado. Em Minas Gerais, encontram-se cristais euédricos.

A turmalina apresenta uma grande variedade de cores. Geralmente as ricas em ferro vão desde o preto ou preto-azulado ao castanho escuro; aquelas ricas em magnésio são castanhas a amarelas e as turmalinas ricas em lítio apresentam-se praticamente em todas as cores azul, verde, vermelho, amarelo ou cor-de-rosa etc. Muito raramente são incolores. Os cristais bicoloridos e multicoloridos são relativamente comuns, refletindo variações da composição do fluido durante a cristalização. Os cristais podem ser verdes numa extremidade e cor-de-rosa na outra ou verdes no exterior com interior cor-de-rosa (este último tipo é por vezes chamado turmalina melancia).

A variedade mais comum de turmalina é a schorl ou schorlita, descrita pela primeira vez por Johannes Mathesius em 1524. Estima-se que possa corresponder a 95% ou mais de toda a turmalina existente na natureza. O significado da palavra schorl é um mistério tratando-se talvez de uma palavra de origem escandinava.

Gemas de turmalina vivamente coloridas, provenientes de Sri Lanka, foram trazidas para a Europa em grandes quantidades pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, para satisfazer a sua procura como objeto de curiosidade e como gema. Nessa altura, não se sabia que schorlita e turmalina eram o mesmo mineral.

Modo de Ocorrência

Turmalinas podem ter praticamente todas as cores

A turmalina é encontrada em dois tipos principais de ambientes geológicos. Rochas ígneas, em particular o granito e pegmatitos graníticos e nas rochas metamórficas como o xisto e o mármore. A schorlita e as turmalinas ricas em lítio são geralmente encontradas em granitos e pegmatitos graníticos. As turmalinas ricas em magnésio (dravites), estão limitadas aos xistos e aos mármores. Além disso, a turmalina é um mineral resistente e pode ser encontrada em quantidades menores na forma de grãos em areias, arenitos e conglomerados.

Piezoelectricidade

Todos os cristais hemimórficos são piezoeléctricos e frequentemente também piroeléctricos. Quando aquecidos, os cristais da turmalina tornam-se carregados eletricamente - positivamente numa extremidade e negativamente na outra, tal como uma bateria. Devido a este efeito os cristais de turmalina em colecções podem apresentar uma camada de pó pouco recomendável quando exibidos sob luzes que produzam muito calor. As propriedades eléctricas pouco comuns da turmalina tornaram-na famosa no século XVIII.

Usos e aplicações

Turmalina Paraíba brasileira, a variedade mais rara e cara de todas

A turmalina é usada em joalharia, em manômetros e alguns tipos de microfones. Nas joias, a indicolita (azul) é das mais caras seguida pela verdelita (verde) e pela rubelita (cor-de-rosa ou vermelha). Ironicamente, a variedade mais rara, a acroíta (incolor), não é apreciada sendo a menos cara das turmalinas transparentes.

Em 1989, foi descoberta em São José da Batalha, Paraíba (Brasil) a turmalina Paraíba, com uma cor verde ou verde-azulada bem diferente das conhecidas, e que é hoje a variedade mais cara de todas.

Outros nomes dados às turmalinas (em função da cor)

  • Subgrupo da dravita:
    • Castanho - dravita (do distrito de Drave de Caríntia)
  • Subgrupo da schorl:
    • Preto - schorl
  • Subgrupo da elbaíta (em referência à ilha de Elba, Itália)
    • Rosa ou de cor-de-rosa - rubelita (de rubi)
    • Azul escuro - indicolita (de indigo)
    • Azul da luz - safira brasileira
    • Verde - verdelite ou esmeralda brasileira
    • Incolor - acroíta (do grego para "incolor")


Fonte: Wiki

PM fecha garimpo ilegal no Nortão às margens de rodovia e prende sete homens

 

A Polícia Militar fechou, esta tarde, um garimpo ilegal, localizada às margens da MT-419, no município de Novo Mundo (291 quilômetros de Sinop) após denúncia. Sete homens foram presos por extração de ouro sem autorização ambiental da secretaria estadual de Meio Ambiente (SEMA).

Conforme o boletim de ocorrência, os suspeitos informaram que foi dado entrada na documentação para legalização, mas ainda não está pronta e, por isso, estavam trabalhando na irregularidade.

Por conta disso, foi determinando o encerramento das atividades e os suspeitos foram encaminhados à  delegacia de Polícia Civil de Guarantã do Norte e devem responder por crime ambiental.

Já os maquinários utilizados para escavação ficaram no local devido à impossibilidade de remoção.

Redação Só Notícias (fotos: assessoria)

Pirita, o mineral amarelo brilhante, conhecido como “ouro de tolo” por enganar os menos experientes, pode deixar os tolos ricos!

 17-07-2021 11:44:25

ouro - pirita - minério - preço Minério Pirita conhecido como ouro de tolo / Imagem Googe
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Processo de extração de ouro da pirita com essa nova descoberta seria menos prejudicial ao nosso meio ambiente do que os processos tradicionais

Parece que o ouro do tolo ainda não terminou de revelar seus muitos segredos. Nas últimas décadas, a pirita (ouro do tolo) tem sido alvo de testes avançados e investigações de mergulho profundo. A descoberta feita em junho de “uma terceira maneira não reconhecida que o ouro real pode espreitar dentro da pirita” pode mudar a forma como (alguns) ouro é extraído.

A pirita mineral foi nomeada pela primeira vez ouro de tolo quando um bando de tolos assumiu que este material amarelado brilhante era ouro de verdade. Durante a corrida do ouro na Califórnia, os garimpeiros estavam efetivamente corretos em sua suposição de que nunca lucrariam com a pirita de mineração – não havia como espremer qualquer coisa útil do referido mineral.

Quando se trata de dissulfeto de ferro (FeS²), para garimpeiros na década de 1840, isso significava que eles tinham mais buscas para fazer. É melhor que sujeira e pedra, mas ainda assim não valia a pena manter.


A natureza do ouro “invisível” em arsenopirita

Avançamos para o ano de 1989, onde um artigo foi publicado com o título A natureza do ouro “invisível” em arsenopirita. Foi então que esta pesquisa foi publicada no The Canadian Mineralogist, com dados sobre descobertas de Au (ouro) estruturalmente ligados em pirita. Pequenas partículas de ouro foram encontradas – assim como novos dados sobre como pirita e ouro foram capazes de formar uma alusão.

Junho passado, foi publicada uma pesquisa que mostrou uma terceira maneira em que o minério pode ser encontrado em pirita. O título deste artigo era um novo tipo de ouro invisível em pirita hospedada em deslocamentos relacionados à deformação. Na pesquisa publicada aqui, o ouro é mostrado pirita enriquecedor em pequenas imperfeições na pirita, formada sob extrema pressão e/ou calor.

Extração de ouro da pirita com essa nova descoberta seria menos prejudicial ao meio ambiente

Denis Fougerouse, Pesquisador da Escola de Ciências Da Terra e Planetária da Universidade de Curtin, trabalhou nesta pesquisa e sugere que o processo de extração de ouro da pirita com essa nova descoberta seria menos prejudicial ao nosso meio ambiente do que os processos tradicionais.

“Os locais de luxação dentro dos cristais poderiam potencialmente oferecer um lixiviação parcial aprimorada ou um alvo para as bactérias atacarem e quebrarem o cristal, liberando o ouro em um processo conhecido como ‘biolixiviação'”, disse Fougerouse, “reduzindo potencialmente o consumo de energia necessário para a extração”.




Fonte: Revista: Geology



sábado, 17 de julho de 2021

TUDO SOBRE A TURMALINA PARAÍBA

 

 As turmalinas conhecidas sob a designação ”Paraíba”, em alusão ao Estado onde foram primeiramente encontradas, causaram furor ao serem introduzidas no mercado internacional de gemas, em 1989, por suas surpreendentes cores até então jamais vistas. A descoberta dos primeiros indícios desta ocorrência deu-se sete anos antes, no município de São José da Batalha.

Estas turmalinas ocorrem em vívidos matizes azuis claros, azuis turquesas, azuis “neon”, azuis esverdeados, azuis-safira, azuis violáceos, verdes azulados e verdes-esmeralda, devidos principalmente aos teores de cobre e manganês presentes, sendo que o primeiro destes elementos jamais havia sido detectado como cromóforo em turmalinas de quaisquer procedências.

A singularidade destas turmalinas cupríferas pode ser atribuída a três fatores: matiz mais atraente, tom mais claro e saturação mais forte do que os usualmente observados em turmalinas azuis e verdes de outras procedências.

Em fevereiro de 1990, durante a tradicional feira de pedras preciosas de Tucson, no Estado do Arizona (EUA), teve início a escalada de preços desta gema. A mística em torno da turmalina da Paraíba havia começado e cresceu extraordinariamente ao longo das mais de duas décadas que se seguiram, convertendo-a na mais valiosa variedade deste grupo de minerais.

A elevada demanda por turmalinas da Paraíba, aliada à escassez de sua produção, estimulou a busca de material de aspecto similar em outros pegmatitos da região, resultando na descoberta das minas Mulungu e Alto dos Quintos, situadas próximas à cidade de Parelhas, no vizinho estado do Rio Grande do Norte. Estas minas passaram a produzir turmalinas cupríferas de qualidade média inferior às da Mina da Batalha, mas igualmente denominadas “Paraíba” no mercado internacional, principalmente por terem sido oferecidas muitas vezes misturadas à produção da Mina da Batalha.

Embora as surpreendentes cores das turmalinas da Paraíba ocorram naturalmente, estima-se que aproximadamente 80% das gemas só as adquiram após tratamento térmico.



Até 2001, as turmalinas cupríferas da Paraíba e do Rio Grande do Norte eram facilmente distinguíveis das turmalinas oriundas de quaisquer outras procedências mediante detecção da presença de cobre com teores anômalos, através de análise química por fluorescência de raios X de energia dispersiva (EDXRF). No entanto, as recentes descobertas de turmalinas cupríferas na Nigéria e em Moçambique acenderam um acalorado debate envolvendo o mercado e os principais laboratórios gemológicos do mundo, em torno da definição do termo “Turmalina da Paraíba”.

Até o ano de 2001, o termo “Turmalina da Paraíba” referia-se à designação comercial das turmalinas da espécie elbaíta, de cores azuis, verdes ou violetas, que contivessem pelo menos 0,1% de CuO e proviessem unicamente do Brasil, precisamente dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Tudo começou a mudar quando, naquele ano, uma nova fonte de turmalinas cupríferas foi descoberta na Nigéria, na localidade de Ilorin (mina de Edeko), voltando a ocorrer quatro anos mais tarde, em meados de 2005, desta vez em Moçambique, na região de Alto Ligonha, a aproximadamente 100 km ao sudoeste da capital Nampula.

De modo geral, as elbaítas com cobre destes países africanos não possuem cores tão vívidas quanto às das brasileiras, embora os melhores exemplares da Nigéria e de Moçambique se assemelhem aos brasileiros.

O achado destes depósitos africanos ocasionou acalorados debates no mercado e entre laboratórios, uma vez que as gemas de cores azuis a verdes saturadas procedentes da Nigéria e de Moçambique não podem ser diferenciadas das produzidas no Brasil por meio de exames usuais e tampouco por análises químicas semi-quantitativas obtidas pela técnica denominada EDXRF.

Turmalina Paraíba bruta


Há alguns anos, felizmente, constatou-se ser possível determinar a origem das turmalinas destes 3 países por meio de dados geoquímicos quantitativos de elementos presentes como traços, obtidos por uma técnica analítica conhecida por LA-ICP-MS.

Em fevereiro de 2006, o Comitê de Harmonização de Procedimentos de Laboratórios, que consiste de representantes dos principais laboratórios gemológicos do mundo, decidiu reconsiderar a nomenclatura de turmalina da “Paraíba”, definindo esta valiosa variedade como uma elbaíta de cores azul-néon, azul-violeta, azul esverdeada, verde azulada ou verde-esmeralda, que contenha cobre e manganês e aspecto similar ao material original proveniente da Paraíba, independentemente de sua origem geográfica.

Esta política é consistente com as normas da CIBJO, que consideram a turmalina da Paraíba uma variedade ou designação comercial, e a definem como dotada de cor azul a verde devida ao cobre, sem qualquer menção ao local de origem. 

Por outro lado, como essas turmalinas cupríferas são cotizadas não apenas de acordo com seu aspecto, mas também segundo sua procedência, tem-se estimulado a divulgação, apesar de opcional, de informações sobre sua origem nos documentos emitidos pelos laboratórios de gemologia, caso disponham dos recursos analíticos necessários.



                             TURMALINA PARAÍBA



Fonte: Brasil Mineral