terça-feira, 20 de julho de 2021

Tudo sobre pedras preciosas


 





Pedras preciosas

Pedras preciosas são minerais valorizados pela raridade e por qualidades físicas como a beleza e a dureza. Depois de receber tratamento adequado - lapidação, polimento - a pedra preciosa é usada na confecção de jóias e objetos de arte. Chama-se gemologia o estudo físico, químico e genético das pedras preciosas, bem como de outras substâncias não-minerais usadas com o mesmo fim, como pérolas, âmbar, coral e marfim. Diversas propriedades são consideradas na avaliação da beleza e valor das gemas, entre as quais se destacam a iridescência, ou reflexão das cores do arco-íris em suas facetas; a opalescência, ou reflexo nacarado característico das opalas; e o asterismo, ou efeito estrelado da luz refletida por alguns brilhantes.

Entre os mais de dois mil minerais conhecidos, cerca de cem encontram uso em joalheria e menos de vinte são considerados preciosos ou semipreciosos. Alguns deles, como o berilo e o coríndon, dão origem a mais de um tipo de gema.
OPALA NOBRE



Histórico - O uso das pedras preciosas teve início no Oriente, onde antigos povos usavam-nas como símbolo de riqueza e poder. Os romanos, ao estabelecer contato com esses povos pelo comércio ou pela guerra, adquiriram o gosto pelas jóias, que passaram a ser usadas pela classe dominante. Entre os germânicos, que viviam ao norte do Império Romano, havia o costume de sagrar rei um homem possuidor de grandes riquezas. Uma das obrigações do monarca era recompensar os serviços de seus súditos com ouro e jóias. À luz da pesquisa científica, as pedras preciosas passaram a ser objeto de pesquisa e foram classificadas em centenas de tipos.

Classificação das pedras preciosas - Embora sejam mais de uma centena, as variedades mais importantes de gemas usadas em joalheria, divididas em grupos, segundo sua composição, são: (1) berilos, em cuja composição entram proporções variáveis de alumínio e berílio, cristalizam no sistema hexagonal, dos quais os mais conhecidos são a água-marinha, de cor azul; a esmeralda, de cor verde; e o crisoberilo, conhecido como olho-de-gato devido à capacidade de mudar de cor, do verde a um vermelho intenso, sob a luz incandescente; (2) coríndons, óxidos de alumínio de forma hexagonal, transparentes, entre os quais os mais conhecidos são o rubi e a safira; (3) diamante, produto da cristalização, em condições especiais, de moléculas de carbono puro, que varia do incolor ao amarelado, possui a dureza máxima na escala de Mohs e apresenta grande transparência; (4) feldspatos, silicato de elementos alcalinos, dos quais o mais comum é a amazonita, de opacidade e dureza médias e com cores que variam do amarelo-esverdeado ao azul-esverdeado; (5) granadas, silicatos de ferro, alumínio, cálcio ou magnésio, podem ser verdes, como a esmeralda ucraniana, ou vermelhas; (6) jades, entre os quais se destacam o lápis-lazúli, de cor azul intensa, a olivina verde e o jade imperial, opaco ou transparente; (7) quartzo, ou sílica natural, que pode ter diversas cores, como a ametista, as turmalinas, os topázios e o ônix; e (8) gemas orgânicas, produtos da ação de animais ou vegetais, como as pérolas, corais e âmbar. Embora não sejam pedras preciosas, são a elas associadas pela beleza e pelo uso similar.

Pedras sintéticas As pedras obtidas artificialmente têm em sua composição os mesmos elementos químicos encontrados nas pedras naturais. Possuem as mesmas propriedades físicas e químicas. São produzidas sinteticamente, com grande perfeição, rubis, safiras e outras variedades coloridas dos minerais da família do coríndon, espinélios de todas as cores, esmeraldas, diamantes, rutílios (titânia sintética) e quartzo incolor.

A fabulita é um titanato de estrôncio produzido pela primeira vez em 1952. Por seu índice de refração, superior ao do diamante, e pela grande dureza, é usada em substituição ao brilhante. Outro produto sintético de dureza próxima à do diamante é o borazon, ou nitreto de boro.
                                        
                                         ESMERALDA EXTRA


Técnicas de polimento e tratamento Normalmente, as pedras preciosas encontradas na natureza não estão prontas para a comercialização. Devem ser antes submetidas a um processo de embelezamento que inclui a retirada das impurezas e o aperfeiçoamento dos contornos que não apresentam cristalização perfeita. Todos esses processos são muito antigos, com exceção das técnicas de lapidação do diamante que, devido à extrema dureza dessa pedra, só foram aperfeiçoadas no século XV.

A lapidação e o polimento das pedras preciosas são feitos por meio de três processos diferentes usados de acordo com sua dureza. O tratamento com areia abrasiva e água no interior de um cilindro giratório é usado em pedras de dureza média como a ágata, opala e ônix. O resultado é um excelente polimento, porém as formas são irregulares. A técnica Idar-Oberstein, que consiste no uso de pequenos tornos polidores, se emprega tradicionalmente nessa cidade alemã para o polimento de pedras de grande ou média dureza. Um terceiro processo, muito utilizado para pedras de grande dureza, é o que consiste de corte com serra e posterior polimento com areia, pó de diamante e outros abrasivos.

De grande importância é o corte, que contribui para destacar o brilho e a beleza das pedras. Para isso usa-se um instrumento de grande velocidade dotado de brocas de diamante, contra as quais se pressiona a pedra até conseguir a forma, tamanho, simetria e profundidade desejados. Durante o tratamento das jóias, podem ser acentuadas determinadas cores e tonalidades mediante aquecimento sob condições controladas, exposição da pedra aos raios X ou aplicação de pigmentos nas células básicas dos cristais.

Imitações As imitações de pedras preciosas são feitas com várias substâncias, às vezes produtos não cristalinos. As imitações mais comuns são feitas de vidro, vidros espelhados, plásticos e imitações de pérolas. Os vidros usados para imitar pedras preciosas compõem-se de óxido de silício, álcalis, chumbo, cálcio, boro, tálio, alumínio ou óxidos de bário. Essas imitações são facilmente reconhecidas pelo brilho vítreo nas superfícies de fraturas, pelo calor ao tato, pelo arredondamento das arestas inferiores da pedra, decorrente da fusão do material, pela pequena dispersão e pelo comportamento de uma gota d'água em sua superfície. Às vezes podem também ser observadas bolhas esféricas na estrutura e faixas coloridas, curvas ou irregulares. Os plásticos são usados para imitar âmbar, marfim e gemas de materiais opacos.

Outro tipo de imitação são as pedras duplas, triplas ou espelhadas. As pedras duplas se fazem por união de duas peças com uma cola incolor. Em duplas feitas de granada e vidro, este é fundido à granada. As triplas são confeccionadas por meio da colagem de duas pedras com um cimento que dá coloração à pedra. As pedras espelhadas são obtidas com a colocação de um espelho na base da pedra, para produzir os efeitos de cintilação de uma jóia verdadeira.

Valor - Em geral, são considerados preciosos somente o diamante, rubi, safira e esmeralda, por reunirem as propriedades físicas de cor, brilho, dispersão e dureza. Algumas pedras são valiosas em função de uma só dessas propriedades, como a cor, no caso das turmalinas. A raridade da gema também influi no valor. Esse fato faz com que algumas pedras, classificadas como semipreciosas, possam alcançar preços superiores aos de algumas pedras preciosas. É o caso da jadeíta, forma rara do jade, mais valiosa que o rubi-estrela, de baixa qualidade. As pedras preciosas e semipreciosas têm sua produção quase toda canalizada para a joalheria, mas certos tipos especiais, ou as que apresentam imperfeições, são usadas em relojoaria e na indústria de abrasivos e de instrumentos elétricos e eletrônicos.

Procedência Os diamantes podem ser encontrados em depósitos primários, em rochas ultrabásicas como o kimberlito. Desse tipo são as jazidas da África do SulCongoTanzâniaRepública Democrática do Congo (Zaire)ÍndiaEstados Unidos e Rússia. Também aparecem sob a forma de depósitos aluviais no BrasilGuiana,Venezuela, África do Sul, Angola e Costa do Marfim.

Certos tipos de rubis e safiras são encontrados em Myanmar. A esmeralda é proveniente da ColômbiaSri Lanka, Índia, Áustria, África do Sul e Rússia. O Brasil, assim como Madagascar e os Estados Unidos, tem grandes jazidas de pegmatitos que produzem gemas de boa qualidade como a água-marinha, considerada a pedra típica do Brasil, o topázio e a turmalina. As principais zonas produtoras brasileiras ficam no nordeste de Minas Gerais, sudeste da Bahia e norte, centro e sul do Rio Grande do Sul.




                     Água-marinha






Fonte: CPRM

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso

 




Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso
Quartzo extraído em São José da Safira (MG), torna-se a gema green-gold depois de ser irradiado com raios gama.[Imagem: Rainer Schultz-Güttler]
Defeito benéfico
O quartzo, mineral abundante em praticamente todo o território brasileiro, apresenta baixo valor comercial em seu estado bruto.
Quando submetido à irradiação, contudo, atinge um valor agregado médio cerca de 300% maior.
Estima-se que 70% da produção mundial de pedras preciosas tenha passado por tratamentos de beneficiamento.
Durante a irradiação, é gerado um defeito na estrutura cristalina do mineral, ou seja, na maneira como os átomos estão organizados na chamada rede atômica.
Esse "defeito benéfico" muda as propriedades físicas e ópticas do cristal, fazendo com que ele passe a absorver ou refletir outros comprimentos de onda da luz visível.
O resultado é que um cristal absolutamente sem-graça passa a ter uma coloração límpida e reluzente, muito mais valorizado no mercado joalheiro.

Quartzo irradiado
No Brasil, as pesquisas na área são feitas no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).
Segundo Cyro Teiti Enokihara, pesquisador do Centro de Tecnologia das Radiações do IPEN, da mina à vitrine o caminho é longo, mas a tecnologia de irradiação está se tornando um elemento fundamental no processo de beneficiamento do quartzo brasileiro.
Os melhores resultados, segundo Cyro, foram obtidos utilizando fontes de radiação gama, aplicadas em amostras de quartzo de qualidade gemológica.
As melhores gemas artificialmente coloridas já obtidas pelos pesquisadores são verde amareladas, chamadas de green-gold, cor de mel (honey); cinza (fumê); laranja amarronzado (conhaque); preto (morion) e verde.
Todas essas gemas apresentaram boa qualidade e alta estabilidade, o que as torna valiosas no mercado joalheiro.
Radiação gama torna quartzo brasileiro mais valioso
Quartzo verde da região de Ametista do Sul (RS), no estado bruto, e após ser irradiado e lapidado. Como a radiação só interfere nos elétrons, e não no núcleo do átomo, não são gerados radionuclídeos e, portanto, o quartzo não se torna radioativo. [Imagem: Rainer Schultz-Güttler]
Irradiação do quartzo
No IPEN, as pedras de quartzo são colocadas em dispositivos onde são submetidas à radiação ionizante proveniente de fontes de cobalto-60. O irradiador foi desenvolvido com tecnologia nacional, sob a coordenação do professor Paulo Rella.
Mas não se trata unicamente de colocar um quartzo qualquer no aparelho e esperar "assar uma gema". Tudo depende da composição química do mineral.
Alguns tipos de quartzo respondem da maneira desejada, com a radiação otimizando ou alterando sua cor, mas outros não.
Testes prévios são realizados para se detectar quais amostras podem ser submetidas ao tratamento. A pedra pode conter impurezas como ferro, alumínio, lítio, potássio e sódio, bem como moléculas de água e radicais hidroxila.
Além das impurezas presentes na estrutura cristalina do material, deve ser levado em conta também o ambiente geológico ou o local em que a pedra foi formada.
Sem radiação
O que a radiação faz é promover um desequilíbrio eletrônico, com os elétrons das camadas mais externas dos elementos sendo expelidos.
Como a radiação só interfere nos elétrons, e não no núcleo do atómo, não são gerados radionuclídeos e, portanto, o quartzo não se torna radioativo.
O tratamento apenas acelera o efeito que a natureza levaria milhares de anos para produzir.
Cyro afirma que parte considerável das pedras extraídas no Brasil é enviada ao exterior, em estado bruto, para países como Alemanha, Tailândia e China, onde passam por um processo de beneficiamento e de lapidação, e posteriormente retornam ao país em forma de joias, gerando enormes perdas econômicas para o país.

O IPEN mantém contatos permanentes com empresas de comercialização de pedras preciosas, com o intuito de realizar testes de irradiação para os quartzos de diferentes procedências e efetuar pesquisas para outros novos minerais.




Fonte: IPEN

domingo, 18 de julho de 2021

A FORMAÇÃO DOS DIAMANTES

 

 Os diamantes têm muitos milhões de anos de idade. A sua formação começou há muitos anos atrás no manto terrestre, a cerca de 161 km, quando o carbono foi cristalizado por intenso calor e pressão. 


(Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/diamantes1.htm)

A sua ascensão à superfície deu-se devido a violentas erupções vulcânicas, criando chaminés de kimberlito, em que o magma empurrava diamantes e outras rochas e minerais em poucas horas. Estas erupções eram breves, mas mais poderosas do que erupções vulcânicas que acontecem atualmente.

O nome kimberlito, que se deve ao nome da cidade (Kimberley) onde essas colunas foram descobertas pela primeira vez, constitui a denominação do conjunto de rochas ricas em voláteis, onde os diamantes são encontrados.

(Fonte: http://www.yesachei.net/2010/12/kimberlito-chamine-diamantes.html)

Diamante de mais de 700 quilates é encontrado em Serra Leoa

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OPALA NEGRA BRUTA COM 26 QUILATES